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sae heecpa BR Biprreen wr THEATRO DA TRINDADE A FESTA DO AUGUSTO Esta pagina, destinada a preceder-the a fésta, serve agora para commemoral-a. Augusto ¢ um los, j4 pelos sous dotes urtisticos que efo de muito me- 8 conhiecem ¢ apres Asaio “ibys Gud, roa dk lai, a Om, 2 iets a Broun 24 08 AgnuL De 1886 DAS CALDAS © © conselheiro Pim continua a sor 0 rei des Caldas, Rei absoluto, como o sr. D. Miguel, de que a6 fal- tou porem-lhe o nome quando olevaram & pia Elle condemma, elle absolve, elle perdda, elle pre- Quando chega a Paschoa, a epocha das Gracas, & centip que elle esparge a real munilicencia pelos seus ‘subditos obedientes. ‘A occasiso para este acto ¢ a procisato do Enterro, ‘Os mais graduados abiscoitam as varas do pallio © 08 anjinhos contentam-se com Boniecés we SEG ‘98 que 0s trazem pela méo slo trutados por bcd Le, seg ~~ RS ——— iy BO e 1.0 resto dos mortaes nao Ihe merece nem um simples, thar! A, baeaiones, Sr. bardo de Viamoate, lance v. ext sobre estes desherdados 6 olhar que oconselheiro Ihes regateis. Um colhar misericordioso para este bom povo, em eujaalma candida © amoravel s6 tim innozente desejo ee aninka: fazcr ao conselheiro em pessoa o que era uso fezer-se ‘em estatua a0 Judas no sabbado da alleluia... Vontade nip the falta-.- mas 0 terror eontem-n'al 1guisigio Mt dentro. Nio ve fis, sr. govornador sivil, nas cantatas d'esta sercia pellada que vive nas aguas das Caldas... 24 DE ABRIL De 1886 BPrvora er EXPEDIENTE ‘A semana santa foi o diabo para os Pontos nos ii, ‘Tivemos de deixal-s passar de todo para eonseguir~ ‘mos pér 6 jornal na russ (© pessoal enorme e variadissimo que trabelha na nossa folha esbandathou-se, cada sessa0 para cou Lado, de forma que s6 depois de feita.a Paschon conacgvimos trazelo novamente a0 cortigo do seu dever. ‘Agora era a redacgto a visitar as egrejas, Logo a typographia a correr os confeiteires, em sequida slrai= istragdo a assitic ao oficio de trevas, depois a 1ytho= ‘graphia a ouvir 0 sermdo de lagrimas, mais tarde 0 jtribuidor entretido na alleluia, um verdsdeiro in ferno por eausa das ogreias. O Ieitor que aos perdde a devosto, na certeze de ‘que esta fala se nao repetira — a nfo ser para a pa shoa do ance que ver, ai CHRONICA F aqui, n’este cantinho, que costumamos escarra- pachar todas as semanas a relagao do que 08 outros fazom, ngs observamos e 1 chronica registra. Pols d'esta yer a chronica ndo registraré coisa ne~ numa porque nés pada observimos, embora os outros ‘muito Bzessem, Olhem que isto de entrar o anno e sahir o anno sempre 9 dar fé das vidas alheias, sempre de lapis en- ‘gatilhado, tomar apontamentos na carteira oom a so- freguiddo e « frequencia de quem toma earapinhadas no mez d'agosto, chega a ser quasi tio massador como {er de fio a povio um artigo do Miguel Paes, ouvir do uma asentida ug discurso do viseonde de Arriaga, ‘ou axuentar scm tomar o folego uma posture completa, dos calembourgs que 0 Mendenga e Costa costums pes- ear de orelha por esse mundo de Christo © impin, depois & humanidade como gemmas do sen ovario in- tellectual Foi assim que, resolyendo dar um foriado 4 nossa ‘carttira.e um regabole ao nosso corpinko, tomémes no ultimo sabbado 6 caminho de Santa Apolonia, com um grande contentamento de fouriste no intioo dalma e algunas sandwicks de vitella ne aacen de viayem, ‘A concorrencia de viajantes era enorme, de man ra que tivemos de botar « extravayancia de coupérleiio, ppelo que nosso corpo deu nove suspiros de satisfa- Glo, © nossa bolsn igual numery de tostGes, de supe plemento, No Entronccmento uma opulenta fefeieto — tanto quanto trintse dois dentes virgens de huracos eehume badelles podem mastizar no praso de vinte minutos... Keplecto como, um abbide, sorriv-nos logo a ideia um somninko bem rewonado alé d estagdo Aveiro ‘onde tinhamos de apears Para que no suecedesss porém que. bondade do omninho se prolongacce alem doaggesos desejos, sol- + Jicitamoe cortezmente do revisor a graga d'uma S2cu- la, d'um belissto, ou mesmo dram poatapé, que os despertasss a tempo ¢ horas a revisor preferiu'War-nos 0 ponti-pé sli mesmo, { certamente porque seja contrarin aos scus habitos forerar essa manobra de frente, voltou-tios as costes, respondendo com um laconismo mais seoco de que o8 propriog erenqued fumados —Nio poss! Comp toda a quantidade que passa pelo infinite ‘muda de signal, a sequiddo daquelle revisor ers tanta {que elle nos parecen ensopsdo. .. em molho de villi. Silyaz se chamava, nos parece, este secvidor do les- tee norte, assim deverd ser, pois se Hos affiguroy mais proprio para deffesa de vallados de que para ser de linkas ferreas, aquelle systems de voltar €s costas a quem se ige, nem duvidamos até de que os csrvigosd’eata ‘Silva possam com vantagem eproveitar-se em vallar dos de ambos os sexos. Na segunde feira partinmos pata'o Porto, onde nos esperava o mais dedicado dos amigos, na gare, ¢ 0 mais suecelento dos bifles, no Suissa. © Porto, na opiniao das pessoas que he vinte an- ‘nos © frequlentam & meudo, nao é propriimente uma eidade: € um ealeidoskopio. Aquillo muds de aspecto quasi todos os dies; quem © viu hontem ja amanbi o ndo reconhese. Para destruir e construire néo ha como 08 portuens ses. Aquillo ¢ vira mio e fia dedo | ‘La passdmos, por exemplo, 20 pé da capella da ‘Aguardente, que um dia era eapella, no outro esteve ‘para sor escola. ao tercsiro nao ers capella nem escola, mas simplesmente bm montto de ealica! Ate chegamos a suspeitar que-a capella da Aguar> dente'entrou em demasia pela sua denominagio ¢ {01 isso que a fez caire.. ‘Da antiga cidade deram-nos muito no goto aqual- les predios com as paredes guarnceidas de telha, ‘Nressa Invicta que ndo morte, Parece que a tellin eu acho— E’ tang, tanta, que escorre elas paredes absixo ) Se assim fora, entio plrx 0 Porto Eu passéra eternamente, Pra ficar, quer vivo on morto, No scio da minha gente. Um documento do muito que podem a inieiativa © boa voutade dos portuenses, € 0 Athenou Commer= |, uma associapao muito moderna, quasi recem=nas- sida mas que jd caminha desempenada, sem ajude de ‘eesto, 0 paseo que, entre nos, tentas outras de idade respeitavel ainda nom soquen/eonteguiram fazer tem= tem! ‘Ao favor do paidre Patricio, que nos apresentou, © Gamabilidade da direceio dy Atheneu, devemos 69 observar de perto 08 recursos ja notaveiy @'aquella in stituiggo que, comezando por uma sociedade de polkas ‘mezurkas, soube transformarse nam walioso centro eummereial, artistico ¢ litterario. Entre n6s, as assoclagses de saleifeés transformam= sequando muito em centros politicos: —hsja vista a0 Carapau, Siar A CONFISSAO Mea culpa! mea culpa; Eu peceador, me confess> a vis; darda, wrazendo a capa u lume e ameacendo os pimpolhos com ‘v6s todo poderos0... —Dasta de lamuria! Dé cd a esportula da desarrisca e podes ir buscar 0 bilhcte da eonfissfo porque” estis absolvido... fo que vos offend, inyeatanda « al= ios de tirapé. Hoje arrependido erelo em 406 . Bo 24 DE Amit DE 1886, © Porto, em sumina, encantou-nos, tanto pelo seu ‘spesto como pelos seus enthisiasmos, e, so Portugal seguir o exemplo da Franca, decretando a lei do des Quite, nfo-scri para espantar que nds fagamos « Lis boi o que Adelina Patt fer ao marquez de Caux, con ferindoa0 Porto 0 papel de Nicolini... i Hearique Lopes de Mendonca, vac dar brevemente iestampa a suas dias producgdzs theatrass que o pie blico de Lisboa tio calorosamente tei appleudido. A Noiva e 0 Digue de Viren constivuirdo um 9d Yolume, onde o leitor poderi mais detidamente apre- todos og mil rendilhados litterarios com tanta pro fusao debuxados a’essas duas obras primas do laut do poeta © dramatungo, Aguardamos anciosos 4 promettida publieagao, pe Gs ‘Rabelais publican recentemente um volume decom tos intiulado Vollpias e de que natuvalments ja no ‘esta win 69 exemplar, se dermos ereditos av opines ue por thi corm sobre o estado do paladar da maio- ia dog Icitones. As Volupias, or itgo mesmo que s¥0.de molds ‘Mo. as recommendarmos « meninas soltsira, devem aesessariamente a estas horas ter um logarsioho re= servado ns cstantss de todos os machos soltiros ex ‘dos e visvon Paw-Tanawrora’ EMFIM! Afigal—nem poss» erebo!|~ Foi a coisa resolvida! Vao ficar nuas em pello AAs cotatuas da Avenida! Da Liberdade n¢ sitio, Era tempo, na yerdade, ‘Vio emlim—Jove periitte-o— Respirar em liberdade | Descobrindo-as membro « membro, Co's honectidade precisa, A 18 de dezembro E* quem thes tira a camsisa, Nests ponte, {reneamente, ‘Nio cincordo bem com isso, Que ha alguem mais competente Pra fazer um tal servigo. ‘Se.0 meu Yoto fora ouvito, Quanto a mim esse trabalho Devera ser commettido ‘Ao Cyritlo de Carvalho. ‘Tem as condigses presisas, ‘Nem talhado de encommends Quem melhor tira camisas Que um ministre da fazenda? Pax-Taraneruna, CASOS, TYPOS E COSTUMES A ALLELUIA, Os devotes, em eardume, Na costumada fallacio, Vio correndo « ferir tome. Pre assistic, como € costume, At alleluia em Santa Engracia. Entre povo que esbraveja Se espesioha e se atropella, L& consegue entrar na egreia Um burguez obr de cereja, A mulher € o pri el D, Enfrmsia vae na frente; ‘Atraz, 0 esposo Thadeu ; Ao lado o primo Vicente, Arogesja, cheia de gente, Esta escura como brew. Poueo a pouso, «im passo lerdo, D. Eufrasia Id'se ageita, Cojo marido, gordo cerdo, Occupando o lado esquerdo: iminho da dircita, 24 ve Annie Dr 1886. Entra 0 conego Aparicio =Um odre cor de carmim— essa o rumor, 0 bulicios, Dicse comes ao officio Que a alleluis tem por Sim. Reparou Thadeu, durence Todo 0 officio da alleluia, Que a0 fallar cua espoca amante [Neo the achou nunca o semblante E cesbarro sempre na evial... ‘Mas nip fer major roparo E pensou colos seus botdes : sti resando a Santo Amaro..- Seado mulher, nto € rare Ter dlaquellas devosses.-+ ‘A esposs, effectivamente, Em taes devnsdes se exal ‘A resar ardentem Que uma ver, in Te suspirou em vor altal-.. Passados tres quartos dhora Aalleluia chea 20 cabo ; ‘Quem passe escute Id fora Dos sinos a vor sonora Tocando como o diabo. La dentro, os jorros de luz, ae Breen prereoreat Abre com verdadeira chave de oiro a recente puis blicagdo mensal edrtada por Pastor ¢ denominada Con- tos Modernos. CAmores d beira mar se intivuls essa deliciosa pri- micia da cleganie publicagio, devida 4 peana de Ale bberto Brags, um escriptor mimosissimo que © leitor deeerto conhece das columnas das Novidades geatil- ‘mente salpicadas com as brilhantes composigdcs d'a- ‘quelle symontico rapa. Felicitamos Pastor pala edigo d'esse prisioeo i= vrinho, incluindo em a nossa felicitagso quantos apre- iain as boss produegdes litterarias ¢ 0 bom gosto ar- tisticos.

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