Contrato de Trabalho em regime de comisso de servio Este contrato de Trabalho regido pelo DL n 409/91 de 16 de Outubro. No cdigo de Trabalho , esta figura encontra-se no art. 161 a 164. O principio subjacente figura da comisso de servio e que orienta o seu regime o do reconhecimento do caracter fiducirio de algumas situaes jurdicas. Em alguns casos o vnculo laboral baseiase numa relao de confiana entre o empregador e o trabalhador. Deste princpio decorre a maior especificidade do regime da comisso de servio, que a possibilidade de pr termo ao vnculo da comisso de servio independentemente da ocorrncia de justa causa (art. 163 e 164 CT). Do regime legal da comisso de servio decorre que a figura pode revestir duas modalidades: Comisso de servio externa- Esta modalidade justifica o tratamento da figura como contracto de trabalho especial (art. 162 n 1 parte final e n 2). Comisso de servio interna- (art. 162 n1 parte inicial). Tanto numa modalidade como noutra, a figura da comisso de servio um instrumento de grande utilidade para a flexibilizao das relaes laborais, porque permite ao empregador adequar os recursos humanos de que dispe a novas tarefas ou recrutar novos trabalhadores para esse efeito, sem ficar vinculado aos resultados dessa experincia. No caso da comisso de servio interna, finda esta, o trabalhador regressa ao seu posto de origem, o que permite ultrapassar a garantia da irreversibilidade da categoria (art. 129 n 1 CT); e no caso da comisso de servio externa, porque a respectiva cessao no tem que obedecer a qualquer motivao especial. ainda de assinalar o caracter convnio dispositivo do art. 161 CT, pois da conjugao da referncia da norma previso de outras situaes de recurso figura em instrumento de regulamentao colectiva de trabalho com o art. 3 n 5 CT decorre que a extenso do regime legal nesta matria s pode ser feita por via colectiva e no em sede de contracto de trabalho. O recurso comisso de servio fora dos casos previstos na lei comina numa situao de nulidade, por contrariedade lei. Nestes casos e segundo a professora Palma Ramalho, de aplicar por analogia o art. 162 n 4, qualificando-se o negcio como um contrato de trabalho comum, no caso de se tratar de uma comisso de servio externa, ou considerando-se o acordo de comisso de servio como no celebrado, no caso de comisso de servio interna.