Sie sind auf Seite 1von 1

Era uma vez uma horta cheia de hortalias e rvores de

fruto. Dava gosto sentar sombra das rvores e contemplar aquela


paisagem e escutar o canto dos pssaros. Mas um belo dia,
comearam a nascer umas cebolas especiais. Cada uma tinha uma
cor diferente: vermelho, laranja, roxo as cores eram deslumbrantes,
como a cor de um olhar ou duma bonita recordao. Depois de muitas
investigaes, aconteceu que cada cebola tinha dentro, mesmo no
corao, (porque tambm as cebolas tm o seu corao), uma pedra
preciosa. Esta tinha um topzio, a outra um rubi, aquela outra uma
esmeralda mas por alguma razo incompreensvel, comeou-se a
dizer que aquilo era perigoso, inadequado e at vergonhoso. Em
suma, as belssimas cebolas tiveram que comear a esconder a sua
pedra preciosa com capas, cada vez mais obscuras e feias, para
dissimular como eram por dentro. At que comearam a converter-se
em cebolas vulgares. Passou ento por ali um sbio, que gostava de
se sentar sombra da horta e que era to sabedor que at entendia a
linguagem das cebolas tendo comeado a perguntar-lhes:
- Porque no s por fora como s por dentro?
E elas l iam respondendo:
- Porque nos obrigaram a sermos assim Foram-me pondo
capas inclusivamente pulas para que no dissessem
Aquelas cebolas chegavam a ter at dez capaz e quase que
j no se lembravam porque tinham posto as primeiras. E no final o
sbio comeou a chorar. E quando as pessoas o viram a chorar,
pensaram que chorar frente s cebolas era prprio das pessoas
inteligentes. Por isso, toda a gente continua a chorar quando uma
cebola nos abre o corao e assim ser at ao final do mundo.

Das könnte Ihnen auch gefallen