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) NoTA TECNICA Agua potdvel: Monitoramento, controle de. i processo e acces -. is corretivas Hiélio Martins Lopes junior Farmacéutico do Servigo de Atendimenta a0 Associado Antarmag. Vagner Miguel Gerente Técnico e de Assuntos Regulatérios Anfarmag. 2. INTRODUGAO ‘A agua potivel, considerada como principal insumo utllizado pela farmécia na composiclo de preparacbes ‘magistrais, possui papel preponderante na qualidade desses estabelecimentos. Tendo em vista tal importancia atribuida a esse veiculo, foram atualizadas varias infor- ‘mages em rela¢do aquelas publicadas na edicdo de nu mero 16 desta revista. Virios pontos, entretanto, perma- necem inalterados e esto novamente dispostos a fim de consolidar a compreenséo do assunto, Segundo a Resolugo RDC n® 67, de 08 de outubro de 2007, que dispe sobre Boas Praticas de Manipulago de PreparacSes Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farméclas, no Anexa |, item 7.5, a agua utilizada na ma- nipulagdo de produtos & considerada matéria-prima pro- duzida pela prépria farmacia por purificacao da dgua po- tavel. Ou seja, 2 dgua potavel tem um papel fundamental ina manipulagéo, uma ver que é dela que se produza égua purificada, empregada em varias formulagies magistrais. A Portaria n® 2.914, de 12 de dexembro de 2011, é a legislacio nacional especifica sobre a qualidade da dgua potdvel, porém nao traz as metodologias dos ensaios, mas refere no art. 22 que os ensaios fisico-quimicos, rmicrobiol6gicos e radioatividade devem ser realizados conforme 0 Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, de autoria das instituigdes Ame- rican Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) ¢ Water Environment Fede- ration (WEF; ou United States Environmental Protection ‘Agency (USEPA); ou normas publicadas pela International Standartization Organization (1SO) e metodologias pro- postas pela Organiza¢ao Mundial da Satie (OMS). Aldm disso, 0 artigo 58, incisos 1 I, traz as definigSes de agua para consumo humano e agua potavel. “Art. 58: Para os fins desta Portarla so adotadas as se- uintes definigdes: I~ dqua para consumo humano: dua potével destina- dad ingestao, preparagdo € produgdo de alimentos e a higiene pessoal, independente de sua origem; 1 égua potével: égua que atenda ao padre de pota- bilidade estabelecido nesta Portaria e que ndo ofereca riscos @ sotide;” ARDC 67/2007, Anexo |, item 7.5.1 diz: “Agua Potavel: a farmécio deve ser abastecida com gua potdvel e, quando possuir colxo d’égua prépria, ela deve estar devidamente protegida para evitar a entrada de animais de qualquer porte ou quaisquer ‘outras contaminantes, devendo definir procedimentos cescritos para a limpeza e manter os registros que com- provem sua reallzacéo” Pela importancia que a Agua potével tem dentro do es- tabelecimento farmacéutica, a legislagio frisa que portante a farmacia tomar todos 0s culdados de limpeza ® higiene no seu armazenamento e monitorar semestral- mente por meio de anélises fisico-quimicas e microbiol6- Bicas, conforme descrito no item 7.5.1.3, do Anexo I: 16| Revista TECNICA DO FARMACEUTICO “Devem ser feitos testes fisico-qulmicos e microblol6gi- 05, 19 minimo @ cada seis meses, para monitorar a qua- fidade da égua de abastecimento, mantendo-se os res- pectivos registras. As especificacBes para dqua potdvel devem ser estabelecidas com base na legislacdo vigente”, 2. ENSAIOS MINIMOS OBRIGATORIOS Como a Portaria MS n* 2,914/2011 exige uma quanti- dade de ensaios extremamente detalhados, que vao além da avaliacao de higiene e limpeza dos recipientes de ar- mazenamento da agua potével, 2 Anvisa (Agéncia Nacio- nal de Vigilancia Sanitéria), no item 7.5.1.4, definiu quais 0 0s ensaios minimos obrigatérios a serem executados: pl; Cor aparente; Turbider; Cloro residual livre; Sélidos totals dissolvidos; Contagem total de bactétias; Coliformes totals; Presenca de E. coli; Coliformes termorresistentes. ‘A especificag3a dos ensaios como mencionado ante- riormente esto definidos na Portaria 2.914/2011 e po- dem ser resumidas na tabela abaixo: ESPECIFICACAO AGUA POTAVEL Ensaio Especificagio pH 6,0-95 (recomendagio} Cor aparente ‘No maximo 15,0 UH Turbider No méximo 5,0 UT loro residual ive | Nominimo 0,2 ppm (obrigatério) ‘No maximo 2,0 ppm (recomendago) ‘Solidos totals ‘Maximo 1000 ppm dissohidos Contagem total de | Maximo S00 UFC bactérias Coliformes totais | Auséncia em 200 mL Presenga de E.coli_| Auséncia em 100 mt Collformes termorresistentes ‘Auséncia em 100 mL Referéncia: Portaria MS n° 2.914/2011, 3, EXPLORANDO OS ENSAIOS 3.1 PH Na Portaria MS n* 2.914/2011, no art, 39, 0 parigrafo 12 recomenda que no sistema de distribuicdo, 0 pH da ‘gua seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5. Observe que & uma recomendago endo uma exigéncia. E um pardme- tro que n3o tem risco sanitério associado diretamente & sua medida. Como se sabe a determinacao potenciométrica do pH 6 feita através da diferenca de poténcia entre dois eletro- dos, sendo um de referéncia, e o outro imerso na solucao ‘amostra. O resultado é a diferenca da concentragio de fons H* na dgua, © balanco dos ions hidrogénio e hidréxi- do (OH) determina quo dcida ou basica ela é, 0s principals fatores que determinam o pH da 4gua Sie © gas carbénico nela dissolvido e a alcalinidade. € um pa- rametro de cardter operacional que deve ser acompanha- 40 para otimizar os processos de tratamento e preservar as tubulagBes contra corrosées ou entupimentos. Caixa 4 gua que possua égua armazenada por longos perodos pode apresentar alteracao no pH. © pH nao € medida de pureza da agua, entretanto, juntamente com a condutividade, é uma indicagao do estado de saturacdo das resinas e da necessidade de re- generacio. 3.2. COR APARENTE ‘cor da dgua ¢ consequéncia de substancias dissolvi- ddas. Quando pura, e em grandes volumes, a dgua ¢ azu- Jada, Quando rica em ferro, 6 arroxeada, Quando rica em manganés, é negra e quando rica em Acidos humicos, & ‘amarelada. A cor da dgua ¢ 0 resultado principal do pro- cesso de decomposigao que ocorre no ambiente. A cor uma medida que indica a presenca na agua de subs- ‘tancias dissolvidas, ou finamente divididas (material em estado coloidal, particulas com diémetro inferior a 1,2 bb), que formam a cor verdadeira. Assim como a turbidez, 2 cor é um pardmetro de aspecto estético de aceitacao ou rejelgdo do produto. Especial cuidado deve ser tomado com o valor de pH realizado 0 ensaio de cor aparente, uma ver que in- terfere na leitura da cor aparente conforme o valor do pH no meio. Da mesma forma a cor é influenciada por matérias sélidas em suspensio (turbidea), que devem ser eliminadas antes da medida. Para aguas relativa- mente limpidas a determinagio pode ser feita sem a preocupacao com a turbidez. Nesse caso a cor obtida & referida como sendo aparente, Como descrito anteriormente a presenca de ions causa ‘a mudanga de cor na dgua potivel, que podem provir do encanamento, assim como do tempo de armazenamento (7 ) nora récnica na caixa d’agua, bem como pela contaminacdo externa se a caixa d’agua ndo estiver fechada adequadamente ou contaminada pelo lodo depositade na parte inferior da caixa d'dgua. Limpeza e manutengo dos filtros internos ¢ externos. 3.3 TURBIDEZ £ amedigao da resisténcia da agua a passagem de luz. E provocada pela presenga de material fino (particulas) em suspensio (flutuando/dispersas) na gua, frequen- temente particulas acima de 1,2 4. A turbidez é um pard- metro de aspecto estético de aceitacio ou rejeicio do produto. As particulas que frequentemente constituem a suspensio so: argila, coldides, matéria orgénica, pe- quenas particulas de poluirao, bactérias. Em alguns ca- ‘sos, Sguas ricas em fons ferro podem apresentar uma elevagao de sua turbidez, quando entram em contato com 0 oxig@nio do ar. Contaminagao da agua potdvel ar- mazenada por dejetos de animals também pode alterar a medida da turbider. Outros fatores que influenciam na mensuragéo do indice de turbidez s80: '= Tubulagées que desprendem particulas ** Excesso de fons metalicos na agua potavel # Excesso de cloro na gua potavel '+ Limpeza e manuten¢3o dos filtrosinternos @ externos. E um ensaio quantitative que pode ter alguns interfe- rentes durante a anslise como: = Cubeta suja * Bolhas de ar na amostra *# Vibracéo que perturba 2 supertice da amostra * Cor devido a substancias dssolvidas 3.4 CLORO RESIDUAL LIVRE 0 cloro é um agente bactericida, adicionado durante 0 tratamento da 4gua. Quando um derivado clorado é adi- cionado 8 gua ocorre, em primeiro lugar, a reacio de oxidacio da matéria organica, que recebe o nome de “de- manda de cloro”, Satisfeita a demanda, 0 derivado clo- rado reage com a aménia, formando as cloraminas, que ‘so denominadas de “clore residual combinado”, Apés a formagdo das cloraminas, tem-se a presen¢a do chamado “loro residual livre, que & constituido do dcido hipocto- ros0 ¢ do ion hipoclorito" ——H" + clo ‘0s compostos clorados so mals eetivos em valores de pH balxos, quando a presenca de dcido hipocloroso é dominante. Hclo Fig.1 lonization curve of HOCI as a function of pH 100; 0 ga 10 8 z rz 8 ed Dn od 3 H Se “o> ° Fs 38 0 8 Sa jo & £ 3 ie 03 8 i) 80 z 9 zx" 90 100 0 456789 01 pH Observe que nos extremos de pH permitido pela Por- taria MS n* 2,914/2011 haverd praticamente dcido hipo- cloroso ou hipociorito. Porém, alguns trabalhos mostram que 0 maior efeito bactericida da relagio HCIO/CIO" en- contra-se na regido de pH entre 7,4.e 7,6. Ou seja, quanto mais longe desses Valores de pH maior a chance de con- taminago microbiana. ‘Segundo a Portaria MS n° 2.814/2011 art. 15 e art. 34, a ‘gua potivel deve conter um teor minimo de cloro de 0,5, mg/h, sendo obrigatério um teor de manutencio de 0,2 ‘mg/t. Ou seja, se a agua potivel apresentar um teor de clo- +o menor que 0,2 mg/L esté imprépria para uso, uma ver que estaré suscaptivel a contaminagie microblana. A reco ‘mendagio ¢ que 2 égua potivel ndo apresente um teor de loro residual livre superior a 2,0 mg/L. Porém, observe que 6 uma recomendago nZo sendo, portanto, mativo para re- provagio da Sgua potavel. Alguns fatores podem acarretar resultados insatisfatérios ppara o ensaio de cloro residual livre, como: 18) REVISTA TECNICA DO FARMACEUTICO + Em locais mais afastados, por falhas nas tubulagées ou falta de limpeza nos reservatdrios a concentrag3o de cloro empregada pode néo ser efetiva, conduzindo 2 desvios indesejavels + Tempo de coleta da amostra até 0 tempo da realizacso da andlise + Agua armazenada por longos periodos na caixa d'agus + Tubulagdes metalicas antigas que liberam ions metali- ‘cos que complexam com 0 cioro + pH elevado 3.5 SOLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS (STD) A Sua potivel ¢ constitulda por sélidos totais; partes estdo em suspensai e partes dissolvidas. Dai tem-se que: ST=STD+STS ST = sblidos totais ‘STO = s6lidos totais dissolvidos STS = sdlidas totais em suspensio Sélidos Totais Dissolvidos (STD) corresponde ao peso to- tal dos constituintes dssolvides presentes na gua, por uni- dade de volume. Todas 2s impurezas da gua, com exceco dos gases dissolvidos contribuem para a carga de sdlidos totais (ST). Alguns fatores podem contribulr para resultados insatis- fat6rios para o ensaio de sélidos totais dissolvidos, como: + Depésito de lodo no fundo da calxa d’agua, consequén- cia da falta de limpeza + Tubulagdes metalicas antigas que liberam fons metilicos + Limpeza e manuten¢io dos filtros internos e externos 3.6 MICROBIOLOGIA 36-1 CONTAGEM TOTAL DE BACTERIAS. A contagem total de bactérias, genericamente defini- {da como microrganismos que requerem carbono organi- co coma fonte de nutrientes, farnece InformagBes sobre 3a qualidade bacteriolégica da Sgua de uma maneira am- pla, 0 teste inclui a deteccdo inespecifica de bactérias ou esporos de bactérias, sejam de origem fecal, componen- tes da flora natural da dgua ou resultantes da formacao de biofilmes no sistema de distribulcdo. Serve, portanto, de indicador auxiliar da qualidade da gua, a0 fornecer Informacdes adicionais sobre eventuals falhas na desin- fecsdo, colonizacdo e formacio de biofilmes no sistema de distribuicéo. 3.6.2 COLIFORMES TOTAIS Bactérias do grupo coliforme que so bacilos gram-nega- tivos, aerdbios ou anaerdbios facultativos. A maioria das bac- térias do grupo coliforme pertence aos géneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora varlos outros .éner0s e espécies pertencam ao grupo. Logo, no necessa- riamente um ensaio positiva para coliformes totals significa ‘que haverd Escherichia coli na amostra, pois outros géneros também respondem positive para o ensaio. 3.6.3 COLIFORMES TERMOTOLERANTES E subgrupo das bactérias do grupo coliforme que fer- mentam a lactose a 44,5 + 0,29C em 24 horas, tendo como Principal representante a Escherichia coli, de origem exclu- sivamente fecal, importante notar que no é um ensaio ex- clusivo de Escherichia col, Certas espécies de Klebsiella, En- terobacter e Citrobacter. séo indicadores de contaminagao fecal no ambiente, porém nic especifco, 3.6.4 ESCHERICHIA COLL Esse ensaio 6 especifico para Escherichia col, cansidera- 440 0 indicador mais especifico de contaminacso fecal recen- te e de presenca de organismos patogénicos, 4, LIMPEZA DA CAIXA D’ AGUA Como pode ser observade no texto acima, um dos pontos ‘que pode acarretar a néo conformidade ¢ falta de limpera « higiene na caixa d’agua, por isso, & necessério a cada seis, meses, como preconizado, por algumas empresas de abas- tecimento de agua a realizagzo da limpeza da caixa d’gua. ‘Segue abaixo um roteiro que pode ser empregado pela far- rmécla para elaborar 0 POP de limpeza da caixa d'Sgua: ‘a, Agendar com antecedéncia o dia da lavagem da sua cal- xa d'égua, b. Fechar o registro da entrada de Sgua ou amarre a bois. ‘c.Armazenar a agua da propria caixa, em baldes, para usar lenquanto estiverfazendo a limpeza. 4d. Defzar 0 fundo da casa com um palmo de égua (por volta de 20m). ‘@Tampar a saida para usar palmo de dgua do fundo e para que a sujeita no desca pelo ralo. {. Utilizar um pano timido pars lavar as paredes e o fundo da caixa. Se a caia for de fibracimento, substituir 0 pano timi- do por uma escova de fibre vegetal ou de fio de plistico ‘macio. No usar escova de aco, vassoura, sabao, detergen- te 04 outros produtos quimicos. «. Retirara agua da lavagem e a sujeira com uma pa de plésti- 9, balde e panos. Secar 0 fundo com panos limpos e evitar passé-los nas paredes. h. Com a saida da cabxa fechada, delaar entrar um palmo de (as ) nora récnica ‘gua e adicionar dois itros de agua sanitria, Dear por duas horas ¢ usar esta solugo desinfetante para molhar as paredes com ajuda de uma brocha e um bade ou caneca ée pistico iL Verificara cada 30 minutos se a paredes secaram. Se isso tiver acontecido,repetr quantas apicagbes da mistura fo- rem necessirias até completar duas hores j. No sor esse gua deforma alguma por duas hores i. Passadas duas horas, ainda com 2 boa amarrada ou 0 re- fistofechado, abrir saida da caiae deixar esazia Abrir todas as toreiras e acionar as descargas para desinfetar todas. as tubulacbes. | Procurar usar primeira gua para lvar o quintal,banhe'- 105 pisos. 1m. Terpar bem a caixa para que nfo entrem insetos, sujeras ‘04 pequenos animals, A tampa tem que ter sido lavada antes de ser colocada no lugar. 1. Anotar do lado de fora da cana a data da limpeza eagendar 28 ata para a proxima impeza. Abir a entrada de gua da casa e derara cava encher ssa dgua poderd ser usada 5. COLETA DA AGUA POTAVEL Segundo a RDC n° 67/2007, Anexo I, item 7.5.1.2, "a far mécia deve possuir procedimentos escritos para realizar amostragem da dgua e periadicidade das andlises" ‘A coleta da agua para andlise deve ser felts preferen- cialmente nos pontos mais distantes da rede hidréuli- ca, de forma a representar a condigdo de maior risco, a exemplo da entrada do equipamento de purificago de agua. A torneira no deve possuir utensilios de aeragso ou filtros, nem apresentar vazamentos. A finalidade des- se ensalo ¢ avaliar a qualidade da agua da rede. Assim, € importante verificar se 0 ponto de coleta recebe agua diretamente da rede de distribuigio e no de calzas, 1 servatérios ou sistemas. ‘A seguir encontra-se um resume do pracedimento de co- leta de dgua potivel a, Limpar toda a érea extea da saida da agua potavel, ut lizando um algodao ou gaze embebida em alcool 70%. b. Abrira torneira de modo que ofluxo de gua seja pequeno € no haja respingos, deixando a Sgua escoar por aproxi- madamente 3 (trés) minutos antes de realizar a coleta. €. Utilizar dlcool 70% nas mos em abundéncia, tomando cvidado para evitar 2 contaminacio da amostra pelos dedos ou outro material. Abrir 0 recipiente estéril de coleta e levé-lo até 0 fluxo de dgua cuidadosamente, a fim de evitar contaminagao_ microbiana, fe. Encher % de volume do frasco. £ Coletar a quantidade solicitada pelo laboratério de con- trole de qualidade e lacra o recipiente, Fechar o frasco imediatamente apés a coleta, ixando a tampa com fita larga adesiva transparente, par exemplo, hh. ldentiticar a amostra. |. Aamostra deve ser transportada sob refrigera¢io.e acondi- clonada em isopor ou outra embalagem térmica com gelo artificial, O tempo entre acoleta e a chegada da amostra ‘no laboratério de controle deve ser 0 menor possvel (Obs: A coleta da amostra para andlse microbiokigia deve sempre anteceder a coleta de dgua para analise isico-quimica, a fim de evitaro isco de contaminaglo. 5, MONITORAMENTO DA AGUA POTAVEL © controle de qualidade da Sgua potivel (abastecimento) deve ser realizado no minima a cada seis meses, € responsa- bilidade da farmécia, podendo 0 controle de qualidade ser ter- ceirizado, Antes de tercelrizaro servigo¢ importante a farmécla avaliar seo laboratéro segue a Portaria MS 2.914, de 12 de de- zembro de 2012, que estabelece os pardmetros de qualidade da gua para consumo humano e seu padrao de potabildade. Além disso, o laboratério terceirizado também precisa realizar 05 ensafos minimos exigidos na RDC 67/2007, que so: pH; cor aparente; turbidez; cloro residual livre; solidos totais dissolvides; contagam total de bactérias;collfarme totals; presenga de E. cole coliformes termorresistentes. Todos esses ensaios devem constar no certifcado de and- lise expedido pelo laboratério de controle de qualidade terceirizado, Notar que o art. 21 menciona claramente que as.anslses podem ser feltas em laboratério préprio ou ter- ceirizado desde que possua um sistema de gestio da qua- lidade baseado na 150 17025, e no necessariamente uma certificagio 60 17025, 61 CUIDADOS DIARIOS E importante controlar a qualidade da gua sob o aspecto ‘fcc-quimicoe no minime, uma vex 20 més reakzar o cntrele tnierobiokgeo Erecomendads a avaliago dirt do pH eda conduvidade. 7.ACOES CORRETIVAS Caso a farmécia constate uma no conformidade no resul- ‘ado analtco,€ importante fisar que a ROC 67/2007, Anexo |, item 7:5.1.6, menciona que se deve estabelecer e registrar as medidas adotadas em caso de laudo insatisfatéro da Sgua de abastecimento, Observe que no se exige como em outros mo- ritoramentos uma nova andlise, porém & necessérioavalar em unis situagies no serd necessria uma nova andlse. 20) REVISTA TECNICA DO FARMACEUTICO, 8. CONTROLE DO PROCESS ‘Além do monitoramento da Agua, realizado por meio de andlises periéicas conforme lejslacSo vigente jé comentada anteriormente, os procedimentos de obtencio de dgua potdvel envolvendo abastecimento, armazenamento,fitragS0, limp 12, sanitizaco e manutengo dos equipamentos devero ser ppadronizados e documentados através de POP (Procedimento Operacional Padre). © POP deverd ser elaborado pela farmcia bbaseado no seu consumo de Sgua, estabelecendo critérios para dimensionamento do sistema de pré-fitragem, periodicidade {de manutencéo e troca de fitros,lavagem de caixa agua ete. Devera haver regstos periédicos de todas esas operagGes r= Bistradas em formulério especfco a ser arquivado na farm (0s relatrios bésicosreferentesa todo‘ processo compreen- dem, com as respectivas sugest@es de modelo: 1. RELATORIO DE VERIFICAGAO DA QUALIDADE DA AGUA; RELATORIO DE VERIFICACAO DE QUALIDADE DA AGUA Data |Agua | Agua Agua destilada | visto Potdive! | deionizada | (barrilete) 2. FICHA DE REGISTRO DE LIMPEZA OU TROCA DO ELEMENTO FILTRANTE EXTERNO; FICHA DE REGISTRO DE LIMPEZA DO ELEMENTO FILTRANTE EXTERNO ‘Marea do Equipamento: ‘Modelo: Data Visto do Responsivel Setor: 3. MANUTENCAO E LIMPEZA DAS CAIXAS D’AGUA (UMA, PARA CADA CAIKA; SE HOUVER MAIS DE UMA). FIGHA DE REGISTRO DE LIMPEZA DE CAIXA D'AGUA ‘Setor de Limpeza e Sanitizagao Data | Limpeza Quantidade de | Visto Realizada por _| Hipoclorite de Na 44, FICHA DE REGISTRO DE MANUTENGAO E LIMPEZA DO FILTRO INTERNO COM VELAS DE CERAMICA. FICHA DE REGISTRO DE LIMPEZA DO ELEMENTO FILTRANTE INTERNO Marca do Equipamento: ‘Stor: Laboratério de Semissdlidas e Liquidas Data Visto do Responsavel 5.FICHA DE REGISTRO DE LIMPEZA E DESINFECCAO DO FILTRO DE CARVAQ ATIVADO INTERNO. FICHA DE REGISTRO DE LIMPEZA E DESINFECCAO DO FILTRO DE CARVAO ATIVADO INTERNO ‘Marca do Equipamento: Modelo: Vatio: Capacidade: Setor: Data Visto do Responsével 9. REFERENCIAS 1. Portarla MS né 2.914, de 12 de dezembro de 2011. DispBe so- ‘bre os procedimentos de controle e de vigilincia da qualidade da dgua para consumo humana e seu padréo de potabilidade. 12. Resolugdo ROC n° 67, de 08 de outubro de 2007. Dispoe sobre Boas Priticas de Manipulagio de PreparagBes Magis- trals e Oficinais para Uso Humano em farmécias. 3, MePherson, L. L. Understanding ORP’S role in the disin- fection process. Water/Engineering & Management, v. 1.1, p. 29-31, nov. 1993. 44, Andreoli, T. de J. Controle Biolégico de Qualidade de Pro- dutos Farmacéuticos, Correlatos e Cosméticos. Atheneu Editora $30 Paulo. 2000. 5. Ferreira, A. de O. Guia Pritico da Farmacia Magistral —2 ‘ed. Juiz de Fora: 2002, 6, Cosmetics & Toiletries ~ Volume 19, Numero 1 — janeiro/ fevereiro 2007. ‘7. Cruz, E,; Anunclata, K; Sistemas de Gerag3o e Distribulgo. de Agua Purificada na Indiistria Farmacéutica, Volume 50, iniimero 1 —janeiro/fevereiro 2008, 8, DECRETO NP 20.356, de 17 de agosto de 1994 — Regu- lamenta a Lei n.2 1.893, de 20.11.91, que estabelece a obrigatoriedade de limpeza e higienizac3o dos reserva- térios de gua para fins de manutengao dos padroes de potabilidade. Gostou deste artigo? Opinibes, duvidas, sugestBes ou criticas, escteva para revista@anfarmag.org.br.

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