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INTRODUÇÃO

Psicopedagogia Institucional

Existem experiências de atuação da Psicopedagogia


Institucional em empresas, hospitais, creches e organizações
assistenciais, onde o nosso sujeito é a instituição, com uma
complexa rede de relações que precisam ser trabalhadas para a
construção de conhecimento desse sujeito.

A demanda da instituição está associada à forma de existir do


sujeito institucional, seja ela família, a escola, a empresa, o hospital,
a creche ou a organização assistencial.

A Psicopedagogia Institucional, como área que estuda o


processo ensino/aprendizagem, pode contribuir com a escola na
missão de resgate do prazer no ato de aprender.

Para aprender, numa visão psicopedagógica, são necessárias


condições cognitivas para abordar o conhecimento, condições
afetivas para se vincular a ele, condições criativas para coloca-lo
em prática e condições associativas para socializá-lo.

A Psicopedagogia, fruto da interdisciplinaridade, desenvolveu


seus estudos, no sentido de construir um olhar e uma escuta
diferenciada, voltada para o processo de ensinar/aprender, que
possibilitam o conhecimento de sintomas, a análise dos mesmos e
a busca de soluções para os problemas estudados.

O psicopedagogo, segundo Janine Mery(1985), respeita a


escola tal como é, porque através da mesma o aluno se situará em
relação aos seus semelhantes, optará por uma profissão,
participará da construção coletiva da sociedade à qual pertence.

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Este fato não impedirá que o psicopedagogo colabore para a
melhoria das condições de trabalho numa determinada escola ou na
conquista de seus objetivos. Mas, em seu trabalho, ele deverá fazer
com que a criança enfrente a escola de hoje e não de amanhã.
Esse enfrentamento, no entanto, não significaria impor à criança
normas arbitrárias ou sufocar sua individualidade. Busca-se sempre
desenvolver e expandir a personalidade do indivíduo, favorecendo
suas iniciativas pessoais, suscitando os seus interesses,
respeitando seus gostos, propondo e não impondo atividades,
procurando sugerir pelo menos duas vias para a escolha do rumo a
ser tomado, permitindo a opção. Assim, tanto no seu exercício na
área educativa como na da saúde, pode-se considerar que o
psicopedagogo tem uma atitude clínica frente ao seu objeto de
estudo. Isto não implica que o lugar de trabalho seja a clínica, mas
se refere às atitudes do profissional ao longo da sua atuação
psicopedagógica clínica e institucional.

O Psicopedagogo

• Possibilita intervenção visando à solução de problemas


de aprendizagem.
• Atua na prevenção dos problemas de aprendizagem
• Desenvolve pesquisas e estudos científicos
ralacionados ao processo de aprendizagem
• Oferece assessoria psicopedagógica aos trabalhos
realizados em espaços institucionais.
• Orienta, coordena e supervisiona cursos de
especialização de psicopedagogia.

Objetivos do trabalho Psicopedagógico

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• Identificar os problemas na aprendizagem
• Eliminar as dificuldades de aprendizagem
• Auxiliar o aluno e ou a instituição no desenvolvimento escolar
• Encaminhar o aluno para outros profissionais quando
necessário
• Trabalhar com dispersão, excitação e inquietude.
• Dificuldades com os aspectos psicomotores: Orientação
espacial, Temporal, Lateralização.
• Dificuldades nas áreas de desenvolvimento: Motora, cognitiva
e afetiva – emocional
• Dificuldade na leitura, escrita e matemática

• Dificuldade para se organizar em face de tarefas escolares e


termina-las
• Lentidão para a execução de tarefas escolares

Campo de Atuação do Psicopedagogo

O campo de atuação do psicopedagogo refere-se não só ao


espaço físico onde se dá esse trabalho, mas especialmente ao
espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo
de atividade e o modo de abordar o objeto de estudo.

A forma de abordar o objeto de estudo pode assumir


características específicas, a depender da modalidade: clínica,
preventiva e teórica, umas articulando-se às outras. O trabalho
clínico não deixa de ser preventivo, uma vez que, ao tratar alguns
transtornos de aprendizagem, pode evitar o aparecimento de
outros. O trabalho preventivo, numa abordagem psicopedagógica, é
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sempre clínico, levando em conta a singularidade de cada
processo. Essas duas formas de atuação por sua vez, não deixam
de resultar num trabalho teórico. Tanto na prática preventiva como
na clínica, o profissional procede sempre embasado no referencial
adotado.

Ao delinear o campo de atuação do trabalho psicopedagógico,


deve-se no entanto, diferenciar essas modalidades de atuação,
especificando as suas tarefas. Dessa forma, o trabalho
psicopedagógico na área preventiva é de orientação no processo
ensino-aprendizagem, visando favorecer a apropriação do
conhecimento no ser humano, ao longo de sua evolução. Esse
trabalho pode ser efetivado na forma individual e na forma grupal,
na área da saúde mental e da educação.

Na função preventiva cabe ao psicopedagogo:

• Detectar possíveis perturbações no processo de


aprendizagem;
• Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa,
para favorecer processos de integração e trocas;
• Promover orientações metodológicas de acordo com as
características dos indivíduos e do grupo;
• Realizar processos de orientação educacional, vocacional e
ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo.

O trabalho psicopedagógico pode, certamente, ter um caráter


assistencial. Isso acontece quando, por exemplo, o

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psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela
elaboração, direção e evolução de planos, programas e projetos
no setor da educação e saúde, integrando diferentes campos de
conhecimento. A Psicopedagogia ocupa-se assim, de todo o
contexto de aprendizagem, seja na área clínica, preventiva,
assistencial, envolvendo elaboração teórica no sentido de
relacionar os fatores envolvidos nesse ponto de convergência em
que opera.

A elaboração teórica visa criar um corpo teórico da


psicopedagogia, com processos de investigação e diagnóstico
que lhe seja específico, através de estudos das questões
educacionais e da saúde no que concerne ao processo de
aprendizagem. Implica desta maneira, uma reflexão constante
sobre a pertinência da aplicação das diversas teorias no campo
da psicopedagogia, por meio da avaliação da prática resultante
desses pressupostos. Esse trabalho consiste numa leitura e
releitura do processo de aprendizagem e do processo de não
aprendizagem, bem como da aplicabilidade e conceitos teóricos
que lhe dêem novos contornos e significados, gerando práticas
mais consistentes.

Já na área da saúde, o trabalho ´-e feito em consultórios e/


ou instituições de saúde (como hospitais), no sentido de
reconhecer e atender às alterações da aprendizagem
sistemática e/ou assistemática, de natureza patológica. Existe
também uma proposta de atuação nas empresas, onde o
objetivo seria favorecer a aprendizagem do sujeito para uma
nova função, auxiliando-o para um desenvolvimento mais efetivo
de suas atividades.

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Historicamente, a Psicopedagogia nasceu para atender a
patologia da aprendizagem, mas ela se tem voltado cada vez
mais para uma ação preventiva, acreditando que muitas
dificuldades de aprendizagem se devem à inadequada
Pedagogia Institucional e familiar. A proposta da psicopedagogia,
numa ação preventiva, é adotar uma postura crítica frente ao
fracasso escolar, numa concepção mais totalizante, visando
propor novas alternativas de ação para a melhoria da prática
pedagógica nas escolas.

Segundo Lino Macedo (1990), o psicopedagogo no Brasil,


ocupa-se das seguintes atividades:

Orientação de estudo – consiste em organizar a vida escolar da


criança quando esta não sabe faze-lo espontaneamente.
Procura-se promover o melhor uso do tempo, a elaboração de
uma agenda e tudo aquilo que é necessário ao “como estudar”
( como ler um texto, como escrever, como estudar para a prova,
etc).

Apropriação dos conteúdos escolares – o psicopedagogo visa


propiciar o domínio das disciplinas escolares em que a criança
não vem tendo um bom aproveitamento. Ele se diferencia do
professor particular, pois o conteúdo escolar é usado apenas
como uma estratégia para ajudar a fornecer ao aluno o domínio
de si próprio e as condições necessárias ao desenvolvimento
cognitivo.

Desenvolvimento do raciocínio – trabalho feito com os


processos de pensamento necessários ao ato de aprender. Os
jogos são muito utilizados, pois são férteis no sentido de criarem
um contexto de observação e diálogo sobre os processos de

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pensar e de construir o conhecimento. Este procedimento pode
promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele
que as escolas costumam conseguir.

Atendimento de crianças – a Psicopedagogia se presta a


atender deficientes mentais, autistas ou com comprometimentos
orgânicos mais graves, podendo fazer parte da rede de apoio ou
em alguns casos, até substituir o trabalho da escola.

Para o autor, estas quatro atividades não são excludentes entre


si e nem em relação a outras. O atendimento psicopedagógico
poderá, em determinados casos, recorrer a propostas corporais,
artísticas, etc. De qualquer forma, está sempre relacionado com
o trabalho escolar, ainda que com ele não esteja diretamente
comprometido.

Para Janine Mery (1985), psicopedagogo é um professor


de um tipo particular que realiza a sua tarefa de pedagogo sem
perder de vista os propósitos terapêuticos da sua ação. Qualquer
que tenha sido a sua formação (psicólogo, pedagogo,
fonoaudiólogo, professor), ele assumirá sempre a dupla
polaridade do seu papel, o que determinará seu modo de ser
perante a criança e seus familiares, bem como diante da equipe
a que pertence. O trabalho do psicopedagogo, de acordo com
Mery, possui as seguintes especificidades:

• “distúrbio de aprenzagem” é encarado como uma


manifestação de uma perturbação que envolve a totalidade
da personalidade;
• Desenvolvimento infantil é considerado a partir de uma
perspectiva dinâmica, e é dentro dessa evolução dinâmica
que o sintoma de distúrbio de aprendizagem é estudado.

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Assim, se for oferecida uma forma de relação melhor e
diferente à criança, ela deverá retomar a sua evolução
normal;
• A neutralidade do papel de psicopedagogo é negada, a
este conhece a importância da relação transferencial entre
o profissional e o sujeito da aprendizagem;
• Objetivo do psicopedagogo é levar o sujeito a reintegrar-se
à vida escolar normal, respeitando as suas potencialidades
e interesses.

Psicopedagogia Clínica e Institucional

A Psicodepagogia Clínica e Institucional são a mesma disciplina,


agindo em âmbitos da psicopedagogia que são: indivíduo, grupo,
instituição e comunidade.

Âmbito do Indivíduo: aborda a aprendizagem e a dificuldade de


um sujeito. Diagnóstico e tratamento da dificuldade de
aprendizagem, assim como a sua prevenção.

Âmbito do Grupo: aborda a aprendizagem e a dificuldade de


aprendizagem de um grupo

Âmbito da Sociedade - Comunidade: envolve o aprender humano


em diferentes culturas e em distintos momentos históricos.
Aspectos filosóficos e científicos deste aprender, assim como o
referido conhecimento serão focalizados pela Psicopedagogia que
se apresenta como a área que articula tais conhecimentos.

Âmbito da Instituição: é o âmbito que trata do trabalho


psicopedagógico na instituição (escola, empresa, hospital), Refere-
se ao diagnóstico da dinâmica de aprendizagem da instituição, e

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consequentemente medidas a serem adotadas para as mudanças
necessárias ou ao trabalho preventivo que se preocupa com o
fortalecimento da instituição para o enfrentamento do novo e o
aperfeiçoamento das qualidades já existentes.

Psicopedagogia Clínica: relação direta com a criança que


apresenta dificuldade de aprendizagem.

Psicopedagogia Institucional: avaliação do sistema educacional.

Segundo Nádia Bossa (2002) depende da natureza da Instituição, a


Psicopedagogia pode contribuir em vários contextos:

*Psicopedagogia Familiar, ampliando a percepção sobre os


processos de aprendizagem de seus filhos, resgatando a família no
papel educacional, complementar à escola, diferenciando as
múltiplas formas de aprender, respeitando as diferenças dos filhos.

*Psicopedagogia Empresarial, ampliando formas de treinamento,


resgatando a visão do todo, as múltiplas inteligências a criatividade
e os diferentes caminhos para buscar saídas, desenvolvendo o
imaginário, a função humanística e dos sentimentos na empresa, ao
construir projetos e dialogar sobre eles.

*Psicopedagogia Hospitalar, possibilitando a aprendizagem, o


lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os internos.

*Psicopedagogia Escolar, priorizando diferentes projetos:


diagnóstico da escola; busca da identidade da escola; definições de

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papeis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades,
diante do aprender; instrumentalização de professores,
coordenadores, orientadores e diretores sobre praticas e reflexões
diante de novas formas de aprender; reprogramação curricular,
implantação de programas e sistemas avaliativos; oficinas para
vivencias de novas formas de aprender; análise de conteúdos e
reconstrução conceitual; releitura, ressignificando sistemas de
recuperação e reintegração do aluno no processo; o papel da
escola no diálogo com a família.

Em cada área de atuação, seja em escolas, hospitais ou


empresas, o Psicopedagogo precisa ter conhecimento e domínio
sobre o assunto pesquisado, elaborando novas aprendizagens,
sejam elas afetivas, relacionais, motoras, de hábitos, de atitudes,
etc. O Psicopedagogo Institucional deve estar em constante
construção de conhecimento, dentro do ambiente em que o sujeito
está inserido, mostrando que aprender é ser capaz de fazer, de
refletir sobre essa capacidade e transformá-la, não esquecendo de
reconhecer que aprendizagem é vital e inevitável.todos, instrumentos e
tdizagem.go da sua atuaç a opçenos seus interesses, respeitando seus gostos

O trabalho que por hora apresentamos elaborado para a


conclusão das atividades propostas pela Disciplina de
Psicopedagogia Institucional. Durante o Estagio realizado,
conhecemos o funcionamento do CFC-A Âncora, entrevistamos
seus funcionários e assistimos algumas aulas.
Para melhor entendimento desta avaliação psicopedagógica,
organizamos o trabalho em três capítulos: Caracterização da
Instituição, Observações realizadas na Instituição e Propostas de
Assessoramento Psicopedagógico.

I – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

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O CFC-A Âncora localiza-se à Rua Djalma Dutra nº 363 no
centro de Presidente Prudente. Sua atividade principal é a
realização de cursos exigidos pelo DETRAN para a concessão ou
renovação de CNH. Seu proprietário e Diretor Geral é Ivo Pinto
Ribeiro, formado em Ciências Contábeis, sua atuação seria o
equivalente à coordenação da instituição. Tem dois funcionários
efetivos: Carla Rodrigues, que cursou Ensino Médio, atua como
recepcionista e Verônica Tomazim, zeladora que estudou apenas o
Ensino Fundamental.

O cargo de Diretor de Ensino é ocupado por José Manoel dos


Santos, formado em Direito, sua função é organizar o material
pedagógico, o conteúdo programático e assinar os certificados de
conclusão dos cursos.

Possui dois Instrutores de Trânsito para as aulas teóricas:


Marcelo, que está cursando Tecnologia em Agronegócios, para
Direção Defensiva e Edson Amaro Mendonça, formado em Direito,
para Primeiros Socorros.

Os profissionais que atuam em CFCs, precisam ter uma


formação específica nesta área e uma credencial registrada junto
ao DETRAN para exercerem suas atividades. Para atuar em sala de
aula, é necessário o curso de Formação de Instrutor de Trânsito e
ter cursado no mínimo o Ensino Médio. Já para exercer as funções
administrativas, é necessário o Curso de Diretor Geral ou Diretor de
Ensino em trânsito, curso superior concluído e também a credencial
registrada junto ao DETRAN.

Por enquanto a instituição oferece apenas o Curso Para


Renovação de CNH. Já obteve a autorização do DETRAN para
oferecer cursos de Concessão de CNH e também de Reciclagem
para condutores infratores, porém ainda não está atuando neste
segmento.
O curso para renovação de CNH, é composto de 15
horas/aulas. Sendo 5 horas/aulas de Primeiros Socorros e 10
horas/aulas de Direção Defensiva.

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Semanalmente os interessados têm três opções de horários
para o curso:

Tarde: Das 13:00 às 17:20 (Terça, Quarta e Quinta)


Noite: Das 18:20 às 22:30 (Terça, Quarta e Quinta)

Final de Semana: Sexta (Das 18:20 às 22:30) e Sábado(Das 07:30


às 11:40 e Das 13:00 às 17:20)

Ao final do curso todos os participantes se submetem a uma


prova eletrônica. Independente de qual seja o resultado, todos os
participantes receberão o certificado. O importante é a presença na
sala de aula. Considera-se que ao assistir as aulas o treinando
atualizou seus conhecimentos sobre o assunto.
Quando um condutor, já se sente preparado, tem segurança
sobre seus conhecimentos em Primeiros Socorros e Direção
Defensiva, pode optar em fazer direto a prova eletrônica. Neste
caso, é necessário obtenha no mínimo 70% de acertos. Ou seja,
das 30 questões que compõem a prova, precisa acertar pelo menos
21 questões.
O CFC-A Âncora foi inaugurado em 01/09/2007 para
atender à necessidade das pessoas de fazer o curso presencial ou
a prova autodidata para a renovação da Carteira Nacional de
Habilitação.
Este prédio, anteriormente era uma escola de educação
infantil, possui boas instalações, com amplos espaços. São quatro
salas de aula, sendo duas já habilitadas pelo DETRAN e duas ainda
inativas.
A sala utilizada para o Curso de Renovação de CNH, mede 5
metros de largura por oito metros de comprimento. Tem 30
carteiras, mesa e cadeira para o instrutor.

A sala habilitada, porém temporariamente sem uso, para o


curso de Concessão de CNH, mede 4 metros de largura por seis
metros de comprimento. Também possui 30 carteiras, mesa e
cadeira para o instrutor.

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Ambas as salas possuem amplas janelas, cobertas por
cortinas persianas, aparelho de ar-condicionado, microcomputador,
data-show, quadro magnético, retroprojetor, apostilas, provas para
simulação e canetas.

A recepção é pequena, tem cinco cadeiras para clientes,


mesa e cadeira para a recepcionista, telefone, microcomputador e
ventilador.
São três as salas de apoio, uma para o Diretor Geral, outra
para o Diretor de Ensino e outra para os dois instrutores.
A sala de prova, é monitorada por câmeras de segurança,
possui seis computadores separados por baias e com teclados
próprios para as alternativas da prova. Mede três metros por oito de
comprimento.
Completando as instalações ainda temos: cozinha com fogão,
geladeira, pia e armário; sala de arquivo morto; um banheiro para
deficiente físico; três banheiros femininos e três banheiros
masculinos.
Durante os intervalos de aula, é servido um lanche para os
treinandos no pátio externo. Este pátio possui bebedouro de água
refrigerada, um aparador de mármore onde é servido o lanche, e
quatro bancos compridos de madeira para as pessoas sentarem-se.
O intervalo costuma ser de quinze minutos.

II - OBSERVAÇÕES REALIZADAS NA INSTITUIÇÃO

As estagiárias, Ivone, Jaqueline e Sandra observaram a


instituição em visitas periódicas e coletaram informações nas
entrevistas realizadas com todos os profissionais envolvidos no
processo de ensino do CFC-A Âncora.
O primeiro contato foi realizado entre as três estagiárias e o
proprietário e também Diretor Geral Ivo Pinto Ribeiro. Na ocasião foi
estabelecido o acordo de como se dariam as entrevistas e as
observações em sala de aula. Cada estagiária poderia freqüentar o

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CFC para coletar informações em qualquer horário de
funcionamento e entrevistar os funcionários durante o expediente. A
sala dos instrutores foi escolhida para a realização das entrevistas.
Já nesta primeira visita, o Ivo apresentou às estagiárias todas
as dependências do prédio bem como alguns funcionários que
estavam trabalhando. Entregou para cada uma das estagiárias o
horário de funcionamento da instituição e a programação das
próximas turmas de Curso Para Renovação de CNH.

A partir deste acordo inicial, estabeleceu-se o compromisso


de realizarem-se primeiro as entrevistas e em seguida as
observações em sala de aula. Cada estagiária programou-se de
acordo com as possibilidades de sua agenda pessoal.

Entrevistas
Ivo Pinto Ribeiro – Diretor Geral (Proprietário)

Durante as entrevistas, explicou o funcionamento do CFC, os


cuidados necessários para que se mantenha a concessão do
DETRAN e continue a atuar na cidade. Sua função é basicamente
administrativa e de planejamento.

Revelou para a Sandra que procura sempre manter um


acervo de material didático moderno e atualizado. Costuma buscar
em São Paulo as novidades, como por exemplo, filmes e apostilas.
Preocupa-se muito também com a capacitação de seus instrutores.

Para a Ivone declarou sua preocupação com o fato de que a


legislação por enquanto só prevê a necessidade de cursos teóricos
para renovação de CNH até o final do ano 2010. Após esta data, se
a lei não mudar, os mesmos não serão mais necessários.

José Manoel dos Santos – Diretor de Ensino


Ao ser entrevistado relatou detalhadamente suas atribuições.
Faz todo o planejamento didático pedagógico da instituição. Atribui
aulas para os instrutores, define as turmas, recolhe e confere a
documentação dos condutores, prepara as salas de aula com os
recursos áudio visuais necessários, acompanha a aplicação das
provas eletrônicas e assina os certificados.

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Confessou para a Jaqueline sua apreensão quanto ao fato
de que a instituição deixe de existir no final do ano que vem. Já
pensa em buscar novas alternativas.
Marcelo Fantini – Instrutor de Trãnsito (Direção Defensiva)

Trabalha na instituição desde sua inauguração. Sempre


lecionando nas aulas de Direção Defensiva. Já tinha quatro anos de
experiência na função quando veio trabalhar aqui.
Gosta do seu trabalho. Considera que todos têm um bom
nível de relacionamento. Os colegas são colaboradores, confiáveis
e eficientes.

Na entrevista com a Ivone, disse que costuma ter um pouco


de dificuldades no controle da disciplina em sala de aula. Alguns
alunos insistem em atender o celular ou a sair da sala para fumar.
Edson – Instrutor de Trânsito (Primeiros Socorros)

Foi contratado pelo CFC a apenas seis meses. Desde sua


admissão ministra aulas de Primeiros Socorros.

Está contente com seu trabalho, sente-se respeitado e aceito


pelos demais colegas.

Ao ser questionado pela Ivone, declarou que sente-se


chateado quando os condutores conversam demais. Isso atrapalha
a aula e dificulta-lhe passar o conteúdo programático.
Verônica Tomazin – Zeladora

Trabalha no CFC desde sua inauguração. É responsável


pela higiene e limpeza de todas as dependências. Também prepara
e serve o lanche nos intervalos de aula.
Considera que o seu trabalho é valorizado, gosta do que faz.

Não vê dificuldades para executar suas atividades. Disse


para a Ivone que está acostumada. Prefere trabalhar em uma
instituição do que de doméstica em casas de família.
Carla Rodrigues – Recepcionista

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Foi contratada em Outubro/2009 para trabalhar como
recepcionista. Ainda está em fase de adaptação. Sua função é
atender telefone, dar informações sobre os cursos e provas,
agendar e fazer matrículas, arquivar documentos, coletar a
impressão digital dos condutores no início e ao final do curso.
Para a Sandra revelou sua dificuldade em entender o
funcionamento do sistema informatizado que o DETRAN usa para o
controle das atividades no CFC. Está se acostumando aos poucos.

Aulas Teóricas – Direção Defensiva


O curso presencial para renovação de CNH apresenta o
seguinte conteúdo programático para a matéria de Direção
Defensiva:

• Conceito – condições adversas;


• Como evitar acidentes;
• Cuidados na direção e manutenção de veículos;
• Cuidados com os demais usuários da via;
• Estado físico e mental do condutor;
• Normas gerais de circulação e conduta;
• Infrações e penalidades (Código de Trânsito Brasileiro);
• Noções de respeito ao meio ambiente e de convívio social
no trânsito: relacionamento interpessoal e diferenças
individuais.
• Cuidados com a vítima.
Os condutores costumam chegar com alguns minutos de
antecedência para se identificarem através da impressão digital e
pegarem seu crachá. O público é bem variado, tem pessoas de
várias idades e níveis de conhecimentos. Percebe-se que alguns
têm curso superior e outros são quase analfabetos. Existem
pessoas dos mais diferentes meios sociais.
No início da aula o instrutor Marcelo apresenta-se
rapidamente, manifesta votos de boas vindas e parte diretamente
para as explicações do conteúdo programático. Cada condutor
recebe uma apostila para acompanhar tudo.
O instrutor desenvolve a aula alternando os recursos
audiovisuais. Apresenta textos e imagens no telão, faz anotações
no quadro magnético e em alguns momentos apresenta filmes

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pedagógicos sobre direção defensiva. Observamos que a maioria
das pessoas presta atenção no assunto, porém poucos fazem
perguntas ou acrescentam algum comentário.
Após apresentar todo o conteúdo proposto, o instrutor
distribui folhetos com uma prova simulada. Todos os participantes
respondem as perguntas exercitando um treino para a prova
eletrônica que farão após o término do curso. O Instrutor espera até
que todos tenham terminado e faz a correção de todas as perguntas
oralmente.

Neste momento, os condutores corrigem seus erros.


Percebe-se claramente que aqueles com baixa escolaridade e
dificuldade de leitura têm muita dificuldade para responder.

Em seguida ainda oferecem-se mais dois modelos diferentes


de prova simulada para treinamento.

O Instrutor demonstra ter domínio da sala de aula e não


permite conversas paralelas.

Aulas Teóricas – Primeiros Socorros

O Instrutor Edson é um dos primeiros a entrar na sala de


aula. Confere todo o material que deverá ser usado e em seguida
chama todos os condutores para entrarem também na sala de aula.

Cumprimenta os participantes e apresenta-se rapidamente.


Em seguida começa a explanação do conteúdo programático.

. Sinalização do local do acidente.

. Acionamento de recursos: Bombeiros, Polícia, Ambulância,


Concessionária da Via, etc.

. Verificação das condições gerais da vítima.

O instrutor alterna muito bem seus recursos didáticos. Utiliza


apostilas, quadro magnético, filmes e até um boneco de borracha
representando a vítima do acidente.

Algumas pessoas exageram na conversa paralela, o instrutor


demora para se posicionar e pedir silencio. A certa altura ouve-se o
som de um celular, alguém levanta-se e vai atender lá fora.

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Durante o intervalo o instrutor continua na sala de aula,
alguns alunos também ficam e procuram esclarecer dúvidas.

Após o intervalo é aplicado um teste simulado e corrigido


oralmente com as explicações necessárias. Percebe-se que
aquelas pessoas com idade mais avançada e que já não tem o
hábito de estudar sentem mais dificuldade para acompanhar a aula.

III – PROPOSTAS DE ASSESSORAMENTO PSICOPEDAGÓGICO


As estagiarias realizam uma reunião para fazer um
levantamento coletivo de todas as informações coletadas durante o
estagio realizado.

A partir deste levantamento já se pode pensar em algumas


sugestões para esta instituição, tomando-se como base os dados
obtidos nos estudos, nas observações realizadas em sala de aula e
nos depoimentos colhidos durante as entrevistas.

Problemas/ Sugestões – Instituição Escolar


Espaço Físico

1) A sala de espera é pequena tem apenas cinco cadeiras


Apesar de que a espera costuma ser de pouco tempo, antes
do início do curso, costuma acontecer certa aglomeração de
pessoas. O ideal seria a recepção em uma sala maior ou então
utilizar a sala ao lado que está desativada como sala de espera,
com maior número de cadeiras e também uma mesa com revistas e
jornais.
2) Na área externa, local onde é servido o lanche, existem
apenas quatro bancos compridos de madeira. As pessoas
servem-se do lanche e conversam em pé.

O espaço físico do local é bom. A colocação no local de mais


uns quatro bancos acomodaria a metade da turma.

3) As turmas que poderiam ser de até 30 pessoas estão


incompletas.

Precisa-se pensar na divulgação do curso. Investir em


propagandas tornaria o CFC conhecido. Pode-se propor descontos

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e também parceria com os escritórios de despachantes, para que
eles encaminhem novos condutores. Outra idéia é a distribuição de
brindes (Canetas, réguas, chaveiros, etc.) para os participantes,
assim eles divulgaria o curso para seus amigos e familiares.

4) Em 2010 acabará a necessidade do condutor participar do


curso para fazer sua renovação de CNH.

A instituição corre o risco de fechar as portas.


Considerando-se que já possui a concessão para ministrar cursos
de primeira habilitação e reciclagem de motorista infratores, precisa-
se concentrar esforços no sentido de torná-los efetivos. Sugerimos
a contratação de mais dois instrutores e novas divulgações. Pode-
se buscar estabelecer parcerias com auto-escolas da cidade para
que encaminhem seus aspirantes à CNH.
Professores

1) O Instrutor Edson perde o controle das conversas em sala de


aula.

O Coordenador precisa orientá-lo quanto à necessidade de


maior rigor, justificando que as conversas paralelas atrapalham o
desempenho daqueles que querem aprender.
2) Os professores sentem-se inseguros em relação ao futuro da
instituição.
Poderiam se envolver no propósito de diversificação dos
cursos. Proporem projetos de novos cursos, como por exemplo:
Direção Defensiva para motoboy, motoristas de taxi, etc.

Alunos
1) Aqueles que têm idade avançada, apresentam alguma
dificuldade de aprendizagem.
Os instrutores devem envolvê-los mais no assunto, dedicar
mais atenção a eles no sentido reforçar os temas que podem
causar dúvidas. Demonstrar receptividade e deixá-los à vontade
para manifestarem suas dúvidas sempre que for preciso.
2) Condutores semi-analfabetos têm dificuldade de
aprendizagem.
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Os instrutores deve sempre ler os textos em voz alta para
que eles compreendam a mensagem. Durante o teste simulado
devem se aproximar para auxiliá-los na leitura.

DEVOLUTIVA

Presidente Prudente, 05 de Dezembro de 2009

Ao

CFC-A Âncora

A/C Sr. Ivo Pinto Ribeiro

Agradecemos a oportunidade que tivemos de realizar o estagio de


Psicopedagogia Institucional. Nossa formação foi privilegiada por conhecer o
trabalho desta entidade que presta um serviço de grande importância para a
comunidade.

Foi gratificante aumentar nossos conhecimentos com profissionais


altamente capacitados nas suas respectivas áreas de atuação. Ressaltamos
também eficiência e a qualidade do Curso Para Renovação de CNH.

Apresentamos a seguir algumas sugestões que foram elaboradas


mediante a execução do objetivo do estágio, que são as nossas Propostas de
Assessoramento Psicopedagógico.

• A sala de espera é pequena tem apenas cinco cadeiras - O ideal seria a


recepção em uma sala maior. Pode-se utilizar a sala ao lado, que está
desativada, como sala de espera colocando-se maior número de
cadeiras e também uma mesa com revistas e jornais.

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• Na área externa, existem apenas quatro bancos compridos de madeira.
As pessoas servem-se do lanche e conversam em pé. A colocação no
local de mais uns quatro bancos acomodaria a metade da turma.
• As turmas que poderiam ser de até 30 pessoas estão incompletas.
Precisa-se pensar na divulgação do curso. Investir em propagandas
tornaria o CFC conhecido. Pode-se propor descontos e também
parceria com os escritórios de despachantes, para que eles
encaminhem novos condutores. Outra idéia é a distribuição de brindes
(Canetas, réguas, chaveiros, etc.) para os participantes, assim eles
divulgaria o curso para seus amigos e familiares.
• Em 2010 acabará a necessidade de condutores participarem do curso
para fazer sua renovação de CNH. Considerando-se que já possui a
concessão para ministrar cursos de primeira habilitação, sugerimos a
contratação de mais dois instrutores, e novas divulgações. Pode-se
buscar estabelecer parcerias com auto-escolas da cidade para que
encaminhem seus aspirantes à CNH.
• O Instrutor Edson perde o controle das conversas em sala de aula. O
Coordenador precisa orientá-lo quanto à necessidade de maior rigor,
justificando que as conversas paralelas atrapalham o desempenho
daqueles que querem aprender.
• Os professores sentem-se inseguros em relação ao futuro da instituição.
Poderiam se envolver no propósito de diversificação dos cursos.
Proporem projetos de novos cursos, como por exemplo: Direção
Defensiva para motoboy, motoristas de taxi, etc.
• Aqueles que têm idade avançada, apresentam alguma dificuldade de
aprendizagem. Os instrutores devem envolvê-los mais no assunto,
dedicar mais atenção a eles no sentido reforçar os temas que podem
causar dúvidas. Demonstrar receptividade e deixá-los à vontade para
manifestarem suas dúvidas sempre que for preciso.
• Condutores semi-analfabetos, têm dificuldade de aprendizagem.
Os instrutores deve sempre ler os textos em voz alta para que eles
compreendam a mensagem. Durante o teste simulado deve se
aproximar para auxiliá-los na leitura.
Desejamos com este trabalho ter contribuído de alguma forma para
que este CFC-A tenha um aprimoramento ainda maior das suas condições
educacionais. Colocamo-nos à disposição para auxiliá-los no que for
necessário.

Agradecidas.

Ivone Aparecida Cardoso Ribeiro

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Jaqueline Rodrigues de Macedo

Sandra Regina Ferreira

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