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http://dn.sapo.pt/2008/04/16/sociedade/professores_aprovam_posicao_sindicat.html

Professores aprovam posição dos


sindicatos

MARIA JOÃO CAETANO

Um pouco por todo o País, as aulas estiveram suspensas durante a manhã de ontem devido à realização
das reuniões de esclarecimento e aprovação da moção da Plataforma Sindical. O Dia D da educação ficou
marcado por cerca de 1300 sessões de esclarecimento e a prática adopatada pelas escolas que recebiam
os sindicatos foi a de não haver aulas. O balanço oficial só hoje será feito, mas ao final da tarde de
ontem, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof (Federação Nacional de Professores), não tinha
dúvidas: "A esmagadora maioria das escolas aprovou a moção" proposta pela Plataforma Sindical de
Professores, uma moção de apoio ao "entendimento" alcançado com o Ministério da Educação (ME), mas
onde se garante que os professores não abrem mão das suas reivindicações. "Houve algumas escolas
que recusaram a moção, mas por aquilo que sei terão sido poucas e as votações não terão sido
significativas", disse ao DN. Desta forma, a plataforma não vê motivos para recuar na ratificação do
acordo, agendada para amanhã.

O Dia D serviu, antes de mais, para esclarecer os professores sobre o conteúdo do "entendimento", mas
também para ouvir as dúvidas dos docentes e debater novas formas de luta. Algumas reuniões foram
mais acaloradas, como foi o caso da que se realizou na Escola de São Pedro, em Vila Real, onde quase
metade dos professores abandonou a sala antes do encontro terminar e, no final, os 17 participantes
votaram em massa contra a moção dos sindicatos, por, como explicou o professor Octávio Rodrigues,
este acordo mais não ter feito "do que adiar o problema para Setembro". Ou, nas palavras de um colega,
José Aníbal, ter "esvaziado a força dos cem mil professores que participaram na manifestação de Lisboa".

Desiludidos e sentindo-se traídos, alguns professores não concordam com a negociação. "Se há alguma
vitória, ela é do Governo. A avaliação não foi suspensa. O que vai acontecer este ano com a avaliação
dos contratados iria acontecer com ou sem entendimento", concluiu Manuel Coutinho, professor de Vila
Real.

Esta, porém, não terá sido a opinião da maioria dos professores. "É muito grave que alguns colegas
tentem convencer os professores de que isto é zero, estão a fazer um bom serviço ao Governo", acusou
Mário Nogueira, que denunciou mesmo algumas manobras "desonestas" de professores que tentam
desacreditar os dirigentes sindicais. José Ricardo, representante da FNE (Federação Nacional de
Educação), reafirmou: "Tanto a FNE como a Fenprof trabalharam muito neste entendimento para
resolver algumas questões no imediato, mas as questões de fundo mantêm-se. Está-me a custar muito
os ataque vindos de colegas nossos, a desvalorizar este entendimento com o ME apenas para confundir
ainda mais os professores."

Apesar de darem cobertura à posição da plataforma sindical, os professores não deixaram de criticar a
política do Governo na área da educação e manifestaram a vontade de não abandonar as reivindicações:
"É uma trégua temporária", garantiu o professor Armindo Bragança, que orientou a sessão de
esclarecimento na Escola Secundária Rodrigues de Freitas, no Porto. "Este entendimento mínimo
alcançado pela plataforma sindical é benéfico para todos os professores, mas é importante transmitir a
ideia de que a luta não acaba aqui." Questões como o Estatuto da Carreira Docente, o regime de
direcção e gestão escolar, a educação escolar e o encerramento de escolas continuam na ordem do dia.|
Com Lusa

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