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ela que vem de sobra e fartura no meu verso aprumado com as que
desapareceram dos jardins suspensos da Babilnia, como a das guas que
Vnus embalsamou o corpo de Aquiles, como a que coroou o soldado
romano depois da queda de Cartago.
ela nua que vaza e faz paga como quem deve com toda a essncia da
que Prncipe Negro, o negro que vermelho bem escuro.
ela destinatria de tudo que vem se aninhar em mim com o cheiro da
santa de Viterbo, como a que fora proibida pelo pai de dar esmolas aos
pobres.
ela nua radiante que me retm com o incenso da Ch, Sinensis, a mais
antiga oriunda da China, como a Azimutal Sideral que auxiliou a navegar
o ndico sob as estrelas de distncias polares no rumo do horizonte.
ela que me detm com jeito atrevida e nua como a seiva da dos gregos,
nos rumos da Torre dos Ventos, chamada Rhodon, ou como a Rstica de
Giulio Cesare Cortese; ou como a que o lapidrio inspirado homenageia a
Holanda ou Anturpia pra encher os olhos do polidor de diamantes.
Ela que vem nua e linda como a Mstica, como a santificada de Isabel,
como a Santa-Maria, como a da chuva do Vaticano, como a das meninas
recm-nascidas.
Ela que vem nua e linda com todas as honras de rainha para que eu,
Tagore inflamado, saiba: "passando de folhas para flores porque
comearam a amar..."
ela nua e linda que vem se aninhar em mim com o orvalho da do Ouro
do Papa Gregrio II; como a da Rainha Josefina, como a das pedras no
quintal, como a que o rodlogo, exmio amante, multiplica com sua
dedicao.
ela que nua e linda vara as noites no nosso proscnio de gestos fartos,
com toda a seduo da Azul utpica, como a de Hildesheim, de mil anos,
como a da guerra de York e Lancaster, como de Joaquim Fontes que est
comigo.
ela que vem no olho do furaco acontecendo nos meus dias como a
Gallica, de propriedades medicinais; como a de Malherbe, como a dos
tesouros da moura encantada que no desmente o que promete nem
retoma o que d.
ela que me oferece toda safra de algodo dos seus mimos com a
graciosidade da Malvcea Aurora em sua metamorfose durante todo o
dia at sab-la Amor-de-Homem.
ela inquieta e nua que no cessa nem sacia a enchente do meu gozo
com toda a maravilha da Brinco-de-Rainha, como a Malva, como a
Super-Star, como a do monte dos Alpes, como a Altia que me cura com
seu amor e ainda me farta a fome, a Gelia Rosela, a Caruru Azedo.
ela que acontece na peleja e me detm no truque de toda formosura da
de Lima, a primeira santa nativa do continente americano, simples
deidade peruana.