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Universidade de Coimbra
Licenciatura em Biologia
Genética
Mutação em
Drosophila
Melanogaster
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Mutação em Drosophila melanogaster
Índice
Introdução pp.3
Resultados pp.8
Conclusão
pp.14
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Mutação em Drosophila melanogaster
Introdução
Este trabalho é acerca do estudo do cruzamento de Drosophila melanogaster,
nomeadamente de uma fêmea white (w) e de um macho vestigial (vg). Esta espécie
encontra-se taxonomicamente classificada da seguinte forma:
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Hexapoda
Ordem: Diptera
Família: Drosophilidae
Género: Drosophila
Espécie: Drosophila melanogaster
Utiliza-se este organismo porque apresenta diversas vantagens:
Mantêm-se facilmente em laboratório é de manuseamento muito simples
Muito abundante e fácil de capturar
Produz uma grande quantidade de descendentes
Ciclo biológico curto, 10-11 dias, a 25ºC
Tem apenas quatro pares de cromossomas
O ciclo de vida da Drosophila melanogaster, apresenta quatro estados de
desenvolvimento:
Ovo
Larva
Pupa
Adulto
O primeiro estado de desenvolvimento do ciclo (ovo) apresenta diversas
características, o ovo pode medir até 0.5 mm e é branco. Apresenta um invólucro forte
com dois apêndices delgados (suspensores) na extremidade anterior. As divisões
mitóticas que ocorrem ao longo desta fase originam um sincício, onde os núcleos
compartilham um mesmo citoplasma, estes dividem-se sincronizadamente de 10 em 10
minutos. Outra característica é a celularização que ocorre 150 minutos depois da
fecundação.
O estado larvar inicia-se quando ocorre a eclosão do ovo (ao final de um dia) e
dele sai uma larva de cor branca e que apresenta mandíbulas negras e um par de
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Mutação em Drosophila melanogaster
espiráculos com função traqueal em cada extremidade. As larvas são muito vorazes o
que leva a um crescimento muito rápido. Este estado de desenvolvimento é constituído
por três estádios larvares com duas mudas.
Quando as larvas abandonam o meio de cultura e se fixam dá-se o início do
estádio de pupa, esta vai ser constituída por uma cutícula branca e flexível que acabará
por se tornar escura e endurecer. Durante este estado de desenvolvimento vai ocorrer
substituição dos tecidos larvares pelos do adulto. Ao final de cerca de quatro dias irá
aparecer o adulto, último estado de desenvolvimento, o corpo deste irá ser constituído
pela cabeça, tórax e abdómen.
No estado adulto os machos e as fêmeas vão apresentar diferentes
características, o que irá permitir a sua distinção. Essas características podem ser
visualizadas na tabela seguinte:
Macho Fêmea
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Mutação em Drosophila melanogaster
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Mutação em Drosophila melanogaster
Materiais e Métodos
Material:
⇒ 1 Frasco de cultura, com cerca de 10 dias, de um mutante simples de Drosophila
melanogaster proveniente de um stock de linhas puras, recessivas para o tipo
selvagem
⇒ Eterizador
⇒ Pincel
⇒ 20 Frascos
⇒ Morgue
⇒ Rótulos
⇒ Éter
⇒ Papel de filtro
⇒ Lupa binocular
Métodos:
1) Isolar pupas de raça a fim de obter fêmeas virgens.
2) Cruzar estas fêmeas com machos de raça. Estas moscas são designadas por
progenitores.
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Mutação em Drosophila melanogaster
10) Formular uma explicação para os resultados do cruzamento efectuado, com base nos
conhecimentos de hereditariedade.
11) Aplicar
o método de análise estatística ( ) á hipótese formulada.
12) Verificar se existe acordo; caso contrário, formular uma nova explicação,
procedendo em seguida ao método de análise estatística.
13) Uma vez comprovada a hipótese formulada, construir um esquema se sumarize, para
cada uma das duas gerações, as conclusões a que chegou.
CALENDÁRIO:
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Mutação em Drosophila melanogaster
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Mutação em Drosophila melanogaster
Resultados
F1
No cruzamento para obtenção de F1 foram usados como progenitores uma fêmea
white (olhos brancos, asas normais com genótipo Xw Xw vg+ vg+) e um macho vestigial
(olhos vermelhos, asas vestigiais com genótipo Xw+ Y vg vg).
Na geração F1 obtemos 50% da descendência com olhos vermelhos e asas
normais (genótipo Xw+ Xw vg+ vg, ou seja, fêmeas) e 50% com olhos brancos e asas
normais (genótipo Xw Y vg+ vg, machos).
♀
Xw vg+
♂
Xw+ vg Xw+ Xw vg+ vg
Y vg Xw Y vg+ vg
Fêmea
Frascos Macho (White) Total
(Selvagem)
1 107 96 203
2 85 89 174
3 95 84 179
6 76 79 155
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Os frascos 4 e 5 não constam da tabela anterior visto que no início das contagens
foi detectado bolor no seu interior.
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F2 – Cruzamento F1xF1
O cruzamento entre um macho e uma fêmea da geração F1, dará origem à geração
F2, da seguinte forma:
Geração F2 – Contagens
Para obter a geração F2, foram utilizados 8 frascos, cada um com 2 casais. Foi
feita uma contagem posterior, apresentada na seguinte tabela:
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Geração F2 – Teste do x2
Como forma de comprovar se se verificava a proporção acima mostrada,
utilizámos o teste estatístico do x2, considerando-se assim H0 (hipótese nula) a
proporção 6:6:2:2. Apresenta-se de seguida a tabela correspondente a cada frasco.
• Frasco 1
• Frasco 2
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• Frasco 3
• Frasco 4
• Frasco 5
• Frasco 6
• Frasco 7
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• Frasco 8
Para o número de graus de liberdade neste caso (nºde graus = 3), o x2 crítico
correspondente é de 7,815. Logo, frascos em que valores o x2 tenha um valor superior a
7,815, consideram-se rejeitados, face à hipótese nula, não se verificando nestes a
proporção de 6:6:2:2.
A tabela que resume os valores de x2 de cada frasco, e a sua aceitação/rejeição
face à H0, é a seguinte:
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Mutação em Drosophila melanogaster
Conclusão
Deduzimos que a percentagem de Machos e Fêmeas em F1 é aproximadamente
igual (50%).
711 -- 100
363 -- x x = 363 × 100 = 51%
711
711 -- 100
348 -- x x = 348 × 100 = 49%
711
Ao fazer a apresentação alguns erros foram cometidos. Seguem-se as correcções
referentes aos resultados obtidos da F1.
• O genótipo do macho progenitor é Xw Y vg vg e não Xw Y vg+ vg+.
• O genótipo da fêmea progenitora é Xw Xw vg+ vg+ e não Xw+ Xw+ vg vg.
• Na tabela de cruzamento, os gâmetas Xw+ vg e Y vg correspondem, obviamente,
ao macho e não à fêmea como estava escrito (devido a uma troca dos símbolos
sexuais)
• Os descendentes da F1 não são todos selvagens. Apenas as fêmeas são
selvagens. Os machos têm olhos brancos.
• O genótipo das fêmeas F1 estava correcto mas o dos machos é Xw Y vg+ vg+ e
não o que estava escrito.
• Na tabela de contagens, os machos não têm fenótipo selvagem, mas sim fenótipo
white.
Durante a experiência outros aspectos falharam:
1. Aparecimento de bolor no interior dos frascos
2. Erro nas contagens efectuadas
3. Fuga de moscas
4. Morte de moscas com excesso de éter
5. Moscas retidas no interior do alimento
Este trabalho pretendia mostrar o efeito de mutações ao nível da cor dos olhos e
do tamanho do corpo em Drosophila melanogaster. A mutação da cor dos olhos está
ligada ao cromossoma X.
Obtivemos para F1 as proporções esperadas e em F2 obtivemos uma proporção de
6:6:2:2.
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Através do x2 percebemos que não existia homogeneidade das amostras, uma vez
que havia frascos em que foi rejeitada a Ho.
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