A preocupao do ser humano com a verdadeira interpretao da realidade notvel,
foi um objeto de estudo importantssimo durante sculos, e ainda at os dias de hoje. Filsofos antigos j reconheciam a possibilidade de no estarmos em contato com a verdade absoluta e idealizaram teorias que moldaram a nossa histria. Apesar da clara divergncia entre vrias dessas teorias, por muitas vezes ideolgicas, uma espcie de consenso foi atingido ao considerar como chave para a realidade, a funo cerebral chamada percepo. Atravs da percepo, qualquer pessoa que esteja com seus aparelhos sensoriais aptos e saudveis, poder identificar uma ma com sua vibrante cor ao v-la, tambm saberemos a sua textura ao toca-la, o seu cheiro e o seu gosto utilizando os outros sentidos. Ao trocarmos essas informaes com outros indivduos, evidenciamos que todos tiveram relativamente a mesma experincia com tal objeto. Qualquer desvio abrupto dessas experincias, seria tratado como um delrio. Nem todos ns teremos a mesma opinio, pois tal concluso se daria conforme as experincias anteriores e predilees particulares de cada conscincia. Isso se chama apercepo. Porm concordamos que o comprimento de onda de luz, ao refletir na ma, vibra de tal forma que os nossos olhos a enxergam vermelha. Segurando-a com a mo, as quase invisveis terminaes nervosas ali presentes nos revelam sua textura lisa, as papilas gustativas em nossa boca o seu gosto adocicado e assim por diante. A fisiologia humana nos d condies para podermos nos identificar como sujeitos, nossa posio no espao e, consequentemente, o mundo externo. A complexidade da apercepo, citada por Carl Gustav Jung, vai muito alm do mundo fsico e dos objetos capazes de ser avaliados por nossos sentidos atravs da percepo. As relaes de afinidade ou de averso que construmos com os objetos so muito subjetivas, pois esto sujeitas aos nossos sentimentos e emoes. A origem dos sentimentos se d no mago da psique. Toda peculiaridade e caracterstica da personalidade de cada indivduo emana de l, sem que o prprio individuo tenha controle consciente sobre isso. Nessas premissas, podemos concluir que a realidade vivenciada por um sujeito pode ser infinitamente diferente da realidade vivenciada por outro. Por ser diretamente subordinada aos valores e atribuies particulares. O real nada mais , que um ponto de vista. Nome: Joo Vinicios Albuquerque Psicologia geral 1