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1ª Aula = 12.02.2008
PROCESSO
Recordação/Explicação
Do ofendido;
Pergunta : Como se faz para levar o caso pra frente (quero receber os R$
10.000,00 que emprestei)?
Resposta: Para levar o caso à frente temos que dar início a uma relação
jurídica que se desenvolve através de atos processuais. Essa relação
jurídica que se dá entre essas três pessoas, na tentativa de chegar a uma
resposta, chama-se Processo. Ela ocorre entre o autor (ofendido) que leva a
sua pretensão ao Estado Juiz na tentativa de obter uma resposta. E o
Estado Juiz, por sua vez, chama o réu (ofensor), pois este tem direito à
defesa, pelo princípio do contraditório.
Juiz
Condições da Ação
Elementos da Ação:
Partes;
Causa de pedir;
Objeto ou pedido.
PROCESSO
MP Juiz Serventuários
1) DEFINIÇÃO
Processo é a relação jurídica que ocorre entre autor e réu perante o
Estado juiz e que busca, que visa; que tem por finalidade obter a tutela
jurisdicional adequada ao problema existente.
2) CLASSIFICAÇÃO PARTES:
Petição Inicial
Oral
Termo
§§ 3º e 4º - despacho;
§ 1º - sentença 267/269;
163 – Acórdão.
§ 1º -Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e
269 desta Lei. (Alterado pela L-011.232-2005)
Despacho é o ato do juiz que faz o processo andar e NUNCA gera ônus
para as partes. É graças ao despacho que o processo anda. Exemplo: cite o
réu, não cria ônus, são atos simples.
Após E. C. 45, esses atos podem ser praticados por serventuários. Não cria
prejuízo para ninguém e o cartório pode ajudar a agilizar.
Sentença - Tenta analisar o objeto da ação. É o ato do juiz que tem por
conteúdo os arts. 267 e 269 do CPC. A sentença sempre versa sobre ou
análise do objeto que encontra um vício no caminho (267), ou análise do
objeto (269). Analisa o objeto quando encontra um vício processual pelo
caminho:
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº
11.232, de 2005).
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
Vll - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996)
§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a
extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48
(quarenta e oito) horas.
Analisa o objeto
Art. 269. Haverá resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;(Redação dada pela Lei nº 5.925,
de 1º.10.1973)
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; (Redação dada pela Lei nº 5.925,
de 1º.10.1973)
III - quando as partes transigirem; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. (Redação dada pela
Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Obs. Tanto na decisão interlocutória quanto na sentença alguma das partes
vai ter benefício ou prejuízo, pois esses elementos (decisão interlocutória e
sentença) trabalham com ônus.
ACÓRDÃO:
SERVENTUÁRIO:
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos previstos em lei,
cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes.
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais
causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da
parte. (Redação dada pela Lei nº 9.415, de 23.12.1996)
Os atos e termos devem ser praticados em vernáculo, sendo que deve ser
numerado e rubricado para que garanta a lisura dos atos (art. 156).
Art. 169, § 1º
a) Não podemos usar abreviações. Em tese, pois na prática isso não é muito
respeitado;
Art. 169 - Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta
escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não
puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência.
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os
processos
Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta
em divórcio, alimentos e guarda de menores. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de
26.12.1977)
Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita
eletronicamente, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).
Art. 160. Poderão as partes exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos
que entregarem em cartório.
Art. 365, IV
19.02.2008 = 2ª aula
Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte)
horas. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 1o Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes,
quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. (Redação dada pela
Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
O § 2º autoriza a prática fora do horário, posso citar em dias não úteis, mas
é preciso requerer ao juiz e ele tem que deferir.
§ 3o Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição,
esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos
da lei de organização judiciária local. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
Expediente forense
Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-
se:
Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia
útil seguinte ao feriado ou às férias.
Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas:
Art. 175. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.
Obs. A OAB por ocasião da E. C 45 propôs o fim das férias forenses, mas
por uma questão de funcionamento, os tribunais suspendem os atos
processuais mais ou menos de 20 de Dezembro á 6 de Janeiro.
Todo ato processual tem um limite temporal para ser praticado. Para evitar
problemas, cuidado com dois termos:
PRAZO LEGAL – a Lei diz qual é o prazo (Ex. dos arts. 297 e 508 CPC).
Quando é a lei que nos diz qual é o prazo, estaremos diante do prazo. Sendo
o prazo de 15 dias, não podemos deixar de cumprir. Os prazos não podem
ser violados.
Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita,
dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.
PRAZO JUDICIAL
PRAZOS MISTOS
Art. 407. Incumbe às partes, no prazo que o juiz fixará ao designar a data da
audiência, depositar em cartório o rol de testemunhas, precisando-lhes o nome,
profissão, residência e o local de trabalho; omitindo-se o juiz, o rol será apresentado
até 10 (dez) dias antes da audiência. (Redação dada pela Lei nº 10.358, de
27.12.2001).
PRAZO CONVENCIONAL
Os prazos legais podem ser violados desde que diante de caso fortuito
ou de força maior.
Para o juiz a perda do prazo não gera nenhum problema. PRAZ0
PRÓPRIO E IMPRÓPRIO
Individual é o prazo dado somente para uma das partes: para o autor
ou para o réu. No prazo individual leva-se em consideração a forma e o
momento.
PRAZO SUCESSIVO
É um período de tempo dividido em duas etapas, sendo que na 1ª etapa fala uma das partes, e na 2ª etapa fala a outra parte. No prazo sucessivo
“ALEGAÇÕES FINAIS” é dado às partes à possibilidade de falar sucessivamente, art. 454 do CPC:
Art. 454. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao do réu,
bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte)
minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez), a critério do juiz.
Havendo intervenção de terceiros
§ 2o No caso previsto no art. 56, o opoente sustentará as suas razões em primeiro lugar,
seguindo-se-lhe os opostos, cada qual pelo prazo de 20 (vinte) minutos.
Art. 493. Concluída a instrução, será aberta vista, sucessivamente, ao autor e ao réu,
pelo prazo de 10 (dez) dias, para razões finais. Em seguida, os autos subirão ao relator,
procedendo-se ao julgamento:
D S T Q Q S S
28 29 30 31 1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 1
2 3 4 5 6 7 8
§ 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240
e parágrafo único). (Redação dada pela Lei nº 8.079, de 13.9.1990).
Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo
nos feriados.
A 4ª regra está no art. 184, § 1º. Se o vencimento cair em dia não útil,
em que o fórum esteja fechado, ou que o encerramento das atividades
forenses ocorra fora do horário normal, o vencimento é prorrogado para o
dia seguinte (feriado, fórum fechado ou fechado por dia diferenciado).
PRERROGATIVAS
PREFERÊNCIAS
DAS CARTAS
Requisitos 202/203
Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta
rogatória:
§ 1o O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como instruí-la com
mapa, desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na
diligência, pelas partes, peritos ou testemunhas.
§ 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido
em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.
§ 3o A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio
eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).
Art. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o prazo dentro do qual deverão ser
cumpridas, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência
Não é possível o juízo de conveniência por parte do juiz, ele tem que
cumprir o prazo. É obrigado a fazer, só podendo recusar nos termos do art.
209 do CPC.
Recusa 209
Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com despacho
motivado:
Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se
defender. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
...a definição está no próprio artigo 213. Citar o réu ou o interessado é uma
exigência dos princípios constitucionais: do Contraditório e da ampla
Defesa. Lembrando que pode surgir um terceiro interessado “intervenção
de terceiros”, sendo que na assistência simples o 3º não vira parte, mas nas
demais vira parte do processo.
26.02.2007 = 3ª Aula
Comunicação Processual
O processo se manifesta através dos autos, e estes contêm os atos
processuais praticados pelos sujeitos da relação processual que são: autor,
juiz e réu, sendo que estes atos são praticados em forma lógica e
cronológica.
Para que haja a prática desses atos é necessária uma comunicação
processual entre os sujeitos, que se dá por: carta, citação e intimação.
CITAÇÃO
Definição
Art. 213 - Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de
se defender. (Alterado pela L-005.925-1973).
Explicação:
O autor reclama uma solução ao estado juiz, este chama a juízo o réu
para que se defenda. É a citação que garante ao réu da relação processual o
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa, pois será chamado para se
defender. Com a citação do réu forma-se a relação processual.
ASSISTÊNCIA
Assistência é uma forma de intervenção voluntária porque decorre da
faculdade do terceiro intervir ou não no processo. Ele pede para entrar e
intervém como assistência a uma das partes por querer que esta seja
vencedora na demanda.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Em alguns casos, para litigar há necessidade de autor ou réu,
conforme as circunstâncias, ao intentarem a lide, ou nela se defenderem,
fazer sua denunciação a terceira pessoa, a elas ligadas por relações
jurídicas referentes ao direito discutido na ação; a quem denuncia a lide é
denunciante; o terceiro é o denunciado. Assim a denunciação da lide é o
chamamento ao processo como autor ou réu, de pessoa que nele deva
figurar, em tal qualidade.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
O terceiro é convocado ou por uma relação de solidariedade ou de
subsidiariedade. O réu pode chamar outras pessoas ao processo, por
economia processual, quando há devedores solidários, ou coobrigados, ou
quando o chamado for o devedor principal, e o réu, fiador.
OPOSIÇÃO
Oposição é a ação de terceiro contra autor e réu, no processo em que
intervém. Se uma pessoa tiver interesse que relegue os do autor e do réu,
pode entrar no processo, na qualidade de opoente; obedecendo ao princípio
da dualidade de partes, o juiz se admitido o terceiro, decidirá seu pedido
como de uma parte, e os interesses do autor e do réu, como de outra;
decidida esta primeira relação, se não for acolhida a pretensão do opoente,
passará novamente a decidir sobre as pretensões do autor e do réu.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
“Corrige o pólo passivo”
Pode o réu, na ação em que for demandado em nome próprio, nomear
terceira pessoa, para defender o direito ameaçado, se a coisa não lhe
pertence, mas ao terceiro. O réu será denominado nomeante, e o terceiro,
nomeado.
Continuação...
§ 1º Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes,
quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. (Alterado pela L-
008.952-1994).
Relações trabalhistas;
Relações de consumo (no que se refere à pessoa jurídica);
Na Lei 6830/80, de execução fiscal (basta deixar na portaria);
Na Lei 9099, art. 18 dos Juizados Especiais (basta entregar na
portaria).
III- aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas; (Alterado pela L-008.952-1994)
Gala é o período contado a partir do casamento
A citação feita de forma contrária aos incisos do art. 217, é claro que gera
nulidade, mas Cuidado! É preciso saber o que é melhor para o cliente.
1. o nome do juiz;
2. o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
3. o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais
característicos;
4. a residência do réu, se for conhecida;
5. o fim para que é feita a citação;
6. o juizo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
7. a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
Eis um modelo:
O art. 219 faz uma divisão física São 5 circunstâncias previstas, sendo 3
delas quando a citação é válida, para o caso de o juiz ser competente, e 2
que ocorrem independentemente do juiz ser competente ou incompetente
(seja o juiz, competente ou incompetente, as 2 últimas vão acontecer
sempre).
Os 3 efeitos (circunstâncias)
1) Tornar prevento o juízo = fixar a competência perante o juízo. Toda
vez que eu entro com uma ação eu fixo a competência. Salvo as
exceções onde eu retiro o processo e mando para um outro lugar, são
casos de conexão, continência e perpetuação da jurisdição (art. 87).
Art. 87- Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da
matéria ou da hierarquia.
permalink
Obs. A citação por hora certa e a citação por edital são uma ficção, pois se
presume que encontrou o réu, que ele tomou ciência, mas na prática há uma
presunção legal que não corresponde à realidade. Esgotando o prazo o réu
não poderá ficar sem defesa, então será nomeado um defensor dativa, um
membro do MP, ou da defensoria pública, ou mesmo um advogado da OAB, o
qual fará uma defesa genérica, pois não conhece os fatos.
Art. 9º - O juiz dará curador especial:
Quanto ao Art. 285 A. Este artigo é objeto de ADIN por conta do
seu conteúdo.
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já
houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá
ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente
prolatada. (Acrescentado pela L-011.277-2006)
Explicação: A idéia principal do art. 285 A é evitar a sobrecarga do
judiciário, principalmente em ações repetidas. Exemplo: ações
previdenciárias, onde se discutem diferença de pagamento; do funcionalismo
público com diferenças de valores a seu favor. São muitas ações nesse
sentido.
Definição
Art. 234 - Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo,
para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Contagem de Prazo
III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de
recebimento ou mandado citatório cumprido; (prazo a partir da citação do último
réu – a idéia é prazo único para todos);
V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz. (Ex: o prazo de
defesa no rito ordinário é de 15 dias, como o réu não foi encontrado e o
edital fixou o prazo de dilação de 20 dias, então, nesse caso, o prazo será
de 35 dias). Na citação por edital é somado o prazo dado mais o prazo de
dilação.
DA FORMAÇÃO:
Explicação: O Processo Civil, nos termos dos arts. 262 e 263 do CPC, a
relação processual se inicia com a PI, o autor apresenta a causa de pedir e o
pedido ao juiz. Uma vez provocada à jurisdição, que é inerte, o processo
segue por impulso oficial. Seguindo as regras de competência, ou seja,
apresentar-se ao lugar correto, lhe será dado o protocolo da PI que
denominado o “DISTRIBUIDOR”.
DA FORMAÇÃO:
Art. 262 - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por
impulso oficial.
Art. 263 - Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo
juiz, ou simplesmente distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da
ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no Art. 219 depois que
for validamente citado.
Art. 251 - Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde
houver mais de um juiz ou mais de um escrivão.
EXTINÇÃO
Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Alterado pela L-011.232-
2005)
I - quando o juiz indeferir a petição inicial = se a P. I. não atende aos requisitos
do ...
Art. 282 - A petição inicial indicará:
I- o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II- os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do
autor e do réu;
III- o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV- o pedido, com as suas especificações;
V- o valor da causa;
VI- as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
VII- o requerimento para a citação do réu.
II- quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes (as
partes não deram andamento, abandonaram = quem atua é o advogado);
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias (o juiz intimou o autor para que
fizesse alguma coisa, que praticasse algum ato e o autor não praticou = quem
atua é o advogado);
VIII- quando o autor desistir da ação (aqui o autor desistiu de reclamar naquele
momento, ele não abriu mão do direito);
III - quando as partes transigirem (quando fizerem um acordo, então o juiz vai
observar se fizeram o acordo cujo objeto é licito, se as partes são capazes,
e se foi respeitada a forma prevista em lei, se houver, ou seja, analisa sob a
égide do negócio jurídico);
V- quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação (não é que o autor
desistiu de entrar num entendimento, ele está dizendo que abre mão
daquele direito, mas temos que tomar cuidado porque existem direitos
irrenunciáveis).
04.03.2008 - 4ª aula
SUSPENSÃO
A regra geral no Processo Civil, é que não haja suspensões. A idéia e
que ele continue e que não pare a fim de encontrar uma solução à lide o mais
rápido possível. Tanto isso é verdade, como já vimos anteriormente que não
se admitem atos protelatórios das partes, então a idéia do processo civil, é
que ele seja contínuo. Mas nem sempre isso é possível porque podem ocorrer
incidentes no curso do processo que geram uma paralisação temporária.
II- pela convenção das partes (as partes podem fazer algum tipo de acordo);
IV- quando a sentença de mérito (trata-se de questão pre judicial, deve ser
resolvido antes do julgamento, pode ser externa quando depende de outro
processo, ou interna causado por um incidente, por exemplo):
a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou
inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;
b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida
certa prova, requisitada a outro juízo;
c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como declaração
incidente;
VI - nos demais casos, que este Código regula (no caso de intervenção de
terceiros, por exemplo).
Exemplos: art. 461 = obrigação de fazer; art. 461A = obrigação de dar coisa;
art. 475J = sentença por quantia certa. Graças, também à Lei 11232e a Lei
11382, temos uma relação única, facilitando, assim, a vida do credor. No
Brasil é a regra, hoje.
5ª aula – 11.03.2008
http://www.dji.com.br/dicionario/processo.htm
PROCESSO DO CONHECIMENTO
Do Processo e do Procedimento
Art. 270 - Este Código regula o processo de conhecimento (Livro I), de execução
(Livro II), cautelar (Livro III) e os procedimentos especiais (Livro IV).
Livro I
Do Processo de Conhecimento (0001 a 0565)
Livro II
Do Processo de Execução (566 a 795)
Livro III
Do Processo Cautelar (796 a 889)
Livro IV
Dos Procedimentos Especiais (890 a 1210)
Art. 272, Parágrafo único - O procedimento especial e o procedimento sumário
regem-se pelas disposições que lhes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente,
as disposições gerais do procedimento ordinário. (Acrescentado pela L-008.952-1994)
Não podemos estudar como um livro único, pois há um pouco de cada
procedimento dos outros livros.
Livro V
Das Disposições Finais e Transitórias (1211 a 1220)
3. Ação cautelar – busca-se uma garantia, uma tutela assecuratória. Busca-se a garantia
da eficácia de um pronunciamento jurisdicional futuro, que virá mais adiante em uma
ação principal (seja de conhecimento ou de execução). Ex.: Empresa não quer cobrir
certa cirurgia. Entra-se com uma antecipação de tutela: primeiro entra-se com uma ação
de conhecimento e então a antecipação de tutela, porque busca-se a satisfação do
direito. A antecipação de tutela é feita junto com a ação principal. A medida cautelar só
assegura, mas não satisfaz o direito. A ação cautelar pode ser preparatória para uma
ação principal, ou pode ser incidental, quando já em curso a ação principal. Para a ação
cautelar, além das condições genéricas (legitimidade ad causam, interesse judicial e
possibilidade jurídica do pedido), exige-se: a) “fumus boni iuris” – fumaça do bom
direito, grau de probabilidade, quando há a mera possibilidade é a fumaça, é o mais
tênue; b) “periculum in mora” – perigo de dano irreparável ao direito material em
virtude da demora da ação principal.
Petição Inicial;
Citação;
Intimação;
Defesa;
Competência;
Resposta;
Recurso
I. Petição Inicial;
II. Juiz cita o réu que tem 15 dias para apresentar defesa;
III. O réu apresenta defesa: contestação, exceção ou reconvenção;
IV. O juiz concede ao autor a Réplica;
V. Provas (fase probatória: testemunhal, documental, ou as duas)
onde o juiz pergunta: “digam às partes que provas desejam produzir,
justificando o motivo”;
VI. Audiência Conciliatória = tenta que as partes façam acordo.
VII. Decisão Saneadora = Pode ser que na própria audiência ou em
alguns dias depois (o juiz coloca ordem no processo e diz o que terá
que ser provado);
VIII. Inicia a fase de instrução onde ocorrerá a Audiência de
Instrução e Julgamento = o juiz vai ouvir as partes, as testemunhas,
o perito (se for o caso), vai analisar as provas;
IX. Alegações finais = pode ser que o juiz peça na mesma audiência,
ou que de prazo para fazer os memoriais;
X. Sentença
I. Ordinário;
II. Sumário (após a lei 9245/95 deixou de existir);
III. Sumaríssimo (virou Sumário);
IV. Especiais (Lei 9099/95 = Juizados Especiais; e 10259/2001 =
que dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal). O modelo veio do
Japão. É um erro chamá-lo de Rito Sumaríssimo.
Célere e concentrado
O Rito Sumário é rápido e concentrado, onde, num mesmo momento, se
reúnem a prática de vários atos.
O legislador entendeu que em alguns casos (275 II), seria
desnecessário um procedimento tão complexo quanto ao do rito ordinário.
É uma exceção, e como tal é preciso saber quais são as situações em
que se pode adotar esse rito mais célere.
1. Hipóteses de cabimento:
Do Procedimento Sumário
Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: (Alterado pela L-009.245-1995)
I -nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo;
(Alterado pela L-010.444-2002)
Parágrafo único - Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado
e à capacidade das pessoas. (Alterado pela L-009.245-1995). Eu não posso interditar
ninguém ou suprir incapacidade, mesmo porque não há como providenciar
uma interdição de forma rápida, pois no mínimo vai precisar de uma perícia.
Também não é possível fazer separação ou divórcio ou qualquer ação relativa
ao estado civil da pessoa.
4. Peculiaridades
Conceito
Petição Inicial é o ato processual ou o instrumento pelo qual o autor
exerce o seu direito de ação, provocando o poder judiciário a prestar a
tutela jurisdicional desejada à solução do conflito.
Dos Requisitos da Petição Inicial (CPC, arts. 282 e 283; e 614 para o
processo de execução)
Art. 282 - A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do
réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Vara Civil: traz a competência material. Poderia ser vara do trabalho, etc.
Definição de Pedido
Pedido é a providência jurisdicional desejada pelo autor. O autor
pretende que o Estado imponha esta resposta ao réu. São 4 espécies:
1. Pedido expresso = eu quero tal coisa;
2. Pedido concludente = faço no decorrer da narração o que contei na
PI;
3. Pedido certo = indico a natureza da ação (se, do conhecimento, se
condenatória);
4. Pedido determinado – especifico o que eu quero
A parte promove a ação em face do outro, ou seja, as partes estão
contra o Estado e o Estado contra as partes.
V- o valor da causa;
Dos arts. 258 e 259, sendo que o art. 259 traz algumas regras:
Motivos do valor da causa, de fruição de competência;
Rito “sumário”, um de seus critérios
Custas processuais (1 a 2% do valor da causa)
Honorários advocatícios
Art. 258 - A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo
econômico imediato.
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Documentos indispensáveis (art. 283)
Art. 283 - A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à
propositura da ação.
Obs. No rito sumário, o juiz jamais perguntará sobre que provas as partem
pretendem fazer. Ele não pergunta por que não dá tempo.
Perícia
Art. 280 - II - o perito terá o prazo de quinze dias para apresentação do laudo;
Só será admitida (no rito sumário) se for do tipo simples, pois não
poderá demorar mais que 15 dias, se for complexa e demorar mais que os 15
dias, o juiz converterá para o rito ordinário;
Sentença475-A, § 3º).
Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua
liquidação.
§ 3ºNos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II,
alíneas ‘d’ e ‘e’ desta Lei, é defesa a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se for o caso,
fixar de plano, a seu prudente critério, o valor devido.
Toda sentença de rito sumário tem que ter valor líquido. O juiz
deverá dizer qual é o valor total que o réu deverá pagar.
Já o rito ordinário o juiz diz: (por exemplo) condeno o réu a indenizar
todos os danos sofridos pelo autor, incluindo fisioterapia, lucros cessantes
e danos materiais.
18.03.2008 – 6ª aula
PEDIDO
A. REQUISITOS DO PEDIDO
Concludente: ele decorre da natureza dos fatos, tem que ter uma
relação lógica entre os fatos narrado e o pedido feito;
B. ESPÉCIES
Genérico
Art. 286 - O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido
genérico: (Alterado pela L-005.925-1973) (erro redacional)
I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados;
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.
Exemplo do representante comercial com contrato exclusivo para a
venda do produto X na região norte de São Paulo, e, de repente, a empresa
resolve repassar a terceiros, o produto do contrato exclusivo, por achar que
o vendedor não estava se saindo tão bem com as vendas. O autor, no caso do
contratado exclusivo, ao ingressar com a PI, não tem como indicar o quanto
de mercadoria foi repassada ao terceiro. Ele não o sabe, pois somente o réu
detém o conhecimento.
CompletaFabiano Carvalho: “A multa diária não é pena para punir o devedor pelo
fato de não ter cumprido a obrigação. Também não têm natureza de
ressarcimento dos danos. É meio de coação, de simples ameaça, que tem por
escopo constranger o devedor a cumprir a ordem judicial, com finalidade de
obter o resultado ideal”.
Alternativo(288)
Art. 288 - O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor
puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único - Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o
juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que
o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Quer-se X, mas se aceita Y, porém tem que estar expresso em
contrato ou em lei. A possibilidade da alternância está no contrato, por
exemplo, de uma lavanderia que é contratada para entregar as roupas limpas
e higienizadas num determinado prazo, ocorrem alguns problemas internos,
e a mesma, como tem que cumprir prazo, entrega o serviço à outra
lavanderia. O contratante quer a roupa limpa e no prazo certo, não
importando se será por uma OU outra lavanderia.
Sucessivo (289)
Art. 289 - É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz
conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.
Quer-se X, mas se aceita Y, NÃO PRECISA estar expresso em
contrato ou em lei. Já que não tem o que eu quero, aceito outra coisa
parecida. É um paliativo.
Cumulativos (292)
Por economia processual é possível que se faça vários pedidos num
mesmo processo.
Art. 292 - É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º - São requisitos de admissibilidade da cumulação:
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si (não podem ser opostos);
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo (observar as
competências);
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
Regras:
a. Iguais partes: o mesmo autor e o mesmo réu;
b. Competência: exemplo de multa aplicada pelo IBAMA (que é uma
autarquia Federal) terá que ser paga na esfera Federal; também a
situação em que há dano em área estadual e a sanção diz respeito ao
reflorestamento, não será possível cumular os dois pedidos, visto que
um pertence à esfera federal e o outro a esfera estadual.
c. Os pedidos têm que ser compatíveis: não podem ser contrapostos,
seria o mesmo que pedir ação de separação e divórcio ao mesmo
tempo. São duas coisas que em tese chegam ao mesmo lugar, mas são
contrapostas. A separação coloca fim à convivência matrimonial, o
dever de fidelidade ao regime de bens, mas a pessoa não pode se
casar novamente, já com divórcio é possível. Portanto não é possível
cumular pedidos desse tipo, ou seja, contrapostos.
d. Tem que ser o mesmo rito, caso o rito seja diferente, tem que
adotar o rito ordinário. Caso eu queira pedir algo mais, tenho que
adotar o rito ordinário. Exemplo do pedido de busca e apreensão que
é um rito super rápido, ser cumulado com o pedido de indenização, é
possível fazer essa cumulação, mas terá que adotar o rito ordinário.
A PI poderá ser alterada até a citação do réu (264 e 294), sendo que
após a citação, a PI só poderá ser alterada mediante o consentimento e a
anuência do réu.
Art. 264 - Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de Pedir, sem
o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições
permitidas por lei. (Alterado pela L-005.925-1973)
Art. 294 - Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as
custas acrescidas em razão dessa iniciativa. (Alterado pela L-008.718-1993)
O CPC nos dá um limite que a partir dele não se pode mais fazer
alteração. Trata-se da Decisão Saneadora, onde o juiz determina como se
darão as provas, deferindo-as ou não, fixa os pontos controversos, o objeto
da discórdia.
Artigo 285-A
Quanto ao Art. 285 A. Este artigo é objeto de ADIN por conta do
seu conteúdo.
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já
houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá
ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente
prolatada. (Acrescentado pela L-011.277-2006)
Apelação: São 15 dias de prazo para apelação (arts. 508 e 513), onde
o JUIZ TERÁ 5 DIASPARA VOLTAR ATRÁS na decisão. O juiz, se
retratando, citará o réu que vai apresentar manifestação (SOBRE O
RECURSO DE APELAÇÃO) e remeterá ao Tribunal de Justiça.
Explicação:
Perguntas :
O que fazer diante de uma urgência?
O que fazer diante de uma situação em que não se pode esperar a
duração normal do processo?
Caso o processo dure um ano. Como resolver um problema de saúde,
em que o plano de saúde não quer internar?
O caso do devedor que está dilapidando o patrimônio e não terá como
pagar?
Outras situações:
Eu preciso internar alguém urgente é o plano de saúde não quer.
Entro com ação do conhecimento, mas o doente não pode esperar;
Preciso de um remédio muito caro e não tenho como comprar;
Preciso de um prontuário médico e ele quer me entregar.
Exemplo: PEDIDO
Obrigatórios:
Prova inequívoca;
Verossimilhança das alegações;
Reversibilidade;
Alternativos:
Perigo de dano irreparável;
Abuso de direito de defesa ou manifesto;
Caráter protelatório; pedido incontroverso.
E tenho que provar 2 requisitos Obrigatórios e1 dos requisitos
Alternativos:
Obrigatórios:
Prova inequívoca (prova certa) da verossimilhança das alegações
(verdade das alegações). Posso requerer a antecipação do pedido
quando eu tenho a certeza da verdade das alegações, dos fatos
narrados na PI (a pessoa está doente, tem direito ao tratamento
público que se o poder público não puder dar, vai arrumar uma forma
de fazê-lo);
Reversibilidade (tenho que deixar claro que o que quero é
reversível, que é passível de reversão. Retornar ao “status quo
antes”. Não é devolver o que foi entregue, o que seria ideal, mas, na
impossibilidade, no caso de coisa consumida, exemplo: pelo
tratamento médico, despesas com pessoa doente, terá que ser
revertida em perdas e danos. A reversibilidade se faz ou em
dinheiro = perdas e danos, ou colocando no lugar algo igual).
A Negativa se faz no § 2º do art. 273
§ 2º - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado. (Acrescentado pela L-008.952-1994)
§ 6º A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos
cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. (Acrescentado pela L-010.444-
2002)
4 – Características
Satisfatividade (ela entrega o que se quer, total ou parcialmente);
Utilidade contra o abuso (violação de um direito pode-se usar da
antecipação como forma de punição);
Provisoriedade (é sempre provisória, dado que estou diante de uma
decisão interlocutória, pela própria natureza).
5 – Legitimidade
Pergunta: Quem pode pedir a antecipação?
Resposta: O juiz não poderá fazer de ofício, então, o pedido poderá ser
feito pelo autor (regra geral) ou pelo réu (por exceção) quando ele faz o
pedido contra o autor poderá requerer a liminar, no rito sumário e nas ações
de força dúplice.
6 – Momento
Pergunta: Quando fazer?
Resposta: A regra é que se peça na PI, mas nada impede que eu faça esse
requerimento no curso do processo posteriormente à manifestação da
defesa. Essa regra é válida nos casos dos Requisitos Alternativos: quando
estiver diante de abuso de direito de defesa, e de pedido incontroverso.
Poderá ser feito a qualquer momento até a sentença proferida, e, somente,
no processo do conhecimento, não havendo possibilidade no processo
cautelar e de execução.
7 – Execução (art. 273, § 3º)
§ 3º - A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua
natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4º e 5º, e 461-A. (Alterado pela L-
010.444-2002)
Pergunta: Entro com ação, o juiz defere a liminar. Como eu faço valer tal
decisão judicial?
Resposta: a) regra do at. 273, § 3º - como fazer valer a execução; b) o juiz
poderá fixar astreintes (multa diária); c) a execução da tutela antecipada
corre por conta e risco daquele que a requereu (porque eu tenho uma
decisão provisória); d) se o juiz achar conveniente, poderá pedir caução.
Art. 588. A execução provisória da sentença far-se-á do mesmo modo que a definitiva,
observadas as seguintes normas:
I - corre por conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for
reformada, a reparar os prejuízos que o executado venha a sofrer;
II - o levantamento de depósito em dinheiro, e a prática de atos que importem alienação
de domínio ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução
idônea, requerida e prestada nos próprios autos da execução;
III - fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da
execução, restituindo-se as partes ao estado anterior;
IV - eventuais prejuízos serão liquidados no mesmo processo.
§ 1º No caso do inciso III, se a sentença provisoriamente executada for modificada ou
anulada apenas em parte, somente nessa parte ficará sem efeito a execução.
§ 2º A caução pode ser dispensada nos casos de crédito de natureza alimentar, até o
limite de 60 (sessenta) vezes o salário mínimo, quando o exeqüente se encontrar em
estado de necessidade." (NR)
Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido,
determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994)
§ 4º - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa
diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível
com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.
(Acrscentado pela L-008.952-1994)
§ 5º - Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático
equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas
necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão,
remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva,
se necessário com requisição de força policial. (Alterado pela L-010.444-2002)
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela
específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. (Acrescentado pela L-
010.444-2002)
8- Polêmicas:
Fungibilidade (273, § 7º)
§ 7ºSe o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza
cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida
cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. (Acrescentado pela L-010.444-
2002)
Fazenda Pública
A lei 9.499/97. Nos casos, em especial assuntos dos servidores + art.
475 CPC (não cabe liminar contra o poder público). Por outro lado é
preciso defender o direito de ação do art. 5º XXXV CF. Na prática
depende do que estiver em jogo contra o poder público. “Depende do
foco existente”, de análise casuística..
http://www.cadireito.com.br/artigos/art45.htm
DEFESA DO RÉU
II. Prazo
No rito ordinário, o prazo está no art. 297, e a regra de contagem no
art. 241; no rito sumário o réu apresenta a defesa na audiência, sendo que
deve ser citado com antecedência de 10 dias; no rito especial, cada caso é
um caso, sendo necessário verificar na lei. Lembrando que quando se tratar
da Fazenda Pública o prazo será quádruplo, e para litisconsortes com
advogados diferentes o prazo será em dobro.
III. Contestação:
a) Conceito
Contestação é a defesa clássica que o réu tem de se opor às
alegações do autor, onde questiona vícios processuais e o mérito (fatos
alegados e o direito da ação).
e) Preliminares:
As matérias do art. 301 são as que podemos alegar em preliminar, sendo que
somente a cláusula de arbitragem não será de oficio. O efeito que tem que o
juiz vai marcar uma delas:
i. Extinção (267);
ii. Deslocamento (113, §2º);
Art. 113 - A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em
qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
§ 2º - Declaradaa incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos,
remetendo-se os autos ao juiz competente.
iii. Novo prazo (para o caso de
alegação de vícios);
iv. Citação (é preciso ter cuidado,
pois se alegar que a citação foi irregular, você já pode
se considerar citado).
Art. 302 - Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na
petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:
I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão; Diante de direitos
indisponíveis não poderá haver essa presunção.
II- se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei
considerar da substância do ato;
III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto (num
acidente de carro, eu não nego mais no curso da ação eu trago elementos
que provam que ele me deve mais que ele = um pedido contraposto)
g) Após contestação.
Art. 303 - Depois da contestação, só é lícito deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito superveniente; (direito novo)
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício (as matérias do art. 301, menos a
convenção de arbitragem, prescrição e decadência)
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo
(exemplo do art. Do ECA 27)
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e
imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
restrição, observado o segredo de Justiça.
IV. Revelia / Contumácia
a) Conceito;
b) Ordinário X Sumário;
c) Efeitos;
d) Exceções;
e) Procedimentos
01.04.2008 – 8ª aula
Juízo, com:
i. Investidura jurisdicional – precisa
ter ingressado no cargo de magistrado nas formas da
lei: concursado, ou pelo quinto constitucional, por
nomeação do presidente da república (como acontece
no STF);
ii. Competência;
iii. Imparcialidade.
Objeto:
Pressupostos intrínsecos ou internos:
i. Petição inicial apta;
ii. Citação válida;
iii. Devido processo legal.
Pressupostos externos:
i. Fatos vedados. É vedado que
ocorra coisa julgada, litispendência, convenção de
arbitragem, perempção, decadência, ausência de
pagamento de custas, transação.
Perguntas e respostas:
Onde eu questiono problema quanto à parte? Na contestação.
Onde eu questiono problema com o juízo? Na exceção.
Onde eu questiono problema quanto aos pressupostos objetivos? Na
contestação.
Por que a exceção é uma defesa possível em qualquer tipo de ação?
Porque é uma defesa que aponta problemas quanto ao juízo. Se existe
quanto à competência, quanto a parcialidade, onde esse juiz em razão
do problema não poderia decidir.
Órgão jurisdicional
Pretensão
A exceção sempre será uma defesa que questiona o órgão judicial não
se questiona a pretensão.
No CPC a matéria das exceções, a partir do art. 304, se subdivide em
duas: da incompetência e, do impedimento e da suspeição.
Regra Geral
Art. 304 - traz as espécies de exceções possíveis:
Art. 304 - É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção, a incompetência
(Art. 112), o impedimento (Art. 134) ou a suspeição (Art. 135).
Art. 306 - Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (Art. 265, III), até que seja
definitivamente julgada.
Relativa (112)
Absoluta (113)
Art. 113 - A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada,
em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
§ 1º - Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira
oportunidade em que lhe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas
custas.
§ 2º - Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos,
remetendo-se os autos ao juiz competente.
Perguntas: O que é competência, enquanto instituto processual? Se todo
magistrado detém a jurisdição, qual eu procuro?
Resposta: A função judiciária detém a jurisdição, ela tem o poder dever de
dizer o Direito ao caso concreto. Existem critérios de divisão no judiciário
que visam facilitar a prestação dos serviços. Logo, a competência é divisão
da jurisdição. Deve-se procurar o juízo de determinada matéria, mais
próximo.
http://www.stj.gov.br/Discursos/0001119/Breves%20considera
%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20a%20compet%C3%AAncia%20no%20Dir.
%20Proc.%20Civil%20Brasileiro.doc
Existem regras que não podem ser violadas. Sendo violada a regra
de competência, estaremos diante de incompetência que poderá ser
relativa ou absoluta de acordo com a gravidade do vício.
Quanto às pessoas:
Art. 301 - Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (Alterado pela L-
005.925-1973)
II - incompetência absoluta;
Art. 522 - Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na
forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e
de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos
efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por
instrumento. (Alterado pela L-011.187-2005)
2 – EXCEÇÃO DE PARCIALIDADE
Art. 136 - Quando dois ou mais juízes forem parentes, consangüíneos ou afins, em linha
reta e no segundo grau na linha colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal,
impede que o outro participe do julgamento; caso em que o segundo se escusará,
remetendo o processo ao seu substituto legal.
Suspeição e Impedimento
c) Momento
Se, por Impedimento, a qualquer momento do processo; se, por
Suspeição será no primeiro momento. Quando ocorre a distribuição da PI, o
advogado recebe a publicação informando a vara e as partes. Se existir
algum receio quanto ao juiz, ou se houve uma investigação do mesmo que
coloca em dúvida a sua parcialidade:
No caso do autor, tem 5 dias para alegar exceção a partir do
fato conhecido (não tem prazo previsto em lei);
No caso do réu, apresenta a exceção no prazo de defesa
(prazo de 15 dias);
d) Magistrado
A exceção é apresentada ao próprio juiz da causa;
Ele, o juiz, terá o prazo de 10 dias para se manifestar, sendo
que poderá reconhecer de plano ou negar;
O juiz se manifesta e remete o processo ao tribunal;
É possível que se indiquem testemunhas (provar relação,
afinidade);
Art. 313 - Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a suspeição,
ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso contrário, dentro de 10
(dez) dias, dará as suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas,
se houver, ordenando a remessa dos autos ao tribunal.
e) Tribunal
O tribunal ouve as testemunhas e decide o problema;
Se decidir que não existe a parcialidade devolve o processo ao
mesmo juiz. Sendo reconhecida a parcialidade, o tribunal,
manda o processo a outro juiz e, o juiz que é parcial, não
reconheceu de plano a sua parcialidade, será condenado a pagar
as custas do processo, e responderá administrativamente,
perante à magistratura, pelo desvio de conduta.
Art. 314 - Verificando que a exceção não tem fundamento legal, o tribunal determinará
o seu arquivamento; no caso contrário condenará o juiz nas custas, mandando remeter
os autos ao seu substituto legal.
3 – Reconvenção
a) Definição
Reconvenção é o instrumento colocado à disposição do réu para que ele
possa formular pedido contra o autor da ação principal.
b) Cabimento
Art. 315 - O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção
seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
c) Pressupostos:
Conexão
Art. 103 - Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto
ou a causa de pedir.
Identidade
Art. 315, Parágrafo único - Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor,
quando este demandar em nome de outrem. (Alterado pela L-005.925-1973) Temos
uma exigência de iguais partes, porém em condições inversas, o autor vira
réu e o réu vira autor.
Lembrando que: São duas ações que correm dentro do mesmo processo. No
processo principal o réu foi citado e no prazo de defesa (15 dias)
apresentou:
PRAZOS:
Contestação Reconvenção é uma ação, após PI:
10 dias para réplica 15 dias para a contestação/reconvenção
5 dias para a tréplica 10 dias para a réplica (é possível)
5 dias para tréplica (nada impede)
Daqui pra frente é igual ao já estudado no processo do conhecimento
Audiência de conciliação – decisão saneadora
Audiência de instrução e julgamento
Sentença única
Art. 258 - A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo
econômico imediato.
Art. 259 - O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos até
a propositura da ação;
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de
todos eles;
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal;
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação
ou rescisão de negócio jurídico, o valor do contrato;
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor;
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial para
lançamento do imposto.
Art. 260 - Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em
consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será igual a
uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado, ou por tempo
superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
Art. 261- O réu poderá impugnar, no prazo da contestação, o valor atribuído à causa
pelo autor. A impugnação será autuada em apenso, ouvindo-se o autor no prazo de 5
(cinco) dias. Em seguida o juiz, sem suspender o processo, servindo-se, quando
necessário, do auxílio de perito, determinará, no prazo de 10 (dez) dias, o valor da
causa.
Parágrafo único- Não havendo impugnação, presume-se aceito o valor atribuído à
causa na petição inicial.
Das Impugnações
Além das defesas expressas no CPC: contestação, reconvenção e
exceção existem mais duas possibilidades de manifestações que não se
configuram em defesa: Impugnação ao valor da causa e Impugnação ao
pedido de justiça gratuita.
Art. 258 - A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo
econômico imediato.
Art. 259 - O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos até
a propositura da ação;
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de
todos eles;
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal;
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação
ou rescisão de negócio jurídico, o valor do contrato;
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor;
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial para
lançamento do imposto.
Art. 260 - Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em
consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será igual a
uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado, ou por tempo
superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
Em toda a PI o autor tem que dar um valor à causa. Existem causas que
não tem valor econômico a exemplo de adoção, separação... A lei exige que
se atribua um valor como base, ou seja, um valor referência que será
atribuído pelo autor.
É pelo valor da causa que: a) se recolhe custas processuais; b) taxa para
preparo de recurso; c) honorários; d) se prevê multas sobre litigância de
má-fé; e) muitas vezes indica o rito a ser seguido.
Quem atribui é o autor, na PI, porém pode ser que o se atribua o valor
errado e, sendo assim, o réu poderá questionar. Questionando o valor da
causa se inviabiliza a propositura da ação. Então, nada impede que o réu
aponte o erro por ocasião de sua defesa.
O réu faz esse apontamento em petição própria que é a PI de
impugnação ao valor da causa, no prazo de defesa, onde pede ao juiz que
corrija o valor. A impugnação será autuada em autos apartados. O juiz
recebe a PI e determina que o autor se manifeste no prazo de 5 dias
(não existe nome para essa manifestação. Na prática se denomina de
manifestação sobre a impugnação do valor da causa) ou ele ( o juiz) diz que o
valor atribuído a causa está correto e mantém, ou ele corrige o valor e
determina que seja feito as demais correções.
Efeitos:
É autuada em apartado;
Não suspende o processo;
Não desentranha o mesmo;
Prazo de 5 dias para que o autor se manifeste;
O juiz, ao final, profere uma sentença dizendo se altera ou não
o valor da causa.
§ 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos
da lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.
Efeitos:
É autuada em apartado
O prazo é de 5 dias a contar do meu conhecimento (a jurisprudência
não é pacífica).
Da Ação Declaratória Incidental
a) Sentença – elementos
Pergunta: o que é essa ação?
Resposta: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2729
CF - Art. 93 -IX -todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo
não prejudique o interesse público à informação; (Alterado pela EC-000.045-2004).
b) Coisa julgada
Depois de esgotados os recursos, o processo volta à 1ª instância para
que se promova à execução, sendo certo que a sentença se torna imutável
quando é atingida pela coisa julgada (art. 467).
Art. 467 - Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e
indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
A coisa julgada ocorre em duas hipóteses:
Esgotam-se as hipóteses recursais;
Perde-se o prazo recursal
c) Ponto
Ponto é tudo o que as partes suscitam. É toda a matéria apontada
pelas partes e que o juiz analisa no processo. Ele analisa porque tem que
decidir.
d) Questão:
É o que se denomina de ponto controvertido, é aquilo sobre o que
divergem autor e réu. As questões aparecem após a contestação pois que
somente após a contestação o juiz consegue saber em que ponto as partes
divergem
Obs. Nas questões preliminares discuto um vício processual tão grave que
nem é possível analisar o mérito; e nas questões prejudiciais discuto o
mérito.
Só temos uma questão após a contestação (art. 5º), onde teremos
uma situação litigiosa que chamamos de questão prejudicial. O artigo
autoriza que eu requeira ao juiz uma declaração expressa.
O art. 5º do CPC – questão litigiosa = prejudicial deve-se pedir que o
juiz se manifeste expressamente.
Art. 5º - Se, no curso do processo, se tornar litigiosa relação jurídica de cuja existência
ou inexistência depender o julgamento da lide, qualquer das partes poderá requerer que
o juiz a declare por sentença. (Alterado pela L-005.925-1973)
Art. 301 - Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (Alterado pela L-
005.925-1973)
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta;
III - inépcia da petição inicial;
IV - perempção;
V - litispendência;
VI - coisa julgada;
VII - conexão;
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
IX - convenção de arbitragem; (Alterado pela L-009.307-1996)
X - carência de ação;
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.
SENTENÇA
Relatório
Motivo
Dispositivo
Art. 470 - Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o
requerer (arts. 5º e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir
pressuposto necessário para o julgamento da lide.
(Art. 5º, Ação - CPC; Art. 325, Declaração incidente - Providências preliminares –
CPC)
b) Pressupostos (4);
d) Procedimento
Especificação de provas
Audiência preliminar (de conciliação)
Decisão saneadora: estabeleça as provas ou
Julgamento Antecipado da Lide (330)
Instr. sentença
Da Revelia
Art. 319 - Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados
pelo autor.
15.04.2008 – 10ª Aula
1ª FASE POSTULATÓRIA
2ª FASE DO SANEAMENTO
Providências Preliminares
Das Providências Preliminares
Art. 323 - Findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão fará a conclusão dos
autos. O juiz, no prazo de 10 (dez) dias, determinará, conforme o caso, as
providências preliminares, que constam das seções deste Capítulo.
Audiência Preliminar/Conciliação
Da Audiência Preliminar
(Alterado pela L-010. 444-2002)
Art. 331 - Se não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e
versar a causa sobre direitos que admitam transação, o juiz designará audiência
preliminar, a realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias, para a qual serão as partes
intimadas a comparecer, podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com
poderes para transigir. (Alterado pela L-010.444-2002)
Decisão Saneadora;
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
Obs. Não existe previsão para tréplica, mas existe um prazo genérico
para quando não houver prazo expresso (art. 185)
Art.185 - Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias
o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
Pergunta: O que acontece se o réu não se manifestar?
Resposta: Ocorre revelia é ausência de contestação (reputam-se
verdadeiros os fatos alegados pelo autor na petição inicial). Não é porque o
réu é revel que o autor vai ganhar a ação.
Revelia – efeitos
Da Revelia
Art. 319 - Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados
pelo autor.
Existem as exceções:
Art. 320 - A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; (solidariedade)
II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (diz respeito a capacidade da
pessoa)
III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei
considere indispensável à prova do ato. (certidão de nascimento, de casamento,
escritura de imóvel).
Cuidado! Existem mais duas coisas alegadas pela jurisprudência e pela
doutrina e que não constam no art. 320.
Exemplo: “A” é réu na ação em que “B” está cobrando o valor de R$
20.000,00, “A”, no prazo de defesa não apresenta contestação, entra com a
PI de Reconvenção e apresenta um documento que emprestou R$ 30.00,00 a
“B”, portanto, abateu R$ 20.000,00 e quer receber R$ 10.000,00.
Especificação de provas
Depois da réplica e da tréplica, o juiz vai pedir que as partes
especifiquem as provas justificando a pertinência das mesmas (essa
pergunta do juiz sobre as provas não acontece no rito sumário é feito tudo
na PI). Ele faz essa pergunta porque quando o valor da causa é de até 20
salários mínimos poderá haver prova testemunhal, ou quando quero juntar
novos documento ou prova pericial. Se a prova for protelatória ou não for
útil ele não vai deferir. Pode ser que haja fato novo, que foi encontrada uma
testemunha fundamental que assistiu ao fato e que você não tinha
conhecimento....de acordo com o que você pretende, o juiz pergunta para
que não haja cerceamento de defesa Outra coisa que ele faz nas
providência preliminares ele marca a audiência de conciliação ou audiência
preliminar.
Audiência Preliminar/Conciliação
Cogente;
Direito disponível;
Conhecimento do conflito;
Art. 475, III, N, III;
Negócio jurídico – o juiz não pode dar palpite no conteúdo
somente poderá analisar os elementos do negócio jurídico
(capacidade, objeto lícito e forma não prescrita ou não defesa).
Se conseguir um acordo, o juiz vai analisar se estão presentes os
elementos do negócio jurídico e homologará o meu acordo por
sentença. Não havendo acordo o juiz proferirá a decisão
saneadora
Da Audiência Preliminar
(Alterado pela L-010. 444-2002)
Art. 331 - Se não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes
(extinção do processo), e versar a causa sobre direitos que admitam transação
(acordo), o juiz designará audiência preliminar, a realizar-se no prazo de 30 (trinta)
dias, para a qual serão as partes intimadas a comparecer, podendo fazer-se representar
por procurador ou preposto, com poderes para transigir. (Alterado pela L-010.444-2002)
§ 1º- Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por sentença.
(Acrescentado pela L-008.952-1994)
Cuidado!
Perguntas: Direito de pensão de alimentos é indisponível? Direito a visita do
filho é indisponível?
Resposta: São direitos indisponíveis. Posso chamar a audiência de
conciliação, apesar de se tratar de direito indisponível, para negociar o
valor, no caso de pensão de alimentos ou para determinar horários e dias da
visita (é obrigação dos pais acompanharem o desenvolvimento do filho).
Eu chamo essa ação, mesmo para direitos indisponíveis, para que
sejam regulados.
A idéia é tentar chegar a algum acordo e verificar a verdade. O juiz
tentará a conciliação o tempo todo (125, IV do CPC da um comando maior ao
331, e também no preâmbulo da CF que disciplina decisões pacíficas)
Art. 125 - O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
competindo-lhe:
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. (Acrescentado pela L-008.952-1994)
Pergunta: Meu filho entra com ação de pensão contra o pai dele, posso
aproveitar e ampliar o objeto da ação para estabelecer as visitas. Posso
fazer isso?
Resposta: Depende. Se for do interesse e da vontade da parte pode. Não há
uma obrigação (475, III e 475-N, III)
Art. 475 - Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois
de confirmada pelo tribunal, a sentença: (Alterado pela L-0010.352-2001)
III - que julgar improcedente a execução de dívida ativa da Fazenda Pública (Art. 585,
VI).
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: (Acrescentado pela L-011.232-2005)
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria
não posta em juízo;
2) Diante das provas solicitadas pelas partes ele vai deferir ou indeferir
provas a exemplo do exame de DNA (previsão legal no CC). Ele defere
as provas que são pertinentes.
4ª FASE DECISÓRIA
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes (as
partes não deram andamento, abandonaram = quem atua é o advogado);
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias (o juiz intimou o autor para que
fizesse alguma coisa, que praticasse algum ato e o autor não praticou = quem
atua é o advogado);
VIII - quando o autor desistir da ação (aqui o autor desistiu de reclamar naquele
momento, ele não abriu mão do direito);
III - quando as partes transigirem (quando fizerem um acordo, então o juiz vai
observar se fizeram o acordo cujo objeto é licito, se as partes são capazes,
e se foi respeitada a forma prevista em lei, se houver, ou seja, analisa sob a
égide do negócio jurídico);
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação (não é que o autor
desistiu de entrar num entendimento, ele está dizendo que abre mão
daquele direito, mas temos que tomar cuidado porque existem direitos
irrenunciáveis).
22.04.2008 – Prova
3) Sujeitos?
Pergunta: Só as partes podem requerer provas? No caso de uma separação
com fraudes, por exemplo? Será que mais ninguém, além das partes?
Resposta: Não somente as partes como o juiz se este não se convencer, e o
MP. Podem requerer, então:
As partes;
O magistrado e
O MP
5) Conceito - definição
Prova é todo o elemento que visa demonstrar a veracidade dos fatos
narrados pelas partes e auxiliar ao juiz na convicção necessária para o
julgamento de mérito.
8) Objeto
Fato controvertido/litigioso
O objeto da prova são os fatos controvertidos, os fatos litigiosos.
Não há necessidade de provar o que as partes concordam e sim o que é
controvertido.
Art. 337
Art. 337 - A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
O art. 337 do CPC também pode ser objeto de prova quando fala em
demonstrar como objeto, lei municipal, de lei estadual, tratado internacional
e de usos e costumes. Não podemos esquecer que temos as unidades
federativas, e por uma questão cultural e também histórica, o município tem
autonomia legislativa. Os entes federativos não têm obrigação de conhecer
todas as leis de todos os municípios, por exemplo. Quantos os usos e
costumes, nem todos são conhecidos pelos juizes; assim como os tratados
internacionais. Todas essas peculiaridades podem ser provadas em juízo.
Então, a grande regra geral da prova é o fato, e posso ter que provar a
interpretação e as regras do art. 337.
9) Independem da prova
Fato é diferente de direito. Reconhecer que os fatos são verdadeiros
não significa que a pessoa tem direito. Nem todo fato garante que a pessoa
venha a ganhar o que pretende.
Fatos notórios – fatos que são de conhecimento geral, de todos,
exemplo: um terremoto, que o Lula é o presidente da república;
Fatos afirmados e confessados – fatos afirmados por uma das
partes e reconhecido como verdadeiro pela outra parte;
Presunções legais – são as presunções de veracidade impostas
pela lei, exemplo do Código Civil;
Fatos irrelevantes – não dizem respeito ao processo. Trata-se de
análise feita pelo próprio juiz.
10) Ônus : regra geral no art. 333 CPC e art. 6º, VIII do CDC
Art. 333 - O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
do
Parágrafo único - É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova
quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
O art. 128 do CPC diz que a prova será requerida pela parte ou
determinada pelo juiz.
Não se permite, por uma questão de economia processual, provas
desnecessárias ou protelatórias.
1) Produção de Prova
2) Valoração da Prova
arts. 93 IX CF e 131 CPC
Livre convencimento motivado CPC
Art. 93 - Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo
não prejudique o interesse público à informação; (Alterado pela EC-000.045-2004)
Art. 131 - O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na
sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento. (Alterado pela L-005.925-
1973)
3) CPC X CC
O CPC diz como se produz a prova e o Código Civil diz o que será
conteúdo de prova (art. 212 ao 232 do CC)
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser
provado mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do
direito a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos
limites em que este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato
ou de coação.
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé
pública, fazendo prova plena.
§ 1º Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:
I - data e local de sua realização;
II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam
comparecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas;
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e
demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do
casamento, nome do outro cônjuge e filiação;
IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes;
V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade
do ato;
VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de
que todos a leram;
VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu
substituto legal, encerrando o ato.
§ 2º Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz
assinará por ele, a seu rogo.
§ 3º A escritura será redigida na língua nacional.
§ 4º Se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião não
entender o idioma em que se expressa, deverá comparecer tradutor público para servir
de intérprete, ou, não o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juízo do
tabelião, tenha idoneidade e conhecimento bastantes.
§ 5º Se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder identificar-
se por documento, deverão participar do ato pelo menos duas testemunhas que o
conheçam e atestem sua identidade.
Art. 216. Farão a mesma prova que os originais as certidões textuais de qualquer peça
judicial, do protocolo das audiências, ou de outro qualquer Livro a cargo do escrivão,
sendo extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele subscritas, assim como os
traslados de autos, quando por outro escrivão consertados.
Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados e as certidões, extraídos por
tabelião ou oficial de registro, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas.
Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-se-ão instrumentos públicos, se os
originais se houverem produzido em juízo como prova de algum ato.
Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras
em relação aos signatários.
Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais ou
com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados
em sua veracidade do ônus de prová-las.
Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem, necessária à validade de um ato,
provar-se-á do mesmo modo que este, e constará, sempre que se possa, do próprio
instrumento.
Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem
esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as obrigações
convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se
operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.
Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de
caráter legal.
Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade, faz prova mediante
conferência com o original assinado.
Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá
como prova de declaração da vontade, mas, impugnada sua autenticidade, deverá ser
exibido o original.
Parágrafo único. A prova não supre a ausência do Título de crédito, ou do original, nos
casos em que a lei ou as circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua
exibição.
Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos para o
português para ter efeitos legais no País.
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em
geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas
fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a
exatidão.
Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a
que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco,
forem confirmados por outros subsídios.
Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em
que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e
pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.
Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite
nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo
vigente no País ao tempo em que foram celebrados.
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é
admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento
para a prática dos atos da vida civil;
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos
sentidos que lhes faltam;
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de
alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade.
Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o
depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato:
I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo;
II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau
sucessível, ou amigo íntimo;
III - que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso antecedente, a perigo de vida, de
demanda, ou de dano patrimonial imediato.
Art. 230. As presunções, que não as legais, não se admitem nos casos em que a lei
exclui a prova testemunhal.
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá
aproveitar-se de sua recusa.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se
pretendia obter com o exame.
http://xoomer.alice.it/direitousp/curso/prova1.htm
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12ª Aula - 06.05.2008 (Direito Processual "Civil") escrito em sábado 10 maio 2008 23:08
O CPC trata das provas do art. 332 ao 443, sendo certo que a prova
documental é amplamente tratada, vai do art. 364 ao 399, ou seja, 1/3 do
assunto refere-se a esse tipo de prova. Devemos lembrar que ainda temos
essa matéria disciplinada no CC, que se diferencia do CPC.
O primeiro tipo de prova que trata o CPC é a Confissão, tida, por
muitos, como a rainha das provas.
CONFISSÃO
Conceito
Confissão é o reconhecimento de veracidade de um fato que foi
alegado pela outra parte que é prejudicial a quem confessa. É o
reconhecimento de veracidade de um fato contrário ao interesse de quem
confessa.
Espécies:
1) Dependendo do local e da forma onde ela é praticada ela pode
ser Judicial ou Extrajudicial:
Art. 348- Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu
interesse e favorável ao adversário. A confissão é judicial ou extrajudicial.
Cabimento e efeitos
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do
direito a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos
limites em que este pode vincular o representado.
Anulação
Litisconsórcio
Art. 350 - A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando,
todavia, os litisconsortes.
Parágrafo único - Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro.
Definição:
Interrogatório é a convocação feita pelo juiz de uma das partes, para
ouvi-la sobre os fatos. Pode ocorrer em qualquer momento do processual,
porém na prática o juiz convoca para audiência de instrução e julgamento.
(no processo de conhecimento o juiz chama a parte em qualquer momento do
processo ou para audiência de instrução e julgamento; no processo cautelar
do livro IV, o juiz, muitas vezes, recebe a inicial com pedido de liminar e,
não se convencendo da necessidade, chama a parte que pediu para ouvi-la, a
fim de esclarecimentos, mesmo antes da audiência. Esse fato é comum no
processo cautelar, mas muito raro no processo do conhecimento)
Art. 342 - O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o
comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa.
Pena de confissão
Caso a parte que recebeu a intimação não comparecer, gera pena de
confissão, um ônus, onde os fatos alegados, pela contrária, serão
presumidos como verdadeiros. No mandado de intimação deve constar que o
não comparecimento gerará a pena de confissão (art. 343, § 2º):
§ 2º - Se a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor, o juiz
lhe aplicará a pena de confissão.
Notas breves
A parte que vai prestar depoimento pessoal não poderá levar o
discurso narrado na PI, poderá somente levar notas breves: data, hora,
número de conta, de documento, qualquer coisa que achar pertinente, mas
em notas breves.
Oitiva
Como regra geral, no processo do conhecimento, ocorre na audiência
de instrução e julgamento. Se não houve requerimento de depoimento
pessoal, apenas a intimação de interrogatório (que é determinada pelo juiz),
a parte contrária não pode fazer nenhuma pergunta, somente o juiz, a quem
pretende interrogar. Se a parte não comparecer, gera pena de confissão.
Recusa
A parte poderá recusar-se a falar somente nos casos do art.347, I,
II do CPC: reconheceu um crime, fato torpe ou ainda fato que exija sigilo
profissional (ministro religioso sobre confissão, advogado revelar algo
pessoal do cliente)
Art. 347 - A parte não é obrigada a depor de fatos:
I - criminosos ou torpes, que lhe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Parágrafo único - Esta disposição não se aplica às ações de filiação, de desquite e de
anulação de casamento.
Obs. A única situação em que não se aplica o art. 347, no que diz respeito ao
inciso I, no parágrafo único, visto que ninguém é obrigado admitir fato
criminoso ou torpe que lhe foi imputado, se encontra nas situações do
direito de família onde é possível, por exemplo, o reconhecimento de um
filho fora do casamento.
Depoimento de Litisconsorte
Pergunta: o litisconsorte ativo pode requerer o depoimento litisconsorte
passivo? Ou o réu pode requerer o depoimento do outro réu?
Resposta: regra geral não pode, somente poderá no caso de haver interesse
contrário entre os litisconsortes passivos ou ativos, em que um deles queira
que o outro assuma sozinho a responsabilidade pelo conflito.
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12ª Aula - 06.05.2008 - continuação (Direito Processual "Civil") escrito em sábado 10 maio 2008 23:15
Conceito
Exibição de documento ou coisa é instrumento processual colocado à
disposição da parte ou do juiz para fazer com que sejam levados aos autos
do processo, documentos ou coisas que se encontrem em poder da parte
adversária ou na posse de terceiros estranhos à lide.
b) Intima
A Parte contrária será intimada e terá 5 dias para se manifestar em
contraditório
Art. 357 - O requerido dará a sua resposta nos 5 (cinco) dias subseqüentes à sua
intimação. Se afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o
requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.
Art. 358- O juiz não admitirá a recusa:
I - se o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II - se o requerido aludiu ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de
constituir prova;
III - se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Art. 359 - Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio
do documento ou da coisa, a parte pretendia provar:
I - se o requerido não efetuar a exibição, nem fizer qualquer declaração no prazo do Art.
357;
II - se a recusa for havida por ilegítima.
Sendo terceiro, o prazo será de 10 dias:
Art. 360 - Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz mandará
citá-lo para responder no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 361 - Se o terceiro negar a obrigação de exibir, ou a posse do documento ou da
coisa, o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das
partes e, se necessário, de testemunhas; em seguida proferirá a sentença.
Art. 362- Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz lhe
ordenará que proceda ao respectivo depósito em cartório ou noutro lugar designado, no
prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o embolse das despesas que tiver; se
o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se
necessário, força policial, tudo sem prejuízo da responsabilidade por crime de
desobediência.
e) Decisão
Parte
Se o juiz determina a exibição à parte contrária e ela não o faz,
aplica-se, à mesma, a pena de confissão (art. 356, II, é preciso ter, na PI,
bem claro o que se pretende provar), ou seja, presume-se que se fez a
prova, que exibiu o que se pretendia provar. Recebe a confissão de forma
ficta.
Terceiro
Se for o terceiro, não tem como aplicar a confissão, o juiz determina
busca e apreensão e caso não encontrando o documento ou a coisa, o
terceiro responde pelo crime de desobediência.
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13ª Aula – 13.05.2008 (Direito Processual "Civil") escrito em domingo 18 maio 2008 21:53
PROVA
Prova Testemunhal
Conceito
Quem será?
Um terceiro em relação ao processo – alguém que não seja
parte deve ser estranho à relação processual, pelos motivos:
I. A parte tem conhecimento do
processo;
II. A parte é parcial
Requisitos – Quem pode depor com testemunha e quem não pode (art.
405 )
Art. 405 - Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas. (Alterado pela L-005.925-1973)
§ 1º - São incapazes : (Alterado pela L-005.925-1973)
I - o interdito por demência;
II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo em que
ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em que deve depor, não está
habilitado a transmitir as percepções;
III - o menor de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
Dever
Indeferimento
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13ª Aula - continuação - 13. 05. 2008 (Direito Processual "Civil") escrito em domingo 18 maio 2008 21:58
Obs. Tanto o rol de testemunhas quanto as alegações finais tem que ser
protocolizadas em cartório.
PROVA PERICIAL
Procedimento:
Requerimento:
o No rito ordinário, a prova pericial é requerida pelas partes
quando o juiz perguntar sobre as provas. Ela será deferida
ou indeferida na decisão saneadora.
o No rito sumário, é preciso tomar cuidado, pois além de
requerer na PI ou na Contestação, na mesma, apresentam-se
os quesitos, e se for o caso, já apresenta o assistente
técnico. O juiz deferirá ou não, na decisão saneadora.
Nomeação
Audiência
É possível ouvir o perito e o assistente técnico, em audiência, desde que
se faça o pedido até 5 dias de antecedência e apresente os quesitos de
esclarecimentos, sendo uma complementação do laudo técnico.
Intimação do perito e do assistente em até 5 dias de
antecedência
Quesitos de esclarecimentos
2ª Perícia
Inspeção Judicial
Da Audiência
Seção I
Das Disposições Gerais
Art.444 - A audiência será pública; nos casos de que trata o Art. 155,
realizar-se-á a portas fechadas.
Art. 445 - O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe:
I- manter a ordem e o decoro na audiência;
II - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem
inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, a força policial.
Art.446 - Compete ao juiz em especial:
I - dirigir os trabalhos da audiência;
II - proceder direta e pessoalmente à colheita das provas;
III- exortar os advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam a
causa com elevação e urbanidade.
Da Conciliação
A idéia da conciliação é propor acordo, que se vier a ocorrer,
encerra-se o processo. Não sendo possível, passa-se à instrução e,
posteriormente, em tese, deveria ocorrer nessa audiência, o julgamento.
Art.447 - Quando o litígio versar sobre direitos patrimoniais de caráter
privado, o juiz, de ofício, determinará o comparecimento das partes ao início
da audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único- Em causas relativas à família, terá lugar igualmente a
conciliação, nos casos e para os fins em que a lei consente a transação.
Art. 448 - Antes de iniciar a instrução, o juiz tentará conciliar as partes.
Chegando a acordo, o juiz mandará tomá-lo por termo.
Art.449 - O termo de conciliação, assinado pelas partes e homologado pelo
juiz, terá valor de sentença.
Da Instrução e Julgamento
Prova Oral
o Depoimento Pessoal
II - o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do
réu.
Obs. Quando o autor é ouvido, pede-se que o réu saia da sala, para que não
se contamine pelo depoimento pessoal. Depois passará as perguntas aos
advogados: do réu que as fará ao autor e, depois do juiz ter ouvido o réu, o
advogado do autor fará as perguntas.
Obs. O ideal é que nenhuma testemunha ouça a oitiva da outra, sendo que,
se encontrarão em sala de audiência, somente se o juiz quiser fazer
acareação entre elas.
Alegações finais
Art.454 - Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao
do réu, bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo
de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez), a critério do
juiz.
§1º - Havendo litisconsorte ou terceiro, o prazo, que formará com o da
prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não
convencionarem de modo diverso.
§2º - No caso previsto no Art. 56, o opoente sustentará as suas razões em
primeiro lugar, seguindo-se-lhe os opostos, cada qual pelo prazo de 20
(vinte) minutos.
Memoriais
§ 3º - Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de
direito, o debate oral poderá ser substituído por memoriais, caso em que o
juiz designará dia e hora para o seu oferecimento.
Art. 455 - A audiência é una e contínua. Não sendo possível concluir, num só
dia, a instrução, o debate e o julgamento, o juiz marcará o seu
prosseguimento para dia próximo.
Obs. Em tese o juiz pode adiar, mas não deve partir as oitivas das
testemunhas.
Decisões (art. 523, § 3º)
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14ª Aula - 20.05.2008 (Direito Processual "Civil") escrito em domingo 25 maio 2008 00:03
14ª Aula – 20.05.2008
Prova Documental
Definição
Documentos Públicos:
Espécies:
Documento público judicial;
Documento público notarial;
Documento público administrativo
Se juntar uma cópia simples do documento, o juiz vai pedir que junte
o original: exemplo da execução de cobrança de cheque. É bom ter o cuidado
de guardar uma cópia autenticada, do documento, visto que o original poderá
desaparecer do processo, causando transtornos e prejuízos. A própria Lei
material vai dizer quando anexar cópia ou original.
A grande vantagem é que, nos dias atuais, se permite que se juntem
cópias e, também que o próprio advogado autentique as cópias como as
tivesse conferido com os originais (novidade que está no art. 365, IV)
Da Argüição de Falsidade
Art.390 - O incidente de falsidade tem lugar em qualquer tempo e grau de
jurisdição, incumbindo à parte, contra quem foi produzido o documento,
suscitá-lo na contestação ou no prazo de 10 (dez) dias, contados da
intimação da sua juntada aos autos.
Art. 391 - Quando o documento for oferecido antes de encerrada a instrução, a parte o
argüirá de falso, em petição dirigida ao juiz da causa, expondo os motivos em que funda
a sua pretensão e os meios com que provará o alegado.
Art. 392 - Intimada a parte, que produziu o documento, a responder no prazo de 10
(dez) dias, o juiz ordenará o exame pericial.
Parágrafo único - Não se procederá ao exame pericial, se a parte, que produziu o
documento, concordar em retirá-lo e a parte contrária não se opuser ao
desentranhamento.
Falsidade Material
o Problema de forma, fisicamente no papel = ex. 387 e 388.
(pode-se alegar que a assinatura não era da pessoa, que o
documento é xérox que foi montado, tanto público quanto
privado). Gera incidente anexado ao principal e causa a
suspensão do processo. Prazo de 10 dias.
Art. 387 - Cessa a fé do documento, público ou particular, sendo-lhe declarada
judicialmente a falsidade.
Parágrafo único - A falsidade consiste:
I - em formar documento não verdadeiro;
II - em alterar documento verdadeiro.
Art. 388 - Cessa a fé do documento particular quando:
I - lhe for contestada a assinatura e enquanto não se lhe comprovar a veracidade;
II - assinado em branco, for abusivamente preenchido.
Parágrafo único - Dar-se-á abuso quando aquele, que recebeu documento assinado,
com texto não escrito no todo ou em parte, o formar ou o completar, por si ou por meio
de outrem, violando o pacto feito com o signatário.
Falsidade Ideológica
o Problema no conteúdo, na manifestação da vontade viciada,
(exemplo: assinou um documento ou deu uma declaração por erro,
coação, dolo, simulação...). Ocorrendo a falsidade ideológica, a
parte entrará com ação autônoma, conexa à principal, onde será
averiguado o vício do consentimento, suspende-se o processo,
gerando paralisação do mesmo. Existe uma distinção sobre o
prazo: 15 dias na contestação ou 10 dias do prazo ampliado.
Obs. Toda decisão é passível de revisão por conta do principio duplo grau de
jurisdição, onde a parte pode pedir para que a mesma seja revista.
Do Agravo
AGRAVO RETIDO
Altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, para conferir
nova disciplina ao cabimento dos agravos retido e de instrumento, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Os arts. 522, 523 e 527 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de
Processo Civil, passam a vigorar com a seguinte redação:
................................................................................................................" (NR)
"Art. 523............................................................................................................
§ 3o Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e
julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e
imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas
sucintamente as razões do agravante." (NR)
Art. 457 - O escrivão lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o
ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos e a sentença, se esta for
proferida no ato.
"Art. 527.........................................................................................................
..........................................................................................................................
Parágrafo único. A decisão liminar, proferida nos casos dos incisos II e III do
caput deste artigo, somente é passível de reforma no momento do julgamento do
agravo, salvo se o próprio relator a reconsiderar." (NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação
oficial.
Podemos dizer que o agravo retido (regra) não tem eficácia, visto que
estreita o direito das parte em recorrer. Tem esse nome porque fica retido
nos auto e será julgado somente quando a apelação (se houver apelação da
sentença) for apreciada, no tribunal, já em segundo grau de recurso. É
forma de não sobrecarregar mais ainda o judiciário.
Na prática essa regra imposta pela reforma do CPC não pegou, mesmo
porque a exceção contida no art. 522 é amplamente alegada pelos
advogados.
Cabimento
Observações:
O CPC deixou como regra o agravo retido (como forma de recurso nas
decisões interlocutórias). É tido por nossa legislação como agravo
principal;
Se não houver apelação não será julgado o agravo que ficou retido
por ocasião de sua interposição, um dos motivos de não ter eficácia.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Cabimento
É cabível nas decisões interlocutórias, porém ele é condicionado, ou
seja poderá ser interposto quando se tratar de decisão suscetível de causar
à parte lesão grave e de difícil reparação, no prazo de 10 dias.
Endereçamento
Petição instruída
Art. 526 - O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do
processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua
interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso. (Alterado
pela L-009.139-1995)
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que argüido e
provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo. (Acrescentado pela L-
0010.352-2001)
Parágrafo único. A decisão liminar, proferida nos casos dos incisos II e III do caput
deste artigo, somente é passível de reforma no momento do julgamento do agravo, salvo
se o próprio relator a reconsiderar. (Alterado pela L-011.187-2005)
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9ª aula - 17.10.2008 - Embargos de Declaração - Embargos Infringentes (Direito Processual "Civil")
escrito em domingo 19 outubro 2008 23:33
Omissão
Explicação: proferiu sentença e restou em omisso. Trata-se de vício da
sentença, no caso “infra petita”. Ex: o juiz se esquece de falar sobre os
honorários, quando profere a sentença
Prazo
Interposto mediante mera petição, dirigida ao juiz ou ao relator, não
sujeito a preparo, nem tão pouco sujeito ao contraditório, no prazo de 5
dias (art. 536)
Art. 536 - Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao
juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando
sujeitos a preparo. (Alterado pela L-008.950-1994)
Art. 537 - O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, o relator
apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto. (Alterado
pela L-008.950-1994)
Embargos protelatórios
EMBARGOS INFRINGENTES
Explicação
O número é impar para que não haja empates, assim sendo, serão três
votos proferidos. As decisões podem ser unânimes: dando ou negando
provimento (dependendo da decisão não cabe recursos visto que ocorre o
trânsito em julgado), ou votos diferentes. Exemplo: 3 X O, em regra, não
caberá recurso da decisão do acórdão, mas se forem votos diferentes: 2 X
1, de acordo com o art. 530 do CPC, caberá o recurso de embargos
infringentes. Trata-se de decisão colegiada onde um dos juízes está
divergindo. Nesse caso, cabe o recurso de embargos infringentes que, será
julgado também por três juízes, em grau superior.
Cabimento
Embargo parcial
Prazo
Processamento
Novo relator
Conceito:
Os embargos infringentes podem ser conceituados como o
recurso processual cabível das decisões não unânimes proferidas em sede
de apelação ou ação rescisória, facultando-se, em face da diversidade de
interpretações sobre a matéria, que esta seja novamente reexaminada pela
Instância Superior.