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MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO

PROCESSOS EMOCIONAIS

Processo: fenómeno biológico complexo, pondo em jogo vários elementos moleculares, celulares
e/ou orgânicos, resultando em interacções e em emergências. A sua actividade não pode ser
explicada apenas pela descrição dos elementos materiais em interacção.

Charles Darwin (1872) The expression of Emotions in Man and Animals


Emoções – produtos da evolução

1. De comportamentos que assinalam qual o


comportamento futuro do animal
2. Comportamentos que beneficiam o
animal → evoluem no sentido da
amplificação do seu poder comunicativo
3. Mensagens opostas são assinaladas por
movimentos e posturas opostas
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
PROCESSOS EMOCIONAIS

Periférica

Activação dos músculos da face


Central que representam a tristeza torna a
pessoa triste

Comparação entre as teorias das emoções de James-Lange (setas vermelhas)


e de Cannon-Bard (setas azuis)
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
PROCESSOS EMOCIONAIS

(exp. primária das emoções)

Teoria de Papez
(expressão das emoções)
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
PROCESSOS EMOCIONAIS

• Teoria dos 2 factores de Schachter-


Singer

– Para se experienciar uma emoção é


necessário:

• Estar fisicamente activado Coração bate


• Codificar cognitivamente essa activação

Cognição Ver um carro a Emoção


aproximar-se “medo”
Significado
cognitivo
Emoção “Estou com
medo”
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
PROCESSOS EMOCIONAIS

Activação (simpático) Relaxamento (parassimpático)

Midríase OLHOS Miose


Diminui SALIVAÇÃO Aumenta

Transpira PELE Seca


Taquipneia RESPIRAÇÃO Bradipneia

Taquicardia CORAÇÃO Bradicardia

Inibição DIGESTÃO Activação

↑ hormonas stress SUPRA-RENAIS ↓ hormonas stress


MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES
SCHACHTER-SINGER

Um homem vê uma cobra

Ef. sequenciais
Ver a cobra Ver a cobra
induz cognição induz reacção

Medo CANNON-BARD
JAMES-LANGE

Ef. separados
Um homem vê uma cobra Um homem vê uma cobra

Ver a cobra induz r.fisiológica Ef. sequenciais


Ver a cobra Ver a cobra
Reacção induz o medo induz medo induz reacção

Pressuposto: diferentes Pressuposto: SNV responde


estímulos induzem diferentes PAPEZ - McLEAN da mesma maneira a qualquer
padrões de activação estímulo → activação simpática
Um homem vê uma cobra

Ef. circulares
Ver a cobra Ver a cobra
induz medo induz reacção
Estruturas corticais
-Actividade interna Abstração
- Estímulos endógenos CONSCIÊNCIA categorização
ou externos

Estruturas límbicas Acções vegetativas Corpo Emergência


ACTIVAÇÃO Acções motoras Sensações gradual de uma
Somato-sensoriais sensação
emocional distinta,
característica e
consciente
e
Nota: as emoções seriam produzidas ao nível límbico, mas a percepção subjectiva d i z agem
n
cortical resultaria de um efeito periférico ao nível do corpo. de apre gnitivo
o )
r ocesso mento c c iê ncia
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Acontecimento Acontecimento Acontecimento Acontecimento
indutor de uma indutor de uma indutor de uma indutor de uma
activação activação límbica activação límbica activação límbica
preponderante semelhante semelhante semelhante
das estruturas
límbicas

Desenvolvimento das capacidades cognitivas, modulando e complexificando as emoções


MECANISMO DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Definição Processos de adaptação dependentes da capacidade de


avaliação da situações (que depende da capacidade de
aprendizagem a partir da experiência) e da capacidade de
discriminação fina de situações.
Resultam numa percepção consciente de um estado
somático particular (equivalentes somáticos de Damásio)

Função Processos de regulação primária através da avaliação


dos contextos e activação selectiva de comportamentos

Mecanismos de acção
1. Propiciando avaliações informacionais que guiam as actividades
(p.ex., estados positivos ou negativos)

2. Ajustando o funcionamento biológico para diferentes tipos de adaptações

3. Ajustando as relações entre o organismo e o meio através dos actos


(p. ex., aproximação ou evitamento) ou da comunicação (p. ex., expressões
faciais e vocalizações)
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

COMPORTAMENTOS
INSTRUMENTAIS E
TRANSACCIONAIS

SUPORTE DA

C O M P O N E N TE S
ACTIVAÇÃO BIOLÓGICA
EMOÇÕES

EMOCIONAL
S. Límbico
Av. Hedónica
Exp. Consciente

ACTIVAÇÃO

Ajustamentos do SNV
e do s. endócrino

Gestos expressivos e vocalizações,


acções motoras
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Estrutura de uma emoção

Neuro-Fisiológico

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ac

õe
s
Corporal escala sensações corporais
Vivencial
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Diferenciação fenomenológica das emoções de outros estados psicológicos

• Ao contrário da maior parte dos estados psicológicos, as


emoções são corporalizadas e manifestam-se em padrões de
expressão facial, de comportamento e de activação
autonómica reconhecíveis e estereotipados.

• São menos susceptíveis às nossas intenções do que outros


estados psicológicos, dado que são desencadeadas,
frequentemente, “antes e em oposição às deliberações
racionais que lhes dizem respeito” (James, 1890).

• São menos encapsuladas do que outros estados psicológicos


como decorre dos seus efeitos globais em praticamente
todos os aspectos da cognição.
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Caracterização dos estados emocionais

• Instabilidade
– Mental e fisiológica

• Intensidade
– Grau de activação de uma determinada emoção (normalmente alta)

• Duração
– Tempo de duração da activação de uma determinada emoção (normalmente curta)

• Parcialidade
– Focagem numa área restrita
– Expressam uma perspectiva pessoal e interessada

• Intencionalidade (dominante)
– Direcção do comportamento activado pelo estado emocional
• Componente cognitivo (informação acerca das circunstâncias)
• Componente avaliativo (significado pessoal das informações)
• Componente motivacional (desejos e prontidão para manter ou alterar as circunstâncias
passadas, presentes ou futuras)
• Fenomenologia (dominante)
– Dimensão vivencial da activação emocional
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

SISTEMA DAS EMOÇÕES

Estímulo Programa de acção Avaliação

CONTEXTO INATO APRENDIZAGEM

Sistema motivacional importante, cuja activação depende de estímulos do


ambiente e desencadeia comportamentos de exploração e de acomodação
(tendência para a acção)
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Avaliação objectiva dos estados emocionais

1. Mudança involuntária dos padrões de activação do cérebro sob


determinadas condições de stress emocional;
2. Presença do fenómeno de ressonância emocional (reacção de um
animal aos sinais de expressão emocional de um outro da mesma
espécie);
3. Atitude do animal ao estado de activação do seu cérebro (que
parece ser o critério mais decisivo).
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Marques-Teixeira e F. Barbosa, 2002

Estudo de PE desenvolvido no Lab de Psicofisiologia da FPCE-UP


Apresentado no Congresso Mundial de Psiquiatria – Japão 2002
Quando se vêm imagens negativas emocionalmente verifica-se que
existem áreas que se activam preferencialmente quando coparados
com as respostas a imagens neutrais (estudo de RMNf)
A mães primíparas respondem unicamente aos seus próprios filhos. Este
filme representa um estudo em RMNf onde se vê, a vermelho, uma área
cerebral activada quando a mãe vê o seu filho e a azul uma outra área
activada quando vê outra criança qualquer.
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Acontecimentos com alta Acontecimentos com baixa


probabilidade probabilidade

Comportamento
Satisfação das Satisfação das
necessidades necessidades
aos sinais com alta aos sinais com baixa
probabilidade probabilidade
Néo-córtice frontal Hipocampo
Sub-sistema 2

Sub-sistema 1
Hipotálamo Amigdala
Isola a necessidade Toma em consideração as
dominante necessidades não dominantes
Necessidades dominantes Necessidades não dominantes

Diagrama de (Simonov, 1986) relativo à participação das estruturas cerebrais na


génese dos estados emocionais e na organização dos comportamentos finalizados
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Estratégias comportamentais (após avaliação) em ambientes fiáveis

1. Estratégia de indiferença face à probabilidade


• Sub-estimação subjectiva da frequência da recorrência de
um acontecimento objectivamente frequente
2. Estratégia de conformidade com a probabilidade
• Reflectindo o ambiente de uma forma adequada
3. Estratégia de maximização
• Sobrestimando a frequência de acontecimentos frequentes
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO

Arquitectura de 4 camadas com as emoções no centro


Assimilação da informação e processos de síntese

Processos de geração de informação

Reflexivo

Atenção Deliberativo Memória

Sistema
das emoções

Reactivo

Reflexo Feedback

Sentidos Actos
Emoção: M

Centro de motivação

Memória

Emoção: D Acontecimento
Atenção

Emoção R
Filtro

Acontecimento Emoção: A

Sistema das emoções


MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS EMOÇÕES PRIMÁRIAS
(Tomkins-Izard)

Emoções Sensações Corporais Factor Designação

Interesse ? Adaptação
1 social
Alegria ? positiva

Surpresa ?
Opressão, sudação 2 Expectativa
Angústia Tremor, t. Muscular
↑ RC, ↑ RR
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS EMOÇÕES PRIMÁRIAS
(Tomkins-Izard)

Emoções Sensações Corporais Factor Designação

Sudação, tremor, ↑ RC, ↑ RR


Cólera t. muscular, rubor facial
Tríada da
Nojo Mau gosto boca, nauseas 3
hostilidade
Desprezo Sentir-se frio

Sudação, tremor, t. muscular


Medo ↑ RC, ↑ RR, paralisia/fuga
4 Fuga

Vergonha Rubor facial


Responsabili-
5
zação
Culpa ?
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Informação rápida e muito primitiva Resposta motora e vegetativa

Informação mais lenta e sofisticada


MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

ESTRUTURAS-CHAVE DOS CIRCUITOS NEURONAIS DA EMOÇÃO

Córtice órbito-préfrontal
Córtice préfrontal ventromediano

Córtice préfrontal dorso-lateral

Hipotálamo

Amígdala

Córtice cingulado anterior e posterior


MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

CIRCUITOS NEURONAIS DA EMOÇÃO

V. CÓRTICOLÍMBICAS

V. SUBCORTICAIS Córtice cerebral

Hipocampo
Tálamo
Amígdala
N. sens. N. sens.
prim ass.
Hipotálamo

Tronco cerebral

Estímulos sensoriais Estímulos sensoriais


G. base
exteroceptivos exteroceptivos
E M O Ç Ã O
Sistemas de Entrada
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

CIRCUITO DO MEDO

CÓRTICE SENSORIAL CÓRTICE SENSORIAL CÓRTICE


(PRIMÁRIO) (ASSOCIAÇÃO) PERIRRINAL
s
çõe
percepções ta
s en
pre
r e
LATERAL rias FORMAÇÃO
TÁLAMO Dados estímulos memó
HIPOCÂMPICA
SENSORIAL
CENTRAL

Hipotálamo
Subs. Cinzenta lateral Estria terminal
tronco

ESTIMULOS Medula Hipotálamo


SENSORIAIS lateral paraventricular

EIXO HIPOTÁLAMO-
EMOÇÕES SNA -HIPOFISÁRIO
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

CIRCUITO DO MEDO

Amigdala + região antero-mediana do


lobo temporal

Registo das ocorrências emocionais

Conexões extensivas para o córtice


visual e hipocampo permitem que a
amígdala modele as suas funções e
facilite as funções perceptivas e
mnésicas nessas regiões

Circuito emocional-perceptivo-mnésico
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Sistema de adaptação

MEDO
(real ou percebido)

ACTIVAÇÃO DISSOCIAÇÃO

NOR-ADRENALINA ENDORFINAS
(locus coeruleus) SEROTONINA
DOPAMINA DOPAMINA
(nigro-estriado/mesolímbico) (mesolímbico/mesocortical)
GABA
SEROTONINA
MECANISMOS DE RELAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MEIO
SISTEMA DAS EMOÇÕES

Diferenciação bioquímica

++ Fuga
++
CIRCUITO DO MEDO
++ Imobilização
L-glutamato
humanos
Ansiedade

acetilcolina CÓLERA
SISTEMA GERAL DE ADAPTAÇÃO
Acontecimentos vitais

Avaliação individual
Desafio Ameaça

Estilo pessoal
Temperamento fácil Hostil
Não deprimido Deprimido
Optimista Pessimista

Hábitos pessoais
Não fumador Fumador
Exercício regular Sedentário
Alimentação adequada Alimentação inadequada

Níveis de suporte social


Adequados Inadequados

Tendência para
Saúde Doença

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