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tn Cunt 184 Resnaor sit depose deta gn pea EDrTORA FORENSE UNIWERSTTARIA EEDA. Red oi, 19-2004. (21 500.8148050-785 ‘Se Pe [ie eS Franco 20 610-10 Tel (1) 31042089107 0882 Cet etree tn Inter eect sem Tapes Bra stncia, Aspecto, Origem ‘Dstt mci. ng. Cte. 818, nner de 186 pe, 8-08, "Saber JB es images fr Ba Sea 1855 Me Peel Pepe tevez es lige ea rose Pr a Se, fe Pe Lr {A importineta de Robbe-Grillet € avaliada pela questo que ‘sua obra eoloca para qualquer obra que the sejacontempor’ ‘ea. Quesiao profundamente crea. tocando as possibiidades| da linguagem: questao que oécio dos eriico. freqientemente ‘deiurpa cm sma iterroxgagao maligna sobre o dteso de ul ar una linguagem diferente ~ ou préstina, Aos eseritores de Tel quel (a existéncia dessa revista maou alguma coisa no campo no qual se fala, mas o qué?) costutna-se opor(colocar nit frente e diante deles} Robbe-Crilt talvez no para Ihes fazer ‘uma critica ou mostrar um descomedintento, mas para sugerir {que nest linguagem soberans, a0 obsedante, sais de un. que pensava poder escapar, encontrou. seu labirnto: nesse pal ‘uma armaditha na qual cle permanececatvo, cativado. Ej que les proprios, anal, quage que s6 falam na primetra pessoa ‘Sem tomar coma referencia e apoio este Ele maior ‘As sete proposicoes che Solersensnciow sabre Rebbe-Grilet, {colocando-asquase na manehete da revista, como uma segunda “declaracio™, préxima da primeiea c imperceptivelmente deslo cada) nao quero certamente acrescentar uma oltava, altima os ‘no, qe josteara, bem ost malas sele oleae: sas tent tr rar egivel, na clarera dessa proposicoes, dessa linguagem die ta, uma relagto ue esa th pouco ha reagharl, interior a0 fque elas dizem, ¢ como diagonal asa cies’o. Dizsse: ha em Sollers [ow em Thibaudeat ete. Hguras, uma linguagem e um estilo, temas desertivos que séo imitados ox finprestados de Rabloe-Griles, En iia de preferéncia ha he les, tees na trama de suas palavras e presentes sob sens 1069s. pet, Oryem 6 ‘thos. obetos que $6 dever sua extstineia e possibiidadte de ‘existéncia a Robbe-Grillet, Penso nessa balastrada de ferro ‘cua formas negras. arredondaclas ("as colunas simetriens, ccurvas, redondas, recurvadas, negras")limitam © aleRo. do Pare’ co abrem através desses vos paraa rua, a cidade, asi vores. as easas: objeto de Rebbe-Grillet que se recorta em sot bra sobrea tarde ainda luminosa - objeto vista sem parar, cite lardcula o espetaculo, mas objeto negatvo a partir do qi 9 fothar se estende até essa profunditace won poueo Mutwante, fnza cal. essas olhas efguras sem haste, qe eam para se em vistas, um pouco mais alem, na noite que chega. E talvez bo Seja ielferente que Le pare deseavolva mats além dessa Dalaustrada uma distancia que the € propria; nem que ele se fra para. una patsager notarna onde se inveytemt et sina “tatilagao longingua os valores ele sombra e nz que. em Rob- beret, reeortam as formas no meio do dia: do outro lado da ua, a uma distancia imprecisa e que a obscuridade tora ainda ‘ais duvidosa, "um aroplo apartamente muita clara” cava ana galeria Tumunosa, muda. ackdentada, desigual ~ cavern dete ‘ro € de enigma para além dos arabeseos de ferro obstinados em sua presenga negativa. Takez haja a, de uma obra a outa. 4 Imagem nao de ina mulagio. 10 de win desenvolvimento as de uma articulagao discursiva:¢ cetamente sera preciso ‘um dia analisar os fendmenos desse tipo em wn vocabulinio ‘que nao sea este familar aos ercos ¢euriosamente enfelica- do, das inludncias e dos exoreismos. ‘Antes de vollat a esse tena (eonfesso que ele consis 0 es ‘sencil de mina exposieal,gostaria de dizer duas ou tts co! Sas sobre as coerdnciasclessalingagem comm, até certo pom to, Soller, a Thibaudeau, a Baudry.e talveztanbéan a outros [Nao ignoro o que ha de iusto em falar de maneira tio geral. © que se esta imediatamsente preso no dilema o ator ot a Esco. No entanto, parece-me que as posssbilidades da haguagen emt ‘uma épora dada naa sto tio numerosas que nia se possarn en- contrar isomorfismas {pertanto, possibllidades de ler varios textos em profundidade} e que nao se deve deixar o quadro berto para outros que ainda nae esereveram om outros ue ‘luda ne forantlidos. Pos tas isomorfisthos no sao "visdes ‘do mundo”, sto dobrasinterloreslinguagem as palavras pro swnetadas. a frases eserits passim por eles, mesmo que eles nerescenten rigs particulares 1) Sem dite, certs figuras (ou tale todas) do Pare, de Une eerémonte rogate! on de Images no tem volume interior so allviacasdesse micleo sone, lircn, dese centro een ‘lo mas insistent caja presenea Robbe-Grilet a bavia dlasipa lo, Mas, de unta manetra bastante estrwnla, chs te cm volt me ~ sea volume ap lad dels, ska ean, em vol | volume em perpeétua desinsereao, que Nuva ou vibra em torn dletuma gra asinntala mas amas ada, um volume que se aproxinia on se esquva. eava sua proprindistincia e salta 208 falls. Na verde, esses volmes saleies e errantes nao man Festam a coisa sua presenca nem sua aiséneia. mas antes wana distancia que shmullaneamente a mantem longe no fund do thar © a separa ineorrighelmente dela mesma: distancia que Pertenceaa oltre parece, portanto. se impor do exterior 0s ‘objetos), mas ue a eacla instante se renova to cere als se= ‘veto das cote, Ora esses vokimes, que so 0 interior dos ab Jetos no esteiordeles proprios, se eruzann, stesterem uns cam fs oairos. desentian Formas composstas de una so face ese es ‘usivamn screessienmente: sion, em Le pare. sab os olhos ao Narrador, sen quarto (le aaa de dello para sao baleao € tle sia aasion no sen tao, po fora, eu wan vertente real © Interior eomuntea sew espago com um peqtena quadire pene aula em vim das paredes: este se abre por sit ver ati da tela, expaudndo seu eepago interior para ma patsagem mar hha, para os mnatros de um bareo, para um grupo de pessoas ulus roupas,fstonomias,gestos wn poueo eatrals se dest bbram de acordo com gandezas tio desmesuradias, tio pouco proporeiniais em toca easo ao quadra que as encerrt se Ue esses estos eva impertosamente aaa posicto do narrador ‘ho baleto. Ou de ui outro fazendo talvex.o mesmo gesto, Pots fesse niinda da distincta ni ede forma alguns o do isolate {o,mas oda klentdade em proiferagaa, de Mes#0 no ponto de sua Dinieeagao, ou na curva de seu Felorno. 2) Bsse ambiente faz, certamente. pensar no espelho =n es pelo «ie eit 8 cosas tm espace fora dels Wansplantado, {que mipiea as dentidades ¢ mistara as diferencas em vm Tugar tmpalpavel que nada pode desearedar. Lembresse jus 963-Duunce, Ape. Orgr 88 lumente da definkio do Parque, esla “composicao de lugares mint belos ¢ pitorescos": cada umn fot retirado de wma pais ‘dom diferente. deslocado para fora do seu lugar de orige, ele proprio transpost, om «ease ele proprio. nessa disposide em {que lino parece natural, exceto 6 eonjunto™. Parque. espe ‘os volumes sncompativels. Espelho. parqe sutl onde arvores “listantes se entreeruzam, Sob essas duis figuras provisbrias. tun espago elif! fapesar de sua level, regula (em sua Hex dade aparente) esta comecand se abei- Mas qual € ele. st Indo € tn(etramente de reflex nem de sonho. ce nitagao nem ddevdevanei? De logo, dria Sollers: ms deixemas no momen- to essa palavra Go pesada e menor Dreterira cmprestay de Klossowskt uma palayra muto bela simlacro, Seria possivel dizer que, se em Rebbe Gillet as eo ‘i insatent se obstinam, em Soller elas se stmalam: quer dizer, seguind o diciondrio, que els so chs proprias a ma fem [av gem, o espectro ineonsistente, 0 pensamento en fgimador: chasse representan fora de sa presenca divin, 19, hho enfant, com ela ne eomaicando ~ abjetos de wna piedade (que sedinige ao longing. Mas talvezfosse necessirio ouvir @ ‘tio tis atencao, simular nao 6 Wi Junto". ser 20 mesma tempo que ie separado de sf? Ser st mestno nesse on tro lugar, que na €o gar de naselmento, 0 sole nativo da per- ‘open, ns aa distancia sem medida, no exterior mais pro Simo? Estar fora desi, conslgo, em wm "cont" no qual se er Zam as distiilas, Penso no simulaceo sent fondo & perfelts inte eireular de La cérémonte royate. ow nace, preserito tantm por Thibanidea-do Match de football: a partida def [ebot mal separacia dela mesma pela voz dos reporteres excon tra nesse parque sofiora, nesse rudase espelho seu hagar de frcontro com tantas ontras falas reletdas. Talvez seja nessa tiresin que preciso entender o que diz 0 mesino Thibandeast fgvantlo ele opoe ao teatro do tempo tm outro, odo espago, ral tshogado até aqut por Appia ou Meyerho. ‘Sl Teata-se, portanto, de um espaco defasado, ao mestno tempo recuailo avangade. jamais intsramente 19 mesmo 1 vel co verdad. nenina inrasao € nee possivel. Os espe {adores em Robbe-Grillet sto homens de pe e caminhando, ot fambérn i espera, espretando as sombras. 0s tras. as fea ‘das, os deslocamentes: eles penetram, jt penetraram no melo Gaseotsas que se apresentam aelesde perl, girando & media 64 ster {que eles as contornam. Os personagens da Parc, das Images esto sentalos, mdveis, em regis in pouco desprenclian > fespaco, como que suspensas, varandas dle tafe bulebes, Re sioes separadas. mas pelo qué? Por nada mais, sem duntda, do ‘que uma discincia, sua distancia: um vaelotmpereeptivel, as ‘que nada pode eliminar. nem povoar, uma lita qe ni a0 bara de tanspor sem que clase apmugue. camo se. pelo conte Ho, fosse cruzandosa sem parar que se a marcaria mals, Pots fesse limite mio Isola as partes do mundo: um sujeltoe ut ‘objeto ou as coiss dante do peasamenta ele de preferencia relago unsversal. a muda, laboriosaeinstantiaearelacao pels ‘qual tudo se ata ese desata, peta qual tido aparece. cilia se lapaga, pela qual uo mesmo movimento as coisas se mostra © testapam. E esse sem duvida 0 papel que desempenha, nos ro ‘ances de.J-P Faye, forma ohstinadamente presented cor, te lobotomia,fronteira no interior de umn pais) on enn Les Una ges. de Baudry. a transparénea intransponivel das vd ‘Mas 0 essencial, nessa distaneta nilimetriea com sna i ado qe cla exclu. mas antes Gindatentalmente que ea abe fla Mbera. dein lad e de outro de sn anc. dois espagos que ‘eno seuredo de serem a mesmo, de estarem inteitatente ne «li: de estarem onde eles esto nist: ofereceremt st Jnterioridade, sua tepida caverna, sew rosto noturno fora deles ‘mesmos e entanfo, ta mals proxi viatanga, Em torn less invisive Kaa gam todos os ser, 4) Essa toro tem a maraviltosa propriedade de restaurar 0 tempo: nao para fazer nele coabiaret a fras sucessivas est "um espago de pereurso (como em Robbe-Grilet) as de prete ucla para deixlas wr em uma cimensa saga ~fleehas ue atravessoun a densidade diante de nes. Os, tab, elas vein fm acréscino, © passado mao sendo mais solo sabre o qual stam, nem uma ascenso até nos Sob as forms da lemba-| 8, mas, pelo contritio, sobrevin a despelto es mats vellias| ‘metiforas da memoria, chegando clo fund de to pronima is ‘neta e com ela: ele adquire unm esata verte de sobrepo igo em quico mas anixp € paradoxalmente @ mals proximo flo cum. evista e lin de fga, alto gar da inversto, No inicio de tages enconirams 0 deseiho precisa © complero dessa Ccurfosaestruiura: uuna mulher esta Sentala em iia varanda le um cafe tendo diante dela as grandes Janets envidracatlas eum prédio que se eleva a sua Trente e através dessus super ‘ies de vidro he eheyam tninterruptamente imagens que se s+ Ubrepoem. enquanto sobre a mest estécolocado um livro cus paginas cla faz rapidamente deslizar entre o pega eo indica dor (de balxo para cima, pertanto, ao eontrario): aparecinento pagamento, sobreposicho que corresponde de wm modo eal ico, quando ela balsa os olhos, as Imageus envidracadas ‘gue se amontoa acima dela quando levanta os ols, '5) Comparado asi mesmo, o tempo de La jatousie’ edo Voy eur dena tracos que sio difereneas, portanto Gnalmente wm Sistema de signos. Maso tempo que sobrevém e e sobrepoe far alternar as analogas, nao manifestando nad alan das figuras {do Mesmo. Embora. em Robbe Gillet, «diferenca entre 9 que ‘corre eo que nao oeorre, mesmo que ena medida em que) ea ‘ej dfel de estabelecer, permanega no centro do texto (pelo "menos em forma de lacua, de pagina branea ou de repetigto} la € seu limite e seu enigma: em La care secrete" a desel faa € 4 subida do homem peln escada até 0 corpo da vtima morta, ferida, sangranda, debatendo-se, morta de novo) € al pala Teitura de um acontectmento, Tsbarideat. na sequéneia fo ateatado, parece seguir um esquema semelhantes Wala, defo, no deste ieee de cavalos eearrocas. co transeurso ‘de uns sere le acontecimentos viruals(movimentos. estos, ‘elamagoes e708 que tales se prhizam ou nao} © que ena mesiua densidade que a "realidade”, nem mais nem menos do ‘que la, que eles sio Ievados com ela quando, no timo mo: mento da parada,o sol a miisea. os gritos. os limos eavalos desaparecem na poeira com grade ie se fecha, Nia se deel Fram siguos atraves de um sistema de diferengas: seguem-se os isomorfismos através de uma densidade de analogias. Nao le ura, mas antes eontemplacao do tdéntio, marcha mével na reco do que nao tem diferenga. Al, as reparticdes entre real { vitual. percepcao e sono, passado ¢fantasma” (quer seam ‘manta ou ransposias) em apenas o valor de serem monte tos de passagem, mediadores mais do que sinais, rastros de passes, prin ava onde nose fea, mas por onde se antucla 4 Le toyeun Pais Bs is 18, § Rubbecore(A tcc onrce oc Danae kbgrnhe Pats a de 6 tet Ae long ¢ se insinna, 0 que de inicio era © meso (verte dione horizonte, mas igualmente au mesmo a eaila instante, 3 tempo. oollar.a repartigao das colsas eno dexando de fazer dele aparecer © outta lade. 0 inermediario € Isso, preci mente: Escutemos Sollers:“Encontraremos aul alguns textos Aparentemente contraditoros, mas nos quis ost, definti- ‘vamente. mostrara-sea mesma. Quer se trate de pintiras on de sAcontecimentos, tutensamente reals (embara no limite do $0- nho}, de rellexdes on de deserigdes arrisealas, € sempre 0 esta do intermedirio na drecao de wm hagar de inversao que € ro vocal, suportado, busendo.” Ease movimento quase imovel, essa atencio coneentradla no Idéallco, essa certmonta na die ‘mensio suspensa do Intermedirio descabrem nio um espago, ‘io uma reggie on uma estrutura (palavras muito engajadas fem um modo de leitara que nao conver mals), mas wma rele ‘to constante, méve. interior & propria linguagem, que Sol Jers nomeia coma palavra decista ~"Tegio" Se me detive nessas referéncias a Robbe-Grillet, 1m poco :mettculosas.¢ por que na se tralava de levar em conta aor ‘lias. mas de estabeleeer de urna obra acuta, uma rela ‘ao visivel e nonvesvel com enela um dos seus elementos © qe ‘no sea nem da ordem da semehanea (eo toa uma sete ce hogbes malpensadas € ua verdade inpessvels, de infuenecas, fe imnttacao} nem da ordem da substitute (ela sucesso, ‘esenvolvimento. das escolas) una rekaeao fal que a8 obs ppossam se defi algumas diane, ao lado e a distinct das ou {ras, baseando-se ao mesmo tempo em sua diferenga eer sta simnlianeidade e definindo, sem privilégio nem apogeu, a ex- {ensio de uma rede. Essa rede, mesino que a histria faca aparecerem suvessivamente seus trajetos, eruzanientos © ns, Dorie e deve ser percorrida pela critica segundo im movimento Feversivel [essa Fevers mdhiiea ceri propricdades mas ela nto eontesta a exsténeia da rede, por ser justamente ta de suas les findamentasi: ese a ertea tem wm pape. quero di- ‘7erse a lnguagem neeessariamente secundaria da evita pode Netuar de ser uma linguagen derivada,aleatOra €fatalmente ‘donna pela obra, se ela pode ser ao mesmo tempo Secunda ve fundamental, € na medida eas que ea faz ehexar pela pr tira ve até as paras est rece He obras que € para cada {hin delas sew proprio muti. Ena ua livro cis clas, por muito tempo ainda. tera valor Jiceivo", Marthe Robert mastrou que relagoes Dom Quixote e (Ocastelaestabeleceram, nio com ta historla. mas com o que fie respetto aa proprio ser da Isteritura oeitental. com suas fondigues de posstbiidade nm historin (eond6es. que 40 fobras, permit, assim uma leltura erifea no sentido mats Figoraso do termo), Mas se essa leitra € possivel, isto se eve As obras atuais: olivro de Marthe Robert ¢, entre todos os livros de erica, 0 que mals se aproxima do que € hoje a literatura tim rerta Flag consigo mesma, complexa, multateral. st tnultinea em qt ato de ue depots (de ser novo] ndo se reduz fe forma alguana 8 lel linear da sueessao, Sem divida, seme Iante clesenvolvimento em lina historica for. do século XIX ‘nos nossos dias forma de exstencla e de coeststeneta da lite altars ele linha set hie claramente temporal n0 espaco 40 fhesinio teupo real efantasteo da Eublioteca all, eada livre era {ett para retounar tos os outros, eonstttos, reduzilos ao Silencio: finalmente, vir se instar oll les fora detes no mci deles (Sade ¢ Mallarmé com seus lvros. com O Livre, {Sho por definicaa o Inferno das bibioteeas) De unit mancira Sind mais nreaica. antes da grande ati que fo contempo= Tinea de Sade, a eraturaeeletiae eritieava asi propria sob 0 fnedlo da Retoriea, porque ela se apotava a distancia em un Biseurso, rectado, mas msistente [Verdade e Lei. que The er preciso restabelecer através de figuras (donde o fe a face tn issoctavel da Retoriea eda Hermenbaliea). Talvez se pudesse Sizer que hoje [apes RobbeGrilleto qe» forna tnteo} a itera fra, que Ja nt existin mas como Yetrlea. desaparece como Dittotwes, Pn se eonstit em rede — ena una rede na qual nao podem mais atwar averdade da palavra ren asére da historia Faequalotinicoa prtort ea linguagem. O que me parece impor. lanteem Telquet¢ que a existéncia da iteratura como rede na pra mats de se estlarecer, desde © momento preliminar en fue Hise dia’ “O que ¢ presisn dlzer hoje. € que a bteratura reo C mais concebivel sem wna cla previsao das seus pode tes, un sang fia proporeional ao cans em cyte ea desea, (68. tant Yo Juma determinacao que eolocara poesia no mats alt lugar do pensamenta. Todo 0 resto nao sera Meratura” Para essa palavra Neg, viris veaes trazida, depots aban lonadla. € preciso voltarfalmente. Nao sem um pouco de te mor. Porque ela soa como tm terma de psicologia imaging, fantasia, devaneio. inven ete. Pore parece pertencet a luna das duas dinastias do Real edo irre. Parque parcee re fonduait~ iso seria to simples apes a erat do objeto — is flexdes cla linguayem subjela. Porque cl oferece tanta lapreensii e escapa. Atravessandlo, de vies. incerteza do so hho e da espera, da loucura e da vigils, a legao nto designa Juma série de experiencia as quate o surrealism ja havia en prestado sua lingvagem? © olhar atenta que Tel quel dirige a Breton nio € retrospeccao. E, no entanto,o surrealism havla cmpenhado essas experiéneias na busea de nia realidad que as tornasse possiveise thes desge acim de qualquer linge (atuando sobre ela. ou com ela, o apesar dla) wm poder impe- "oso, Mas e se essas experiencia, pelo contratio, pudessem Ser mantidas onde esto, em sua superticte sem profundidade, ‘esse volume impreciso de onde elas nos ver, Brando em for tno do sew rcleo ndeterminsve. sobre seu solo que € uma séncia de solo? Ese o sono. a loueura, a nolte nao matcasseth © posicionamento de nenhrun laniar selene, mas tracassem € Aapagassem incessantemente os limites que avigiia eo diseurso ‘wanispdem, quando eles vem até n6s-e nos chegam ja esdabea dias? Seo itici foss,justamnente. nao oma alm, nem 0 se redo inimo do cotidiano, mas esse trajeto de fecha que nos Sala 26s olhos e nos oferece tudo 9 que aparece? Eno, 0 Bet ‘0 serin também 0 que nomeia as cosas fdas falar e oferece nna linguagem seu set fa dividido pelo sobesano poder das pala ‘ras: "Palsgens em dois" diz Marcein Plemet. Na dizer por lamto, que a Negi € a linguagem 0 ea seria masta simples, ‘embora sea familiar atalmente, Dizer, com mals prudenca, ‘que ht entre elas uma dependéncia complex, una confirma ‘0 € uma contestao:e que, mantida por tanto tempo quanto 10 te. pest Ons 6 possa absterse da fla, a simples experiéneia que comsiste em eyar uma canetae eserever fanqueia (como sei Iberar, de Senlerrar. etomar um penhor ov relornar aust fala una ds {ineia que ndo pertence nem ao mundo, nem ao snconsctente ‘emt ao olbar. nem a tnerioridade, um distanca que. ef su rude, oferece un quadriculado de linhas de cinta tamer tum emaranhado de fuas, una eae comecando anascer jal hha mito tempo: (0s meses sao linha. fatos quando elas se oruzam representariamos desta manera uma serie ce reas cortadass em degula reto por wma sere de retas lima eidade." [Les mots sont des lignes, des fats lorsqu’elles se crosent nous représenterions de cette facon une serie de droles coupées a angle droit par une Série de drotes lune vite) se me petssem para defini, enfin. o feito en diria sem las a nervura verbal do que so exist. tal eomo ele & Apagirel, para remeler essa experiacta ao ee ela € (para twat. portato, come fega, pas la no existe. € sabia, ‘spagare todas as palavees contradMrias pes qua fail tee poderinclinktza tn: nivelamento ox bolicaa do subjetiva ‘do ahjetivn, do terior edo exterior, da realidad e dona hilo, Seria necesario sbsitetr todo ese Texto da msstra pelo voeabuldrio da dixnca, mostrar entho que 0 fiticlo ¢ Xin afastamente proprio da linguagem ~ urn afastamento que {em ala se higae nas que também a exp. dspersa,repare bre, Nao ha eguo porqe a linguagem es distant das co ‘sas: masalinguagem ein dstnen, ond elas etao esa Ieee silaero emt ese a somente sa pre ‘Seng qualquer lingua que, em verde eaquecer es hi incl, se mantéin nela ea mantéan ela, qualquer bngagers ‘qe faie dessa ditnela avangande iene wna ngage dee ‘Go. F possivel eno atravessar qualquer pros e qualquer poe Sia, qualquer romance eqalquer relexao inierentemente ‘O eatagamento desin distancia. Pleynet 0 designa com uma plea "Fragmentagao a Fonte” Dato oura form, © 8. 1KA) Peet. Raysges en det tne ee a prose. Pre Ba a 70 mvt Pont -Dhen ato, pilor: um primetre enunciado ubsolutamente inital des rostos| € inhas niaea€ possive. no mats co que ess vind prime tas cots que a literatura is vere se Imps coma tare eo Ther. em nome ou sob o sgn de uma fenomenolagia desorten ada. lingagem da leg sense ems un nggens lt fem um murmur que nunca comegot. A virindade do alba, ‘marcha atenta que leva as palvras media das cosas deseo bertas e contornadas. no the importa: mas antes a usura © 0 afastamenta, a palldez do que ffos pronnctado, Nada € to hha aurora (Le pare comeca em tana noite. e de man, un ou tra mania ele recomegal:o que deveria ser dito pela primeira ‘vez nao énada, nao € dito. ronda nos confi das palaas. nes tas fahas cle papel branco que esejpenve vn fabrem para o dla) os poemas de Pleynet Ha, enlretanto, nessa linguagem da fiegao um instante de origem pura: ¢ a ca eserts, © momento ‘das proprias palavras, da uta mal seea, o momento em que se «esboca aquilo que por defnigaoe em seu ser mats material $6 pode serteago (sgno. em wns distancia, para o anterior © 0 posteriori Como eserevo lagu) sobre esta pagina de Unhas destguats JustVteando a prosa (a poesia) ‘as palavras designam palacras.e cemetem amass outras {Comme féerts (et sur cette page aus lignes inégales justifan la prose (ta poesie} Tas mots désignent des mots tse renvoten es uns aux autres ce que vous entender) or vivias vezes, Le pare vaca esse gto paciente que preem che com wna tna azul-eseuro as paghas do eaderao de capa Jaranyja. Mas esse gesto, cle proprio 86 € apresentado, em st atwaltdade precisa. absotata,notltinia momento: apenas a8 Gl lumas iba do lo 6 trazem e a encontram., Tudo 0 qe fot ‘ito anteriormente por essa escrta fa propria narratival €re metido uma ordem comaridada por este minuto. este segundo tual: termina nessa origem que €o tinlco presente etambern 0 fim (o momento de se ealar: roncentra se intlramente ela mas também €, ¢m seu desenvolvimento © percurso,sustenta Jo cla tnstante por ela: dstributse enn seu espago ¢ tempo (4 pigina por terminar, as palavras que se alin encontra rela sia comstante tual, Nao ha, partanto, ma série linear, indo do pasado que se rememora ao presente atual que defina a lembranca vinda e 9 Insane de esereve-la Mas, antes, uma relagho vertical earbo- Feseente em que una aualiae pactente, quase sempre sien ios. jamais dada por si mesma, sustenta figuras que, em vez {dese otdenarem pelo tempo, distribuem se de acordo com leas rere: 0 proprio presente s6 aparece uma vee, quando a alualidade da eserita ¢fnalmente data esando o romanee ter ‘inate Tingagemt nao é mais possive. Antes e para alem. era {odo 0 leo, ¢ uma outra orden que rena: entre os diferentes episéatios mas a palavra € bastante eronologiea:talvez ee tives ‘Se querido dizer "Tases mas proxima da elmologa). a dist ‘io dos fempos e das modos ipresente, futuro, tmperieito ou ondicional) emete apenas muta tnretamente aun ealendé ‘io; ela designa referénciss, indices, anotagéies em que ata ‘as categorise da perfegao, cla perlecio, da coatinuidade, da Ineracio. da nlneneia, da proximidade do afastamento, qe os tramatieas chamam de eaeyortas do aspecto. Sera divida. ¢ Dpeciso dar un sent forte casa frase se aspecto diseret, hima das primeiras do romance de Baudey: "Dispos do que me cerea por nm tempo tudeterrminado "Ou sea, que a repatti ‘Gio do tempo ~ dos tempos ~ ¢ tornada nao lipreetsa ent si Ines, sna inteiramente relaiva r eomandada pelo jogo do aspecto— por esse ogo ci que o que estein questio éo aastax rncnte, oajeto, a Vida Felorao.O quc uistaura seerelamen teedetermina esse tempo ndtermnat & portant. uma rede ras espacial do que temporal: seria tamnbem preciso reGirar ‘dessa pala espacial qe aassemeliaa um olbarimperioso ow a wana abordagem suvessiva, trata, ates, esse espace por batxo de espago.e do tempo. que €0 da distaneta Ese me feterko de boa vontade na palavra aspects, depos de iegao © fe stmilaero. a0 mesino tempo por sta preciso gramateal © por todo um miele semntico que gia em tonto dela a species 5 espelho e a espécte da analog a diracho do espeetro: © fesdobramento dos espeetros: 0 aspecto exterior. que m0 & them a prépria coisa nem sen eoutorna exato: 0 aspeeto que se Inadiles comadistinels, onspecta que feqentementeenyana nas que ao se apa ct. 7 Mtl Pont Bi ec inguagem do aspecto que tenta fazer chegar As palavras ut Joyo mals soberano do que o tempo: Iinguagem da distancia que distribu de acordo com wma otra profile as rela (ea do espago, Mas a distancia eo aspect esto ligados entre Ste mancira mais esteita que o espaco © tempo, formas luma rede que nenhiima psicologa pode desenredar o aspecto| fferecencdo nao o préprie tempo, mas o movimento de sa Hn- da: a distancia oferecendo nao as coisas em seu lugar, mas 0 movimento que as apresenta as faz pasear, Ea lingiagem {que revela essa profunda dependéncia nao é wma Iingagem da Subjelividade: ela se abree, no sentia estrto.prolus” alguna ois que se podria desjgnar com a palavra neulza experiém ‘ia: nem verdadleira nem fas, nem viglta nem sonbo, net lot ‘cura ner razao, ela suprime tudo o que Pleynet chama de "von tade de qualiieagao”.Poisoafastamento da distancia eas rela ‘6e8 do aspecto nao provém da percepedo. das coisas, nem do Sujet, muito menos do que se designa de boa vontadee bizar amente coo 0 "mundo": eles pertencem a disperséo da lt sagem [a ese flo orignacio de ue Jamas oe fala na origem, ‘mas no longinguol. Umialiteratura do aspeeto eno essa €, por. fanto, interior A linguagem: nao que elt a trate como umn iste ‘ma fechado. mas porque nela experiments o distanciamenta cs frigem, a fragmentacio, a exteroridade esparsa. Ela al eneon {a sia referencia esa contestacio, Donde algins tragos caracteristicos de tas obras: apage ‘mento, inicialmente. de qualquer nome proprio (mesino que re ‘uzido a sua letra inci) em provexto do pronome pessoal, ‘Sef, de uma simples referencia a0 ja nonzeaco em una ig ‘gem comecada desde sempre: © 08 persomagens que recebem ‘uma designacao so Cém dieito a umn stibstantivo tnfinttaente Fepetido ( homem, 2 mulher), modieado somente por um ae Jetvo enterrado ao longe na denstdaade das fasta a ‘muther de vermelio). Dai, também, a exchusio do smaudito, do Jamas visto, as preeaugdes contra o fantastico cticio apenas lparecendo nos suportes, nas insinuacoes, na sobrevinda das cotsas {nao nas proprias coisas) ~ nos elementos nesiros des provides de qualquer prestigio onirieo que conduzern de um frla ca narrative 8 otra Ofleticio tem seu lugar na articwlacio ‘quase muda: grandes interstiios brancos que separaim os pa "oyrafos impressos ou téaue particula quase pontwal (am ges 1055p, Aspe, Ong TS to, ma or em Le pare. um raio de sol em La cérémonte) em tomo da quata tinghagem gia, constitse, recompae-se, ase surando a passagem por sua repeticio aw sua smpereeptivel ontinuidade. Figura oposta a maygnagao que abre 6 fantasma pparao proprio amago das eotsas,o Retieto haba o elemento ve tor que'se apaga pouca a pouco na preciso central da imagen simulaero rigoroso do que se pode ver, dupla dni, Mas jamais podera ser reattsido o momento anterior a ds perso: jamais oaspecto poder ser eonntuzido a pura linha do Tempo; jamais se reduzira a draco que Les images signif. ‘cam peias nul aberturas envidragadas do move, que Le pare Felata em uma aleratWa suspensa a0 innitiv” (cai do bal cave se tornara siléneo que segue o harlho do corpo, ou ber "asgar as paginas do eaderno em pequenos petlacos,vélos os ilar um instante no ar) Assim. o set falante encontra-se ba nda para as bordas esterlores do testo, ale dexando apenas lum etreerazamento de sulcos (Eu ou Ele. Este Ele simultane ;mente), Nexoes gramaticals entre otras obras da lngungem, (Ou tambem, em Thibaudead, 0 syjelto yenclo a cerimonia, ¢ vendo agqueles que a véem, provavelmente nt esta sialon rhenfunn outro Ingar a nao ser nos "vazios denados entre 08 passantes" na distincta qne torna 0 espetieato longinguo. 2a fesura enzenta das paredes que ocala os preparalivos eae {e, 0s segredos da raha. De tados as lndos se recanhece, mas is cegas. 0 vazio essencal no qual a linguagem toma seu lugar ‘hao lacuna como agquelas que narrativa de Robbe Grille nao pra de cobrir, mas a auséneta de ser, brancura qe é, para a inguagem, meio paradoxal e também exterioridade indelevel. A lacuna nao €. fora da lnguagemso que ela deve masearar nem € hielo que 4 ilacera irreparavelmente. A linguagean esse va 20, esse exterior no lerior do qual ela no para de faa "D fererno escoamento do fora.” ‘Talvezseja erm tm fal vain que coe, a um ta vazio que se dia o tro central do Pare, que de {én o tempo no ponto intermedirio entre o dia ©a note, m8 fando oguleo. também o sujetofaante (de acordo com uma sara que no dessa de ter pasentesco com a comunteagio tal como a concebia Bataille). Mas esse assassinato nao atinge a Iingyagen;talver mesmo, nessa hora que nao € sombra nem Ine, nesse iit de tad fda e morte dine noe, fala fen io] abra-sea sida de uma finguagem que havia comegad des desempre. Pots, sem divida, nao ¢ da morte que se tata nessa 74 ete Foal - Das Escros ruptura. mas de alguma coisa que esta na retaguardla de qual quer aconteeimento, Pode-se dizer que esse tira, que cava o ‘mais vacio da noite, indica o reeuo absoluta ea origem. 0 apa ‘mento essencial da manéi em que as coisas estao alt, ern que a linguagem nomeia os primeiros animals, em «ue pensar & fa Jar? Esse recuo nos coudena. repartigho (repaetigie primeira c constituliva de todas as outras) entre o penisamento € a lingua gem: nessa bifurcagio na qual estamos presos se delineia um espaco no qual o estruturalismo de hoje poe sem duvidar 0 dolhar na superficie mals meticuloso, Mas se interrogarmos esse cespago, se Ihe perguntarmos de onde ele nos vein, ele € as mie das mietiforas sobre as quais obstinadamente ele repousa. tl vee vejanios se delinearem figuras que nao sae mais as das rmultancidade: as relagbes da aspecto no Jogo dla distancia. o ‘desaparecimento da subjelividade no reco da origem: ot, pelo contririo, essa retauuarda oferecendo uma linguagem ja esparsa ‘em que o aspeeto das coisas brilha a distancia al nés. Essas f ras, nessa manha em que estamos, mals de tin as espreita uo hscer do dia. Talvee amunciem wma experiencia em que wana iinlea Divisdo reinara (let e venciniento de todas as outas): per sar e falar ~ esse “e" designando 0 tntermedtiirio que nos coube nia reparticao © no qual algimas obras atualmente tentam se manter ‘Da terra que nao passa de um deseniho", escreve Pleynet so- bre uma pagina branea. E, no outro extremo dessa lingvagem, (que faz parte dos séculos milenares cle nossa terra e que tai ‘em ela, io mals do que a terra, jamais comecox, una Glkima pagina, simétrica e também intacta, dlixa chegar até nds esta, ‘outra frase: “A paredte do fundo é uma parede de cal”. designan- docom isso a braneura do fundo. 0 vaio visivel da origem. ess cexplosio ineolor de onde nos chegam as palavras — procisamen: te-estas palavras,

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