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Cla i CARTILHA DANIUIAER Aitora Uosetnauas EXPEDIENTE Esta é uma publicacdo gratuita e aberta a todas as entidades e cidadaos. Autoria e Criacdo: Josefina de Melo Ruas Procuradora do Estado da Bahia desde 1978. Professora da Faculdade Ruy Barbosa, da EMAB ~ Escola de Magistrados da Bahia, da ESAD - Escola Superior de Advocacia - Orlando Gomes eda _UNEB ~ Universidade do Estado da BAHIA. Ilustracdo e Projeto Grafico: Mario Sérgio Moura dos Santos (Affoba) Revisdo: Carlos Augusto Serra De Faria Promotor de Justica do Estado da Bahia Ruas, Josefina. CARTILHA DA MULHER - O Direito Sagrado de Viver sem Violéncia. Josefina Ruas — Salvador — Ba. margo de 2007. | 20p.; il.; 15em.- (CARTILHA DA MULHER) 1.Cidadania — Educagao — Direitos Humanos. |. Ruas, Josefina. |I. Titulo. CDU — 372.832. APRESENTAGAO . AGORA £ LEI! Néio se bate em Mulher nem com uma Flor!” “am briga do Mado Malhar, ori ode ser a Cole” Considerando que é reservado a todo ser humano em geral e especificamente a todo cidadao brasileiro o direito a informagdo; sendo no presente contexto reservado & mulher, em situagaéo de violéncia doméstica e familiar, 0 sagrado direito de informar-se sobre a Lei “Maria da Penha”; Sabendo-se que a referida lei federal cria mecanismos para coibir a violéncia doméstica e familiar contra a mulher, definindo-a como uma forma cruel de violacao aos direitos humanos, garantindo 4 mulher, vitima dessa agressdo, os meios de protegdo contra seus agressores, inclusive com a criacgdo de Juizados de Violéncia Doméstica e Familiar contra a Mulher; Assim & que eu, na qualidade de Professora de Direito, cumprindo o meu papel de educadora, oferego ao povo, principalmente as mulheres em situagao de risco, no Ambito doméstico e familiar, a presente “CARTILHA DA MULHER”, a qual é langada na forma de revista em quadrinhos, onde apresento e explico de modo simples e ilustrativo 0 contetido de artigos da referida Lei Federal “Maria da Penha” n° 11.340, de 7 de agosto de 2006, com a finalidade de esclarecer @ mulher ofendida ou a qualquer pessoa a buscar auxilio dos poderes ptblicos. Acredito que, ao promover esses ensinamentos, seja possivel transformar-se o atual momento de violéncia contra a mulher, no Ambito do lar e da familia, em tempo de esperancga e em lugar de harmonia e paz entre mulheres e homens. Josefina de Melo Ruas Autora A noite, quando Seu Zé chegou em casa jd foi batendo em Bona Maria e ela gritava; jocorro! Socorro! Ndo aguento | mais apanhar tanto deste homem! = Ele me bate desde quando a gente i ja da Penha” n° 11.340, ie a de 2006 , se casoul Nao sei o que faco! Alguém | me ajude, pelo Amor de Deus! { Dona Maria, sei que a Senhora estd muito sofrida, | mas lhe digo que tenha sé mais um pouquinho de. | paciéncia, porque Seu Zé nunca mais vai lhe bater! Seu suplicio acaboul Nunca mais a Senhora vai sofrer! a ee = a —~.| Isto guer dizer o seguinte: antes desta Lei, ( 7 ‘Y quando o companheiro, 0 amigo ou o marido Isto porque, desde o dia 22 de | Botig na mulher e ‘causava nela lesdo, setembro de 2006, vigora uma | sofrimento fisico, sexual ou psicoldgico e Lei, chamada Lei “Maria da | dano moral ou patrimonial, a mulher, muitas Penha" que define como crimea | Yezes, Tieava colada e, quandg uma ou outra ioléncia bcti, lie muther registrava uma ocorrencia policial 0 woleneial aes e Failer fato era fratado como um crime de menor contra a Mulher @ cria Julzados: potenciql ofensivo, Assim, 0 fato poderia ser de Violéncia Doméstica e ipificado como caluinia, difamagao ou injuria| _ Familiar contraa Mulher. que, de regra, sdo crimes de acdo penal | privada, podendo a vitima_dispor da agdo ~ renunciando ao direito de Queixa-Crime ou ofertar o Perddo; ou entdo, seria enquadrado | como crime de lesdo corporal \ leve, que antes destalei \ Maria da Penha precisava de Representacdo da vitima araoajuizamentodaAcdo | enal pelo Ministério Publico, / OEE, ra_assim: i RG eae x : fre,ortin 3g mule ofereide ) / Hye. erontovslemals pore exitea Delegacia de Policia e ficasse Lei “Maria da Penha” que é especifica arrependida ela poderia di ir, sobre violéncia doméstica e familiar porque o crime ou era de acto privada contra a mulher, tratando este crime ou de acéo publica condicionada a ndo mais de crime leve, mas de crime Representacdo, valendo destacar Bomefigng: podendo mais ser aplicado o que, quando a pena era aplicada ao eneficio da Lei 9.099/95 (Juizado agressor, era muito leve e, muitas Especial Criminal) \ vezes, jdseencontravaprescrita. ‘Significa dizer que, se 0 companheiro, 0 \ | amigo ouo marido bater na mulher e causar | | Isto porque, atualmente, a Lei nela lesdo, sofrimento fisico, sexual ou | | ‘Maria da Penha" diz que nos casos psicolégico ¢ dano moral ou patrimonial,a | |de Crime de agtio penal piblica mulher egora tem o direito assegurado de condicionada 4 Representacto da) ir a Delegacia da Mulher ou Comum, | |ofendida de que trata a registrar uma ocorréncia policial, ndo | | mencionada lei, sé serd admitida a podendo mais ser constrangida a “retirar a rendncia 4 Representagdo perante Queixa", mesmo que o agressor mande ou | | 9 Juiz, em audiéncia designada com exija que ela assim proceda, posto queo | jtal finalidade, antes do crime de violéncia contra a mulher é um | | recebimento da dentincia e ouvido o crime mais grave e de acao 5 Ministério Publico. penal publica. Isto é, a Lei ‘Maria da Penha" veio assegurar maior protecdo & mulher \, | que, muitas vezes, antes da vigéncia destalei,eracoagidaarenunciarao | Direito de Representacdo dentro de sua prépria residéncia, ficando, naquela época, o Promotor de Justicga impedido de oferecer Dentincia. Hoje, como dito, a coisa é diferente, a mulher sé poderd dispor deste Direito perante o Magistrado e ouvido o Ministério Publico. 07 Emquanto a Pambinha acalmava Dona Maria, a Vizinha, que ouvia tudo... neu Deus, n@o sei por quentoy { tempo ainda Dona Maria vai | suportar estas surras que leva} todo dia do Seu Zé! Olhe, que eu | moro aqui hd vinte e tantos anos e desde que estou morando aqui, escuto os gritos dela, apanhando do marido! Eu sé queria saber como posso ajuda- |p lal Dizem que “Em briga de | marido e mulher ndo se mete a colher"?!_ Mesmo assim, eu gostaria de fazer alguma coisa \ paraajudar Dona Maria! ‘A Pambinha, ouvindo a Vizinha, voc® pode ajudar e muito! Agora, estd em vigor | Vizinha,disse: desde 0 dia 22 de setembro de 2006 uma Lei chamada “Lei ae “Maria da Penha”, que permite a qualquer pessoa que presenciar a prética de uma violencia doméstica e familiar contra qualquer mulher, seja esta violéncia praticada pelo marido, pelo companheiro, pelo amigo ou pelo é irmdo da Mulher of endida, pode denunciar a0 Ministério Publico, d Delegacia da Mulheroumesmod Delegacia Comum,quecertamenteosocorro / eaojuda chegardo logo! _Agora é leil E é pra Valer! “Em briga de Marido e Mulher vocé pode ser a Colher! “A Colher pra acolher, proteger e a Paz do lar promover! Antes desta lei, Vizinha, sé. a Mulher Ofendida é que podia fazer uma queixa na Delegacia da Mulher ou na Delegacia Comum, quando era espancada ou agredida por seumarido, companheiro, amigo, pai ou irmao. Quer dizer: quando qualquer pessoc\ presenciar uma violencia praticada | contra a mulher, na residéncia dela ou por familiares dela em qualquer lugar, esta pessoa pode e deve denunciar ao Ministério Publico, & Delegacia da Mulher ou a Delegacia Comum, néio precisa se identificar, néio precisa dizer quem estd denunciando. /tsto porque, antes da lei “Maria aan Penha’, a violéncia doméstica e | familiar contra a mulher era considerada um crime contra a honra, ou seja, um crime de agdio privada. Hoje, esta violéncia doméstica e familiar contra a mulher é considerada um crime grave e portanto um crime de acdo | piiblica. 2 Vizinha, esta nova Lei muda radicalmente a ~ / compreenstio eo tratamento da violencia doméstica e familiar contra as mulheres! Eu gostaria de explicd-la melhor para a Senhora. Eu fentei explicar para Dona Maria, mas acho que ela nao enterndeu nada, porque. estava muito dolorida, por causa da surra que levou de seu marido. a9 Com muito prazer, Vizinhal \, Esté combinado, amanha | estarei aqui, sem faltal f A Pombinha nem terminou de falar, a Vizinha interrompeu dizendo... Pombinha, por favor, vocé poderia vir amanhé aqui em casa? — porque eu gostaria que vocé explicasse esta Lei “Maria da Penha" pra umas amigas minhas da Associagéio do Bairro. No dia seguinte na hora marcada e na casa da Vizinha Boa tarde que a Paz esteja com todas nds| E A primeira Mulher a perguntar foi a Vizinha Claroquerespondocommuitoprazer, \ Vizinhal Eo seguinte: antes destalei, qualquer ofensa que a mulher sofria por parte do marido, do companheiro, deumamigo,deumirmaoouatémesmo do pai, era considerada uma injuria, uma difamacdao ouumacaldnia,queera a mesma coisa que um crime contra a honra cuja pena era muito leve eo Agressormuitasvezeserapenalizado \ comumacestabdsicaoumultal “ Pombinha da Paz, é verdade que \ agora em briga de marido e mulher qualquer um pode ser a colher? \. Explique pragente, por gentileza! SS ae E tem mais . Quando a mulher ofendida voltava pra casa 0 agressor batia nela e mandava ela retirar a queixal -Hoje, com a Lei Maria da Penha, tudo mudou! Como assim, Pombinha da Paz? ( Eoseguinte: A Lei Federal "Maria da Penha" n® 11.340, de \ 7 de agosto de 2006, que entrou em vigor no dia 22 de \ setembro de 2006, nos seus arts. 5°e 6°, tipifica como \ crime a violéncia doméstica e familiar contra a mulher | provocada por qualquer aco ou omisstio que Ihe cause morte, lestio, sofrimento fisico, sexual ou psicolégicoe | dano moral ou patrimonial, ou seja é um crime grave a Violioléncia fisica, a violéncia psicolégica, a violéncia | sexual, a violéncia patrimonial e a violéncia moral. Tudo isto praticado: 11 dentro de casa, ou sejano espaco de convivio permanente de pessoas, com ou sem vinculo familiar, inclusive as pessoas agregadas de vez em quando; \ | dentro da familia, ou sejana comunidade formada por individuos que $70 ou ) \ se considéram aparentados, unidos por lacos naturais, por afinidade ou / por vontade expressa; Isto é, emqualquer relacéio intima de afeto, na qual oagressor convivaou tenhaconvivido coma ofendida,mesmosem ter morado com elanamesma casa; Estas relagdes pessoais independem de \ | Pombinha da Paz, o que é orientagéo sexual; vale dizer, para que seja_ | ~=mesmo violéncia fisica, a considerada violéncia doméstica e familiar violéncia psicolégica, a contra a mulher n&o importa se esta violéncia sexual, a violéncia violéncia foi praticada por uma pessoa homossexual, que convivendo com a mulher ofedida Ihe provoque violénci patrimonial e a violéncia moral? violéncia doméstica e Familiar contra a mulher constitui uma das formas de violagdo dos Direitos humanos, Violéncia fisica é qualquer conduta que ofenda a integridade ou a satide corporal da mulher; como, por exemplo: 0 ato de fazer lesdes corporais, como fraturas lace- ragées, traumas dostecidos moles, | a } queimaduras com pontas | | decigarro ou contusées. A Lei “Maria da Penha", no seu art.7°, define cada uma dessas formas de viol€ncia, assim: 12 Violéncia psicolégica ou emocional é qualquer \| conduta que cauge a mulher dano emocional e diminuctio da auto-estima dela ou que lhe Exemplos: o Companheiro, o Agressor humilhar a Mulher, negar-lhe carinho, impedir dé | prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento | ela trabalhar ou ‘de ter ou que vise degradar ou controlar suas a¢ées, amizades, de sair para passear | comportamentos, cren¢cas e decisdes, mediante com amigas, acusd-la de ter ameaca, constrangimento, ‘humilhacéo, | amantes € de contar para ela lancia constante, que teve aventuras amorosas manipulagaio, isolamento, vigil | persegui¢do contumaz, insulto, chantagem, ridicularizacdo, exploracdo limitacdo’ do | direito de irevir ov qualguer outro meioque Ihe cause prejuizo & satide psicolégica e a ¢ | autodeterminaca: J com outras mulheres, etc, Violéncia sexual é qualquer conduta que constranja a mulher Exemplo: presenciar, a manter ou a participar de relacto & Quando o Agressor forga a sexual ndo desejada, mediante intimidagdo, mulher a ter relagées quando ameaga, coacaio ou uso da forca; que a induzaa| ¢ ela ndo quer; quando forcaa \ comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, | & prdtica de atos sexuais que \ @ sua sexualidade, que a impeca de usar | desagradam a Mulher; ‘qualquer método contraceptive ou quando critica 0 desempenho que a force ao matriménio,| ( gexual da mulher, etc. \ gravidez, ao aborto ou a| te > prostituicdo, mediante | ¢ oa ¢ & o ,, chantagem, suborno ou manipulacdo;' ou que limite ouanule o exercicio de seus | \ direitos sexuais e| “_ reprodutivos; Violéncia patrimonial é qualquer conduta que configure retenrdo, | subtracdo, destrutcdo parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos | econdmicos. incluindo os », destinados a satisfazer suas \ necessidades: . 13 Violéncia moral é qualquer conduta que configure caltinia, difamagao ou injiria. ee _ A propria Mulher Ofendida, uma Vizinha ou outra Pessoa pode telefonar para o ntimero 180 que é 0 niimero do telefone da Secretaria Especial de Politicas para as Mulheres da Presidéncia da Reptiblica, que apesar de ficar em Brasilia, atende a chamadas de todo territério nacional. Também se pode telefonar para o n°? _190 e 32455481 (Telefones da Delegaciada Mulher em Salvador ). (Pombinha, ¢ se uma Mulher que é° ofendida, por uma ou mais forma de violéncia que vocé explicou, como é \ que ela faz para buscar a ajuda? | Ou a prépria Mulher ofendida, uma Vizinha ou outra Pessoa pode ir & Delegacia mais préxima ou & Delegacia da Mulher e fazer a deniincia e serto tomadas as sequintes providéncias: A autoridade policial, tomando conhecimento da ocorréncia, atenderé a Mulher, adotando de imediato as seguintes providéncias: 14 Garante & Ofendida protecdo policial, quando necessério, comunicando de imediato co Ministério Puiblico e ao Poder Judiciério. |. | Encaminha a Ofendida ao hospital ou posto de saiide e co Instituto Médico Se necessério, acompanha a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorréncia ou do domicilio familiar; Fornece transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; E tem mais, em todos os casos de violéncia doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorréncia, deverd a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos: Ouvir a Ofendida, lavrar 0 boletim de ocorrénciae tomar a representagdo a termo, se apresentada, quer dizer a autoridade policial escreve ou digita 0 que ouviu na deniincia: Colher todas as 3 | provas que gervirem Remeter, no prazo de | ara _o esclareci- mento do fato e de 482(quarenta, < otto) suas circunstancias. horas, expediente — Serdo admitidos | apartado ao juizcomo como meios de prova pedido da Ofendida, — os laudos ou pron- 7, tudrios médicos para a concesstio de fornecidos por medidas protetivas are hospitais e postos de de urg?ncia: | Recessarios: satide, Determinar que se proceda ao exame de corpo de delito | da Ofendida e requisitar outros exames periciais 16 5 Ordenar a identificagéio do\, agressor e fazer juntar cos autos sua folha de antecedentes criminais, || indicando a existéncia de mandado de priséo ou registro de outras | ocorréncias policiais contra ele, | permitindo & autoridade policial até | prender o agressor em flagrante, sempre que hover qualquer das formas de violéncia contra a mulher, como jé expliquei acima: A autoridade policial também deverdé ouvir oagressor eas testemunhas; E bom lembar também que, assim como temos Juizados da Defesa do Consumidor, de Pequenas Causas, da Crianca’ e do Adolescente, ¢ | gutros, Serao criados também E bom que se diga que a Ofendida néo poderé entregar intimacéo ou notificacdo ao Agressor e deverd ser notificada de todos os atos processuais relatives ao agressor, por exemplo; ela tem que saber quando ele foi B i i presoequando saludapriséo,alemde também | zulzedas de Violercia Domestica e serem notificados disto 0 seu advogado ouo julgar cousas criminais e clveis de defensor piblico, os quais, por sinal, sempre | | inferesse da Ofendida, tanto por devem estar junto a Ofendida, em todos os causa das formas de violéncia que atos processuais civeis ou criminais. ela sofreu, como para que a Ofendida seja_recompensada os dinheiro ou er bens materiais, pelos | ( danos morais que sofreu. / 17 Enquanto néo forem estruturados os Juizados de Violéncia Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumulardo as competéncias civel ecriminal para conhecer e julgar as causas_decorrentes da prdtica de violéncia doméstica > e fami | S&o medidas determinadas pelo Juiz, quando for constatada a prdtica de violéncia doméstica e familiar contra a mulher, Nos termos da Lei “Maria da Penha, 0 juiz poderd \, aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto u separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgéncia, S entre outras: medidas protetivas de | Pombinha, o que séo urgéncia? / 1 - Suspensto da posse ou restricéo do porte de \, armas, com comunicagdo ao érgdo competente, se o - agressor for policial, ficando o superior imediato do agressor responsdvel pelo cumprimento da determinagdio judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevari¢do ou de desobediéncia, conforme ocaso. 2 -Proibicdo de determinadas condutas, entre as quais: aproximagto da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, - -fixando o limite minimo de distancia entre estes e o.agressor; -contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicagiio ~freqlentacdo de determinados lugares a fim de preservar a integridade fisica e psicolégica da ofendida; -restricto ou suspensdo de visitas aos dependentes menores, auvide a equipe de atendimento multidisciplinar ou servico similar: = prestactio de alimentos provisionais ou provisérios. 18 So também medidas determinadas pelo Juiz, quando necessdrias e urgentes e a pedido do Ministério PUblico ou a pedido da Ofendida, quais sejam: © Juiz encaminhard a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitdrio de protecdo ou de atendimento; O Juiz determinard a reconducdo da ofendida e a de seus dependentes ao respective domicilio, apés afastamento doagressor: O Juiz determinard o afastamento da ofendida do lar, sem prejuizo dos direitos relativos a bens, guarda dos | filhose alimentos: A Oduizdeterminaréa separagio de corpos. / Emais estas: \ / Para a protecdo patrimonial dos bens da | Sociedade conjugal ou daqueles de propriedade / particular da mulher, o juiz também poderd determinar, sem ouvir o agressor, as seguintes medidas, entre outras: arestituicdo de bens indevidamente subtraides | . pelo agressor dofendida, vale dizer serdo devolvidos ) GO fendida os seus bens que o agressor Ihe tirou. | | a proibi¢do tempordria paraacelebracéo deatos e contratos de compra, venda e locacéio de propriedade em comum, isto é; para evitar que o agressor venda até a casa onde ele mora com a Ofendida, a qual foi comprada por ela sozinha; —= ~ / a suspensdo das procuragées conferidas pela ‘ ofendidaaoagressor; © prestacdo de caucdo proviséria, mediante depésito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da pratica de violérncia doméstica e \. familiar contra a ofendida, 19 Tem mais. Se a lestdo for praticada contra ascendente, descendente, irm@o, conjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou | tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se 0 agente das relagdes | | domésticas, de coabitagéo ou de hospitalidade, a pena é de detengio, de 3 (trés) meses a 3 (trés) anos, sendo aumentada de 4 (quatro) meses a 4 (quatro) anos se o crime for cometido contra a Mulher | portadora de deficiéncia. iz Vizinha... _Muito obrigada, Pombinha! Foi maravilhoso a gente conhecer esta | Lei, que define Violéncia doméstica e familiar contra a mulher. Amanhd mesmo vou falar com Dona Maria e vamos juntas 4 Delegacia da Mulher. E, vou também distribuir esta Cartilha da’ / \ Mulher pra todo mundo! brigada, Vizinhal Vocé me ajudou muito! Agora, eu compreendo melhor esta Lei que nos protege contra a violéncia doméstica e familiar contra nds mulheres. / No dia seguinte, a Vizinha e Dona Maria foram é Delegacia da Mulher, que fica 4 Rua Padre Luiz Figueira s/n? - Bairro Engenho Velho de Brotas - Salvador Bahia Antes, elas telefonaram para o n° 190 e 32455481 ( telefones da Delegacia da Mulher). E a Delegada procedeu igualzinho como a Pombinha tinha explicado. Realizagao: Apoio: a ~_ a TRIBUNAL DE JUSTICA DO lasftute Pedro Etbetre ESTADO DABAILIA de adenaitengho fulleldela ASSESSORIA ESPECIAL DA PRESIDENCIA III - PROJETOS ESPECIAIS A Tribunal de Justiga do Estado da Bahia - 5° Avenida do Centro Administrativo (CAB) n° 560, 3° andar, sala 301 - Sul. CEP: 41746 - 900, Salvador - Bahia. @ Tels.: (71) 3372-5659 / 5491 / 5492 FAX: (71) 3372-5566 e-mail: assprojetosespeciais @tj.ba.gov.br

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