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http://jn.sapo.pt/2008/04/18/nacional/movimentos_contestatarios_unemse_con.html
Movimentos contestatários
unem-se contra acordo

A Associação de Professores e Educadores em


Defesa do Ensino (APEDE) vai contactar todos os
restantes movimentos não sindicais de professores
que discordam do acordo firmado entre sindicatos e
Ministério da Educação. O objectivo é criar uma
plataforma de "unidade e resistência", de forma a
estudar novas formas de luta.

Em declarações ao JN, Mário Machaqueiro, da


APEDE, criticou o acordo assinado entre as
organizações sindicais e o ME. "Os sindicatos deram
uma prenda ao ME", realçou, criticando o facto de a
Plataforma Sindical ter acabado por aceitar a
aplicação, na íntegra, do modelo de avaliação da
tutela.

"A partir de Setembro, estarão instalados nas escolas


mecanismos de coacção sobre os professores, que
terão pouca margem de manobra para os contestar",
sublinhou.

Mário Machaqueiro fez notar que o número de


professores que contesta o acordo firmado é elevado.
"Em muitas escolas, a moção foi aprovada com muitas
reservas, na ideia de não tirar o tapete aos sindicatos.
Não sei se a Plataforma interiorizou esta mensagem
dos professores", indagou. Aquele membro da
comissão instaladora da APEDE acredita que a
aprovação do acordo foi feita num momento de
"desorientação da classe". "É um efeito adicional da
situação em que estamos", explicou.

A APEDE opõe-se a quaisquer medidas de


reajustamento do modelo de avaliação do ME, recusa
a inclusão de organizações sindicais de docentes no
Conselho Científico para a Avaliação de Desempenho,
assim como a introdução de horários e remunerações
diferenciadas para os professores coordenadores de
departamento curricular.

No que se refere à avaliação do modelo de avaliação


do ME em Junho e Julho de 2009, Mário Machaqueiro
teme que seja já muito tarde para impor mudanças e
que se acabe por avalizar o processo.

"O futuro dirá quem tem razão. Sinceramente, gostaria


de estar enganado e que o ME acabasse por ceder na
revogação da legislação", concluiu. FB

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