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amado por esse poder supremo, algo que pode ser comparado a uma
divindade. Usando de exemplos de religiosos, o autor lembra que grupos
inteiros de pessoas, mesmo passando por grandes catstrofes no deixam de
adorar seu deus, chegando ao ponto de ama-lo com maior intensidade,
castigando-se e punindo-se para evitar mais infortnios.
So essas as duas origens do sentimento de culpa, a primeira nascendo do
medo da perda de um amor cujo sujeito dependente e a outra o medo do
prprio superego, que exige no s a renuncia de suas pulses destrutivas
mas tambm demanda punio. A infelicidade externa, juntamente com o
desenvolvimento do superego, levou a uma internalizao da mesma, por meio
do sentimento de culpa. Portanto, a severidade do superego est na nossa
prpria punio contra o ego.
Essa agressividade do superego deriva de outras duas fontes: o instinto
agressivo do homem juntamente com coero externa que a civilizao nos
impe, ou seja a dinmica entre os aspectos individuais do sujeito e a sua
interao com o com os variados ditames culturais e sociais que lhe
internalizado, alimenta a formao da conscincia e do superego.
O sentimento de culpa devidamente acompanhado de outro sentimento
reconhecido como remorso. Ele vem a partir da conscientizao de que os atos
cometidos pelo sujeito e tambm aqueles que nem se quer so postos em
pratica so errados, e aparece depois que o dio expressado atravs instinto
de agresso saciado o remorso aparece como a reinstaurao do amor ao
primeiro plano. Esses mltiplos sentimentos so responsveis pela instaurao
da civilizao posto que o amor responsvel pela convivncia em grupo,