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= a (HOTT 4 Em Le fk pee 1124/04 ve PSICOLOGIA COGNITLI AA aunts Epi¢Ao TEXTO 2 Maacaret W. MATIN SUNY Genesee Tradugao Stella Machado Reviséo Técnica ‘CGzusdiia Henschel de Lima gia Soil e da Pesonaliiade plz Federal do Rio de Jancvo (UFRD. LF EDITORA Te CapiTULO 10 RESOLUGAO DE PROBLEMAS E CRIATIVIDADE INTRODUGAO COMPREENDENDO O PROBLEMA 'As Bxiggncias para a Compreensio do Problema Prestando Atenggo a Infornagées Importantes ‘Métodos de RepresentacSo do Problema ‘A Cognigdo Situada: Importincia do Contexto | i ABORDAGENS DE RESOLUGAO DE PROBLEMAS Maren ‘A Heeuristica de Meios ¢ Fins ‘A-Abordager da Analogia FATORES QUE INFLUEM NA RESOLUGAO DE PROBLEMAS Pericia (ou Expertise) Configuragao Mental Fixidez Funcional Problemas de Insight versus Problemas de Nao-lnsight CRIATIVIDADE Definigdes “Abordagens da Criatividade im Profundidade: Motivacao de Tarefa e Criatividade Incubagéo e Criatividade ara’ da INTRODUGAO “Todos os dias voct resolve dezenas de problemas. Pense, por exemplo, em todos os problemas que resolveu apenas fntem. Talvez tenba querido deixar um bilhete para um professor, mas no possui caneta nem lépis. Una redagio ‘bu uma prova pode ter demandado que vocé comparasse duas wories que a principto pareciam nfo ter qualquer rele Gao, Emibora tenha passedo a maior parte do dia resolven- do problemas, vocé pode tet decidide descansar trde da noite — resolvendo mais problemas ainda, Talvez tena jogade baralho ou visto um filme de detetive na televisfo ‘ou resolvide palavras cruzadas, Nao se pode escapar da _quotidians. Na verdade, a das u pds isola problemas, Or pa jesenvolve 2gos clinicos ne = jas criteriosas para ajudar seus See cress proleias do vida eal Cemberg, F998}: 0 pessoal do servo dipiomético multas vezes pre- clea resolver problernae que envolvem sisco de vida, tendo tm menze os valores ¢ 0 conhecimento getal de grupos cu turais diferentes envolvidos em um conflito, Os cientistas precisam usar a esoluc3o de problemas a fim de elaborer, realizat e integpretar pesquisas (Tweney, 1998). A resolu Gao de problemas também é uma habilidade indispensével pata pessoas que fazem consertos: enquanto estou redigin, Atestel al ue dt be + fon invel do ese parsgrafo em um dia fio de dezembro, és pessoas de una empresa de aquecimento estic agrupedi no de nossa fomalha novinha em flho, procutendo desco- brir como um equipamento supostamente bom no esti produzindo calor algum. Usamos a resolucao de problemas quando queremos angi deterrninade ol mat a so]ugio nd0 aj et pedatamente, Se ela se aprecota, 0 havetd ps jem, Costumamos usar estatégis diversas para tent 1s atingir se objetivo (Dunbar, 1998; Simon, 1959). *Esdat ot prcblemar im wes componentes (esta snicisli@)o-ecado mea q) obsticiTos. Suponhs que Socf ques fazer compres tm wma dade préxima,O es- tiuo cal descrevessiungSono nico do probleme Neste Geen, 0 sed iodo inleal poder ser Esiow em meu quar {o, sito qulldmewos dessa cidade, sem carro e sem vans pottecoleovo.” © estado meta &aleengado quando voce fesolve 9 problama, Aqui sera, *Tstau fazendo compres naquelecitade-* Os obstaculos deserevem as estgGes que aifculan nomen ioeaie une ee alors Davidson et.al, 1994) Os obsrdculos neste problema bi potético poderiam incluit 0 seguinte: “Nao posso pedic ‘emprestado o carro de um estranho" e “Nao ditijo carro de bio manual". Reserve um momento para lembrar urn problema resolvdo hi pouco tempo. Determine o le matemsca Kishner Wison, 19973;Lave, 198). ‘Um conceito importante na perspectva da cognicfo st tuada é que reunimos informagbes dtels a partir de contex- a aril qaoidina Bae foros (Ses ajudam-nos a compreender um ‘problema de maneira sass pid e completa (Agre, 1997). Diariamente também “opvivemoe com ouWzas pessoas que detém novas infor 240 Cartuto Diz mages ¢ ajudam-nes 8 esclatecer nossos processes Cogn! tivas, Todos esses fatores colaborain pars que aprendamos a ser mais comperentes na compreensdo e ns resolucdo de problemas (iteno etal, 1998; Siler 199) a pondagem cogativs wadconal do pensomento en scab pocenios que ocerem no content andi Heda peti Sequnds HUET Fee cognnva vadional é por de aaree aida eal nossosprocessoscopnves bene ‘Gam-se de um ambiente rice de informagées, suplementado por interagGes socisis complexas (Greeno et a. 998) zee pespecuva da Cogn dé defy os pucSlogos devern enftza a valdade eco- lapis se quizetem compreender com exaidio 0s proces weredgniswor Como fe observado no Cap. 1 en discus so sobre a memoria autobiogrifica no Cap. 4, um estudo sca quando as condlgbes de realizacS0 RESUMO DA SECAO: COMPREENDENDO © PROBLEAA c vital Ge muitas ocupacdes, e mesmo assim este tpico tem. recebido pouca Compreender 0 problems exige a coasuugéo de uma representagao interna dele; 2a representagzo devers sempenho excepcional vchaate ote arefos represen SSB mina aca iearon i Laima, 1998) Voce (Five iembrarse de que discutimos a relagdo enwe pericia € mneméria de tabalho (Cap. 8) e entre pericia e meméria de Tonge prazo (Cap. 4), Agora vamos analisar © modo como «a periia feciita a tescluggo de problemas. ‘Segundo a matoria dos psicélogos cogninves, leva-se pele menos dez ance de ueino intensivo para se adquinr oe Homan vina Svea especiBca (ericsson & Chainess, 1997) Geaeinos mas eficazes exgem elas dices umm ceina sor bibl oportunidade pajacomigic eros (Cailson, 1597, Encsson, 19563, 1998). Nao se adqulre pe Viet facimente. Lehmann e Ericsson (1999) calcularam que tim grupo de mvisicos experts de vinte anos de idade havia dedicado mais de 10.000 horas a0 tzeino formal! Sebemos que os experts ndo sBo siinplesmente “mal esperros" do que 25 00185 pessoas. Ceci ¢Liker (1986, 1960) descobsiram que os experts em apostas de coridas de ca: vvalos nao tinham ie ers. ‘Gin fit importante: os experts se destacam prinipalmen- ‘eno pid icia Grcsson, 1999). Nao e* perariamos que os experts em corridas de cavalos se desta- Fassem no problema de criagio de uma refeiclo polinésia para goumets a partir de ingtedientes no conhecidos! ‘Vamos acompanhar como os experts diferem dos nove- tos (ou principiantes) no processo de resolusao de proble mas. Comegaremos com algumas vantagens bssicasinic- dis, depois -xploraremos as diferengas nas abordagens de esolugéo de problemas e, por Gtimo, consideraremos ca ppacidades mais gerais, como @ metacognics0. Base de Conhecimentos. Os novatos e os expeis diferer substandalmente em sua base de conk conleriments, 04 wwemas (Enceson, 1995, Reed, 1993b). Chi (1981), por dremplo, descobriu em seus estudos de resolugéo de pro: blemae de fisica que simplesmente faltava aos novatos um conhecimenta importante sobre 05 puncipios da Fisica ‘Como diseutimos em capitulos ante Sriscedents ¢ preceo tt ‘os esquemas apropriades para se entender um tépico de mode adequado. Meméria. Os exes iferem dos nowets com eae? a inemajiade informacbes relacionada 3 sua rea de pericia (Chietal,, 1982; Glaser & Chi, 1988). No Cap. 3, por exer plo, vimes que os experts da meméris podem usar pistas te recuperagio a partir da sua memétia “regular” de trabar tho de curto prazo a fra de acessazem um conjunwo grande cestivel de informagées na meménia de longo prazo (rcs son 8 Kintsch, 1995) "As babilidades de meméria dos experts parecer sex bern especificas, Por exerplo: os enocedristas experts tem uma fmemétia muito melhor do que os novatos para guatdarem “diversas posigdes do xadre2. De acordo com uma estimt va, og enxadristes experts conseguem lembrar cerca de 0.000 agrupamentos (chunks), ou arranjos famubares de ‘ecas de xadrez (Gobet & Simon, 19962). Contudo, 05 en sactictas experts desracam-se apenas um poucomais quan fio se uata de lembrar arranjos aleat6rios das pecas (Gobet 1 Simon, 19961). Em outras palavras, a meméria das fxpertsé subseancialmente melhor apenas seo aranfp do Se ae uc Deana TaPEe EcaRaT em deteiminado esquera. De maneita Feral o listo entee experts e novatos & maioi para padres 246 carmmuto Dez significativos — quer a drea de periciaseja xadvez, bridge, eletonica, programacio computacional ou posigses de patinacéo artistica (iriesson & Haste, 1994). Como a me ‘méxiaparainformagBes pertinentes € elemento fundameh talda resolucao de problemas, o: experts apresentam van. ‘agem decisiva sobre os nouatas— Aecuseataibo ‘Novates.¢ experts também representam: gs problemas de mancira diferente, Larkin (1983, 1985) so. licivou a participantes que resolvessem diversos problemas de fsca Hla descobriu que og novatos em seu esuado propendiam » usar represenag bes inuas de pblemes ‘pata objetos reais, como blocos, polias e tobogis. Ou sela, Ge novero se contentrmama ns aaceeer sapere Ro ontSifo, os experts eram capazes de construit representa (es lsc 3s das abet, corno Font ¢ nomen ‘Ghcenuando-s nas cracrSsias eran Ostos pesqu sadores chegaram a resultados senaclhanees, como De jong Br Ferguson Hesler, 1986 e Ferguson Hesdler& De Jong, 1987, ‘Our diferenga importante na forma empregaa para represenacSo de problemas é que os exper do male pro Beason 30s Ge OD 8 Cora. tna popsiados, que wenden a aut eslugao de 30- mente 1991 Lin Simon, 1987) Abordagens dg 6 ¢ Problemas. Quando 93, se tene ta Reslaa eFil novo emsuadteade 0s a empregar a he rietics de meios e fins: dividem o problema em diversos subproblemas, que resolvem em uma ordem especttica (Schragen, 1999). Os expen também SSo-mals compe sentes do que os novatos no planejamento de um grande Pane para resolver um probly sus de Taleent os bballic [Paiest & Lindsay, 1992). = Experts ¢ novatos @mbém diferem na maneira com spegemia seoeiem oe male Ap toes pe blemas de Fisica, os experts tendem mais do que os nova wos.aper Ler a someltaes sual ene oo problemas; os ees coe mmnenciet ations tae aletar dos (Gilhooly, 1996; Hardiman et al, 1989). Observe que cont ethndct pe parecer coc Hows comix anerc tes sobre analogs: os sclucionadoreshabeis de probe ‘nus propende male eclesionar um protic ts con base na semelhanga estrutural. laboraic a Panic de Estos Iiciais, Os experts so seals metculasor do ques nevitos quando pensaan no est inicial de um problema porque tim uma base de conbecimenos mais extenss, Ao teatsretn Fiero dagnss eSde wes paciente, por xemnplo, os experts médicos buse cam na meméria muitos ros de informagdes. Cunisques incoeréncies nels fario com que busquem autos informa Bes novss (Patel et al., 1996. 1999). Como seria de se esperar, of experts Rapidex ¢ Exatidas ic sou craowae coors ~ rem probiemas (Carlson, 1 blemas com muita oxaridio (Bédard & Chi, 1892; Cecooiea 1997; Custers etal, 1996}. Suas operagdes tomam-se maj automiticas ¢ uma situacdo pardicular de estimule tambérgiae Jogo desencadeia uma resposta (Glaser & Chi, 1986). Alege disso, os experts pasecem ter u talvez os experss resolvam os pro blemas com misis repidez porque emocegarn o processa’ mento patalelo, e no o seriel. Como foi observado sa dis siga0, no C2p. 2, 0 processamento para: lelo lida com dois itens ou mais a0 resmo tempo; processamento serial lida com um tem de cada vez. Novick © Coté (1992) examinaram experts que diziam ser capazes que sua capacidade de resolver anagramas era “tert experts resolveram os anagramas to depressa que parec: am ter considerado vérias solugSes alternativas 30 mesino tempo. Para experts, parece que a solucio de anagramas 9 como DNSUO, RCWDO e TASYD “sekiou” em menos de | dois segundos. Qs novatos, 20 contrério, provavelmente esiavam usando o processamento ser.al. (A propésito, para resolver anagramas vocé se constdera um novate cu um expert)* Habrilidades Metacognitivas. Os experts sao melhores do 3 voc# se lembra de que o Cap. discutu a aucoracnitoragae como um componente ds metacognigio, Os experts pare cem melhores porsavslinr a dificuldade dew problems mmibém sia mas capases de yesontece: cs ex que co- metem ede distibuir adequadamente 0 Fesumo, 05 expert niteregto do. problema ee Conricuracao MENTAL —S—s Antes de prosseguir esta leleura, tente as dues partes da Demonstagio 10.6, que ilusua a configuragéo mental Quando o¢ Solucionadores de problemas apresentam uma configuragio mental, eies continuam tentando 2 mesma solugao empregada em problemas anteriores, mesmo quan- 40 0 novo problema pederia ser abordado por outos mei ‘0s mais fceis, Uma configuragao mental é uma rotina tal, cu rigidez sem reflexio, que bloquess a ger 1997; Smith, 19954}. Observamos anteriormente que a resoluzso de proble mas exige tanto 0 processamenin top-down quanto © pro cessamento forow-up (Tema 5). A petiie faz uso aproprid do processamento iop-iown porque os experts podem em pregar seu conhecimento prévio pare resolver problemas “Solugio dos anagramas: sound, crow e Daisy {nota do wadutcr) RARE ita enh ft AO tae nomenren eit luna beta, 0 QUE spate se ecbaem: Meee at : “nultosenigms Com nGimesos nos quais se tenta edu Seg S580 dis de maneiza répida e exata, Porém, tanto 2 configurasse mental quanto a fiadez funcional, — que discutiremos |? Aree pracsssainento fop-down superatvo. Nes seco caror oe soluclonado ce de problemas G0 Go gidamente guiados pelas experiéncias anteriores que des gam de ver algumas solugSes mais eficazes para Seus pro: blemas. (© experimento clissico sobre configuragio mental € problema das jiras de agua, de Abraham Luchins (1942), Hustredo na Parte A da Demonstragao 10.6. A melhor for ima de resolver o problema 1 € encher ajarra Batéa borda e etrar Agua uma vex com a jarra A e duas vezes com a jara COs problemas de 1 aS podem todos ser resolvidos dessa tmaneif, de modo que clam uma configuragao mental para b solucionador de problemas. A matoria das pessoas cont: usré usando esse inétedo quando chegarem acs proble fies 6 e 7 Contudo, 9 conhecimento prévio na verdade Gousaci uma desvantagem, porque estes dois limes pro bblemas podem ser resolvidos por métodos diretos mais Fé eis: o problema 6 pode ser resolvido subuaindo-se C de ‘Ae o problema 7, somando-se Ce A Luchins (1942) deu a um grupo de partcipantes uma série de problemas complexos como os problemas de 1 a a disposios nesta order? S467 3-1 055 tbsia que quase todos cles persist shugo complexa em pro biemas posteriores. Em conuaparida, es parsicipantes do ‘grupo de controle — que comesavar dizetsmente com pro’ Elemas como o 6 7 da demonstragac — quase sempre reselviam esses problemas do modo mais Fail Esses mes mos achados foram repet:dos por McKeivie (1990) era uma série de tds expenmentos (Uma configuragéo mental pode in erferis na qualidade Batgeie ar baemploem tm etude, pense a unber Srdriog que criassem imagens de brinquedos ¢ criaturas txtratertestes (Sraith, 19956; Smith et al, 1993). Merade dos universitarios vis rapidamente ués exempios de bris iquedas ou de criatutas antes de comesarem 2 cria 08 ob tbs. A outta metade serviu como grupo de contiole, no vendo nenhum exemplo. Os universititios que haviam vis to os exemplos mostraram-se multo mais propensosa edo tar uma das caracteristicas des exemplos 20 desenharem ‘us peéprios objetos. Por exemplo: 08 que haviam visto ‘um exernglo de brinquedo contendo uma bola, mostraram be ude vezes mais propensos do que os do grupo de con tuole para mostiar uma bola em seu projeto “orginal”. 248 Carituto Dez ‘ais geal que Elen Langer 11997) denomina eurmcheamert, Ebeitietinenr etveied irae de penuamenoar fomElico er que ficamos gas, sem nos darmos conte das i nivels no ambiente. No en wemple de una tendénc eirament somente olhe- 0s para um probleme a parti de um deteranade ponte de vista. Em conuaste, 2 reestruturagao inclui a criasio de ovas categorias, receptividade a noves informagoes e uma disposigio para ver o mundo a partir de um ponto de vista diferente. Podemos usar a reestruturacac na sbordagem de muitos probiemas quotdianos, desde o preparo pate uma pprova até a compra de um presente de aniversstio e a pro- cura de um emprego de verto. Foaprz FUNCIONAL ‘Assim comoacontguags peaddemos demals der Theméria antenores ae nisl, p> sas estatégias de resolucéo de proble como pensamos sobre os obje te: a fixidez funcional sj ‘ender a permanece? staves Como Fesultado, dexiames de ver as c Gas de tim estinulo, que poderiam ajudar aa resolus cla propds pata um problema com que se defrontou em uma viagem de nepéccs Ela avis comprado um jane para viagem ex ‘ola lat) deseo quc's anlage nibs coals colheres nem gatfor de plastic e o restaurante do hot havia fechado muitas horas antes. Que fazer? Di busca no q cel, da ma cakgadeira nove no “pacore dec lavou-a bem e delciowse com seu frango biriyani Ela venceu a fixidez funcional. compreen dendo que urs objeto destinado 3 uma fungi especial ca car sapates} também poderiaservir para uma outa fungio (levar comida & bos O sudo clssico sobre fividez funcional é © problema da vela, de Duncker (Duncker, 1945). Imagine que vos levado para um cémodo onde hé uma mesa. Na mesa hé trés objetos: ums vela, ume cabva de fésforos ¢ uma ca de tachishas. Sus erefs é fxar a vele na parede do quarto. de mode que ela queime ne te, usando apenas 6s cobjetos que estio na mesa, A maioria das pessoas proc resolver este problema tentanda pregara vela com as tachi nnhas ou usando eera devetida para coli-ta; as duas viticas falham completamente! A solucio enge que se venga af xidez funcional pregando a caixa de fostoros vazia na pare de com as tachinhas ¢ usendo-a como suporte para 2 vela de instrumentos e objetas, de modo que a fixide2 fune! onal nao cria um impedimento significative. Consider porém, o problema enfrentado pelos Drs. Angus Wall do consigo era um pedago de tubo de borracha ¢ unt bisturi. Mesmo assim, operaram a mulher e salvaram! Ihe a vida usando apenas esse modesto equipamento objetos que normalmente tém funcées fixas: um cabidei de casaces, ume faca, um garfo e uma gatrafa de agu: mineral (Adler & Hall, 1993). ‘A fixidez funcional e a configuragio mente! sio doi ‘exemplos a mais que ilustram parte do Tema 2, a qual afirma que a origem dos erros no processamento cogniti vvo pode muitas vezes estar em uma estratégia basicamente muito racional. De maneira geral, os objetos no 20:50 4 mundo tém fungées fixes. Por exemple: usamos uma i chave de fenda para apertar um parafuso ¢ uma mords para comprar alguma coisa. A estratégia de usar objetos “4 diferentes para tarefas distintas é nommalmente apropria- da. Afinal, cada um foi projetado especificamente paza a sua tarefa. A fisidez funcional ocorre, porém,quando aplicamos essa estratégia com excesso de rigidez. Deixa- mos de perceber, por exemplo, que, se nfo tivermos uma 4 chave de Fenda, talvez uma moeda Se revele um substit 1 conveniente, De modo semelhante, normalmente é ‘uma estratégia sensata usar 0 conhecimento adquirido na resolugdo de problemas anteriores para resalver o dilema do momento. Se uma idéia antige funcionar bem, cont: nue usando-al © problema da configuracéo mental & que aplicamos de manera por demais.1igida.2 est sha em éxpelitncias passadas,-deixando. de. repa PROBLEMAS DE INSIGHT VERSUS PROBLEMAS DE Nio-Insicr A Demonstragac 10.7 lus dois problemas tipicos de ini ght. Quando resolvemos um problema de insight, a princi pio ele parece impossivel de resolver, mas uma abordagem alternativa de sibito assoma & nossa mente; compreende- mos imediatamente que a soluclo esta coueta (Fiore & Schooler, 1998). Em contraste, quando tabelhamos em um problema de nao-iusight, resolvemos esse problema 20s poucos, empregando as habildades de raciocnioe um junto rotineiro de procedimentos ().E. Davidson, 1995; Schooler etal, 1995). A Demonstragio 10.2, por exemplo, problema de nao-insight porque voce teve de procurar a resposta de mancira Logica, passo a passo, resol vendo aos pouces o problema de ‘Vamos examinar a seguir a natureza do insight com mais: detaihes e comparar problemas de insight ¢ de nio-insght ResoUUCKO OF PROBLEMAS ECRIATIVIDADE 249 SSEVGREER OpwA AEM “Av iespostas destes dois problems estfo no final do capitio. em duas dimensdes: 6 papel da metacognigio ¢ o da Ee ‘ge Go que esas pariez fe cncabastem we, vazendo uma sol problemas da De Gs psicdlagos Hchaviossas ejets ave 2 idéin de uma 1 a eniase que davam 20 rntam que as pessoas que a2 balham em un problema de insight em uuposig6es inadequadas 20 comecarert Jo, Por exemple: quando vocé comes 30 10.7, no inivie t2lv ‘ouluas palavras, 0 processamento op nente de maneita indevida, € njunto errado de alremativas k 2 conte aque 03 seis (6sforos precisavam 5 supericie plans. Em down dominou o seu pensar voc? levou em conta 0 co: (Schooler & Melcher, 1994; Schooler et comenteuin_prot Je modo que as informacées nF co, que os obese eit ° afaine do pacessamento pay As a ear ial de mats do enino Se er cenagio a medida que ae uabala, ps ae ey ded tconclusioadequada de un po Blema ae dgeben sight ¢ 08 pro- comecar a resolver anteriores com ‘quando, poréin, de- rat a possibitidade de 0 problema [& Metacognigio durante a ‘Gado eviarsos trabalhando ein urn problema, qual € 3 confianga que wemos de estarmos no caminho certo? fanet Mercalie (1926) argumenta que © padiio dos nosses p cessos mesos iferente para problemas de nao: afamente nossa confiaca cles CE rdaicamene para problemas gue nao evigem sigh, Perém, quand tabalhamos em problemas de sight, ex ata Una ea ee Ee namin bita na coafianga de que chepando-s uss solugso comets. Esse aumento ode sor tsndo para disunguit ene perime: 250 Cretruio Dez problemas de ixsight e de nao-isighs (Metcalfe & Wiebe, 1987) ‘Vanios examinar 2 pesquisa de Metcale (19€6) a respei to da metacognigao em problemas de insight. Mescatfe pro pos problemas como este a universitarics: ‘Um estanho aproximou-se do curador de um musee, of secendo-Ihe uma moeda antiga de bronze. A moeds pare- cia auténties estava marcas com 2 dats de 544 a6. O curados havia feito aquisigées, sem problemas, de fontes suspeitas anteriores, mas dessa ver chamou imediatamen- te a polica eo ersanho foi preso. Por qué (p. 624) Enquanto os alunos trabalhavam nesse tipo de problema de insiga. davam nota 2 cada dez segundos, de acordo com uma escala de “sensagao de calor’. *“Zeio” indicava que es ‘avam completamente “frios” em relacao ao problema, sem tum vislumbre de solugo; ‘dez pontos” significava que tavam certos de a teem enconcado. ‘Como se pode ver na fig. 10.2, os indices quentes mos- ‘tavam apenas aumentos graduais axé subirem de manei 1a impressionante quando a solugao correta era encon- ada. Se vocé decifrou a solusao da tesposta & pergunt sobre a moeda, experimentou essa mesma isupsao « ta de certeza? (A propésito, a resposia a esse problema é que alguém que realmente tenha vivido no ano 544 a.C aio teria usado a designacao a.C. par © nasci mento de Cristo meio milénio depois.) Os resultados de Metcalfe foram repetidos J. E. Davidson, 195}, contir mando que os solucionadores de problemas cosrumam (Catoretewade; 10 alr (atoctuins, 0 seen toa Dotencnoze Tempo de wsigio previo jwolugio Fig. 10.2. “indices de calor” para respostas corretas, como fungéo de tempo de avaliago prbvio a respoeta. Font: Baosado am Mets, 1626 O Pavel da Linguagem na Resolugio de Proble de nigh ede ioogiraerem Com elo papel desempenado pela linguagem durante a resoluciot dos mesos Fair sobze o problema talvez aude areca ver um problema de nao-insigit, mas pode interferir na re! polo eseutngeliconsc tab Vines eaminar primero os pesqulsas sobre proble! sons abe ini, © dpa de probleman que ido fesobr doen patton, «aaouublament BeitCigin cp laboradores (1995), por exemplo, pedirem a estudantes vices aan ike povexag tremor cares nese tnquanto tabslhavem om problemas de naosnsgie Or sete tnt ef rep exe ional Decicvas sobrea eficdcla de etapes lures nce procetsar Eeoachage deprcllents. as acines tronic titnla tuto mals sigicain na resolugto de prob tras futuros, em corparagio com esuudantes em grupos § ts Rapa is Sle wslbammnames eestor Be concenvzarem. Gesempenho para solucionadores de problemss com alta ; MS et RRA ES ALSTON aimee eon capecidade, mas nenhum aprimosamento para solucio- nadores com baixa capacidade ‘Schooler « colaboradores pediram que os estudantes, conversassem em voz alta enquanto resolvim problemas de nio-insight (Schooler & Melcher, 1994; Scholler et al, 4993). Descobsiram que conversat 2m voz alta néo influia ne desempenho desses problemes. Observando os resulta- Gos de todos os estudes sobre Froblemas de nBo-insight, how-se que 3s vezes a inguagem sjuda algumas pessoas @ resolverem esses problemas — mas nem sempre ‘Mas Schooler e colabaredores também pedirem a ou: ros estudantes que resolvessert problemas de insight — 0 tipo de problema cuja solugéo equer uma estrtégia in- Igramente nova. Esses estudantes, que tinham sido ins fruldos a verbalizar suas eswatégias, resolveram um nd fneto consideravelmente menor de problemas do que os Zo grupo de controle (Schooler etal, 1993). Ao que pare fe, quando falamos em. voz alta a0 resalvermos um pro- blema de insighr, de algun modo, perturbamos 0 tipo de pensamento de que precisamos para produzitimigh re pentinos. Como Metcalfe (1286) demenssros, as pessoas Fac saber que estio pov? vesrver um penbiema de insight aeé 2 solugao saltar a0s olhos; assim, no so capazes de ‘elatar um progresso gradativo em direcao a uma solusio. ‘Quando 0 solucion problemas s3o instrutd 5s talver essas verbalizagdes obs Gureyam os processos menos analiticos € 1. Os experts diferem des novaros nos seguintes aspect cconhecimentos, mernéria pare material relative a taie~ fae. método de sepresentago de problemas, ehordagens de resolugso de problemas, extensac da elaboracao em estigios iniciais, velocidade ¢ exatidéo e habilidades metacognisivas. “Azescluigio de problemas sofre também a influéncie da ‘configuragdo'mental (processo em que se continua ten: tando a mesma estratégia de solugao, embera ume alter rnativa fosse mais eficaz) ¢ de fixidez funcional (adrude fem que se destina um uso fixo a um objeto, embors ele possa ser usado para outras tarefas). Em ambos 05 ca fos, 0 processamento top-down é superativo sendo essas cesuatégias, basicamence tacionats Os problemas de insight sao cesolvidos rep a resposta surge de um momento para ¢ ouzO ¢ pro Rasotugko Ds Proptenas F Criativinabe 251 sa a lingvagem interferir quando tentamos resolver problemas de insigh?? Uma 1esposta_pos Como base a especializacao bemisférica, Confomme discuti- nos no Cap. 8, 08 dais hemisférios cerebraistém especial tiades um eanto diferentes. Fiore e Schooler (1996) chamam $ atenglo para o fato de que nfo deveriamos enfatizar em ‘ommasia as diferencas dos hemisférios. Nao obstante, © hemisfério esquerdo é particularmente especializedo no reciocinio lgico e ao processamento padrao de lingvager. Se voce estiver trabalbando em um problema de nfo- jnsight, entdo seu desempenbo nio sera prejudicado pela descrigdo da suas estratégias —e voc® poderd até mesmo resolver o problema com maior rapidez, ‘Em contraste, © hemisfésio direito é especializado no processamento de interpretagdes pouco comuns de pala- {ime e conceitos; esse hemisfério talvez fique especialmen- te ativo quando resolvemos problemas de insight Fore & Schooler 1998). Se voce verbalizar seus pensamentos, seu hhemisfesio esquerdo talvez focalize estratépias familiares de resolucao de problemas, nae permitindo 20 hemisfeio di- teito a oportunidade de encontrar solugdes pouco comuns. ‘Como resultado, voc® poderia no ser capaz de passaralém de processamento tap-down tradicional a fim de considerar ‘os meios alternatives de pensamento necessérios pare re solver um problesa de insigh. Na RESOLUGAO DE PROBLEMAS blemas de ndc-insight $80 resolvides gradativamente, com o emprego de habilidades de raciocinio. © pro- Cessamente iop-down & superative no caso dos proble- mas de insighr, mas adequado no caso de problemas de nfo-insigh. 4, As pesquisas sobre metecognico mastram que a confi- fanga cresce de modo gradanve em problemas de nio- insight; ex problemas de irsight, « confianga no inicio € fanz, mas aumenta de mode sabito quando o proble- ma € resolvido, - 5, Para problemas de ndo-insight, 0 desempenho ou € apr- morado ou nio é aletado se as estratégias forem ver- balizadas; em conuaste, o desemperho em problemas Ge insight € perturbade quando as estratégias 380 veibalizadas ~~ talvez a especislizacio dos hemisférios explique essas dilerengas. CRIATIVIDADE “Tolvez voc? zenha dado um suspio de alivio ao tex secdes sobre resolucio de problemas e se preparado para ler uma secdo sobre eriatividade. A resolugéo de problemas soa muito rotneira: as pessoas que resolvem problemas Vac fo a medida que desenvolvern suas andlises de neios e fins, A criatividade, ao contirio, parece inspirade: fs pessoas que pensam de maneita criatva multas vezes cexperimentam momentos de genio e tém idéias brilhantes 252 Cartmuio Dez Fara falar a vesdade, porém, a criatividade & uma érea ¢a resolugio de problemas. Assim como as demais ére- 25 de resolugdo de problemas que jé examinamos, a ct- atividade requer que se passe de um estado inicial a um ectado-meta, Contudo, a criatividade é mais controver tida porque no temos vima definigao padrao do que ela seja. Além disse, suas abordagens tedricas so muito di ferences Ha um aspecto da ctiatividade sobre 0 qual ndo hé concovérsia: a criatividade ver se tornando um tépico excemamente popular tanto dentro quanto fora da psi cologia. Desde meados da década de 1990 tém-se publi. cado numerosgs livros sobre o tema (Barron, 1995; Crikszentmialyi, 1996; Runco & Pritzker, 1999; Stern- berg, 1999b; Sternberg & Lubart, 1995; Ward etal., 1995, 1997), Infelizmente, porém, a quantidade de pesquisas feitas sobre a criatividade tem ficado aus da quantidede de pesquisas sobre 2 maioria dos outros t6picos da psi cologia cognitiva (Mayer, 1999). ‘Vamos analisar aqui definigoes, bern como as duss abor dagens de criatividade. Na segao “Em Profundidade", vere- ‘mos a relacdo entze motivaga0 de arefas e criatividade. Por ‘ikimo, enfocaremos a incubagao: pode a nosss criativida- de ser aprimorada se Sizermos uma pause enquanto taba: Thamos em um projewo muito dificil? Denntgozs Poderiamos escrever um capitulo inteiro sobre a variedade de modos pelos quais se pode definir a criatividade. A mai fr parte dos teéticos concorda em que a novidade ou 2 originalidade é um componente necessério da criatividsde (Mayer, 1999), mas nao basta. A resposta que buscamos deve também permitir que aleancemos algum objetivo; ela deve ser Gal ¢ apropriada. Suponha que eu Ihe pega para responder de maneita criatva & seguinte pergunta: ‘Como Charles Lamb, ensafsea do século XIX, observou que ume das manelias de assar um leitao seria colocé-lo em uma casa e depois queimar a casa. A resposta cerzamente satis{az ao crtério de novidade, mas nao | che a condigio de utlidade. Para a maioria dos teéricos, pols, 2 criatividade requer que se encentie uma soluggo tho original quanto Ul (Baden 1999; Lubart, 1999; Mayer, 1999) Embora muitos wéricos concordem sobre a definigio bisica de criacividade, suas opinibes divergem quando se ata de outras caractetisticas. Alguns psicdlogos, por exem plo, argumentem que cratividade baseia-se no pensamen: to ordinavio, algo relacionado com a nossa tesolucao de problemas no dia-e-dis (Dunbar, 1997; Weisberg, 1999). Ours, porem, a chegaria # apresentar um produto criativo; em vez disso, certas pessoas fora do comum slo extraordinatiamente ci ativas em suas Areas especificas de pericia, como musica, literatura ou ei#neia (Feldman, 1994; Simonton, 1997, 99). sumentem que uma pessoa comum nao ABORDAGENS DA CRIATIVIDADE Os wéricos tém elaborado muitas abosdagens diferentes para estudar a cratividade. Vamos examinar dois pontos de vista contrastantes. O primeiro deles é descricho cl sica de Guilford (1967) da produsao divergente, 0 segut do uma perspective contemporénea que dé Enfase 20s miltplos componentes necessérios da criatividade (Stern: berg & Lubatt, 1995), Produgao Divergenie. Hé mais de um século os pesqui- sadores se mostvam interessados em medir a criatividade, “Todavia, a primeira pesquisa cientfica é normalmente ati buida a]. P. Guilford (Plucker & Renzulli, 1999). Guilford (1967) propds que a criatividade deveria ser medida em termos de producio divergente, ou o niimero de respos- tas diversas dadas a cada item de teste. Os pesquisadores contemporineos ainda tendem a enfatizar que a criativi dade requei 0 pensamento divergente, ¢ nfo uma Gnice resposta ‘melhor’ (Barsalou & Prinz, 1997; Mayer, 1999) ‘A Demonstragio 10.8 mostra alguns meios pelos quais| Guilford medi a producao divergente. Esses itens de tes te perinitem que 9 salucionador de problemas explore em rouitas diregdes diferentes a parts do estado inicial do pro: blema. Note que alguns itens exigem que as pessoas que se submetem a testes vencam a fixide> funcional (Finke et al, 1992) ‘As pesquizas com testes de produgdo divergente desco- briram correlagées modestas entre os escores obtidos em testes ¢ outros tipos de julgamento a respeito de sua criat- vidade (Guilford, 1967). Contado, até Guilford admitia que os resultados que mostravam 0 fundamento de seu teste no e1a forte. Aiguns pesquisadores tm apontado que rmuitas medidas de produgao divesgente, além de nic te- rem correlacio alta umas com as outas Crown, 1999), am~ bbém nio tém correlagao alta com ouos indices de ciatvi dade (Stemberg & O'Hara, 1999), Por fim, pode-se dizer que o niimero de idéias diferentes talver nao seja a melhor maneira de medir a criatvidade (Nickerson et al, 1985), Alina, es¢2 medigio no avalia se as solugbes satisfazem cou no 0s dois eritérios para a criatividade: que as solusdes ddever ser tanto originais quanto dels, Teoria de Investimento da Criaivitade. Os experts em as suntos financeiros nos dizem que o caminho para o inves: timento sensato é comprar a prego baixo ¢ vender a preco alto, De maneita semelhante, Robert Stemberg ¢ colabora- dotes proper queas pessoas criativas, que lidam nomun- do das idéias, também compram a prego baixo ¢ vendem a prego alto (Sremberg & Lubast, 1995, 1996; Sternberg (O'Hara, 1999). Ouseja, produzem uma idéia criatva quan do ninguém ests interessado no *invesimento" Tempos depois, quando a idéia jé se wrnou popular, elas passam para um novo projet criativo, Quais sia as caracterfsticas dessas pessoas que sc in- vestidores criativos sagazes? De acordo com a teoria de investimento da criatividade, de Stenberg e Lubs ee ae -dlabas SALLY, MAYA € i aa palavia’ podesa wer qual 'er'clasellicados ere, seen axributos essenciais so: inteligendia, corhecimento, moti- “ead, ambiente estimulador, estilo adequedo de pensamen toe personalidade condizente. Para tabalhar de maneira ‘rata, precisamos desses seis amibucos; em outras pala ses, umarpessoa pode atender a cinco caracteristicas, mas pode falar he inceligénela; esa pessoa provavelmente nao produsirs nada ertasvo. Note que esse abordagem da cia- Gvidade tambér: dé Enfase aos fatores do ambiente, exer tos 20 individuo. As pessoas podem ter atibutos pessoais| Triatives: contudo, se Ines faluar um ambiente de tabalbo aque ihes d& apoio, afc serdo criativas nesse local ‘A teoria de investimento da criatividade também sugeze aque o conhecimento — segunda caracteistica da exitive dade — € uma faca de dois gumes. Como destacamos na sobre os fatores que influem na resolgao de proble~ recisarnos de conhecimento e de pericla suficlentes Motivag&o DE TAREFA E CRIATIVIDADE © fsice Asthur Schawlow ganhou o prémio Nobel de ram quais eran 08 fatores que distnguiam os cienastas {EM PROFU. para compreender as dimensSes fs experts com alto nfvel de informe exagerada a0 processamento rp-down, de modo que terso dificuldade em: enxergar um problema 2 partir de um porto de vista oriznal (Stemberg & O°Hate, 1999). 2p oria de investimento da crac arregdo, especialmente por plexos necessérios a realizas Gando pate ver se as pesau! combinar fatores radlaplos a fim sempenho ciative. Aa. pc tes aeisfatores: a motivacio. Na segao “Er Profundidade Gque se segue, nos cencentatemos nas pesquisss ealizadec por Teresa Amabile e colaboradoces, que identi pos especificos de mativagsc com mats propensio a ap: smorarem 9 cristividede NDIDABE] ade exerce grande dee menos ctiatives. Respondeu: “O aspecto do trabe tho de amor é importante. Os centistas mais bem- suice dios muitas vezes no so 0s mais talentosos, mas aque les que sic impulsionades pele cusiosidade. Bles preci sam deseobri qual éazesposta” Schawlow, 1962, 7. 42) TE! 284 Cartruto Dez | As pesquisas de Teress Amabile e co-aurores confi. | mam que um componente importance da criatividade & | sttuodacdo iutcseca, on modverfo pers cabslkar em ‘uma tatefa porque @ achamos interessante, empolgaate ‘ou pessoalmente desafiadora (Amabile, 1997; Collins & Amabile, 1999). A motivacio intrinseca pode ser con- trastada com a motivacéo extrinseca, ou motivasio par cwabalhar em una tarefa a fim de se ganh pensa promedids ou para vencer um concutso. Confor- ne observames, a teors de investimento da crisuvida- de inclui a modvacio como um dos pré-requisitos in- dispensiveis para 0 desempenho criatlvo Stemberg & Lubert, 1995, 1996). As pesquisas de Amabile especit- cam que a natureza da mouvacio exerce influéncia im portante ne ctiatividede. Como veremos no primeiro estudo, a motivagéo inuinsece tende a aprimorar a cria- tividade. Veremos depois como certes tipos de motiva- Go extrinseca podem na verdade solapat a criatvida cembora outros tipos possam eprimoré-la A Relagio entre Motivacio Inviuseca e Criatvidade. ‘Teresa Amabile e colaboradores 4: am teorias 2 motive io intrinseea (Amabile, 1990, 1996, 1997; Hennessey ‘& Amabile, 1984, 1986). Basicamente, ‘que as pessoas tendema ser mais crianves quando estdo trabalhando em uma tarefa que de fato lies da prozer Joha Ruscio, Dean Whimey ¢ Teresa Amabile 2928) ana lisaram a motivago intfasecs em maior profundi Seu objetivo era determinar se as pessoas inuinsecamente ‘motivadas mostrariam mesmo envolvinenio cnativi dade maiores enquanto estivessem sabalhando em ume rela. Em seu estudo, Ruscio € co-aurores (1998) propuse- ram primetro um teste padrlo de motivacio intrinseca a 151 esrudentes. O cesce padi que os parscipantes avali- assem o proprio nivel de interesse em tréstipos diferen- ses de atvidede:resolugéo de problemas, are e escrva ‘Vésias semanas depois, eles compareceramn 20 laboraté- no, onde hes ped:ram que executassem més tarefas: (1) resolver um problema consruindo ume estrutura com pelo menos dois palznos de altura, usando apenas uma variedade limieads de objetos; ©) criar uma obra arisica fazendc uma colager com papel, elt e gfiter, @) escre- ver um poems seguindo determinadas orientacoes. Temte a Demonstagio 10.9, baseada nas instrugées recebidas pelos estudantes nesse estudo para excreverem 0 poema Enquanto os estacantes tabathavam nos projetos, os pesquisedores filmaram seus progressos em video e os codificaram. Além disso, os esrudantes foram instruidos a fazer comencévios em voz alta sobre as estattgias em- pregedas en fe, Os projetos criativos também fecam aveliados pot das pare isso, (Que- eo emudances de pés-graduacao em inglés, por exem- plo, avaliaram 2 erianividade dos poemas) ‘ostraram que es esaudances com alta Inerinseca no teste padio de ¢ mais nas tarefas de que os que tive ram pontuazdo baixa, (O ervolvimento fot avaliado por extérios como concentagdo, dedicacio e prazer ne tare fa) Além disso, ume andlise estet’stice permitix que os reaquisedores conclufssem que os esrudantes com ala ste com pessoas menos inuinsecamen- ce e e 5 RCE RIE modivagio incrinseca tendiam a se envolvet merojexae gue seu envoivisiento sia AEM ESE orcad com um projeto mals cnadvo. Os estucare vee com pouce motiveséo intinsect, Ps nao ‘Seam muito envolvides com projro € prods projetos menos crizivos. |A Relagdo entre Misvagao Extinseca ¢ Crave Diverses estudos tém demonstrado que os estudan Dardem a produzir projetes menos criadvos se ester eorabalhando rles por motivos exermes ‘Amable 900, 1984, 1997). No haicei amesicano que escreveu r3 Demanstaio 10.9, por exemplo, voce proveveimente rena menos ctiative se lhe fosse dito que ele seria avait ado por uma comisséo julgadora. rete experimento representative, pedtam a un veanirios que compusessem um poeme (Amabile, Y$ea) Fol dco & metide deles que © experimendor Tee snveeasado apenas ne caligrafi,eniéoano conte Gado parma Por cont disso, os universitiris nBo 2s geaaver ser avalados quance & qualidade de sus Poe rer k gue metade fot dito que o experimentador es ret incereszado no conseitdo do peema e gut todo Ccberiam uma cOpia das avaliacoes fi Sree, Neste caso, os universiérios espersvans mest Set cettados, Metade das pessoas em cede srupo sabalhow osina, « metade wabalhou acompentd tamibém estavem compondo pee! 4 a a TFabaande em conan eSOLUGAO DE PROBLEMAS ¢ CRIATIVIBADE Cada poems foi avaliado por poets que jé tinham bras publicadas. Ag. 10-3 mostra os resultados. Como se pode ver, os estudantes produziram poemas mulco trenos eriativos quando esperavam ser avaliados. A tiv cuiuuiade ficava inibida pela expectativa de avallaglo (quando as pessoas tabalhavam, fosse sozinhas, fosse comm oumas, Enrretanto, 2s pessoas apresentavam a mes Sha atiatividade nas condicbes “trabalhando em conjun- baihando sozinho"; a criadvidade nao sole 3 dda mera presenca de mais alguém tabalhan- dona mesma sala ‘Ouuas pesquisas confmam que a cratividade pode ger dimninuida pela motvagso extrinseca sob a forma de sealiagio esperada, © efeito vale tanto para adultes quan qo para ctangas, etanto paraa ciatvidade arstica quan to pars a verbal (Amabile, 1983, 1990; Hennessey 8 ‘Antabite, 1984, 1988). Quando a pessoa espere que seul Tubsiho seja avaliado, © produto pode no ser menor geree ov menos recnicamente adequado, mas talvez “Mais pesquisas em documenrade como otis fo res ext > podem influir na csiawvidade, Por exemple’ a ciatvidade pode diminuir quando al- guém fez observando a pessoa que ests ebalhand, quando se esd competindo por um pres e quando srcallge cobre o modo de expressar a criatvidade sto fectringidas Amabile, 1990, 1994), Em mltos casos, « Jenos criativ 1 Sem expectanva de sraliagio WBE Com expectativa de mealigto “Tabalnando sxinko fig 103 Infudnda de expecativa do avaiaglo@ das consigics de trabalho sobre a eriatividade ce: Bato em Amabile 1903 rs EE | 255 256 Cartruso Dez pode ser reduzida quando se oferece uma recompeasa por ela (Amabile, 1990; Eisenberger & Selbst, 1994). HE muitos anos 0s pesquisadores vém adotando um onto de vist simples:a motivagio intrinseca éboa ea Inotivagzo excxinsece é m4, Provavelmente voc® [d es- zudou psicologia por tempo suficiente para saber que, nessa disciplina, nenhuma conclusae pode ser o sim- ples assim. Uma anlise mais dealhada sugere que al uns tipes de motivacio exrinseca na verdade podem trelhorar a chasvidade, Um exemple disso é 0 provel | to que se pode ser ds mosivagio extrinseca quando ela ‘ern na forma de informacées deeis e quando ajuda a IncUBACAO E CRIATIVIDADE Acé aqui, exerinamos as definigdes e duas abordagens te6 reas da criadvidede. Vimos também que esta pode ser au fou teduzida por fatores mouvacionais. Ur faror Micional,cheinedo incubagio, émais controvertido, porque seus efeitos slo difceis de determiner. Voce ja tabsthou em um projeto criativo em que che- gou a um impasse, descobrindo que » solu¢So the ocor fou de repente depots de haver feito uma pauss? Muitos sistas, clentist2s € outras pessoas criativas dio testemu fe 2 incubagao as ajude a resolver problemas Com cnatividade. A incubagao ¢ éefinida como uma si- ‘que a pessoa a principio nfo obtém éxito na fo de um problema, mas tem mais probabilidade Yo depois de fazes uma pausa do que se conti- far nele sem intezrupsso (Smith, 1995b) ‘Offer 6 um inventor altamente criativo de equip mentos médicos. Em uma entrevista, ele assegurou que 2 incubagdo é uma fase indispensével na resolugio criativa de problemas: Veucomterthes aigo gue descobsi tanto naciéncia como na tecnologia: se vores tverem urn problema, nse quem sen- tados, encance reselvélo. Au nunea resolvo um problema Seapets fica sentade pensando nee A solugio pode ser ti de repentetabvez no meio da noite, enquanto estou d- figindo oe no benho, ou coisa assim. (Csikszentmibaly, 1996, p. 99) Aincubagéo parece plausivel¢ algumas pesquisas mos: um gue ela melhora a resolucfo criativa de problemas (Csikszenemihaly., 1996; Hourr & Frankel, 1992), No en: tanto, em pesquisas bem contvoladas, aincubagao nem serm- Resumo Da SEGAO: CRIATIDADE 1. Numerosas definigdes para a ctiatividade tém sido pro: ppostas; uma definiso comum é que a criauvidade re: fo 80 mesmo tempo e uma solu quer que se en: original e de) para um problema executar uma tarefa com mais eficiéncia (Amabile, 1997: Collins & Amabile, 1999). Contudo, « motivacéo exarin- seca costuma reduzir criatividade quando conta li tes e opgées. E possfvel, por exemplo, que sue criat vidade fosse menor se voc® fizesse uin contrato de pro jeto em troca de recompensa, se estivesse competindo om outras pessoas por um prémio e se estivesse sendo avaliado durante a claboragio do projeto, Esses achados ‘Gm implicages claras para a educagio e para o loca! de wwabaiho: estimular as pessoas a tabalharem naquilo de que gostam e garansr que nenhurna recompensa exter na solape seus esforgos cristvos. pre é titil Baron, 1994; Githooly, 1996; Nickerson, 1995) Talvez se devessem realizar pesquisas de maior validade ‘ecoldgica com individuos resolvendo problemas artistcos, ‘ientiicos e conceituais na vida real ‘Voce pode querer tentar suas préprias pesquisas infor: mais para ver se a incubacso facilita a sua resolugao criativa de problemas. Se seus esforcos parecem bloquesdos, deixe 0 problema de lado e rabalhe em algo completamente di ferente. Uma solucfo lhe ocarre logo depois que vocé re torna ao problema? ‘Nos casos em que a incubagao de fato funciona, qual seria omecanismo provével? Uma possibilidade, atvalmente prelesida pelos psicélogos cognitives, & que os fatores ty down, como configuragio mental ¢ fixidez funcienal, po dem impedi-lo temporariamente de iralém das estatégias rradicionais. Se nessas circunstfincias voce continuar aba Ihando no problema, consinuaré se deparando com as mes- ‘mas idéias intteis. Contudo, se esperar um pouco ou mul dar do iocal onde escé trabalhando, é provavel que repre- sente o problema de maneira diferente, Com uma rept sentaGic diferente, ulvez agora e resolva de maneira cri va (Nickerson, 1999; Smith, 1995b) (Os estudantes de psicologia costumam pensar que to das as questdes interezsantes das pesquisas jd foram res pondides. Na area da cristvidade, certamente nao respon demos a todas as questdes; no sabemos, por exemplo, se a incubacio promove realmente a criatividade. Além disso, se aceitarmos com seriedade 0 desafio de encontrar o pro- bblema, levantado no inicio de capitulo, provavelmente ve remos que ainda nde descobrimos muitas questbes interes- 2. As duas abordagens da criatividade sfo a produgao di vergente, de Guilford, ea teoria multifatorial de invest: mento, de Stemberg; a teoria multifatorial prope que a iade exige inteligenc snto,motvacio, z : i ambiente estimuiador e estilo de pensamento € perso: nalidade adequades. 3, De seordo com Terese Amabile, a motivacio insinseco promove altos niveis de criatividade; jf @ mowvagio Pipseca pode promover a criaividade (por exernple, se ResoLUGo De Provtemas eCRATIVINADE 257 _assumir a forma de informacées ttels), mas também pode diminui-la se controlas os limites e as ops6es da pessoa. 4, Alguns te6ricos argumentam que 2 incubagio estimula 2 resolugao criative de problemas; pesquises bem controla- das, porém, as vezes deixam de apoiar esse conceito. _—» EXERCICIOS DE REVISAO DO CAPITULO Procure lembrar um problema cuia compre achou difcl, quer na érea académice, quer em alguas ‘outs aspectos de sua vida. Quakis) das és exigenci as de Greeno para a compreensao (coeréncia, cores pondéncia e seiagfo com os conhecimentas bésicos) fo foioram) atendidas nesse problema? 2, Bste capitulo examinou diversos métodos diferentes de tepresentacao de um problema. Voie & deseriséo des fesmétodos ¢ aponte como cade um deles poderia ser tisado para resolver um problema enfentado por voce, Seja nas aulas da vniversidade cu em suz vida pessoal durante as iltimas semanas. Consegue identificar um: mou em que a petspectiva da cognicio sicuada posse Ter aplicada a voct na compreensio de um problenna’ Na resolugio de problemas, em que cs algorimmos di ferem das heuristicas? Quando voc# resolve problemas, que stuacbes estimulam cada uma dessas abordgens? Descreva uma situacio em que @ heuristica de meios © fins foimais del do que um aigoriumo, [dentifique uma casizo em que voc? empregou & heurisica de subtda de-morro e observe se ela foi 28 problem Que barreiras impedem que empreguemos com éxito tg abordagem da analogia na resolugao de problemas? Pense em uma érea em que vocé seje ur expert natézia académica, um hobby ou conbecimento relaci nado com o seu mabalho) e mostre se voc’ € expert fem reconhecer as semelhangas estrucurais comb: problemas isomérficos, Pense em uma érea diferente de expertise sua e aponce fas sete dreas cognitivas em que & provével que voct tenha vantagem sobre ui novat0. ‘que fo: 2 configuragio mencal ea fxides fun- relacionadas uma com outra ¢ como elas limitain a resolugdo de problemas? Por que @ in cubagio — quando fimciona — ajudaria a vencer esas das barreiras pare uma resolucéo eficiente de problemas? 7. Ameracognigio foi mencioneda duas vezes neste ca pituio. Discuta essas duas aplicacées e aponte como fas medigdes cognitivas podem ajudar-nos a devenni- mnar os problemas que requerem insight ¢ 0s que n30 0 requerem. 8. Pense em um tipo de problema que vocé parece resol- ver com mais eficincia falando alco enquanto wabalh2 pele. De modo semelhante, que tipo de problema pa ‘elvide com menos eficiéncia quando voce Ja sizoe Sua experiéneia corresponde as conclusdes ita see sobre os efeitos ds linguagem na zesolugso z sobre a resolugdo de proble- foi discutida em diferentes perspectivas: em cone: com a cognico sizueda, com a ebordagem da ana Jogia (uma das abordagens de criacvidade) e com fato- ree que influem na eriatvidade. Usando essas infor ores ambientais io impor- 10, imagine que vocé supe: lena empresa. Descrevs coco poderia user © te capitulo pare estimular resolugGes mais roblemas e maior criatividade, Descreva depois as atividades que gostatia de evar porque clas iriam atrapalhar a resolugao de problemas ¢ criativs dade NOVOS TERMOS de problemas ial estado-meta obstaculos compreensio matriz diagranoa darquico de arvore cogni¢lo situada perspective situacional validade ecol6gica algoritmo busca exaustiva eurfstica heuristica da subida-de-morre heurfstica de meios ¢ fins subproblemas simtlagio computacional Solucionador Geral de Problemas (SGP) problemas mal definidos abordagem da analogia

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