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  • O Fim Dos Empregos

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    Jose Vertiz
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    o Fim Dos Empregos

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    Resenha bibliografica O fim dos empregos RIFKIN, Jeremy. O fim dos empregos. Makron Books, 1996, VALERIA PERO* 1 desemprego tornou-se tema central do debate europeu na década de 80, quando o Sofisticado sistema de cobertura social da Europa comegava a ser visto como um obsté- culo & competitividade. Nesse periodo, o diagnéstico predominante era o de que as rigidezes do mercado de trabalho europeu estavam na raiz do problema do desemprego. [Nos anos 90, quando o desemprego se torna central no debate mundial, os grandes vil6es passam a ser a globalizagdo e as novas tecnologias de informagfo e de comunicacao. Olivro.O fimdos empregos,de Jeremy Rifkin, apresenta uma visio alarmista sobre os impactos dessas novas tecnologias na sociedade norte-americana. A Terceira Revolugao ‘Tecnol6gica esta mudando as relagdes sociais,j4 que a essencial busca de melhorias da produtividade para aumentar a competitividade das empresas em um mundo globalizado {em significado uma mudanga radical nas relagdes de trabalho, em direglo dracionalizagio cdo emprego e a novas formas de trabalho. Alarme geral Partindo de uma perspectiva hist6rica, Rifkin acredita que os efeitos dos avangos das tecnologias de informayao.e de comunicacZo sobre o emprego serdo extremamenie nega- tuvos, desafiando a crenga generalizada no que chama de “magica” da tecnologia. O ciclo “avango tecnoldgico/barateamento dos produtos/crescimento econdmico” teria pouco respaldo na experiéncia histrica (O autor até considera que a incorporagio das tecnologias de informagio nas empresas poderia significar uma queda da jornada de trabalho, maiores beneffcios para milhGes de pessoas ¢ mais tempo livre para o lazer, proporcionando um aumento do bem-estar dos * Dowtoranda de IE/UFRI e consultora do Ciet/Sena sg. Plan. Bzon Rio de tne ¥ 2603 p. 549-558, der. 1996 Uwabalhadores e da populagdo em geral. Mas essa mesma tend€ncia teenclégica poderia rovocar um forte crescimento do desemprego e uma profunda recessio, Assim, apesar dda revolugéo do computador representar um enorme potencial de liberdade para o taba Ihador, ela substituiré milhées de empregos que nio encontratiio mais espago no mercado de trabalho. A explicagio para previsio tio pessimista decorre do fato de que, a0 contrério das inovagdes ocomridas em outras épocas, o emergente setor de informagio e de comunica- {¢80 nio seria capaz de absorver os desempregados de todos os setores da economia Rifkin, enldo, toca oalarme geral para chamar a tengo de que o aumento generalizado do desemprego nas grandes empresas esti somente no comego, O avango potencial que pode ser obtido com as tecnologias de informago poupadoras de mao-de-obra ainda deve provocar profundas transformagdes nas relagdes sociais das economias no futuro, Desde meados da década de 70, quando a economia japonesa conquistava crescentes Parcelas de mercado antes dominadas pelos produtos norte-americanos, a reengenharia, tornou-se 0 objetivo comum das principais empresas norte-americanas. Era nevessério, entio, caminhar para a especializacdo flexivel, j4 que o processo de produgao fordist estava se mostrando rigido diante da variabilidade do nivel e da composigo da demanda em um mundo erescentemente globalizado. A implantagio de novas tecnologias, do just- in-time, do trabalho em equipe, do programa integrado de controle de qualidade e da produgao “enxuta” faz parte do programa de reengenharia colocado em prética por esas, empresas. (Os impactos dos ganhos de produtividade conseguides com a reengenharia sobre 0 cemprego na economia norte-americana e em outros paises foram sentidos com mais inten- sidade nos anos 90. Segundo 0 autor, enquanto no inicio dos anos 80 a produtividade aumentavaa um ritmo de 1% .a., nos anos 90 ela deu um salto para mais de 3%. nie 1979 © 1992, a produtividade do setor industrial cresceu 35% e foi acompanhada por uma queda de 15% do nivel de emprego.! : No so poucos os exemplos de empresas, principalmente as grandes, que introduzi- ram novas teenologias, assim como implementaram novas formas de organizao da pro-

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