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(Saúde Pública)
.O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a
população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Anteriormente, a assistência médica
estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando
restrita aos empregados que contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas
em serviços filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde,
hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de
Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos
de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.
História
Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde se
resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo, vacinação),
realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia aos
indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social. O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo
desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social
(hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento médico aos que
contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. O INAMPS
dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa
privada; os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento.
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no início da década de 70 como forma
de oposição técnica e política ao regime militar, sendo abraçado por outros setores da sociedade e pelo
partido de oposição da época — o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em meados da década
de 70 ocorreu uma crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS. Em
1979 o general João Baptista Figueiredo assumiu a presidência com a promessa de abertura política, e
de fato a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de
1979, o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com participação de muitos dos
integrantes do movimento e chegou a conclusões altamente favoráveis ao mesmo; ao longo da década de
80 o INAMPS passaria por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já
numa transição com o SUS.
A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários motivos. Foi aberta em
17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira CNS a
ser aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária. A
8ª CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um
convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para
a seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um
marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do
Estado". A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a
incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim
a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi
lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais
características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço.
O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689. ]]
Princípios do SUS
Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990,
com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade
e da eqüidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou doutrinários, e os princípios da
descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais, mas não está
claro qual seria a classificação do princípio da participação popular.
UNIVERSALIDADE
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se
que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos
sadios por força de lei.
INTEGRALIDADE
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais
quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos)
devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
EQÜIDADE
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o
Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso,
enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político
consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº
8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que
ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são
órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada
paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os
trabalhadores outro quarto.
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada
uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada vez
mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências
passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço
oferecido, e não no número de atendimentos.
HIERARQUIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve ser
oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando
necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os
serviços de saúde, melhor a eficiência e eficácia dos mesmos. Cada serviço de saúde tem uma
área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população. Os serviços
de maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de abrangência é mais
ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade.
Áreas de atuação
Segundo o artigo 200 da Constituição Federal, compete ao SUS:
Financiamento
Um bom trabalho está sendo feito, principalmente pelas prefeituras, para levar assistencia à saúde aos
mais distantes sertões, aos mais pobres recantos das periferias urbanas. Por outro lado, os técnicos em
saúde pública há muito detectaram o ponto fraco do sistema: o baixo orçamento nacional à saúde. Outro
problema é a heterogeneidade de gastos, prejudicando os Estados e os municípios, que têm orçamentos
mais generosos, pela migração de doentes de locais onde os orçamentos são mais restritos. Assim, em
1993 foi apresentado uma Emenda Constitucional visando garantir financiamento maior e mais estável
para o SUS, semelhante foi ao que a educação já tem há alguns anos. Proposta semelhante foi
apresentada no legislativo de São Paulo (Pec 13/96).
SAUDE DA CRIANÇA
SAÚDE DO IDOSO
JOVEM E ADOLESCENTE
SAÚDE DO TRABALHADOR
SAÚDE DO HOMEM
A Política Nacional de Saúde do Homem, lançada dia 27 de agosto de 2009, tem
por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde.
A Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência é resultado de múltiplos movimentos e longa
mobilização, nacional e internacional, de muitos atores sociais e institucionais. Voltada para a inclusão das
pessoas com deficiência em toda a rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), caracteriza-se por
reconhecer a necessidade de responder às complexas questões que envolvem a Atenção à Saúde das pessoas
com deficiência no Brasil.
SAÚDE MENTAL
A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02,busca consolidar um modelo de atenção à saúde
mental aberto e de base comunitária. Isto é, que garante a livre circulação das pessoas com transtornos
mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade
oferece. Este modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos variados tais como os Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e
os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). O Programa de Volta para Casa que oferece
bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos, também faz parte desta Política.
SISTEMA PENITENCIÁRIO
A Política Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário é uma iniciativa conjunta dos Ministério da Saúde e da
Justiça. Tem como objetivo organizar o acesso da população penitenciária às ações e serviços do Sistema Único
de Saúde.
Ministro da Saúde
ENTENDENDO O SUS
1
Todos os estados e municípios devem ter conselhos de saúde compostos por representantes dos
usuários do
SUS, dos prestadores de serviços, dos gestores e dos profissionais de saúde. Os conselhos são
fiscais da
aplicação dos recursos públicos em saúde.
2
A União é o principal financiador da saúde pública no país. Historicamente, metade dos gastos é
feita pelo governo federal, a outra metade fica por conta dos estados e municípios. A União
formula políticas nacionais, mas a implementação é feita por seus parceiros (estados, municípios,
ONGs e iniciativa privada)
3
O município é o principal responsável pela saúde pública de sua população. A partir do Pacto pela
Saúde,
assinado em 2006, o gestor municipal passa a assumir imediata ou paulatinamente a plenitude da
gestão das
ações e serviços de saúde oferecidos em seu território.
4
Quando o município não possui todos os serviços de saúde, ele pactua (negocia e acerta) com as
demais
cidades de sua região a forma de atendimento integral à saúde de sua população. Esse pacto
também deve
passar pela negociação com o gestor estadual.
5
O governo estadual implementa políticas nacionais e estaduais, além de organizar o atendimento à
saúde em
seu território.
6
A porta de entrada do sistema de saúde deve ser preferencialmente a atenção básica (postos de
saúde,
centros de saúde, unidades de Saúde da Família, etc.). A partir desse primeiro atendimento, o
cidadão
será encaminhado para os outros serviços de maiorcomplexidade da saúde pública (hospitais e
clínicas
especializadas).
7
O sistema público de saúde funciona de forma referenciada. Isso ocorre quando o gestor local do
SUS,
não dispondo do serviço de que o usuário necessita, encaminha-o para outra localidade que
oferece o
serviço. Esse encaminhamento e a referência de atenção à saúde são pactuados entre os
municípios.
8
Não há hierarquia entre União, estados e municípios, mas há competências para cada um desses
três
gestores do SUS. No âmbito municipal, as políticas são aprovadas pelo CMS – Conselho Municipal
de Saúde; no âmbito estadual, são negociadas e pactuadas pela CIB – Comissão Intergestores
Bipartite (composta por representantes das secretarias municipais de saúde e secretaria estadual
de saúde)
e deliberadas pelo CES – Conselho Estadual de Saúde (composto por vários segmentos da
sociedade:
gestores, usuários, profissionais, entidades de classe, etc.); e, por fim, no âmbito federal, as
políticas do
SUS são negociadas e pactuadas na CIT – Comissão Intergestores Tripartite (composta por
representantes
do Ministério da Saúde, das secretarias municipais de saúde e das secretarias estaduais de saúde).
9
Os medicamentos básicos são adquiridos pelas secretarias estaduais e municipais de saúde,
dependendo do pacto feito na região. A insulina humana e os chamados medicamentos
estratégicos - incluídos em programas específicos, como Saúde da Mulher, Tabagismo e
Alimentação e Nutrição - são obtidos pelo Ministério da Saúde. Já os medicamentos excepcionais
(aqueles considerados de alto custo ou para tratamento continuado, como para pós-
transplantados, síndromes – como Doença de Gaucher – e insuficiência renal crônica) são
comprados pelas secretarias de saúde e o ressarcimento a elas é feito mediante comprovação de
entrega ao paciente. Em média, o governo federal repassa 80% preços conseguidos pelas
secretarias de saúde nos processos licitatórios. Os medicamentos para DST/Aids são comprados
pelo ministério e distribuídos para as secretarias de saúde.
10
Com o Pacto pela Saúde (2006), os estados e municípios poderão receber os recursos federais por
meio de
cinco blocos de financiamento: 1 – Atenção Básica; 2 – Atenção de Média e Alta Complexidade; 3 –
Vigilância
em Saúde; 4 – Assistência Farmacêutica; e 5 – Gestão do SUS. Antes do pacto, havia mais de 100
formas de
repasses de recursos financeiros, o que trazia algumas dificuldades para sua aplicação.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Há hierarquia no Sistema Único de Saúde entre as unidades da Federação?
A relação entre a União, estados e municípios não possui uma hierarquização. Os entes federados
negociam e entram em acordo sobre ações, serviços, organização do atendimento e outras
relações dentro do sistema público de saúde. É o que se chama de pactuação intergestores. Ela
pode ocorrer na Comissão Intergestora Bipartite (estados e municípios) ou na Comissão
Intergestora Tripartite (os três entes federados).
GLOSSÁRIO
Agente Comunitário de Saúde
O ACS mora na comunidade em que atua e é um personagem-chave do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (Pacs), vinculado à Unidade de Saúde da Família (USF). Ele liga a equipe à
comunidade, destacando-se pela comunicação com as pessoas e pela liderança natural. É um elo
cultural do SUS com a população e seu contato permanente com as famílias facilita o trabalho de
vigilância e promoção da saúde.
Alta Complexidade
Procedimentos que envolvem alta tecnologia e/ou alto custo. São exemplos de procedimentos de
alta complexidade: traumatoortopedia, cardiologia, terapia renal substitutiva e oncologia. As
principais áreas estão organizadas em redes, como as de cirurgias cardíacas e de atenção
oncológica.
Assistência Farmacêutica
Abrange todas as etapas do abastecimento de medicamentos, do atendimento
ambulatorial/hospitalar ao fornecimento dos remédios para tratamento prescrito por médico
responsável. A compra dos medicamentos básicos é descentralizada para as secretarias estaduais
e municipais de saúde.
Câmara Municipal
Deve receber trimestralmente relatório do gestor municipal para análise do Conselho de Saúde. O
texto, que deve ter ampla divulgação, precisa conter as informações sobre os recursos disponíveis
e os aplicados, auditorias concluídas ou iniciadas e dados sobre a oferta e produção de serviços na
rede assistencial própria, contratada ou conveniada. As câmaras municipais também recebem
notificação do Fundo Nacional de Saúde (FNS), quando há recurso liberado para os municípios.
Cobertura
Acesso e atendimento de saúde assegurado a uma determinada população. O conceito entende
que o cidadão não precisa usar o serviço, embora este esteja pronto para recebê-lo.
Consórcios Públicos
Instrumentos de cooperação federativa, dos quais podem participar União, estados, Distrito Federal
e municípios.
Contratualização
Contrato de um estabelecimento de saúde com o gestor (União, estados, DF, municípios), no qual
são estabelecidas metas e indicadores de resultado a ser cumpridos pela unidade de saúde, além
dos recursos financeiros.
Convênios
São feitos quando há interesse recíproco entre o Ministério da Saúde e o convenente (entidades
federais, estaduais, municipais, ONGs, filantrópicas, empresas, etc.). No convênio, sempre se exige
uma contrapartida, que será variável conforme a capacidade de cada parceiro. Podem ser
utilizados para a execução de programas,
projetos, ações, atividades ou eventos de saúde. São transferências voluntárias de recursos.
Descentralização
Processo de transferência de responsabilidades de gestão para o município, conforme
determinações constitucionais e legais do SUS.
Emenda Constitucional nº 29
Estabeleceu os gastos mínimos em saúde dos governos federal (corrigidos pela variação nominal
do PIB), estadual (12% de suas receitas) e municipal (15% de suas receitas). Sua regulamentação
está em tramitação no Congresso e irá determinar quais tipos de gastos são da área de saúde e
quais não são.
Fundos de Saúde
São responsáveis por receber e repassar os recursos financeiros (oriundos da União, estados e
municípios) destinados às ações eserviços de saúde.
Média Complexidade
Tem o objetivo de atender os principais agravos de saúde da população, com procedimentos e
atendimento especializados. São serviços como consultas hospitalares e ambulatoriais, exames
ealguns procedimentos cirúrgicos. É constituída por procedimentos ambulatoriais e hospitalares
situados entre a atenção básica e a alta
complexidade.
Municipalização
Estratégia adotada no Brasil que reconhece o município como principal responsável pela saúde de
sua população. Permitiu transferir aos municípios a responsabilidade e os recursos necessários
para exercerem a gestão sobre as ações e os serviços de saúde prestados em seu território.
Redes de Atenção
As ações e serviços de saúde estão organizados em redes de atenção regionalizadas e
hierarquizadas, de forma a garantir o atendimento integral à população e a evitar a fragmentação
das ações em saúde. O acesso à população ocorre preferencialmente pela rede básica de saúde
(atenção básica) e os casos de maior complexidade são encaminhados aos serviços especializados,
que podem ser organizados de forma municipal ou regional, dependendo do porte e da demanda
do município. As principais redes de atenção de alta
complexidade do SUS são:
• assistência ao paciente portador de doença renal crônica (diálise);
• assistência ao paciente portador de oncologia;
• cirurgia cardiovascular;
• cirurgia vascular;
• cirurgia cardiovascular pediátrica;
• procedimentos da cardiologia intervencionista;
• procedimentos endovasculares extracardíacos;
• laboratório de eletrofisiologia;
• assistência em traumatoortopedia;
• procedimentos de neurocirurgia;
• assistência em otologia;
• cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical;
• cirurgia da calota craniana, da face e do sistema estomatognático;
• procedimentos em fissuras labiopalatais;
• reabilitação protética e funcional das doenças da calota craniana, da face e do sistema
estomatognático;
• procedimentos para a avaliação e tratamento dos transtornos
respiratórios do sono;
• assistência aos pacientes portadores de queimaduras;
• assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica);
• e redes para cirurgia reprodutiva, genética clínica, terapia nutricional, distrofia muscular
progressiva, osteogênese imperfecta, fibrose cística e reprodução assistida. Cabe à direção
municipal do SUS a gestão da rede de serviços em seu território, estabelecendo parcerias com
municípios vizinhos para garantir o atendimento necessário à sua população.
Regionalização
É um dos princípios que orientam a organização do SUS. Representa a articulação entre os gestores
estaduais e municipais na implementação de políticas, ações e serviços de saúde qualificados e
descentralizados, garantindo acesso, integralidade e resolutividade na atenção à saúde da
população. Significa organizar os serviços de saúde em cada região para que a população tenha
acesso a todos os tipos de atendimento. Quando recebido pelo sistema de saúde, o cidadão será
encaminhado para um serviço de saúde de referênciadaquela região.
“Vinte anos bem vividos, pela vida e pela saúde dos brasileiros”
1988
• O SUS é criado e aprovado pela Constituição Federal, que reconhece o direito de acesso universal à saúde para toda a
população.
1989
1990
1991
1992
1993
• Regulamentação do processo de descentralização da gestão dos serviços e ações do SUS, por meio da Norma Operacional
Básica.
• Extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps).
1994
1995
• Recomendação para que as emissoras de TV evitem a transmissão de imagens em que personalidades aparecem
fumando.
1996
1997
1998
• Instituição do Piso de Atenção Básica para viabilizar a organização de atenção básica à saúde nos municípios brasileiros.
1999
2000
2001
• O Brasil alcança a marca de 150 mil Agentes Comunitários de Saúde, antecipando a meta prevista para o fim de 2002.
• Aprovação da Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), que define a regionalização e a descentralização da
assistência á saúde.
• A Organização Mundial da Saúde reconhece o Brasil como o país com a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite
Humano do mundo.
2002
2003
• Criação da nova estrutura do Ministério da Saúde com as secretarias: Atenção à Saúde; Vigilância em Saúde; Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos; Gestão Participativa; e Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
• Realização da 12ª Conferência Nacional de Saúde com o tema “Saúde: um Direito de todos e um Dever do Estado – a
saúde que temos, o SUS que queremos”.
• Criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
• Criação do programa “De Volta para Casa”, que contribuiu com o processo de reinserção social de pessoas com longa
história de internação psiquiátrica.
• Criação do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário.
• Implantação do tratamento para fumantes na rede de atenção básica.
2004
2005
2006
• Aprovação do Pacto pela Saúde em três dimensões: Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.
• Instituição da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde.
• Incorporação da vacinação contra o rotavírus no Calendário Básico de Vacinação da Criança, tornando-se o primeiro país
do mundo a oferecer essa vacina na rede pública de saúde.
• Lançamento da Política da Pessoa Idosa.
2007
• Realização da 13ª Conferência Nacional de Saúde, com o tema “Saúde e Qualidade de Vida: Política de Estado e
Desenvolvimento”.
• Lançamento do Programa Mais Saúde – PAC – Saúde – direito de todos, em quatro vertentes: 1. Promoção e atenção; 2.
Gestão, trabalho e controle social; 3. Ampliação do acesso com qualidade; 4. Desenvolvimento e Inovação em Saúde e o
PAC do saneamento, ara ampliar o acesso e a qualidade dos serviços prestados pelo SUS à população brasileira.
• Lançamento do Programa Nacional de Telesaúde
• Licenciamento compulsório do anti-retroviral Efavirenz, remédio usado no tratamento da Aids.
2008
• Implantação das ações do “Programa Mais Saúde – PAC: Saúde, direito de todos”.
• Governo estimula mudanças estruturais nas unidades de saúde para incentivar o parto normal humanizado, controlar riscos
e reduzir a mortalidade materna neonatal.
• Lançamento da Campanha Nacional contra a Rubéola, a maior campanha de vacinação do mundo.
SAÚDE
Em seu sentido mais abrangente, é a resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e
posse de terra e acesso a serviços de saúde.
É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais
podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.
Não é um conceito abstrato.
Define-se no contexto histórico e determinada sociedade e num dado momento de seu
desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população em suas lutas cotidianas
A Promoção da Saúde é uma das estratégias do setor saúde para buscar a melhoria da qualidade
de vida da população. Seu objetivo é produzir a gestão compartilhada entre usuários,
movimentos sociais, trabalhadores do setor sanitário e de outros setores, produzindo autonomia
e co-responsabilidade.
DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA
Consiste no estudo da distribuição e dos determinantes dos estados de saúde ou eventos em populações
especificas, e a aplicação deste estudo ao controle dos problemas de saúde.
OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA