V Congreso Internacional y X Nacional de Psicologa Clnica

ISBN: 978-84-695-3302-4

FUNES EXECUTIVAS E SINTOMAS DE ANSIEDADE: ESTUDO EM IDOSOS SOB

RESPOSTA SOCIAL
Helena Espirito-Santo, Susana Maia, Joana Matreno, Simon Fermino, Ins Torres
Pena, Helena Amaro, Laura Lemos, Dulce Simes, Snia Guadalupe e
Fernanda Daniel
Centro de Estudos da Populao, Economia e Sociedade, Porto
Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra

Introduo: Na idade avanada habitual o dfice cognitivo (DC) acompanhar-se de dfice executivo
(DE) e tambm frequente a presena de ansiedade. Nveis elevados de ansiedade relacionam-se com
pior desempenho cognitivo, mas se a relao entre ansiedade e DE teoricamente aceite, empiricamente
a investigao tem sido inconclusiva.
Objetivos: Averiguar a prevalncia dos sintomas ansiosos (SA) e de DE, verificar se h relao entre
DE e SA, analisar potenciais associaes e estudar o papel preditivo de variveis relevantes no DE.
Metodologia: Avalimos 74 idosos institucionalizados entre os 65 e os 95 anos (M = 80,64 6,61)
atravs da Frontal Assessment Battery (funes executivas), do Geriatric Anxiety Inventory (SA) e do
Mini-Mental State Examination (DC).
Resultados: A maioria dos sujeitos muito idosa (51,4% > 81 anos), do sexo feminino (73%), sem
companheiro (78,4%) e analfabeta/baixa escolaridade (83,8%). A prevalncia de DE muito alta
(81,1%), assim como dos SA (82,4%), mas no do DC (39,2%). O DE relaciona-se com o DC (2 =
4,49, p < 0,05), com a escolaridade (2 = 6,42, p < 0,05) e com o sexo (2 = 4,62, p < 0,05), mas no
com os SA (2 = 1,56, p = 0,212), idade (2 = 1,69, p = 0,194), ou estado civil (2 = 0,49, p = 0,483).
Entre os idosos com DE, 36,5% tem DC, 41,9% analfabeta/baixa escolaridade e 63,5% so mulheres.
Finalmente, depois de controlar a contribuio independente do sexo, verificmos que a escolaridade (
= 2,07; p < 0,05) e o DC ( = -1,94; p < 0,05) contribui significativamente para a varincia do DE.
Concluso: Em idosos com baixa escolaridade e DC devem esperar-se alteraes executivas. A
reabilitao cognitiva impe-se, mas relevante replicar o estudo com idosos no institucionalizados.

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