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http://jn.sapo.pt/2008/04/18/nacional/virar_pagina_capitular.html
"Virar uma página" sem
"capitular"
ANDRé KOSTERS / LUSA

Mário Nogueira e Maria de Lurdes Rodrigues

assinaram uma "acta"

Alexandra Inácio

Nem "acordo", nem "entendimento". O que Ministério

da Educação e Plataforma Sindical de Professores
assinaram ontem foi, afinal, uma "acta" que remetia
para duas declarações anexas uma da tutela, outra
dos sindicatos. A subscrição de um texto conjunto
implicaria convergência de posições e as divergências
de princípio mantêm-se. Foram até sublinhadas nas
intervenções de Maria de Lurdes Rodrigues e Mário
Nogueira. A ministra frisou que "a prazo" a avaliação
"dignificará" os professores. O secretário-geral da
Fenprof classificou o regime de "injusto, burocrático,
incoerente, desadequado e inaplicável". O que mudou
foi a "disponibilidade" de ambas as partes para
negociar, explicou a ministra após a sessão
protocolar. "Virou-se uma página", afirmou. Depois de
um período de conflito aberto, chegou à Educação o
tempo da negociação.

"Negociar não é capitular". "É encontrar um caminho

conjunto" "sem se abdicar de convicções"; é acordar
"um contrato" para que se definam "melhores
condições de concretização das decisões políticas" -
argumentou a ministra, recusando sempre a ideia de
que negociar implique cedências ou recuos.
Segunda-feira sindicatos e ministério voltam a
sentar-se frente-a-frente para "materializarem o
protocolo". O secretário de Estado, Jorge Pedreira
voltará a orientar as negociações.

"É urgente" constituir a Comissão Paritária de

acompanhamento da avaliação simplificada que
decorrerá até final do ano lectivo para os sete mil
professores contratados e em progressão na carreira.
Também deverá ficar definido o calendário das
reuniões para negociação da organização do ano
lectivo e do novo escalão da carreira docente (no
âmbito da reforma da administração Pública).

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