fen6meno quando, em paginas de mem6rias ainda ineditas, reflecte sobre as perturbru;iies econ6micas provocadas pela guerra de 1914.
Feito o diagn6stico da crise social, todos estes
publicistas prop6em soluc5es para a resolver. Leitores das obras dos te6rtcos franceses do anarqulsmo e do .socialismo, reconhecendo a razao de ser das criticas por estes feitas a socledade burguesa, espiritos abertos a Justit;a social e a dignificru;iio do prolet artado, todos estes publicistas, porem, rejeitam o radi calismo revolucionario e atribuem ao conceito de evolucao o dinamismo e a inevitabilidade dum progresso subst:mcial lrreversivel, capaz de transformar gradual mas eficazmente as sociedades. Serpa Pimentel, o mais moderado destes publlclstas, Ouguela., o mais radica.l, e Fuschinl condensam (facto curiosa mas slgniflcativo) o que poderia.mos chamar o seu evolucionismo reformists. no mesmo aforhsmo clentifico {Natura non tacit saltum) : << ( ... > Destruir completamente a sociedade actual e querer fazer um s:J.l to na. evolut;iio do progresso social, e a socieda.de, por isso que eta e um resultado 16gico da natureza., se pode aplicar o grande principia, que os modernos naturallstas reconheceram ser a capib l e eterna verda.de da ci.Bncia: natura non tacit saltus. (" ) (Serpa PimenteL) ccA natureza, na sua. intensiva a.ctiv!da.de, niio acelera, niio abrevia, nem ret3rda os processes de que usa; ( .. .) A ciencia moderns. baniu a pleno a teoria dos ca.ta.clismos, que por tiio largos anos imperou nos dominies da geologia.. <. .. ) A natureza, pois, niio dli saltos. Nos seus processos niio existem soluc;iies de continuidade. (") (Ouguela..) ccPolitica non tacit saltum, responde Fuschini (") a Jose Falciio quando este, em 1891, poucos meses depois do fracasso da revolts. do Porto, lhe prop6e a. substituic;iio da monarquia pela republica. como meio de solucionar os graves problemas socia.is. 33