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ARIO inda-feira, 8 de Agos de 2011 © oo DAREPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero — Kz: 160,00 Repiblican. deve see dirigia 3 Imprensa SSINATURAS, Kast ssa] 32 série Kes 9500, uerosedy oh rent ki Nel. semen publica 105 70000] angen Nain — EP SUMARIO Presidente da Repiblica Decroto Presiden ."2 mre aC claen \ ‘aes Newsnet deen Leta Oe Kenta ilo rc ae crete Presiden PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial 216/11 se de Agosto Considerando que © acesso 2 terra € fundamental para o pracesso de revonsirugii, construgio e desenvolvimento ceo rémico e social do Pais e dos cidados: Tendo em conta que a terra & um crtério de cidadania © lum aetivo que o eidadao angolano pode tr part promover 0 seu devenvolvimento: tem asvistdo a coneesso de direitos Considerandlo que Funditios. etm muitos casos. em desrespeite as prioridades rnacionais ea Jegislagio em vigor Havendo nevessidale de estabeleeer as bases sobre Pi tiea Nacional de Concess o de Diteitos sobre Tesras tendo em conta o disposto ns legislagio em vigor © Presidente la Republica decreta. nos termoy Ua dis posigdes combinadas das alineas b)¢ 1) do artigo 1202 & do no 3 do a ambos di Constituigio da Replies dde Angola. 0 seguinte: CAPITULO 1 Disposigdes Gerais anrigo 1 Objector © presente diploma estabeleve us bases sobre a Politica Nacional para a Coneessi ce Dirvitos sobre Terrs (0s mecanismos de tamemto devem ter em conta os seguintes Factores ensio do terrtGrio nacional a de pressio dem territério nacional: (6) Bhorme extensio dt costa e pra «d) Abunda de recursos de solo, igus, ane flr ¢) Existéneia de solos aniveis © gom hou fetlidade temperaturas e regimes de chuvas favoriveis & agricultura f) Clim, praias, Nona ¢ fauna lavorsiveis a turismo: ia de FecUrVs no subsalo: 1 ca populago nio tom seguranga de aeesso « uso da tema: 3818 {) Falta de capitais ¢ tecnologia para explorar a tera: {) Sistemas de titulagio, cadastro ¢ registo da terra deficientes: {Sistemas de planeamento do uso do solo inelicazes: 1 Aquisigdo pelos cidadios de grandes parcelas sem. ‘que sejam efectivamente utilizadas, obstruindo potenciais uilizadore ‘m) Auséneia de sistema de tributagao das parcels de terras adguiridas. ARTIGO 3 (raridads macionas na gesto da terra) |. A politica nacional para a concessio de direitos sobre terras deve reflectr, também. os objectivos principais da politica sociale econsmica do Executive quanto a0 combate pobreza e & promogo do desenvolvimento econdmico. social do Pats ea protec dos cidados, 2.0 acesso & terra e seu aproveitamento deve ter em conta: 44) Adequado ordenamento do terrt6rio e corecta for. ‘macio, ordenagio ¢ funcionamento dos aglome- rados urbanos: ) Garantia de acesso ¢ uso da terra aos cidadaos, reconhecendo-se os diteitos consuetudinarios de acesso € gesto das terras das comunidades rurais residentes promovendo justiga social ¢ econdmica no campo: ©) Fomento da produgdo de alimentos, para que sejam. ‘leangados niveis de seguranga alimentar; <4) Permisso ¢ incentive que a agricultura do sector familiar se desenvolva e cresca, tanto em volume de produio como em indices de produtividade. som que Ihe falteo seu recurso principal, terra «€) Promogio do investimento prvado, nacional e estran- geiro ulilizando de forma sustentavel, sem prejudicar a populagdo residente & os interesses Tocais ¢ assegurando beneficios para a populagao € para o exrio publico: _P Respeito dos prineipios definidos na Lei vobre a Cconcessio de direitos Fundidrias a pessous colec~ tivas de direito privado quer de nacionalidade estrangeira ou angolana; .) Rexpeito dos prinefpios definidos na Lei para a con- ‘cessio de direitos fundiirios a pessoas singula- res de nacionalidade estrangeira: 1h) Conservagio das reas de interesse ecol6ico e ges- 0 dos recursos naturais de forma sustentivel, ue possa garantir a qualidade de vida da pr semte € futuras geragdes, assegurando que as zonas de protec¢o total e parcial mantenham qualidade ambiental ¢0s fins especiais para que foram constituidas: DIARIO DA REPUBLICA 1) Actualizagio ¢ melhoria do sistema tributdrio baseado na acupagdo eno uso de terrenos que possa apolar os orgamentos publicos aos diver sos niveis: {) Propriedade de interesse piblico de desenvolvi- ‘mento econdmico e social ARTIGO 4 (Principals uss da terra) Nos termos das prioridades nacionais da politica nacional de concessio de terras,consideram-se como beneficiarios 0s _gfupos socioeconémicos que exercem direitos sobre a terra ‘ou que t8m na terra a sua principal actividade econémica. ‘conforme os seguintes usos: a) Uso agrévio: +5) Uso urbano; ©) Uso mineiro: 1) Uso turistico: ©) Uso para infra-estrutura produtiva e social ARHIGo 5 se agrario, uso agririo pode ser utilizado para fins familiares ou ‘comunititios, empresarial, com a pequena, média ¢ grande ‘empresa 1.0 uso ager familiar ou comunitirio € utilizado pelas lias ou comunidades rurais segundo o costume relativo ao acesso e gestlo da terra. 2. 0 uso agrério familiar ou comunitério constitu 0 _grande recurso na administragio e gestio de terras em zonas rurais do territ6rio nacional 3. Para oefeito dos nlimeros anteriores devem ser ident: fleadas areas de ocupagtio & avesso 2 terra pelas famtlias © ‘comunidades locais, cujas éreas devem ser demarcadas e, se possivel, proceder ao registo no Cadastro Nacional de Terras ser criado, 4A identificago cadastral deve servir para estabelecer 608 direitos de acesso e de gestio da terra pelas familias & comunidades locais ou rura ARTIGO 7 se agri empresarial) 0 uso agririo empresarial de pequena, média e grandes ‘empresas ¢ utilizado para operagio de investimentos agri- coli, Mlorestal e turistico. L SERIE — N: 150 — DE 8 DE AGOSTO DE 2011 ARTIGO K* Construgio eur imo) A politica nacional de concessto de di atende as diversas aegdes de construgdo e urbanismo, omeadamente: tos sobre terras 1a) A terra para habitagdo propria é garantida pelo Estado, nos termes da Constituigdo ¢ da Ie: +b) O processo de ordenamento e de planificaglo fis € exercido pelo Estado, podendo ser realizado pelos agentes privados nos termos estabelecidos por lei 1610 espago urbano niio pode ser transferide quando sobte ele no tenham sido Feitas construgses ou ‘outras benfeitorias infra-estruturais; 4) As infra-estruturas realizadas no processo de urba- nizagio, agregam valor tera o qual pode servir como fonte de rendimento tanto para 0 Estado ‘como para os agentes privados:, ) 0 crescimento urbano, ¢ a consequente ocupagao. de tertenos anteriormente atribuldos a outros usos, deve realizar-se tomando em conta as pessoas que ai estejam fixadas € as benfeitorias realizadas, salvo se jf exista um plano de orde~ ‘namento territorial previamente concebido ARTIGO 9* so tursico) 1.0 uso turistico corresponde a um conjunto de activi- _dades profisionais relacionadas com o transporte, alojamento, alimentagio e actividades de lazer destinadas a vsitantes de sitios, 2.0 uso da terra para efeitos de turismo e © ecoturismo pode ter em conta os seguintes tipo 14) Turismo de praia e sol: ) Turismo rural: © Turismo histérico cultural: 1) Turismo de negécios, congressos¢ fea. 3. No dmbito da politica nacional de concessio de direitos, sobre terras. tipos de turismo deserito no niimero anterior ‘correm sobre um espago territorial, nos termos da Lei de Terrase do Plano Nacional de Turismo. 4.0 uso ¢ aproveitamento da terra para efeitos tristicos tem um valor estratégico como fonte de rendimento para a ‘atisfagio dos objectives econémicos ¢ sociais das popula ‘gbes € do Estado. 7 ARTIGO 10" ‘Areas de tterveng pra ituristica) (© uso e aproveitamento da terra para efeitos turisticas pode ser classificado de acordo com as seguintes dreas: 3819 4) Area de aproveitamento turstico: Eixos de desenvolvimento turstico: «) Plos de desenvolvimento turistieo: 4 Areas de expanso turistica, ARTIGO 1 (so de tera para infra-eatratrase bras pleas) 1. Na concessio de terras pelas entidades pibicas deve prever-se areas para obras de infra-estraturas (estradas, Jinhas férreas, linhas de transmissdo de electricidade) demas obras pablicas, «a nacional de concesslo de direitos sobre ter 2.A polit ras deve ter em conta e proteger dreas pars a expansio das infra-estruturas, bem como para ampliagio € manutengtio dos sistemas existentes. 3. Acconcessio de terras deve respeitar os limites dos ter renos marginais, onde nenhuma construgio deve ser permi- tida para permitie a expansdo das infra-estruturas © obras pablicas, ARTIGO 12° so industrial e comercial) © uso ¢ aproveitamento de terras deve ter em conta os ‘objectives do urbanism comercial e industrial nos termos da legislagio em vigor. ARTIGO 13° ‘Aspects ater em comta na aplicag da politica nacional de concen de terra) 1A implementagao da politica nacional de concesso de direitos sobre terras deve ter em conta 44) Aterra como umn elemento fundamental do exerct cio de cidadania dos angolanos: ) A ligagdo entre 0 aproveitamento sil da terrae a ceapacidade de aquisigdo de direitos sobre imé- 1) proviso de um sistema de transferéncias dos direitos de uso e aproveitamento dd) Acexisténcia de somente um tipo de titulo de con- ccessdo, seja qual for a base legal dos diteitos adquiridos: €¢) Simplificagaio dos procedimentos administrativos ide concessio de teas: 1) Criagao de um sistema tributirio, tanto para usos ‘com fins agririos, como fins habitacionais, industria, mineiros e de turismo: 4) Limitagdo de aquisigao do direito de propriedade sobre terras apenas a cidadios naci ‘4 aquisigdo de terras por estrangeiros pela via is eevitar DIARIO DA REPUBLICA, indirecta, utiizando © mecanismo da sociedade comercial /h) Rexpeito pela legislagio em vigor quanto a conces- io de direitos a pessoas singulares ¢ coleetivas de nacionalidade estrangeira: Limitar a aquisigZo injustticada de grandes exten- de terras pelos cidadaos nacionais DO cquiltorio entre o period de duragao dos direitos Tundlitios eo seu aproveitamento: 4) Responsabilizar criminalmente os Srplos pablicos pela atribuigdo ilegal de teas, ARTIC 182 {Pano de otearent) A concesso de terras nas dreas urbanas ¢ suburbanas $6 pode ser feita mediante a exisiéncia prévia de um plano de loteamento ‘A implementagdo da polftica nacional sobre a concessio direitos sobre terras deve ser apoiada por um Cadastro Nacional de Terras,tnico para todo o Pais, de tipo multifun- ional e sera interligado por uma tinica rede informtica, com padrOes uniformes, para levar a cabo as suas fungdes, ARTIGO 16, (Conservatéria do Regist Preial) A implementagio da politica nacional de concessao de direitos sobre terras deve ser suportada por uma Conservaté- ria do Registo Predial com forte apoio na dtea de procedi- ‘menos operacionais, eapacitagio de pessoal e melhoria dos seus equipamentos ¢ infra-estruturas CAPITULO II Disposigdes Finais aRmiGo 175 ‘Revoguga0) revogada toda a legislagio que contrarie 0 disposto no presente diploma, nomeadamente a Circular n.° 07/07.06/ JGAB MINUCIIO, ARTIGO 18 (Dividaseomistes) ‘As dividas e omiss0es resultantes da interpretagioe apli- cago do presente Decreto Presidencial sio resolvidas pelo Titular do Poder Executivo, O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data da sua publicagio em Diario da Repiiblica. Apreciado pelo Conselho de Ministros, em Luanda, ‘898 27 de Julho de 2011 Publique-se. Luanda, a0s 3 de Agosto de 2011 (© Presidente da Repablica, Jose Eouxrno nos Santos. Deereto Presidencial n." 217/11 de 8 de Agosto través do Decreto Presidencial n° 44/10,de 7 de Maio, foi criado o Gabinete de Reconstrugio Nacional com a nat reza de organismo autGnomo do sector piblico administra- tivo, cuja actuagZo incidia sobre projectos considerados de interesseestratégico. independentemente da respectiva loca- lizagao territorial Considerando que os objectivos para que foi criado 0 referido Gabinete estdo ultrapassados € 0s projectos foram cconcretizados ou esto em fase de conclusio; © Presidente da Repiiblica decreta, nos termos das ali- neas d)¢ €) do artigo 120.° edo n° | do artigo 125.° ambos da Constituigdo de Angola, o seguinte: Antigo 1 — E extinto 0 Gabinete de Reconsiugio Nacional, abreviadamentedesignado «GR.» eriadoara- ‘és do Decreto Pesidencial n° 44/10,de T de Maio Amigo 2° ~ E criado 0 Gabinete de Obras Especais breviadamentedesignado G, OE. sob dependéncia directa do Presidente da Repdblica, Antigo 3.° — O Gabinete de Obras Especiais ¢dirigido _por um Director. nomeado por despacho do Presidente da Repablica Antigo 4° — Compete genericamente a0 Gabinete de ‘Obras Especiais o seguint: ‘) Promover a fiscalizagio dos trabalhos do Centro Politico Administrative Naci +) Promovera conclusdo das obras de restauro e cons trugdo do Museu das Forgas Armadas Angotanas, ‘Oceanirio, Museu da Independénciaou da Republica © A concepgo e execugio de obras publicas consi- deradas de importincia estratégica e de imple: mentago urgente integradas no programa do Executivo: 4) Exercer outras atribuig@es que the forem orienta- {das pelo Titular do Poder Executivo.

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