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” Srimio Naxconoes seqiiéncia, o nosso Cédigo Ci absteve de definir ber e coi- $a, empregando ora uma, or = 4 despeito disso, adverte Clovis Bevilaqua no deve ser tomado em tWrmor de equivelénci ‘0 Cédi- eoCivil brasileiro preferiu denominar Dos bens 0 livro se wo da Parte Geral, parade achrdo com a extensto maior| So significado _da_pelavra_bens, dar-Jhe mieior Tatitude ao alcance dos dispositives, A palayra. bens compieende: = S28, direitos reais, obrigacionais ¢_hereditérios. Na part especial, conservou a desipuacio Dircito_das coisas, porque £ da propriedade © dos seus desmembramentos que aan nade Ass tas, na relacdo entre coisas e bens Teixeira de Frei- 7 © Bevilaqua formam elos de uma s6 corrente, na doutrina dos jurisconsultos brasileiros (3°), 21, Cédigo Civil, Dos Bens, arts. 43 a. 73. 2. Clovis Bevilaqua, Cédigo Comentado, vol. 1, pAg. 259, ob- servagies 20 art 43; n, 2, 23, Nio obstante a dificuldade de construgéo de uma doutring geral do objeto de direito © a controvérsla sdbre a nogko de colsas Dens, nesta se revelam alguns caracteristicos, que varlos escritores Soncordam em assinalar. Sobressal, em primeiro lugar, 0 set exto- Hor ao sulelte, definindo 0 § 285 do Cédigo austriaco, como colsa, “tudo que néo ¢ pessoa © serve ao uso do homem”, e, contrapondo-se & pessoa, como objeto se contrapte a sufelto, Estando fora do ho- ‘mem ¢ das outras coisas, néo é bem o trabalho do homem, nem a. quatidede de outros bens. Quanto aquele, embora se possa falar de ‘serctgos, @ categoria se identifica com’ o concelto de presiagdo, gspecitico do direlto das obrigagées e niio dos direitos reais, Quanto e esta, é um modo de ser que, mesmo representando ‘um valor, nio ¢ auténomo da coisa qualitieada, como ocorre com 0 aviamento, que ndo existe sem 0 estabelecimento, allés, a autonomia ‘Ho requer atualidadeda colsa, a qual, nem por ser futura, delxa deer coisa. Outro earasteristico esti na relevineia juridiea e na possible Udede de subordinagio da colsa ao ttuler, cumprindo seja sue na ler incldtr ua esfera de influénela do homem. Seminakio & anaes 7 3 — Classificagéo dos bens. Observa Biondi que as classficagdes das coises, por suas propriedades, em. grupos ou catego m segundo a diversidade dos critérios adotados, pelo mimero 1acées particulares, néo determina nenhum regime especi porta é a clessificacdo das coi Iinterésse, tanto € aplicavel As coisas eorpéreas sendo 9, sendo mecessirio que a colsa represente uma utilidad: pesto, atirma-se que sdmente se consideram bens a 25. Clovis Bevilaqua, Teoria Geral, § 0, pag. 216 7" SYLYIO MARCONDES: eiprocamente considerados; dos bens piblices ¢ particulares; as_coisas que estéo, fora do comércio; do bem da fami, ésse quadro, a vista do fim colimado no presente ‘trabalho, interesse. por em relévo, para exame, as coisas sin- Gulares e coletivas, especialmente as iltimas. cf 4 ~ Coisas singulares © coletivas. Invocando texto de Pomapénio, ensina Ruggiero que. a distincdo tem origem no Direito Romano, que serpora em txts ginenos: 95, simples (quod continetur uno spiritu), “como 0 homem, o madeiro, a pedra e semelhantes”; 05 compostes (quod ex contingentibus, hoc est pluribus inter cohaerentibus constat), io, 0 navio, 0 ar~ rio”; gs universidades (giiod ex distantibus const. rpora plura non soluta sed uni nomini subjecta), “como * © Povo, a legiéo e.o rebanho” (#"). Da jurisprudéncia ro- Jana, acrescenta Ruggiero, passou para a doutrina moderna, eujo critério fundamental permaneceu imutdvel (3), mas, a p 7 m em coisas: {2V/8iM/BIB, que sio as que cons- tam de partes homogéneas ou de partes da mesma espéc igadas entre si naturalmente, como 0 animal, o vegetal, ete. que sio as que constam de partes heterogt- fic ificio, a maquine, isas_que_consistem_na_reu- 2%, Cédigo Civil: arts, 43 a ST; arts. 58 a O4; arts. 65 0 68; art ©; arts. 70a 72, 2. Digesto 41, 3,90. Ruggiero, Institupsee de Diteito Civil, vol 2 7, letra “e", pi, 261. Ribas, ‘Curso de Direlto Ctell Brastitro, Vol 2, pig. 238. 2%, Ruggiero, Inutitudes de Direito Clit, vol. 2, 4 67, letra “e", pig. 281, lagées Tegais. Dividem-se em c: juris)” (9). Na elaboragio do Cédigo Civil, a dist de muitas individuais ¢ distintas, formando um todo, | Prozumws ve Dinero Mercanet, % ou universalidede de coisas, universitas rerum, sob certas re- | (universitas facti), e, ido afastada do Projeto Primitivo (), mas, por indi- cago de Joaguim da Costa Barradas, na Comisséo Revisora do Projeto, foi aprovada sua incluséo, mediante a insergdo de seco nova, redigida por Lacerda de Almeida e que veio a formar a matéria dos arts. 54 a 57 do Cédigo (3) Definidas as coisas singulares, simples e compostas, a0 Pasar para o trato das coisas coletivas, nas duas espécies de universalidades, cuja constitui¢do intrinseca discutem os os- macio dos elementos d cada uma e sébre a sua natureza a (%2), vor a pro sito recordar © conselho de Clovis Bevilagua: “Esta tia tem provocado tio demoradas discussdes que é pr: cautela para no se desviar o espirito do estudioso” (3) 5 — Coisas coletivas ou universalidades, universalidades sdéo_constituidas por uma plurelida- ervam sua _autonomia funcional nas ia particular valorizacio. feita lo Direito. Por isso, em con traposigéo 8s coisas compostas, que resultam da fusio de di- versos elementos “(corpora ex coherentibus), chamam-se tam bém coisas coletivas (corpora ex distantibus) (%), Reta a nogéo corrente, acolhida no Cédigo Civil ao defi “as coisas simples ou compostas, materiais ou imat So 29. Ribas, Curso de Direito Civit Brasiletro, vol, 2, pag. 235. 30. Clovis Bevilaqua, Cédigo Comentado, vol, 1, pas. 277, obser. vagdes ao art. 4; n. 1, 31. Clovis Bevilaqua, Atas da Comisséo Revisora, pag. 62. 32. Rugelero, instituip6es de Direito Civil, vol. 2, § 67, pégs. 281 8 284 33. Clovis Bevilaqua, Teoria Geral, § 97, pag. 296 ‘WA. Trabuccht, Istituztont dt Diritto Ctotle, n, 163, pag, 944. 8 Brivo Maxcoxnes oletivas, ou universais, quando se encaram agregadas em todo” (#). Trata-se, poi lores iondi, icia ou consideracgo unitéria nao significa a criacéo, mais ou menos arbitréria, de uma entidade nova, acrescen- tada as coisas agregadas, a despeito de némico, ocorra, geralmente, um ac __ © concelto romano encontrou, nos glosadores, sua dis- criminagZo em universalidade de fato e universalidade de di- distingSo essa no obstante numieiisas ¢ graves exaustiva” discussio travada sobre a natureza de cada uma dessas universalidades, cabe procurar, em obeditncia & re- comendacio de Clovis Bevilaqua, tracos de afinidade entre escritores que dela participaram, a fim de caracterizar pon- tos de acérdo na sua distinggo fundamental. A cometar por Fadda e Bensa, colocados na* linha dos que meis se estenderam sbbre o assunto, encontra-se critica negotivista da contraposicao das duas categorias de universa- lidede, Depois de acentuarem que a diferenca primordial mencionada pelos glosadores “é que es universalidades de 35. Cédigo Civtl, art. 54 ¢ seu n, I. ‘%8 Biondi, 1 deni, n. 26, pags, 88 a 92, 37. Fadda ¢ Bensa, Note ol Diritto delle Pandette, nota “b" - 2 04197, vol. 1, 2* parte, pigs, 434/435. Prosteauas ve Dimarro MencaNTm 7 um género séo formadas de coisas corpéreas, enquanto as do outro constam de coisas corpéreas e de coisas incorpéreas”, ¢ de censurarem a distingdo de escritores modernos, funda- da na glosa (*), afirmam que, numa, como nouwa, das ca- tegorias tradicionais, “nos encontramos er frente de agre- gados de coisas ow direitos, que existe na realidade, tendo tanta existencia real o rebanho, a biblioteca, quanto « tm a heranga, 0 pectilio romano”. Dando razio a Windscheid — quands, contra a distingéo habitual, observa que também © patriménio é, antes de tudo, uma reunido de fato — acr centam que 9 patriminio universitas juris nfo ¢ senBo a des 0 so também de fato. Se se tratar de uma univer- salidade a que o Direito nao reconheca elgum efi dico, impossivel soré situéla na sistematica jurid as universalidades que, sob algum aspecto, so xelevantes, séo, por ésse aspecto, universalidades dicas” (9), 6 — A universalidade de fato. Com relacdo @ eseritores que contrapdem as duas espé cies de universalidades, afigura-se possivel congregé-los ao rodor de cada uma das categorias, para, através dos concei- tos que expendem, fixar o que tenham de comum no delinea- mento da universitas facti e da universitas juris. A universalidade de fato, para Bonnecase, “é uma mo- dalidade da propriedade que se reduz a um conjunto de bins individualizados, os quais se consideram, em atengo a um 38, Fadda e Bensa, Note al Diritto delle Pandette, nota 'b" — 2 a0 4 187, vol, 1, 2 parte, pags. 434/435 39, Idem, idem, nota n, § a0 $ 197, pag. 439, B SLv20 Maxconnes clemento cientifico e técnico, como ¢: Proprietario para servirem a uma destinacéo ou uso comum, {eis-conio. una bibliotees, um rebanho,. ste.” (!2) Entre os franceses, Planiol-Ripert observam que o “Freqiientemente considera um conjunto de cies gadas entre si e formando um todo” dos elementos da universalidade de juridica, onde & Puramente ficticio » como por exemplo o fundo 7 Alemanha, Dernburg eontésta os que circunscrevern as enivec, salidades de fato aos agregados de formagio naturel. coe 9 rebanho e semelhantes, e, denominando-as univers: ta-lhes as “criadas por disposigées particul ‘ercio la do para ponto de partida @ natu. reza do complezo, distingue: “Ha complexos, como 9 rebar ho, a biblioteca, etc, que, antes de qualquer qualificesso Gi, Romnecase, lementos de Derecho Cin, vol. 2,2. 43, pig. 10 4 Colla-capttant, arate de Droit Ct, vol 1, n. 62, he 88 4j AMP e Rau, Cours de Droit ciel Frangats, vol. 21 16, ono alla stessa persona e le cose component la unt- ral! attl e rapportl lurid! Paooiemas 0& Diezrro MencawTm, 19 juridica, formam um agregado material gado de fato, obra do homem: ir fungéo, a Candian parece minis” (*). Considerado 0 que “a universalidade de fato é um complexo de legal © desdobra éstes req a) plurali- ténomas, materialmente distintas entre si, com individualidade social e jurldicamente. apl © complexo deve apresentar uma destinagio uni ¢, precisamente, como soma de co @ nogéo de universalidade aos mov animados ou inanimados, se homogéneos ou hi geneos, podendo ser constituida também de bens ima! A limitagio expressa no tltimo requisito, der que a lei ndo despojou de todo e ico a unio de coises moveis e iméveis, quando. i lo qual se possa consideré-la dessas formulages dos citados escritores, aera ‘ ituzionalt di Diritto Privato, n, 48, Biondi, 7 bent, n, 27, pags. 92 a 95, Ferrante Ferrantl, 11 libro della proprieté, n. 16, pig. 82. ~ ‘Svuvo Maaconps 7 — A universalidade de direito. Nas obras citadas, acrescidas de outras, também se en- contram linhas comuns de caracterizagéo da universalidade de direito. Conforme Bonnecase, esta néo corresponde a idéia de um bem, em sentido estrito, como na universalida- de de fato, mas “evaca, pelo contririo, a idéia de uma massa de bens, que permanecem totalmente distintos uns dos ou. tos e sfo suscetfveis de conservar integras as respectivas i. Sionomias, mesmo dispersos", Os seus elementos ativos, po- rém, “esto, de certo modo, unides entre si pela necessidade de responderem por um passivo inerente & sua agrupagio originéria, & sua destinacdo e aos incidentes da vida do que é exemplo o acervo hereditério (), As univer dades juridicas, para Colin-Capitant, sio criadss pela em vista, gerelmente, da aplicacio de uma série de opera. es juridicas (5). Planiol-Ripert, afirmando que a princi. pal universalidade de direito 6 0 patriménio, considerado como garantia dos credores ou como objeto de uma trans. misséo hereditéria, astinalam a indole ficticia e juridica da ligacdo entre os elementos componentes (8), Na Itilia, Barbero, invocada a natureca do complezo, ‘Sustenta tratar-se de “uma agregago puramente ideal de ‘bens, obra néo do homem, como o dote, a herance, o pa- io familiar, que podem ser constituides de coisas ¢ ‘bens imateriais, incapazes de formarem, por si, um agrege- do (como se poderia, de fato, agregar um fundo ristico a uma patente industrial?) e nos quais, ainda, as proprias coi- ‘sas podem ser deslocadas, sem outro nexo de agregacio, -além do ides!” (5), Para Candian, a universalidade de di. 80. Bonnecase, Flementos de Derecho Civil, vol. 2, n, 48, pég. 70. $2. Colln-Capitant, Tratté de Droit Civil, vol. 1, n. 87, pag. 38. $2, Planlol-Ripert, Tratté, vol. 1, § 2173-bls, pig. 734. 88, Barbero, Sistema latttustonale del Diritto Privato Italiano, ‘ol. 1, m. 188, TIL, pag, 235, ‘PROSUEIAS DE DIRE:TO MERCANTEL 81 reito consiste em complexo orgénico, criado pela Ges juridicas, ativas e passivas, conjugadas tencerem jeito (). Ferranti vé um com: plexo de direitos reais ¢ pessoais, obrigacées ativas e passivas, propriedade, etc, reunidos no titular de um patriménio ¢ cujo vinculo unitério esté em considerar os direitos de que as io objeto, no as préprias coisas, como na univer. itas facti (5), Ruggiero observa dois aspects: “£, por um 'o, © reconhecimento legal do agregado, como unidade ica submetida a regras particulares, em que se prescin- de dos varios componentes; por outro, o fato déle ser um complexo de relagées juridicas, e no de relagdes e de coisas corpéreas, a fim de que s néo os varios bens, quer méveis, quer iméveis, sdbre os as relagdes séo constituidas, mas as proprias relagées que se referem aos bens, isto é os direitos de que séo constitui- dos” (59), Conjugando afinidades désses conceitos, com o de anotar os elementos componentes da figura da uriversitas juris, de modo a confronté-la com a universitas facti, nos re- = Distinglo entre as universalidades, Examinados 0s tracos caracterizadores das duas catego- rias de universalidades, na comparacio de uma ¢ outra é oportuno frizar, como o faz Biondi, que, embora ambas se. jam “consideradas como unidade apenas 0 quanto € naqui- 84, Candian, Nozioni Istitusionalt di Diritto Privato, n. 159, pa. 2, $6, Ferranti, 11 libro delta proprieté, n, 17, pag. 62. 58. Rugelero, Instituigées de Direito Civil, vol. 2, § 67, pag. 283. que se deduz do regime aquéles complexos que a lei considera sob 0 aspecto unité. rio” (7). E no é menos oportuna a ponderagao de Bonne case: “Os diversos comy feto, como da de elementos que podem desaparecer, substituir-se ‘por outros eu aumentar, sem que a universalidade, encarada em si mesma, se ique quanto & sua condiggo juridica ou & Essa fungibilidade, cuja aplicacéo nas duas espécies de universalidade desperta — entre juristas que tratam da sub-rogacio real © sua adequado a regra dos Glosadores, practium sucedit in locum rei et res in locum Practit — divergéncias, que ora néo caberia examinar (8), encontrou guarida no Cédigo Civil, quando éste dispés ques ‘ ivi sub-rogado a0 individu 0 respective rio inerente a cada uma das uni- versalidades ¢ tendo em conta que a relevancia juridica de ST. Biondi, 7 bent; n, 28, pag. 101,—~ Bonnecase, Elementos de Derecho Civil, vol. 2, n. 43, pag, 10, Barbero, Sistema Istitusloncie del Dirttto Privato Italiono, » Pag. 456. Ribas, Curso de Direito a Clovis Bevilaqua, Cédigo Comen- tado, vol 1, pag. 278, observagées ao art. 56, Fontes de Miranda, Tra~ todo de Direlto Privado, vol. 2, 1 186, a. 3, pég. 10. Carvalho Sane ‘28, Codigo Civit Brasileiro Interpretado, vol. 2, pag. 56, comentario. ao art, 56, ©. Cédigo Cot, art. 58, Prosamas vx Dimarro Mencaxrm, 83 (relacées conceituagdo e distincéo das unive direito, cabe ponderar o tema do pal confrontar as diversas correntes em que se mento dos juristas, recolher em suas obras o: Qo mérios do conceito, que, por serem de comum accitacdo, precedem a configuracéo das divergtncias. Essa breve pesquisa pode comegar na doutrina frence- sa, cujas concepeées deram impulso a elaboragéo das teorias. Planiol-Ripert: cheme-se encargos as 2 soa, formando 0 ative os bens cor- péreos incarpareos de que tinilare_constituinds o passi- yo_as obrigacGes.deque.édevedora (#); Josserand: “é 9 con: junto dos valores pecuni: tives ou negatives, perten- 61, Plantol-Ripert, Zraité, vol. 1, n. 2.147, pg. 723. 62 Colin-Capitant, Traité de Droit Cfotl, vol. 1, n, 60, pég. 39.

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