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“Quando eu deixar esta cidade, você terá uma

grande, uma longa história para contar.”

Robert Johnson em From Four Till Late


White Plaza Hotel, Dallas, Texas, 1937

Numa mesa ao canto, o avisto por detrás de garrafas de Jake vazias e um


copo semi cheio.

- Há muita fumaça por aqui senhor Johnson. – Levanta os olhos acuados como
se os escondesse da luz.

- Olá Simon. – Respondeu-me calmamente.

- Não precisa me chamar assim, alguém pode te ouvir. E como vai a perna? Há
boatos de que Jake causa paralisia temporária.

- O que há de errado no meu jake walk? Está melhor agora, só preciso de tempo
para descansar.

- O tempo diluído em aguardente? – Perguntei.

- Está preocupado comigo Simon? Não é de seu feitio. O trato não será desfeito.

Robert Johnson sabia que do prazo e estava em Dallas a fim de cumpri-lo


a tempo. Restava-lhe poucas semanas e faltava o registro da segunda sessão
das 13 canções que completariam o disco; restavam: Sweet Home Chicago e Me
and Devil Blues. Vinte e nove canções fora o acordo que fizera com Thomaz
naquela noite de 35. Nunca soube o real motivo, Robert não era um grande
músico, seu blues sujo, carregado com letras sofridas me lembrava o início com
W. C. Handy e sua St. Louis Blues a primeira de muitas Work Songs.
- Por onde andou Simon?

- Dei uma volta por Chicago, ouvi falar que já existem instrumentos eletrificados
por lá.

- Isso é conversa daqueles garotos do Sonny Boy, loucos para fugirem do


Mississipi, longe daquelas harmonias sem vida. – Johnson respondeu em êxtase.

- Acho que está errado Robert, vi com meus olhos que a terra nunca vai devorar,
um jovem negro, o chamavam de “Água Lamascenta”. Empunhava uma guitarra
maciça apelidada de Log, o luthier que a fabricou usava captadores comuns para
violões em modelos Epiphone.

- Como se chama o homem que a fabricou Simon?

- Um veterano guitarrista chamado Les Paul.

- E esse, “Águas... Como é mesmo que você o chamou?!

- Muddy. Muddy Waters.

- Ele tocava bem?

- Não como você, se quer saber.

- Não pensei nisso Simon.

- Em que pensa então Robert, vindo para essa terra de discórdia e poeira? Não
foram vinte e nove músicas o trato, porque ainda está aqui?

- Resta a segunda sessão de gravação para podermos escolher as melhores.


- Isso é detalhe você sabe. Não precisa disso, pode sair fora. Mas você não quer
ir não é?

Robert Johnson sempre teve olhos acesos, inflamados como o diabo, mas
naquela noite quente de Junho havia amargura misturada à frustração, tudo
azedado com extrato de gengibre jamaicano, 85% de álcool. Robert meneou
com a cabeça.

- Você nunca entendeu Simon, quer que eu conte novamente a história? Quer
que eu clame por misericórdia? Não preciso de seus conselhos.

- Apenas me diga o motivo Robert...

- Porque quer saber? Do que adiantaria?

- Quero sabe ao menos que teve uma escolha.

- Eu nunca tive uma escolha Simon.

Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha


sendo gravado 15 anos antes dele aprender a formular as primeiras
pentatônicas, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais
técnica, riffs elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um
ritmo regular. Quando cheguei em Chicago todos comentavam sobre o negro
virtuoso que fizera um pacto com o demônio para obter fama com o blues,
todavia poucos conhecem a verdadeira história.
Lembro-me de Johnson praguejando alguma blue song num corredor
insípido de um hotel vagabundo no lado oeste do Mississipi. Bêbado e
cambaleante, cantava alguma coisa como:

“... hoje de manhã cedo quando você bateu na minha porta; Eu


disse "Olá, Demônio, acho que é hora de ir.”

Reclinado sobre a soleira com os braços cruzados perguntei-lhe o que


significava aquela letra. “Você já conversou com o demônio meu amigo?”
Indagou-me em tom zombeteiro. “Prefiro evitá-los Robert”, respondi. Naquele
momento Johnson me contou o que ocorreu na lendária noite de 35.

Era quase meia noite, Robert partira para Clarksdale numa encruzilhada da
rodovia 61 com a 49 levando consigo uísque adulterado e sua Dobro 1927
californiana com velhas cordas oxidadas a ponto de rasgar os dedos. A fumaça
de seu Lucky Strike Bull´s Eyes cortava o espaço nebuloso quando um bend
escandaloso fora cuspido de uma velha gaita cromada. Era Thomaz.

Robert continuara a história assegurando que quando desejou seguir Son House
por Robunsonville, este o esnobou certa vez num café ao lado de Willie Brown,
“Aquilo nunca foi nem será blues, ele veio me procurar, disse que me seguiria
onde eu fosse. Coitado, o garoto não tem talento Wil.” E partiu para seu
encontro.

O final da história vocês já devem ter ouvido falar. Thomaz toma o violão
empenado de Johnson e o afina um tom abaixo, a tensão das cordas se foi e o
que se ouviu depois foi um Mí Maior afrouxado, seguido de uma pegada densa,
arrastando um riff pesaroso, caindo para um lá maior, tensa, mas singela, o
contraste da chegada na quinta da harmonia foi um repouso melódico para
depois voltar com mais vivacidade na nota principal. Nada de solos
impertinentes, obviedade na execução. Tocava como um demônio! Quando
Robert pegou seu violão executou na mesma precisão a lição ouvida. O resto é
lenda. Contam que quando voltou à Robunsonville encontrou com Son House e
Willie Brown que ficaram assombrados com o desenvolvimento técnico e
musical de Johnson em tão pouco tempo. Daí o famoso mistério, Johnson, em
uma encruzilhada, teria vendido sua alma para o diabo, em troca de
virtuosismo. Dos poucos que conheci que vira Johnson tocar nas noites quentes
do Delta, diziam que seu violão nunca desafinava e que escrevera 29 canções
em sete dias.

- Você quer saber se a história é verdadeira Simon?

- Eu sei que é Robert, só não sei ainda qual foi o preço.

Em 1936, Robert resolveu gravar suas músicas, e recorreu ao dono de


uma loja de discos. Este lhe apresentou a uma pessoa que trabalhava para a
gravadora ARC, chamado Ernie Oertle. Em Novembro, Johnson e Oertle foram
para Santo Antônio e em apenas 5 dias gravaram as músicas que mudariam o
rumo do blues. Estas canções foram gravadas apenas com voz, um violão
acústico com cordas de aço e um slide na mão esquerda. Ao final Johnson
retornou para o Mississipi e deu prosseguimento a sua meteórica carreira. Em
junho de 1937 voltou ao estúdio agora em Dallas, foi quando tive a chance de
revê-lo. Gravou mais uma série de canções, sendo dois takes de cada, também 3
takes de Milkcow's Calf Blues e 4 de Love in Vain. No ano seguinte excursionou
por várias cidades, entre elas St. Louis, Detroit, Chicago e Memphis. Tornou-se o
King of the Delta Blues.
13 de Agosto de 1938, Greewood, Mississipi

Após a apresentação no Three Forks em Greewood, Robert passa mal


com dores fortes no estômago, eu o levo para minha casa, ali ele me assegura
que teria sido envenenado por um marido ciumento de uma amante do
passado.

- Qual o nome dela Robert?

- Do que adianta agora meu bom amigo, eu vou morrer de qualquer forma, ela é
apenas um fantasma. – Ele agoniza num velho sofá cinzento.

- Lembra daquela história que lhe contei anos atrás Simon?

- Sim, onde o velho Thomaz lhe ensinou a tocar blues.

- Você sempre quis saber o motivo não foi?

- Acho que já sei Robert.

- Thomaz lhe contou?

- Não, você contou para todos em Love In Vain amigo...

“Eu a segui até a estação com uma maleta em minha mão, E eu


segui-a à estação com uma maleta em minha mão, Bem, é duro
dizer, é duro dizer quando todo seu amor é em vão, Todo meu
amor em vão. Quando o trem rolou até a estação eu olhei-a no
olho, Quando o trem rolou até a estação eu olhei-a no olho. Bem,
eu era solitário, me senti assim solitário e eu não poderia ajudar
mas gritei todo meu amor em vão”. Quando o trem saiu da
estação com duas luzes atrás de mim. A luz azul era meu Blues e a
luz vermelha era minha mente, Todo meu amor em vão! Oh Willie
Mae! Oh Willie Mae! Todo meu amor em vão!

Tradução livre do autor

Pouco antes de morrer em 16 de Agosto de 1938, Robert Johnson me


contara que aprendera a tocar blues sozinho quando regressou à sua cidade
natal Hazelhurst em 1931, ano que fora desprezado por Son House. Contou-me
que aprendera sua técnica tocando com músicos de rua nas tardes melancólicas
do Mississipi.

- E o que pediste a Thomaz, Robert?! Indaguei-o pela última vez.

Não houve tempo, Robert Johnson dera seu último suspiro aos 27 anos naquela
noite abafada onde os corações adormecem devagar. Muitos acreditam ser
verdade o mito em que Johnson vendera a alma para o diabo em troca de sua
técnica ímpar, porém poucos sabem ao certo o real motivo que o levou a
procurar Thomaz naquela encruzilhada sinistra. Acredito que não fora em troca
de virtuosismo o pacto de Robert Johnson com o diabo, ele não me revelou,
mas pude ler em seus olhos, Willie Mae, Willie Mae...
MIX

Jake: É uma bebida feita do extrato de um gengibre jamaicano (jamaican


ginger extract), com um teor altíssimo de álcool etílico (de 70 a 85 %) e que era
comercializado no início do século XX como um tônico medicinal para todo tipo
de doença, o que evitava sua proibição pelas leis americanas. Por ser mais
barato que o whisky, foi muito consumido pela parcela mais pobre da população
americana. O jake vendido entre os anos de 1920 e 1930 não causava nenhum
tipo de problema de saúde. Porém, na primavera de 1930, o Departamento do
Tesouro Americano, que administrava as leis de proibição, reconheceu que ele
estava sendo usado como uma fonte ilícita para o consumo de álcool e solicitou
mudanças em sua fórmula para desencorajar seu uso. Esse novo jake era
amargo e muito difícil de beber.Foi então que uma dupla de químicos amadores,
fabricantes de jake, trabalharam para desenvolver alguma substância que
mudasse a fórmula, passasse pela lei, e que tivesse um paladar mais agradável.
Estabeleceram o tri-orto-cresil fosfato (TOCP), que passou nos testes e manteve
o jake agradável de se beber. O que els não sabiam é que o TOCP é um potente
assassino de células do sistema nervoso. O resultado disso é que cerca de
50.000 pessoas , principalmente nos estados do sul, ficaram com membros
paralisados, na maioria das vezes a perna e as mãos, por terem consumido jake.
Em alguns casos a paralisia era temporária, mas quase todas as pessoas eram
forçadas a caminhar mancando, com bengalas e outros tipos de apoio, estilo de
andar que rapidamente ficou conhecido como "jake walk". Logo surgiram
também as expressões "jake leg" ("perna de jake") e "jake foot" ("pé de jake").

W. C. Handy: Filho de ex-escravos, Handy saiu de casa ainda


adolescente, viajando de cidade em cidade, dando aulas de músicas por onde
passava, até se estabilizar em Memphis, Tennessee, onde mais tarde, ao lado de
Harry Pace, fundou uma distribuidora fonográfica. Trabalhando em Memphis,
compôs "Memphis Blues" (publicada em 1912), "The St.Louis Blues" (1914) e
muitas outras canções que incorporaram instrumentação do jazz com a
contagem de tempo do ragtime e do tango dentro do compasso do blues. Em
1918, mudou-se para Nova Iorque onde continuou a trabalhar como compositor
e arranjador para filmes, rádio e produções da Broadway.

Work songs: As Work Songs eram cantos de trabalho, onde, enquanto


trabalhavam, um dos escravos cantava um verso e os outros repetiam,
trabalhando todos em sincronia, ou seja, um mesmo ritmo.

Sonny Boy: também conhecido como John Lee Williamson, foi um


gaitista de blues nascido em Jackson, Tennessee, cuja primeira gravação, "Good
Morning, School Girl", foi um suceso em 1937. Ele foi bastante popular no
sudeste dos Estados Unidos e tornou-se um sinônimo da gaita no blues nas
décadas seguintes, fazendo de seu apelido um nome artístico usado comumente
na época de seu assassinato em 1948.

Muddy Waters: O nome artístico (em português, Águas Lamacentas) ele


ganhou devido ao costume de quando criança brincar em um rio. Ele mudaria-
se mais tarde para Chicago, Illinois, onde trocou o violão pela guitarra elétrica.
Sua popularidade começou a crescer entre os músicos negros, e isso o permitiu
passar a se apresentar em clubes de grande movimento. A técnica de Waters é
fortemente característica devido a seu uso da braçadeira na guitarra. Suas
primeiras gravações pela Chess Records apresentavam Waters na guitarra e nos
vocais apoiado por um violoncelo. Posteriormente, ele adicionaria uma seção
rítmica e a gaita de Little Walter, inventando a formação clássica de Chicago
blues. Com sua voz profunda, rica, uma personalidade carismática e o apoio de
excelentes músicos, Waters rapidamente tornou-se a figura mais famosa do
Chicago Blues. Até mesmo B. B. King referiria-se a ele mais tarde como o “Chefe
de Chicago”.

Violão Dobro: uma espécie de violão amplifônico semelhante aos violões


Dinâmicos fabricados pela Del Vecchio no Brasil. Estes instrumentos
começaram a ser fabricados nos EUA - primeiro na Califórnia ,depois Chicago-
em 1927! Durante a década de 20 e na seguinte também - muitos construtores
de instrumentos atendiam ao apelo de músicos - que gostariam de possuir
instrumentos com mais volume e construção com corpos maiores - ou mesmo
iniciando experimentos com amplificação. Mas plana, estilosa ,portátil e afetiva
solução foi oferecida por vários modelos de guitarras amplifônicas, conhecidas
comumente por "dobros". Este nome surgiu da apropriação das sílabas iniciais
da marca Dopyera brothers: Do - Bro. comumente, os Dobros são feitos de
madeira (salvo algumas exceções) e os Nationals são feitos de metal (National
Steel Guitar). Além do já citado cone de alumínio, estas guitarras possuem um
som distinto também pelo seu corpo de metal.

Les Paul: Les Paul, nome artístico de Lester William Polfuss


(Waukesha, Wisconsin, 9 de junho de 1915) é um guitarrista e pioneiro no
desenvolvimento de técnicas musicais instrumentos elétricos modernos.
Começou a se interessar por música aos 8 anos de idade, quando começou a
tocar gaita. Logo aprendeu banjo e posteriormente guitarra. Aos 13 anos de
idade já era guitarrista de country-music e já tocava profissionalmente. Após
participar de algumas bandas, Paul lançou seus dois primeiros discos em 1936:
um deles com o nome de Rhubarb Red, e outro como músico da banda de
Georgia White. Depois de anos fabricando suas próprias guitarras e inovando
com novos modelos e características de fabricação, cria uma das primeiras
guitarras com corpo de madeira sólido. A Gibson Guitar Corporation fabricou
algumas dessas guitarras, mas não quis assiná-las com logo da marca. Após
alguns anos, a fabricante mudou de idéia: Gibson Les Paul é uma guitarra usada
no mundo todo, tanto por profissionais quanto por amadores.

Guitarra LOG: O guitarrista Les Paul foi o primeiro a solucionar o


enigma de como amplificar uma guitarra de estilo espanhol: uma vez que o
corpo da guitarra era o maior problema, ele eliminou-o completamente,
substituindo-o por um pedaço de madeira de pinho em 1940. Assim nascia "The
Log" (O Cepo), que foi a primeira guitarra elétrica como nós as conhecemos
hoje. Nos anos 40, apareceram as primeiras guitarras elétricas de corpo maciço.
Houve polêmica a respeito de quem produziu a primeira. O guitarrista Les Paul
criou sua própria guitarra log, usando o braço de uma Gibson adaptando a uma
peça maciça de pinho na qual foram instalados os captadores e a ponte. Outro
que pode ter sido o pioneiro é o engenheiro Paul Bigsby, que fez uma guitarra de
corpo sólido para o guitarrista de country Merle Travis. A forma e a confecçao
dessa guitarra tiveram influência direta de Leo Fender, que depois se
converteria no mais respeitado fabricante. Em 1950, a empresa de Leo Fender,
sediada na Califórnia, lançou a primeira guitarra elétrica de corpo maciço
fabricada em massa: a Fender Broadcaster, que logo seria rebatizada de
telecaster. Em 1952, a Gibson lançou a Les Paul de corpo maciço. Essa guitarra
tinha elementos em geral ligados à marca Gibson na linha arch top. Em 1954, a
Fender lançou a legendária Stratocaster

Willie Brown: (Bluesman nascido em 06 de Agosto de 1900 guitarrista


e cantor de blues de Clarkdale, Mississipi, tocou com Son House, Charley Patton
e Robert Johnson

Bend: Bend é uma técnica no qual você levanta ou abaixa a corda do


instrumento para chegar em outra nota. Quando curvamos a corda, a nota que
era tocada tem sua afinação mudada, elevada a uma nota mais aguda. Você pode
tocar bends de ¼, ½, 1, 1 ½, 2 tons, o quando você e principalmente suas
cordas agüentarem. Essa técnica é muito usada na guitarra moderna, pois dá ao
guitarrista um caminho adicional para expressar suas idéias.

Riff é uma progressão de acordes, intervalos ou notas musicais, que são


repetidas no contexto de uma música, formando a base ou acompanhamento.
Riffs geralmente formam a base harmônica de músicas de jazz, blues e rock.
Riffs são na maioria das vezes frases compostas para guitarra mas muitas vezes
podemos encontrar músicas com riffs compostos para outros instrumentos,
como baixo, piano, teclados, órgão, etc. Basicamente qualquer instrumento
pode tocar um riff.

Mais

*Somente duas seções de gravação aconteceram dois anos antes da sua morte. A
primeira seção ocorreu em Novembro de 1936 em um quarto de hotel em Santo
Antônio, Texas. Durante os 3 dias de gravação ele gravou 16 faixas para a
American Record Company; incluindo os clássicos conhecidos "I believe I'll dust
my broom", "Sweet home Chicago", "Terraplane Blues", "Cross road Blues",
"Come on in my kitchen" e "Walkin Blues. A Segunda seção de gravação foi
realizada em Junho de 1937 em um depósito em Dallas e mais alguns clássicos
foram gravados como: "Traveling riverside Blues", "Love in vain", "Hell hound
on my trail", e "Me and the devil Blues".

*Em 1938 Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente


preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Johnson se
recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois,
em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões
populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que
haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu
certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da
morte. Outra lenda diz que ele morreu de quatro uivando no corredor do hotel
que ele estava.

*O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De


qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das
gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa
pequena e estreita do instrumento.

*Robert Johnson gravou seu repertório em sessões no Mississipi e clássicos no


Texas. As duas versões de Crossrodas, por exemplo, foram registradas em Santo
Antônio(Texas). Coube a ele escrever a música a caminho, em uma parada em
Forth Worth.

Me and The Devil Blues (tradução)

Robert Johnson

"Hoje de manhã cedo quando você bateu na minha porta

E eu disse "Olá, Satan, acho que é hora de ir"

Eu e o demônio andávamos lado a lado

Eu vou bater em minha mulher até ficar satisfeito

Ela diz que não sabe porque aquilo


Vou tratar ela como um cachorro

Deve ser aquele velho demônio tão enterrado no chão

Você pode enterrar meu cadáver na beira da estrada

Então meu velho demônio pode pegar um ônibus e dirigir"

Roberth Johnson foi um artista de Blues da década de trinta de carreira tão


influente quanto curta. Gravou apenas 29 músicas antes de ser morto
envenenado, mas influenciou todo o blues e rock que se fez desde então. Son
House afirmava que Johnson havia feito um pacto com o demônio.

Fonte: Wikipédia

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