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CLEBER MEDEIROS

Cleber Medeiros . Fotos

Diga-me como iluminas


e te direi quem és!
Testamos os principais difusores e rebatedores para flash TTL do
mercado. Os resultados foram surpreendentes (ou desconcertantes)

E
Em algum momento ao longo da aprendi-
zagem técnica de um fotógrafo, um sério
problema aparecerá entre a modelo que irá
Nessas horas, as soluções parecem
remédio para gripe: cada pessoa tem uma
receita. E o mais interessante é que a
rebatedores a sofisticados difusores.
Testamos nesta edição quatro opções
mais facilmente encontráveis em nosso
fotografar e o fundo: as sombras geradas maioria delas funciona! As soluções podem mercado: a folha de papel presa com fita,
por flashes diretos. O problema é agravado ir do “chazinho caseiro” – representado por o difusor que acompanha o flash Nikon SB
em ambientes com pouco recuo entre a um rebatedor de papel preso ao flash com 800, o rebatedor chinês Lumiquest (em for-
modelo e a parede de fundo. Ou quando fita adesiva ou elástico de látex – aos caros mato de concha) e o difusor de fabricação
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não há teto branco com pé-direito baixo produtos industrializados, que compreen- americana Light Sphere II. Comecei os tes-
que permita o rebatimento da luz do flash. dem uma enorme gama de acessórios, de tes durante o making off da modelo Bárbara
Foto 1 Foto 2

Foto 4 Foto 5

Martins, da Moddels Agency de Brasília surpreendeu pela qualidade da luz: suave, de São Paulo), foi algo decepcionante
(DF), fotografando com o difusor original bem difusa e sem sombras aparentes, ainda perceber que a luz fica mais concentrada,
do flash, e o resultado foi um pouco frus- que o balanço de branco tenha ficado um aumentando o contraste da foto, apesar
trante. As sombras ficaram suavizadas, mas pouco mais quente. Mas, como a foto foi da difusão ser eficiente (foto 4).
mesmo assim ainda estavam duras (foto1). originalmente feita em RAW, torna-se fácil Para a última imagem, foi utilizada
A foto seguinte foi produzida somente modificar a tonalidade depois (foto 3). apenas uma folha de papel, presa ao flash
com o flash direto, sem difusor, e o resul- A quarta imagem foi iluminada a partir através de um pedaço de fita isolante.
tado ficou apenas um pouco inferior ao ob- do flash preso ao rebatedor Lumiquest. Surpresa geral dos presentes: foi o segun-
tido na primeira foto (foto 2). Na terceira Ainda que seja um acessório relativamente do melhor acessório utilizado, perdendo
imagem foi utilizado o Light Sphere, o qual barato (cerca de R$ 35 nas boas lojas apenas para o Light Sphere (foto 5).
Produção: Zeca Smith Em toda a seqüência de fotos do making
off, a modelo estava a aproximadamente
seis metros da parede de fundo. Essa dis-
tância foi mais do que suficiente para difun-
dir totalmente as sombras que porventura
pudessem ser projetadas na parede.
Foi utilizada uma Nikon D300 com flash
SB 800 no modo TTL e objetiva 18-135mm,
sempre em 135mm, f.5.6 e ISO 400.
Após a eleição do melhor difusor, mon-
tei o Light Sphere sobre o flash e partimos
para uma situação de uso mais real, na
qual a modelo ficasse mais próxima do
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fundo para que pudéssemos aferir os re-
Foto 3 sultados em condições mais adversas.
>>
Infelizmente, para uso indoor em am-
bientes pequenos, a sombra projetada na
parede, mesmo suavizada, não fica nada
agradável. O mais interessante e eficaz é o
uso do flash sem qualquer acessório, rebati-
do no teto, desde que o pé-direito seja baixo.

Conclusões – “Beleza não põe mesa”.


Como pode uma simples folha de papel dar
resultados superiores aos produtos projeta-
dos por engenheiros e/ou desenhistas in-
dustriais dos grandes fabricantes de aces-
sórios/equipamentos? Na prática, tanto a
folha de papel quanto o Light Sphere são
bastante úteis em espaços mais abertos,
constituindo-se em excelentes ferramentas
nas mãos de repórteres fotográficos, mais
preocupados com a estética da notícia, e
também pelos fotógrafos de eventos, onde
cada cuidado com a imagem do retratado
faz a diferença na hora de fechar novos tra-
balhos – considerando ainda que as igrejas
têm grandes vãos e, geralmente, os noivos
ficarão distantes das paredes.

Na foto acima a modelo estava


próxima à parede. Observe que, ainda
que tenha ficado suave, o difusor
não retirou completamente a sombra
do fundo. Ao lado: em externas, o
Light Sphere mostrou-se eficaz no
preenchimento suave das sombras

Para o fotógrafo de moda que vai atuar


em externas e não tem condições de ad-
quirir flashes à bateria, também é uma boa
opção como luz suave de preenchimento.
Tudo é uma questão de escolha, gastar
US$ 40 com o Light Sphere ou menos de
dez centavos com uma folha de papel.
76 Apesar dos bons resultados do papel, a
estética do produto também conta, nesse
segmento tão competitivo.

Cleber Medeiros é fotógrafo, professor de fotografia de moda e coordenador da Universidade da Fotografia – Unifoto/Upis

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