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Estado do Pará

Prefeitura Municipal de Breu Branco


Secretaria Municipal de educação
Conteúdo de Ciências para 2010

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Sumário
Cinemática .................................................................................................................... 3
MATÉRIA .................................................................................................................... 6
ENERGIA.................................................................................................................. 11

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Cinemática

O que é cinemática?

Cinemática é o estudo dos movimentos sem a preocupação com as suas causas.


A cinemática é o passo inicial da física, a primeira matéria que aprendemos no colégio
nas aulas de física.

Como está dividida a cinemática?

Está dividida em movimento retilíneo uniforme, movimento retilíneo uniformemente


variado, movimento de queda livre e movimento circular uniforme.

O que é importante relembrar?

Como não nos preocupamos com as causas do movimento, não há forças externas, a
gravidade é constante, assim como a aceleração.

O que procuramos ao estudar a cinemática?

Podemos procurar quatro coisas.

1. Deslocamento de uma partícula


2. Tempo levado para ocorrer um deslocamento
3. Velocidade média ou instantânea de uma partícula
4. Aceleração de uma partícula

Para entender melhor a cinemática, vamos fazer juntos a atividade a seguir:

Abaixo, temos um applet de uma vaca sobre patins (ela está sobre patins para podermos
considerar o atrito entre os patins e a superfície nulo.)
Podemos escolher a posição inicial da Vaca, a sua velocidade inicial e tambêm sua
aceleração.

Estudo do MRU (Movimento Retilíneo Uniforme):


Quando um corpo se desloca com velocidade constante, ao longo de uma trajetória
retilínea, dizemos que ele realizou um movimento retilíneo uniforme, e a palavra
uniforme indica que o valor da velocidade permanece constante.

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O MRU é a primeira matéria de física estudada no colégio, onde grande maioria dos
alunos decora a fórmula

através da frase Deus Vê Tudo(Essa fórmula é válida apenas para o


MRU).

O que é deslocamento? Descolamento é a posição final subtraída da posição inicial, ou


seja, numa viajem Porto Alegre - Osório, Osório - Porto Alegre o seu deslocamento é
nulo, porque você andara 100 km para ir até Osório e mais 100 km para voltar para
Porto Alegre, entretanto no sentido contrário ao anterior, com isso o deslocamento final
é zero (100-100=0)

O que é distância percorrida? Distância é o quanto o corpo andou, ou seja, na viagem


Porto Alegre - Osório, Osório Porto Alegre, você anda 100 km para o primeiro trajeto, e
mais 100 km para o segundo trajeto, no total você percorreu 200 km.

O que podemos estudar com essa animação?


Nessa animação vamos estudar tanto MRU como MRUV (veja a seguir). Quando a vaca
anda, um vetor que representa a sua velocidade aparece acima da vaca, e temos dois
gráficos:
O primeiro gráfico é o da posição pelo tempo (E a inclinação do gráfico nos
proporciona a velocidade).
O segundo gráfico é o da velocidade pelo tempo (E a área sob o gráfico nos proporciona
o deslocamento).

Initial P = posição inicial da vaca (em metros)


Initial V = velocidade inicial da vaca (em metros por segundo)
Initial A = aceleração, como estamos estudando o MRU, a aceleração deve ser
zero(metros por segundo ao quadrado).
Nosso referêncial para a animação será a origem no canto esquerdo do monitor e que
aponta para a direita.

Atividade 1 de MRU
Coloque inicialmente Initial P = zero, e initial v = 5. Veja o que acontece.

A vaca se move com velocidade constante durante o seu trajeto.


Interpretação dos gráficos: No primeiro gráfico, temos uma reta que começa na
origem e termina na posição 60.0 m após 12 s, então a velocidade será (V = D/t) 60/12
= 5 m/s.
Com isso podemos concluir que no MRU a distância percorrida d é diretamente
proporcional ao tempo t e o gráfico d x t será uma reta que passa na origem, cuja
inclinação é igual a velocidade v.

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No segundo gráfico, Podemos calcular a distância percorrida pela nossa vaquinha, ao


ver que ela se move se desloca com velocidade constante de 5 m/s em um tempo de 12
s. Pela fórmula Deus Vê Tudo, d= v*t ou seja, 5m/s * 12s = 60 m

Atividade 2 de MRU
Agora faça para outras posições e velocidades iniciais. O importante é lembrar que a
aceleração é obrigatoriamente zero
O que acontece se botar velocidade inicial negativa e/ou posição inicial negativa?
Nada acontece porque isso é uma limitação da animação, mas não da física.

Estudo do MRUV (Movimento Retilíneo Uniformente Variado):

A grande diferença do MRUV para ao MRU é que a aceleração é diferente de zero, em


outras palavras, a velocidade não é mais uma constante.
A aceleração é a diferença entre a variação da velocidade pela variação do tempo (veja a
fórmula abaixo).

Outras fórmulas do MRUV:

onde X = Posição final


Xo = Posição Inicial
Vo = velocidade Inicial
a = aceleração
t = tempo

Atividade 1 de MRUV
Volte para a nossa animação da Vaca e agora ponha as seguintes condições iniciais:
3 onde diz Initial A, e zero onde diz Initial V e Initial D e veja os gráficos.
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Qual foi a diferença notada?


O primeiro gráfico é uma parábola porque no MRUV, o deslocamento é proporcinal a
metade do quadrado tempo.
O segundo gráfico é uma reta passando pela origem porque a velocidade é proporcional
ao tempo.

Atividade 2 de MRUV
Veja que acontece quando temos uma aceleração negativa e uma velocidade positiva.
Ponha initial a = -5, initial v= 25 e initial d= 0.

Como nossa vaquinha partia com uma velocidade positiva mas com uma aceleração
negativa, o movimento era retardado até a velocidade zero, depois passou a ser
acelerado porque a velocidade também era negativa.

Atividade 3 de MRUV
Agora teste para outras posições iniciais, velocidades iniciais e acelerações e veja o que
acontece.

MATÉRIA
O conceito de matéria

No estudo da Ciência, a composição do Universo é dividida em duas


entidades – matéria e energia. De acordo com o método cientifico,
devemos realmente admitir que pode haver no Universo algo mais
além da matéria e da energia, mas até agora a Ciência não encontrou
este componente. A matéria inclui os materiais que formam o
Universo: as rochas, a água, o ar e a multiplicidade de coisas vivas.
Tudo que é sólido liquido ou gasoso é uma forma de matéria.

Classificar algo como matéria não significa, entretanto, que


conheçamos a natureza real da matéria. Sabemos que os químicos
desdobram a matéria para determinar seus constituintes, e o físico
deseja saber o que mantém tais constituintes unidos; mas as
partículas fundamentais e as leis da matéria parecem ser sempre um
desafio.

A melhor maneira de adquirir um conceito de matéria é


trabalhar com ela e descrever suas várias formas. Uma descrição não
é uma definição no sentido real da palavra, mas reduz uma idéia
abstrata a termos bem concretos.

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Propriedades da matéria

As propriedades são usadas para descrever a matéria. Ao


descrevermos uma pessoa, por exemplo, referimo-nos às suas
propriedades: sua altura, aparência, disposição, habilidades;
semelhantemente, todas as espécies de matéria apresentam
propriedades, e do mesmo modo que alguém pode ser identificado
pela relação de suas propriedades, determinada espécie de matéria o
pode ser por intermédio de suas características. Na verdade, é mais
fácil discutir a matéria em termos de suas propriedades do que
explicar a sua natureza final,

As propriedades da matéria podem ser divididas em duas


categorias: as que podem ser determinadas sem alteração essencial
da substância, e aquelas que só se evidenciam quando a substância
sofre interação com outra forma de matéria.

A última classe de propriedades, que exigem uma mudança na


composição da matéria, inclui as chamadas propriedades químicas,
enquanto que as primeiras, em que não há necessidade disto, são
chamadas propriedades físicas. Por exemplo, a capacidade de uma
substância de queimar-se é uma propriedade química, enquanto que
o seu ponto de fusão é uma propriedade física.

O número de propriedades que pode ser enumerado para uma


substância é virtualmente infinito. Os manuais especializados de
Física e Química dedicam centenas de páginas ao relacionamento das
propriedades de várias formas de matéria. Da mesma maneira que
existem novas facetas do caráter de uma pessoa, para as quais ela
não está alertada, os cientistas constantemente estão descobrindo
novas propriedades da matéria.

Em vez de catalogar aqui as propriedades físicas da matéria


com que entraremos em contato, é melhor discuti-las à medida que
forem surgindo. Mas, no estudo da Física, é importante reconhecer o
fato de que, se uma propriedade não pode ser medida e comparada
com alguma espécie de padrão, não tem utilidade para o cientista:
Sem medida não pode existir Ciência, e quanto mais precisamente se
possa medir determinada propriedade, mais completa será a
descrição da matéria.

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Massa e peso

Uma propriedade básica da matéria é sua massa: A massa de uma


substância é a medida da quantidade de matéria nela contida. As
medidas de massa são baseadas no quilograma/massa, que é
conservado em um depósito especial no Bureau Internacional de
Pesos e Medidas, em Sèvres, próximo de Paris, na França. Em vários
lugares de todo o mundo estão guardadas duplicatas deste padrão.
No Brasil acham-se guardadas na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro.

A massa de uma substância não varia. com a temperatura;


pressão ou localização no espaço. Um objeto com a massa de 1kg
terá esta massa na Terra, na Lua, em Marte ou quando flutuando no
espaço. Mas de que maneira determinamos a massa de uma
substância? É suficiente uma comparação de tamanho com a massa
padrão? Evidentemente, não, já que os objetos podem ter o mesmo
volume, mas concentrações diferentes de matéria; um pode ser
firmemente comprimido, como uma peça de metal, enquanto que
outro pode ter estrutura esponjosa.

Em lugar do volume, devemo-nos voltar para outra


propriedade da matéria sua reação às forças. Por enquanto, podemos
definir uma força como algo que tende a modificar a posição ou a
direção do movimento de um objeto. Um empurrão ou um puxão é
uma força, e a matéria oferece resistência a empurrões ou puxões;
quando empurramos um carro parado, o empurrão é a força, e o
automóvel resiste a ela. Se não apresentasse tal resistência, não
seria necessário o empurrão para colocá-lo em movimento. O fato de
resistir mostra que o carro é formado de matéria. A resistência da
matéria a qualquer alteração de seu estado de repouso ou
movimento é chamada inércia.

A inércia se manifesta não somente quando os objetos estão


parados, mas também durante seu movimento. Uma bola de futebol
em vôo continuará deslocando-se, a menos que alguma coisa o
impeça; quando interpomos a cabeça o em sua trajetória, estamos
novamente fornecendo a força necessária para levá-la ao repouso.

Isto sugere a existência de duas espécies de inércia - uma


forma estacionária e outra de movimento, mas se trata, na verdade,
da mesma propriedade da matéria que se está mostrando em
circunstâncias diversas.
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A inércia da matéria é a chave para a medida da massa. Se


dois objetos materiais,, inteiramente livres para se moverem;
oferecem a mesma resistência a fuma dada força, então possuem a
mesma massa, isto é, contêm a mesma quantidade de matéria.

Um instrumento criado para a medida de massas por esta


relação é a balança de inércia; se uma substância ou objeto é
colocado na barra horizontal desta balança, e o sistema posto em
vibração, o objeto mover-se-á para um lado e para o outro
periodicamente, e a freqüência deste movimento dependerá da
massa do objeto e da rigidez das molas. Como estas fornecem a força
e a massa oferece a resistência, a balança de inércia é independente
de sua localização no espaço.

Se for conhecido o tempo de vibração de uma massa padrão,


outras massas podem ser medidas determinando-se o tempo das
vibrações que ocasionam. Isto pode ser feito locando-se em um
gráfico as freqüências de várias massas conhecidas, e fazendo o
mesmo com a freqüência da massa desconhecida, ou por meio da
seguinte fórmula:

na qual m1 é uma massa conhecida (inclusive a massa da plataforma


da balança), m2 a massa desconhecida (mais plataforma), T 1 o tempo
para uma vibração completa (ida e volta) de m 1, e T2 o tempo
correspondente para m2. Um bom método de determinar T1 e T2 é
deixar a balança oscilar 100 vezes, e dividir o tempo total por 100.

Desta experiência podemos concluir que a massa é a medida da


inércia de um objeto.

Um termo que é muito confundido com massa é peso. Peso é


uma medida da força gravitacional que atua sobre uma substância.
Como esta força varia com a distância entre dois objetos, o pêlo de
um corpo não é constante, e na ausência desta força será nulo, mas
sua massa permanece inalterada.

Uma unidade de força usada em Física é o newton; esta


unidade não será definida de forma completa aqui, as o importante a

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lembrar aqui é que o newton e o quilograma não são unidades


equivalentes. Com isto queremos dizer que é possível transformar
quilogramas em newtons, ou vice-versa, da mesma forma que
transformamos metros em centímetros. Trata-se de quantidades
físicas diferentes, mas é correto dizer-se, por exemplo, que a massa
de 1,0 kg 9,8 N no nível do mar.

Nas mesmas condições, os pesos de dois objetos estão na mesma


razão que suas massas. Os dispositivos mais comumente usados no
laboratório de Física para medir, massas e pesos são a balança de
pratos e a balança de mola.

A balança de prato compara a força gravitacional que atua


sobre dois corpos por meio de alavancas, enquanto que a balança de
mola mede esta força sobre um corpo, pela distorção de uma mola.
Desta maneira, os dois aparelhos comparam massas indiretamente,
já que as razões das massas são as mesmas que as dos pesos.

A leitura da balança de mola variará com a altitude, e nenhum


dos dois dispositivos poderá ser usado para comparar massas em um
ambiente de gravidade nula. São, na verdade, "pesadores", e não
"medidores de massa", já que não medem diretamente a massa de
um objeto.

Uma propriedade da matéria Intimamente relacionada com a


massa é a massa específica, que se refere à quantidade de matéria
em dado volume, e é definida como a massa de uma substância por
unidade de volume. Assim, se um corpo ocupa um volume de 15 m 3 e
tem a massa de 450 kg, sua massa específica é 30 kg/m 3. A fórmula
matemática é d=m/v.:

Ao se enunciar a massa específica de uma substância, é


importante incluir as unidades (quilogramas por metro cúbico,
gramas por centímetro cúbico, ou qualquer outra unidade de massa
por unidade de volume), para que se possa compará-la com outros
valores de massa específica.

Condições da matéria

Muitas propriedades da matéria não são constantes, variando com as


condições do ambiente. Assim, a água congela quando está
suficientemente fria, e ferve quando é aquecida o necessário. Em

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cada caso, as propriedades físicas da água foram alteradas. Da


mesma forma, a massa especifica de um gás aumenta quando o
mesmo é colocado sob pressão, e diminui quando a pressão é
reduzida.

0 ambiente da matéria é conhecido como suas condições. As


condições incluem, entre outras coisas, a temperatura, pressão,
concentração (no caso de soluções) e carga elétrica. Muitas das
relações de causa e efeito que serão estudadas em Física, tanto na
sala de aula como no laboratório, dirão respeito às variações de uma
propriedade de uma substância com a mudança nas condições.

ENERGIA
O conceito de energia

A energia é ainda mais difícil de definir que a matéria. Ela não tem
peso e só pode ser medida quando está sendo transformada, ou ao
ser liberada ou absorvida. Por isso, a energia não possui unidades
físicas próprias, sendo expressa em termos das unidades do trabalho
que realiza. Em outras palavras, energia é a capacidade de realizar
trabalho.

Apesar de não ser definida com facilidade, a energia, em geral,


é bastante perceptível, pelo fato de estar o homem dotado de
sentidos apropriados para registrarem a presença de várias formas de
energia. Nossos olhos reagem à energia luminosa, nossos ouvidos
detectam a energia sonora; nervos especiais são sensíveis à energia
térmica e outros nervos nos informam quando entramos em contato
com energia elétrica.

Além das formas de energia que podem ser percebidas por meios
fisiológicos, os cientistas descobriram outras variedades, o que
significou a necessidade do desenvolvimento de instrumentos
especiais de detecção e medida, para registrarem seus efeitos. Ainda
mais, os cientistas ampliaram o campo e a sensibilidade dos sentidos
humanos, por meio de dispositivos registradores especiais. Dentre as
formas de energia que se enquadram nesta categoria "extra-
sensorial" estão a energia química, a energia nuclear e a energia
eletromagnética, acima e abaixo da faixa de freqüências que os seres
humanos podem perceber.

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O estudo da energia é o conceito unificador da Física. Mais


especificamente, o trabalho da Física é acompanhar e medir o curso
da energia ao passar de uma forma para outra, pois as diversas
formas de energia são intercambiáveis. E como a energia, da mesma
maneira que a matéria, em geral não é criada nem destruída, segue
um ciclo sem principio nem fim.

Tomemos, por exemplo, a energia que gastamos em um


passeio a pé. Nós a recebemos dos alimentos que comemos,

Um exemplo de energia potencial gravitacional

A quantidade de energia no livro depende do ponto zero escolhido


para a experiência, os quais, por sua vez, a obtiveram dos nutrientes
do solo e das radiações do sol; este desenvolveu-a nas reações
nucleares em seu interior, etc. Acompanhando a continuação da
marcha desta energia, a pressão de nossos pés sobre o solo aquece-o
ligeiramente, e este calor é irradiado para o espaço, ajudando a
evaporar a água da terra; o. que torna possível a chuva, etc.

Como podemos concluir, um único ciclo de energia pode cobrir


um curso inteiro de Física, e até mesmo ramificar-se em várias outras
ciências.

É importante ressaltar novamente que o estudo da natureza


pode ser realizado como ciência pura e como tecnologia. A física pura
trata das leis que descrevem as transformações da energia, e a
Tecnologia toma essas leis e aplica-as à vida diária. Os princípios
fundamentais da conversão da energia nuclear em elétrica fazem
parte da física pura, mas a utilização de tais princípios na produção
de energia elétrica, para uso industrial ou doméstico, enquadra-se
nos domínios do engenheiro.

As diversas formas de energia classificam-se logicamente em


duas categorias: energia de movimento e energia de posição ou
configuração. A primeira é chamada energia cinética, enquanto que a
segunda recebe o nome de energia potencial.

Energia potencial

Se um livro for empurrado de cima de uma mesa, cairá ao chão, e


enquanto está caindo, poderá chocar-se com algum outro objeto, e

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exercer uma força sobre ele. Neste processo, estará havendo


transferência de energia do livro para o objeto, e se pesquisarmos a
origem desta energia, verificaremos que estava contida no livro,
quando o mesmo repousava sobre a mesa. O livro adquiriu tal
energia quando alguém o levantou até o nível do tampo da mesa. A
energia armazenada em um corpo é chamada energia potencial.

Como a energia potencial pode sei convertida em trabalho,


empregam-se as unidades de trabalho para medir e descrever esta
forma de energia.

Uma das unidades de trabalho é o newton-metro, que combina


as grandezas força e distância; quando o livro cai para o chão, os
newton-metro de energia que possui são transformados em trabalho,
que se converte principalmente em energia térmica, no choque com o
piso.

De certo modo, o chão é um ponto zero arbitrário para o nosso


exemplo. Se for cortado um buraco no mesmo, embaixo do livro, ele
continuará a cair e a realizar mais trabalho; assim, para cada
problema sobre energia potencial gravitacional, deve-se escolher um
nível zero lógico.

Um objeto pode ter, também, energia potencial não


relacionada com a gravidade. Por exemplo, uma mola comprimida
adquire sua energia da força que foi exercida sobre ela para colocá-la
em tal situação; é o que se chama energia potencial interna. A
energia química, de uma bateria de acumuladores é outro exemplo.

A energia potencial interna não é tão fácil de calcular como a


gravitacional, pois exige a familiarização com as transformações de
várias formas de energia, e algumas, em especial as relacionadas
com o interior do átomo, podem levar o problema até às fronteiras da
física moderna.

Uma experiência interessante, no campo da energia potencial,


é determinarmos o destino da energia existente em uma mola
comprimida, quando a dissolvemos em um ácido. Para onde vai sua
energia interna? Que espécie de controle podemos estabelecer para
verificarmos as hipóteses feitas? Discuta o. problema com seus
colegas e veja o que pode ser proposto, e depois planeje uma
experiência para verificar as idéias formuladas.
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Energia cinética

Qualquer objeto em movimento possui energia cinética. Isto é o


mesmo que dizer que tudo tem energia cinética, pois os cientistas
estão convencidos de que tudo que existe no universo está-se
movendo de algum modo.

Desta forma, deparamo-nos outra vez com o problema de


escolher um ponto zero arbitrário, ou um ponto estacionário, no
presente caso. Em geral, na Física terrestre, a superfície da Terra é
considerada como estacionária, e um objeto nela em repouso é
tomado como tendo energia cinética nula.

A energia cinética de um objeto depende de sua massa e de


sua velocidade, e as unidades usadas são o quilograma e o metro por
segundo. Não veremos aqui, mas a combinação de unidades pode ser
convertida na mesma unidade de trabalho usada para a energia
potencial, o newton-metro. Em outras palavras, a energia cinética de
um objeto é a medida de sua capacidade de realizam trabalho sobre
outros objetos; quando é levado até o repouso.

Existe uma interação constante entre energia potencial e


energia cinética. Consideremos novamente o pêndulo; quando está
no ponto mais alto de sua oscilação, fica momentaneamente
estacionário, e neste ponto toda sua energia é potencial, exceto a
energia cinética interna. À medida que começa a descer, parte da
energia potencial se transforma em energia cinética, e no ponto mais
baixo da trajetória, que consideraremos como nível zero para a
energia potencial, a energia cinética do pêndulo é máxima, pois tem
a máxima velocidade. À medida que sobe no outro lado do arco, o
intercâmbio de energia se inverte. Durante todas estas
transformações, a quantidade total de energia é a mesma - trata-se
somente da passagem de um tipo para outro. Esta constância da
energia total de um sistema é chamada conservação da energia.

A conservação da energia foi demonstrada de forma


indiscutível pelas clássicas experiências realizadas pelo Conde de
Rumford e por James Prescott Joule, na primeira parte do século XIX.

Naquela época, a maior parte dos cientistas considerava o calor


como um fluido, chamado calórico, que podia entrar ou sair dos
objetos, sem afetar seu pêso. 0 Conde Rumford interessou-se pela
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teoria calórica quando supervisionava a perfuração de barras de


bronze, para a fabricação de tubos de canhões; as aparas de bronze
resultantes do trabalho de perfuração ficavam tão quentes que
podiam ferver a água, quando jogadas dentro dela. De onde provinha
todo esse "calórico”?

De acordo com a teoria calórica, este fluido era "espremido" do


bronze durante a perfuração, mas Rumford verificou que outras peças
de bronze quente podiam aquecer a água com a mesma eficiência
que as aparas dos tubos dos canhões. Isto mostrou que, afinal, não
existia o calórico, e que o calor não era uma substância, e sim
provavelmente Algo muito relacionado com o movimento do processo
de perfuração. Rumford raciocinou ainda que a quantidade de calor
que poderia ser assim obtida era ilimitada.

Joule continuou as investigações a respeito do calor,


estabelecendo a relação exata entre ele e a energia mecânica.
Verificou que a quantidade de calor produzida é determinada pelo
trabalho mecânico consumido; tal relação é discutida em textos de
Física Térmica.

A equivalência entre calor e energia mecânica forneceu


evidências fortes de que o calor deve ser uma forma de energia,
apoiando também a teoria de que a quantidade total de energia
permanece constante quando ela é transformada de uma espécie em
outra.

Relação entre matéria e energia

Até aqui estivemos discutindo matéria e energia como se fossem


duas espécies inteiramente diversas de realidade. Contudo, as duas
estão, em geral, inseparavelmente _ relacionadas. Cada objeto
contém algum tipo de energia, e a idéia de energia quase sempre não
apresenta significado, se não puder ser descrita em termos da
substância com que está associada. Por exemplo, a energia térmica
não existe no vácuo perfeito, e a energia elétrica, na grande maioria
dos casos, reside em partículas ou objetos.

Em 1905, Einstein exprimiu a relação entre matéria e energia


por meio da célebre fórmula:

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na qual E representa unidades de energia (unidades de trabalho), m


é a massa e c a velocidade da luz. Einstein desenvolveu esta fórmula
a partir de considerações totalmente teóricas, e na época não havia
meios de verifica-la em laboratório. Experiências recentes, todavia,
mostraram que a fórmula é correta.

A fórmula de Einstein estabelece que há uma proporcionalidade


entre massa e energia, isto é, quando uma cresce a outra também
aumenta, e quando uma diminui a outra decresce. A fórmula pode ser
interpretada como significando que determinada quantidade de
massa é equivalente a certa energia. Assim, usando 3 X 10 8 m/s
como velocidade da luz, a massa de um quilograma é equivalente a
, ou

A massa de um objeto varia com a velocidade. Quando um objeto


está em repouso em relação ao observador e seus instrumentos de
medida, dizemos que tem sua massa de repouso. Estando o objeto
em movimento, sua massa cresce, aumentando rapidamente à
medida que o objeto se aproxima da velocidade da luz; é a massa
relativística, assim chamada por estar de acordo com a teoria da
relatividade de Einstein. Na fórmula massa-energia, acima, m é a
massa relativística. A tabela a seguir mostra a relação entre a
velocidade de um objeto e sua massa relativística

Um exemplo simples servirá para ilustrar a idéia de massa


relativística e sua relação com a energia. Quando lançamos uma bola,
estamos-lhe fornecendo energia, isto é, há transferência de energia
entre nós e a bola. A fórmula massa-energia nos mostra que,
enquanto a bola está em movimento, sua massa será maior que no
repouso. Tanto a energia como a massa da bola aumentaram, e a
massa e a energia suplementares foram por nós fornecidas. Todavia,
não se trata de um bom método para emagrecer, a menos que
pudéssemos lançar a bola com uma velocidade próxima da luz.
Quando a bola pára, sua massa retorna ao valor de repouso, e sua
energia cinética é quase toda transformada em calor.

Durante todos esses acontecimentos, tanto a massa como a


energia foram conservadas, não havendo criação ou destruição de
nenhuma delas. Tal fato é expresso pela lei da conservação da
matéria e da energia: a quantidade total de matéria e energia no
Universo permanece constante. Trata-se de uma das leis mais

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importantes da Física, mas não se deve supor que a fórmula de


Einstein é uma prova da mesma, pois esta fórmula seria válida
mesmo que a energia e a massa totais do Universo variassem.

As leis da conservação apóiam-se em repetidas medidas de


laboratório, que mostram que a massa e energia não se perdem nas
reações químicas e físicas. Alguns cientistas acreditam que estas leis
não são válidas para as grandes energias e massas do espaço
exterior; mas isto ainda não foi verificado; os desvios previstos por
estes cientistas são muitos pequenos para que possam ser medidos
diretamente com os instrumentos atuais.

A relação entre matéria e energia tornar-se-á evidente no


estudo da Física, ainda de outro modo. Geralmente cona energia
luminosa em termos e a matéria em termos de partículas. Na
realidade, existem ocasiões em que a luz age como se tivesse
propriedades materiais. Em outras palavras, existem fenômenos
luminosos que só podem ser explicados considerando a luz como
formada de partículas discretas. Por outro lado, as partículas de
matéria apresentam propriedades ondulatórias.

Esta dualidade de onda e partícula é uma chave, e ao mesmo


tempo um quebra-cabeça, na Física, e os cientistas admitem
francamente que estão longe de compreendê-lo completamente.
Talvez o leitor venha um dia a desempenhar papel importante na
resolução deste segredo fundamental da natureza.

Adaptado de “Mecânica” do Prof. L. P. Maia

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