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104~(8) 1 SERIE —NOMERO 19 Lel ne 6/92 do 6 do Malo Havendo necessidade de reajustar 0 quadro geral do sistema educativo e adequar as disposigées contidas na Lei n’ 4/83, de 25 de Margo, as actuais condigdes sociais «© econdmicas do pais, tanto’ do ponto de vista pedagégico como organizativo. ‘Ao abrigo do disposto no n.° 1 do artigo 135 da Cons- tituigao, a Assembleia da Repiiblica determina: Sistema Mactonal de Edueacio carrruto 1 Principios @ objectives gerals ‘Anno Prineiplon gorale © Sistema Nacional de Educagio (SNE) orienta-se pe- los seguintes prineipios ger a) a educagio & direito e dever de todos os cidada 8) 0 Estado no quadro da lei, permite a participagio de outras entidades, incluindo comunitérias, cooperalivas, empresariais € privadas no pro- cesso educativos ©) 0 Estado organiza e promove o ensino, como parte integtante da acgéo educativa, nos termos de- finidos na Constituigio da Reps 4) © ensino pablico ¢ laico. ‘Axniao 2 Principios pedagéglcos © processo educativo orienta-se pelos seguintes princt- pios pedagdgicos: @) desenvolvimento das capecidades © da personali- dade de uma forma harmoniosa, equilibrada © constante, que confira uma formacéo intege 6) desenvolvimento da iniciativa criadora, da capa cidade de estudo individual e de assimilagao critica dos conhecimentos; ©) ligagio entre a teotia e a prétice, que se traduz no contetido © método do. ensino das vérias disciplinas, no carécter politécnico do ensino conferido 6 na ligagio entre a escola ¢ a comu- nidade: ©) ligagio do estudo a0 trabalho produtivo social- mente «itil como forma de aplicagdo dos conhe- cimentos cientificos & produgio ¢ de partici pacio no esforgo de desenvolvimento econé: mico ¢ social do pais; ©) ligagio streita entre a escola e a comunidade, fem que a escola patticipa activamente na dic namizagio do desenvolvimento sécio-econémico € cultural da comunidade © recehe desta a orientagio necesséria para a realizagio de um ‘ensino ¢ formagio que respondam as exigénci do desenvolvimento do pals. Anno 3 Objectivos gorale Si objectivos gerais do Sistema Nacional de Educagéo: a) erradicar 0 analfabctismo de modo a proporcionar 1 todo © povo 0 acesso ao conhecimento cien- tifico e 0 desenvolvimento pleno des suas ca- pacidades; ) garantir © ensino bésico a todos os cidadios de acordo com 0 desenvolvimento do pais através da introdugio progressiva da escolaridade ob gatéria; ©) assegurar a todos os mogambicenos 0 acesso A formagio profissional; d) formar cidadios com uma sblida preperacto cien- , técnica, cultural e fisica ¢ uma elevada educago moral cfvica € patristic: ©) formar 0 professor como educador ¢ profissional consciente com profunda preparacao cientifica © pedagdgica, capaz de educar 0s jovens ¢ adul- tos; A) formar cientistas e especialistas devidamente qua lificados que permitam o desenvolvimento da producio e da investigagdo cientifica; 8) desenvolver a sensthilidade estética © capacidade artistica das crianges, jovens © adultos, edu- cando-os no amor pelas artes € no gosto pelo belo. ‘Anmiao 4 Estudos das aguas mocambleanas © Sistema Nacional de Educagio deve, no quadro dos prinefpios definidos na presente lei, valorizar © desenvol Yer as linguas nacionais, promovendo a sua introdugio progressiva na educagio dos cidadios. Annico 5 dade escolar FEN. “ 1. “As eriangas mogambicanas que completem si de idade serio matticulndas na 1.* classe. 2. Sio estabelecidas © desenvolvid didas de apoio e complementos edu tribuit para a igualdade de oportunidades de acesso ¢ sucesso escolar. 3. Os pais, a familie, os Srgios locais do poder e as ituiges econémicas e sociais contribuem para 0 sucesso inst da escolaridade obrigatéria, promovendo a inscrigio das criangas em idade escolar, apoiando-as nos estudos, evi- tando as desisténcias particularmente antes de complete as sete classes do ensino primi ~ 4. O Conselho de Ministros determina o ritmo de imple- ‘mentagio da escolaridade obrigatéria de acordo com 0 desenvolvimento sécio-ccondmico do pals. CAPITULO It Estrutura do Sistema Nacional de Educagso ; Anno 6 Etrutura geral Sistema Nacional de Educagio estrutura-se em ensino pré-escolar, ensino escolar e ensino extra-escoler. CAPITULO ttt ‘Axnioo 7 Ensino préeacolar 1. © ensino préescolar ¢ 0 que se realiza em creches ¢ jardins de infancia para criangas 6 anos como complemento ou supletivo di tiva da familia, com a qual coopera estreitemente. 6 DE MAIO DE 1992 2. f objective de ensino préescolar estimular 0 de- senvolvimento psiquico, fisico e intelectual das cris © contribuir para a formagio da sua peisonalidade, grando as criangas num processo harmonioso de social G0 favoravel a0 pleno desabrochar das suas aptiddes € capacidades, 3. A rede do ensino pré-escolar € constituida por ins- tituiges e iniciativas dos érgios centrais provinciais ou Toca’s e de outras entidades colectivas ou individuais, no- ‘meadamente asso-iagdes de pais e de moradores, empresas, sindicatos, organizagdes civicas, confessionais ¢ de solida- riedade. 4. Compete a0 Ministério da Educagdo, em_conjunto com 0 Ministério da Satie e a Secretaria’ de Estado da ‘Acgiio Social, definir as normas gerais do ensino pré-es- colar, apoiar’e fiscalizar o seu cumprimento, definir os critérios e normas para a abertura, funcionamento ¢ en- cerramento dos estabelecimentos de ensino pré-escolar. 5. A frequéncia do ensino pré-escolar é facultative, ‘Arno 8 Ensino escolar 1. O ensino escolar compreende: a) Ensino geral; 5) Ensino téenico-profissional; ©) Ensino superior. 2. Aléim do ensino ministrado nos estabelecimentos de ensino referidos no niimero anterior, 0 ensino escolar in- tegra também modalidades especiais de ensino. 3. As instituiedes de ensino consoante a sua propriedade so estatais, cooperativas, comunitérias ou privadas. CAPITULO IV Ensino escolar ssncoko 1 Ensino goral ‘Arnoo 9 Caracterizagko 1, O ensino geral é 0 eixo central do Sistema Nacior de Educagdo e confere a formacao integral e politécnica. 2. Os niveis e contetidos deste ensino constituem ponto de referéncia para todo o Sistema Nacional de Educaslo, 3.0 ensino geral compreende dois niveis: a) Primétio; 6) Secundario. 4. O ensino geral & frequentado em principio, » partir do ano lectivo em que completam 6 anos. ‘Arno 10 Objectives So objectives do ensino geral: 1, Proporcionar 0 acesso a0 ensino de base aos cida- dios. mogambicanos, contribuindo para garantir a igual- dade de opoitunidade de acesso a uma profissio © aos sucessivos niveis de ensino. 2. Dar uma formagio integral 20 cidadio para que adguira ¢ desenvolva conhecimentos © capacidades inte- lectuais, fisicas, ena aquisigéo de uma educeg&o politée- nica, estética e ética. 104-9) 3. Dar uma formacio que responds as necessidades ma- teriais ¢ culturais do desenvolvimento econémico ¢ social do pais, nomeadamente: @) conferindo ao cidade conhecimentos desenvol- vendo nele capacidades, hébitos € atitudes ne- cessdrios & compreensio e participacto na trans- formacio da sociedade; ) Preparando 0 cidadfo para o estudo ¢ trabalho independentes, desenvolvendo as suas capsci- dades de inovar e pensar com I6gica e rigor cientificos; ©) Desenvolvendo uma orientagdo vocaclonal que per- ‘ita a harmonizagao entre as necessidades do pais e as aptidées de cada um. 4, Detectar ¢ incentivar aptiddes, habilidades © caps cidades especiais nomeadamente intelectuais, técnicas, ar- tisticas, desportivas € outras. ‘Anno 11 Ensino primérte 1. © ensino primério prepara os alunos para o acesso ‘a0 ensino secundétio € compreende as sete primeiras cla ses, subdivididas em dois graus: a) 12 Grav, da 14 a 5. classes; b) 2° Gray, 6° € 72 classes. 2. So objectivos deste nivel: 4) proporcionar uma formacéo bésica nas freas da ‘comunicagio, das citncias matemfticas, das cxénofas naturais e sociais, ¢ da educasio fisica, estética e cultural: 5) transmitir conhecimentos de técnicas bisicas © desenvolver aptidses de trabalho manual, ati- tudes e convicgées que proporcionem o ingresso na vida produtiva; ©) proporcionar uma formagko bésle de personal lade. ‘Axnio0 12 Enslne secundérto 1. © nivel secundério do ensino geral compreende cinco clastes ¢ subdividese em dois ciclos: @) 19 Cielo, da 8* & 102 cla 5) 2° Ciclo, 11. © 12. classes, 2. Os objectivos do ensino secundério sio os de con- solider, ampliar e aprofundar os conhecimentos. dos alunos rnas ciéncias matemticas, naturals e sociais ¢ nas éres da cultura, da estética e da educagao fisica. ssrccto 1 Ensino téenico profissional ‘Arno 13 Caractorizagbo 1. © ensino téenico-profissional constitui_o principal {nstrumento para a formaglo profissional da forga de tr balho qualificada necesséria para o desenvolvimento econé- mico € social do pats. 2. ensino técnice-profissional compreende os seguin- tes niveis: @) Elementar; b) Basi 104-(10) ‘Anrioo 14 Objectives So objectives do ensino téenico-profissional: Assegutar a formagio integral e téenica dos jovens om idade escolar, de modo a proparé-los pata 0 exeici.io de uma profissio numa especialidade. 2. Desenvolver nos jovens as qualidades bésicas da per- lidade, em particular, educando-os no assumir de uma tude correcta perante 0 trabalho. 5. Desenvolver capacidades de anélise ¢ sintese, de inves- tigagio e inovasio, de organizagio e direcgio cientifica do trabalho, Awrico 15 Ensino elementar téenico 1 O ensino elementar téenico forma trabathadores qua- Iificados para os scctores econdmicos e sociais, que par ticipem nas tarcfas elementates dos processos produtivos € servigos. 2, Para ingresso neste tipo de ensino exige-se no minimo a conctusio do 1° Grau do ensino primétio. Annigo 16 Enalno béslco téenleo 1. O ensino bésico téenico forma trabathadores qua: lificados paia os sectores econdmicos e sociais, que par- ‘ipem nas diferentes fases dos processas produtivos dos servigos, dando-thes conhecimentos cientificos © t6 nico-profissionais e desenvolvendo enpacidades, habilida- des e hébitos de acordo com o estahelezido nos curricula planos de estudos de cada especialidade, 2, Pata ingtesso neste ensino exige-se a conclusio do 22 Grau do ensino primério ou o ensino elementar tée- nnico-profissional ou equivatente. ‘Agno 17 Enaino méilo téenlco 1. O ensino médio técnico forma técnicos para os sec- tores. econémicos ¢ sociais com conhecimentos cientificos € téenico estabelecidos no respectivo perfil profissional do ramo © especialidade e com capacidades de direcglo, 2. Para o ingiesso neste nivel de ensino exige-se no mf imo a conclusio do 1° ciclo do ensino secundério geral ou do ensino bisico t62nico-profissional. Arnica 18 Duraglo dos cursos A duraciio dos cursos ¢ habilitacdes de ingresso em cada nivel setao definidas pelo Conselho de Ministros, Anntao 19 Equivaléncla dos cur © Ministro da Eduteagio determinard a equivaléncia dos cursos em conformidade com os curricula. srocko 11 Ensino superior Artiao 20 Coracterizegs0 1 Ao ensino superior compete assegurar a formagio a nivel mais alto de téenicos ¢ especialistas nos diversos do- minios do conhecimento cientifico necessérios so desen- volvimento do pats. I SERIE—NOMERO 19 2. © ensino superior realiza-se em estreita ligagao com a investigagio cientifica. 3. © ensino superior destina-se aos graduados com a 12.* classe do ensino geral ou equivalente. Arnica 21 Objectives Sao objectives do ensino superior: 1, Formar nas diferentes éreas do conhecimento, profis: sionais, téenicos e cientistas com um alto grau de qualifi- cagio. 2. Incentivar a investigagao cientifica e teenolégica como meio de formagio doy estudantes, de solugio dos problemas com relevancia para a sociedade e de apoio a0 desenvolvimento do pais. 3. Assegurar a ligagio ao trabalho em todos os sectores ¢ ramos de actividade econémica e social, como meio de formagio técnica e profissional das estudantes 4, Diftundit actividades de extensio, principalmente atta vés da difusio € intercimbio do conhecimento t&.nico- -cientifico, 5. Realizar acgdes de actuslizagio dos profissionais gra duados pelo ensino superior 6. Desenvolver acgdes de pés-graduagio tendentes 20 apeifeigoamento cientifico e técnica dos docentes © dos profissionais de nivel superior em servigo nos varios ramos © sectores de actividade. 7. Formar os do.entes cientistas necessfrios a0 fur cionamento e desenvolvimento do ensino e da investigagao, ‘Arnon 22 Tipos de InstitulgSes da ensino superior © ensino superior realiza-se em universi superiores, escolas superiores € academias. ides, institutos ‘Anno 25 Criago de Institulgbes de ensino suparlor 1. Compete ao Consetho de Ministros criar ou encerrar stituiges de ensino superior estatais e autorizar a ‘so de instituigdes do ensino superior particulares, ouvide © Conselhio de Reitores. . 2. Lei especial definiré, os procedimentos a cumprit para a ctiagio, funcionamento e encerramento de instt {ges do ensino superior. ‘Annioo 26 Natureza uridica das Institulcées de ensine superior est 1 As instituigSes de ensino superior estatais 80 pes- soas colectivas de direito publico, tém personalidade jurl- dca e gozam de autonomia cientifica, pedagdgica e admi- nistrativa 2. O contetido e alcance de autonomia sio definidos na lei sobre o ensino superior referida no mimero 2 do ar igo 25. Annioo 25 he 1. Poderio ter acesso a0 ensino superior os individuos que tenham concluido com aprovagao a 12.* classe ou equi valente, F 2. AS condigbes de acesso a cada insttuiga superior sio regulamentadss pela respectiva 6 DE MAIO DE 1992 3. © acesso a cada curso do ensino superior deve ter ‘em conta a preferéncia do candidato, o seu nivel de conhe- cimentos cientificos e aptiddes, bem como a capacidade dda respectiva institu 4, Para permitir @ frequéncia do ensino superior e de forma a atenuar os efeitos discriminat6rios decorrentes de desigualdades econdmicas € reg.onais ou de desvantagens socials prévies: a) 0 Estado deve gatantir bolsas de estudo com quo- tas pré-estabelecidas € outias formas de apoio para as classes de menor rendimento econémico € para cada regio. Estes bolsas poderdo ser atribuidas a estudantes de instituigdes de ensino superior estatais ¢ particulares; b) mas instituigdes de ensino superior estatais pode- rao ser consideradas quotas e ou reserva de Iu aves para os virios grupos de individuos men- cionados na alinea anterior. ‘Arrigo 26 Graus © diplomas 1 ensino superior confere os graus de bacharel e li- cenciado, podendo também conferir os graus de mestre € outor quando se mostrarem eriadas as condigdes para tl. 2. Além dos graus referides no nimero anterior, as ins- t:tuigdes de ensino supetior podem atribuir certificados & diplomas para cvrecs especializados ou de curta duragéo. 3. As instituigdes de ensino superior outorgam titulos honoriicos. 4. Até a aprovacao da legistagdo especial sobre o ensino superior, 0 Consetho de Ministros definiré as condigzes serais de obtengio dos graus referidos no niimero 1 deste artigo, ouvido 0 Conselho de Reitores. ‘Anioo 27 Investigagdo clentifica 1, Nas instituigdes de ensino superior serdo criadas con- digdes para a promosao e realizacao da investigago cien- © tecnol6gica, . A investieacdo cientifica no ensino superior deve ter ‘em conta 6s objectivos da instituicdo em que se insere. sseccKo rv Modalidades especials de ensino escolar ‘Arnico 28 Modalidades. 1. Constituem modalidades especiais do ensino escolar: a) 0 ensino especial; 5) 0 ensino vocacional; d) 0 ensino a distancia; @) & formacdo de professores. 2. Cada uma destes modalidades é parte integrante do ensino escolar mas rege-se por disposigdes especiais. ‘Arno 29 Ensino especial 1. © ensino especial consiste na educagio de eriengas © jovens com deficiéncias fisicas, sensoriais e mentais ou de diffeil enquadiamento escolar ¢ realiza-se de prinefpio atra- vés de classes especiais dentro das escolas regulares. 1044(11) 2. Criangas com miitiplas deficiénciss graves ou com atraso mental profundo deverio receber uma educagio adaptada as suas capacidades através do ensino extra-es- colar. 3. objectivo do ensino especial proporcionar uma for- Imago em todos os graus de ensino e a capacitago voca- cional que permita 8 integracdo destas criancas ¢ jovens fem escolas regulares, na sociedade ¢ na vida labora. 4, O ensino especial tutelado pelo Ministério da Edu. cagio em conjunto com o Ministério da Satide e a Secreta ria de Estado da Acco Social, a quem compete estabelecer as normas, apoier e fiscalizar o seu cumprimento, defini 6s critérios para a abertura, funcionamento e encerramento dos estabelecimentos de ensino especial. ‘Axmco 30 Ensino vocaclonal 1. O ensino vocacional consiste na educagio de jovens que demonstram especiais talentos ¢ aptddes particulares nos dominios das ciéncias ¢ das artes, educacao fisica e ou- tros ¢ realiza-se em escolas vocacionais. 2. A formagio vocacional é feita sem prejulzo da forma- gio bésica e geral prépria do ensino geral por forma a per- mitic um desenvolvimento global ¢ equilibrado da perso- nalidade do aluno. 3, O ensino vocacional ¢ tutelado em conjunto pelo Mi- nistério da Educagio, Ministério da Sade e Secretaria de Estado da Acgio Social e sempre que necessério, pelo dr- ‘gio estatal especialmente ligado & actividade em que se revela o talento, competindo a este Grgio estabelecer as normas, apoiar ¢ fiscalizar o seu cumprimento, definir os critérios para a abertura, funcionamento e encerramento dos estabelecimentos do ensino vocacional. ‘Axmtoo 31 Enaino de eduttos 1, O ensino de adultos & aquele que ¢ organizedo para ‘8 individuos que j& ndo se encontram na idade normal de frequéncia dos ensinos geral ¢ tentco-profissional 2. Esta modalidede de ensino € também destinada 20s individuos que néo tiveram oportunidade de se enquadrar no sistema de esinaexcolar na idade normal de formagso, ou_que o nfo concluiram. dy, T2M set A esta odslidade de ensno ov indi 4@) a0 nivel do ensino primério, a partir dos 15 anos: 5) a0 nivel do ensino secundério, a partir dos 18 ‘anos. 4. Este ensino atribui os mesmos diplomas ¢ certficados que os conferidos pelo ensino regular, sendo as formas de acesso e os planos e métodes de estudos organizedos de otto distinto, tendo em conta os grupos etétios a que des- tinam, @ experiéncia de vida e os conhecimentos demons- trados. 5. O Ministério da Educacéo definiré as formas de liagio dos conhecimentos ¢ aptidées para efeitos de integra- $0 dos educandos em classes especiais. ‘Anmioo 32 Ensino & dletincla 1. © ensino a distincia, mediante o recurso as novas tecnologias da informagao, constitui nfo s6 uma forma complementar do ensino regular, mas também uma moda- lidade alternativa do ensino escolar. 104-(12) 2. © ensino & distfincia terd particular incidéncia no en- sino de adultos e na formagio continua de professores. ‘Annioo 33 Formagio de protessores ‘A formagéo de profescores para os ensinos geral, técnico- jprofissional, especial e vocacional realiza-se em inst.tu goes especializadas e vis 1. Assegurar a formago integral dos docentes, capaci- tando os para assumirem a responsabilidade de educar © formar os jovens e adultos. ; 2. Conferir no professor uma sétida formacao cientifica, psicopedagégica € metodoldgica. 3. Permitit ao professor uma elevago constante do seu nivel de formagio cientifica, técnica e psicopedagégica. Anco 34 NNivels da formaglo de professores ‘A formagio de professores estrutura-se em trés niveis: 1. Nivel bisico: realiza-se a formagdo de professores do ensino primétio do 1° Grau. ‘As habilitagées de ingresso neste nivel correspondem a 72 classe. 2. Nivel médio: realign a formagao inicial dos professo- res do ensino primario © dos professores de praticas de idades do ensino técnico-profissional ilitagies de ingresso neste nivel cortespondem classe do ensino geral ou equivalentes, 3. Nivel superior: realiza a formagio dos professores pra todos os niveis do ensino. tages pata ingresso neste nivel correspondem classe do ensino geral CAPITULO V Annico 35 Ensino extra escolar 1. 0 ensino extraescolar € 0 que engloba actividades de alfabetizagio e de aperfeigoamento ¢ actitalizagao cul- tural e cientifica e realizn-se fora do sistema regular de 2 O ensino extrn-escolar tem como objectivo permitir « cada individuo aumentar os seus conhecimentos e desen- volver as suas potencialidades, em complemento da form escolar ou em suprimento da sua caréncia, 3. O ensino exttaescolar integrase numa peispectiva de ensino permanente e visa a globalidade e a continuidade da acgio educativa 4, So objectives fundamentais do ensino extrascolar: a) eliminar_ analfabetismo literal ¢ funcional; b) contribuir para a efectiva igualdade de oportuni dades educativas e profissionais dos que frequentaram 0 sistema regular do ensino ou 6 abandonatam precocemente, designadamente através da alfabetizagio © do ensino de base de criangas € adultos: ) assegurar a ocupagio dos tempos livres das crian- sas, jovens ¢ adultos com actividades de natu- teza cultual ¢ de ensino informal sobretudo aquelas que nfo tiveram acesso 2 escol I SERIE — NUMERO 19 5. Compete a0 Estado promover a realizagio de activi dades extraes.olares e apoiat as que neste dominio, sejam de iniciativa das essociagdes cultuiais e recteativas, asso- ciagdes de pais, associagdes de estudantes ¢ organisms ju- venis, organizacdes sindicais e comissdes de trabalhadotes, organizagdes civicas e confessionais e outras. 6. O Conselho de Ministros definiré em regulamentagao especttica a forma de certitivagio e de atribuigdo de equ valéncias dos estudos realizados no Ambito do ensino extra. escolar. CAPITULO VI Direcedo © administragéo ‘Anno 36 Responsabilidade do Minlatérlo da Edveagfo 1. Ministétio da Educagio & responsivel pela plani- ficaglo, dire.sio e conttolo da administiagio do Sistema Nacional de Educagio, assegurando a sun unicidade 2. Os curricula e programas do ensino escolar, com ¢ cepeao do ensino superior, tém um carécter nacional e sio aprovadas pelo Ministro da Educagao. 3. Sempre que se revele necessério, podem ser introo— idas adaptagées de cardcter regional os curricula © pro- ‘Geamas nacionais por forma @ gorantir uma meinor quali- ficago dos alunos, desde que com iss0 nio se contrariem ‘8 principios, objectivos e concepgao do Sistema Nacional de Educagéo. Estas adaptagies sio aprovadas pelo Ministio da Educagio. Arnico 37 Conselho de Reltor |, para assuntos respeitantes ao ensino' superior serd eriado um Sigio com sultivo ¢ de assessoria, o Conselho de Reitores. 2. O Conselho de Reitores tem como membros perma- nnentes 0 Ministro da Educagio, que o preside, e of reltores das instituigdes de ensino superior. 3. Compete, em especial, ao Consetho de Reitores: 4@) pronunciar se sobre a criagdo ou encerramento de instituigdes do ensino superior; 6) pronunciar se sobre propostas de introducio, st, piessio ou equiparagio de graus do ensino perior; = ©) propot a que cursos do ensino superior dio acesso 08 diferentes ramos do 2. Ciclo do ensino se- cundirio geral, bem como os diversos cursos do ensino médio tcenico: d) propor as quotas previstas no artigo 23, n. 5, alt nneas a) © b); €) fiscalizar a actividade das institui superior; 1) apreciar ¢ avaliar o nfvel de ensino ¢ da investi gaco cientffi.a nas instituigdes de ensino supe- 8) apresentar propostas e recomendagées visando aw mentar a qualidade e eficacia do ensino supe 4h) propor modalidades de estabelecimento de equiva- Tencies de estudos habilitagies para efei de ingress0 no ensino supetio 4) preparar legislacdo pertinente sobre a organizagio funcionamento do ensino superior para apio- vvagio competente i) aprovar o regimento do Conselho. 6 DE MAIO DE 1992 104-(15) CAPITULO VIL Implementago do Sistema Nacional de Educagéo Arnico 58 Implomentacto (© Ministério da Educacio, define a forma e métodos de implementagdo progressiva do Sistema Nacional de Edu- casio, Arnico 39) Reconheclmento ¢ equivaléneia de habilitagSes anteriores ‘Sto reconhecidas as habilitagdes obtidas antes da en- trada em vigor do Sistema definido na presente lei. O Mi- nistério da Educagio deveré publicar uma tabela oficial de equivaléncias. ‘CAPITULO VILL Disposigées finais ‘Antico 40 E revogada a Lei n2 4/85, de 25 de Margo. Aprovada pela Assembleia da Repiblica © Presidente da Assembleia da Republica, Ma-celino dos Santos. Promulgada em 6 de Maio de 1992, Publique-se. © Presidente da Republica, JOAQUIN ALDERTO CHISSANO. Lel no 7/92 do 6 de Malo Tendo-se verificado a aplicacdo do Decreto-Lei n° 5/76, de 5 de Fevereiro, aos iméveis de construgdo precéria; ‘Com a preocupacdo de resolver problemas especificos ‘que exigem tratamento adequado; Para se corrigirem procedimentos errados e se regula- v-qrem_a sua situagio, acautelando os dire > € do antigo proprietério quando n tado a assumir as suas responsabi ‘Ao abrigo do disposto no n.* 1 do artigo 135 da Cons- tituiglo, a” Assembleia da Repdblica determina: ‘Arno 1 A presente lei tem por objecto exclusivamente os imé- veis de canigo, madeira € zinco e outros de construgio precéria ot similares que foram abrangidos pela aplicagéo do Decreto-Lei n.* 5/76, de 5 de Fevereiro. ‘Anmoo 2 1. Os antigos proprietérios quando nacionais tm direito @ uma compensagio do Estado ou a uma pensio vitalicia, segundo optarem, desde que apresentem prova de proprie- dade. 2.'A compensacio igual a dez vezes o valor da renda ual no momento da aplicagdo do referido Decreto Lei 5/76, valor a set teajustado pelo Governo em fungéo da_desvalorizac&o sofrida pela moeda al. 3. O Estado pagaré essa compensacio de uma s6 vez ‘ou sob a forma de obrigagdes do Estado, na base da con- veniéncia do Estado, 4. As obrigagdes vencem juros. ‘Antico 3 Os antigos proprietérios nacionais, cuja renda cobrada reito & pensio vitalicia, caso ndo optem pela compens9;a0. Antigo 4 Os direitos do antigo proprietério nacional pecem ser reclamados pelos herdeiros quando nacionais. 2. Consideram-se, quando nacionais, herdeiros para este fei @) © cénjuge sobrevivo; 6) 0s demais herdeiros nos termos da Ici ‘Anno 5 1. Quando nacionsis, os inquilinos t8m o direito a adqui- rir 0 imével de construgio precéria em que habitam, contra agamento imediato ot) por prestagdes, sendo 0 valor do mesmo imével caleulado, com base exclusiva, no valor da compensagio prevista no n° 2 do artigo 2, desde que o {imével se” encontre em zona que se integre no plano de urbanizacdo. 2. © méximo de prestagSes mensais aceites € de 180, devendo neste. caso, a0 valor da prestagio ser acrescido tum juro correspondente a0 das obrigagdes do Estado, emi- tidas nos termos do n° 4 do artigo 2. Anrico 6 |. © Consetho de Ministros, no prazo méximo de 180 ias, estabeleccrd o regulamento de aplicacéo da presente Ici 2. Esse regulamento deverd conter, entre outros, no- ‘meadamente: 4) mecanismos para apresentago das provas de pro- prietério exigidos pelo n° 1 do artigo 2 da presente leis 5) mecanismos para aquisi¢io pelos inquilinos nacio- rnais dos iméveis de termos do n° 1 do 6) mecanismos para determinar o valor € obter a com- ‘pensagio ou pensao determinadas pelo artigo 2 da presente lei; ) prazos para apresentacdo de reclamagées; ©) 0 Grgéo onde seré apresentada a reclamacio & procedimentos a seguir para recurso da deciséo, inclusive, até ao Tribunal Administra {f) taxes @ pagar para a cobertura de despesas admi- nistrativas, resultantes da aplicacao da presente lei, pelos antigos proprietérios nacionais ou pe- los inquilinos, Aprovada pela Assemblela da Repiblica. © Presidente da Assembleia da Repiblica, Marcelino dos Santos. Promulgada em 6 de Maio de 1992. Publique se. © Presidente da Repiblica, JoAquiM ALBERTO CHISSANO,

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