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Para nao cair Anemémetros e indicadores de diregio de vento firmam-se como pecas-chave para seguranca de operagdes com guindastes avios atracam, cargas deixam Abies regam e descarregam mere dorias. O retrato de um dia normal de operacdo portudria pode, por vezes, encontrar um componente nao muito amigavel: as mudangas no clima. Cada ‘vez mais acentuadas devido ao aqueci- mento global, as variagées climaticas trazem chuvas e rajadas de ventos que podem comprometer as atividades ao provocar acidentes com portéineres, transtéineres, recuperadoras de mi- nérios e guindastes em geral. Para lidar com estes percalcos, 0 mercado mundial incorporou a utili- zac&o de anemémetros, que medem a velocidade do vento, e indicadores de direeao de vento, que apontam para onde segue a corrente de ar. Estes equipamentos sofistieados ajudam a lidar com as intempéries do clima © permitem que operadores ajam rapidamente, protegendo tantos as méquinas como as vidas que traba- Tham no local. Os dados coletados por estas tee- nologias servem como orientacdo para organizar patios a partir da definigao do pesicionamento de guindastes, um dife- reneial na prevengao de acidentes custo- sos as empresas. As informagées indicam © momento de interromper operasies e determinam se sera necessério travaron destravar freios, descer ou suspenderlan- ¢as, dependendo do tipo de equipamento se le esta carregado ou nao, Além disso, esses equipamentos po- dem gerar uma espécie de caixa preta, que armazena as informagies e cria um histérieo, permitindo trabalhar com eurvas de tendéncias e estatisti- cas sobre determinado local. Hoje, io Brasil, nio existe norma de obrigatoriedade ao uso de anemo- metros e indicadores de direeao, com exeecao da aplicagdo em gruas para a construgao civil, que so reguladas pela NR 18, do Ministério do Tra- balho e Emprego (MTE). Apesar da abertura legal, a demanda por essas unidades vem numa creseente entre 20 PORTOS ENAVIOS MAIO 2008 No Brasil, nao ha norma de obrigatoriedade para o equipamento as empresas em funcao do histérico de acidentes ao redor do mundo. A preocupacio se faz presente especial- mente em reas partuarias, que lidam com campos de livre circulacao de ar e equipamentos com grandes alturas, podendo ultrapassar 30 metros. Exempla bastante ilustrativo dos estragos que pode causar a aco do vento foi o acidente envolvendo dois portdineres no porto de Jacksonville, na Florida (BUA), em agosto de 2008, Na ocasiao, um dos guindastes de 950 toneladas nao estava com os freios travados ¢ ao ser atingido por ventos de 96 quilémetros por hora se chocou com outro. Ambos ficaram destruidos. Um terceiro guindaste também foi atingido, mas em meno- res proporcies. “A questao climatica é questao de seguranea. E preferivel investir um pouco mais na proteeao das maqui- nas e dos trabalhadores e as empre- sas esta enxergando isso”, afirma Miguel Angelo Araiijo, gerente da Milink II Internacional, em- presa brasileira fabricante anemdmetros, indicadores de direcao de vento € siste- mas de automagao que atua ha 25 anos no mercado. ‘Amudanca da visio sobre estes componentes se expres- sano aumento das vendas. A Milink cresceu em torno de 300% entre 2007 e 2008 56 neste segmento. De acordo com Aratijo, a projerao se deve, além do aumento da demanda, ao fato de seu pro- duto nao possuir equivalente no mereado. Totalmente fabri- cados em ago inox e aluminio, seus equipamentos sdo apro- priados para uso de frente ao mar, suportam temperaturas de até 70 graus e resistem a ventos de 180 quilometros por hora, Segundo Araiijo, ha mui- tos fabricantes nacionais de anemometros voltados para aplicagao em barcos de lazer. No en- tanto, apesar de inadequados & segu- ranga industrial, estes produtos vem sendo aplicados no monitoramento de ‘méquinas de grande porte, resultando em acidentes. O exeeutivo afirma que muitos anemometros no mercado so submetidos a testes muito falhos. Ja ‘a Milink submete seus equipamentos ‘a testes em ttineis de vento, uma cer- tificagao que encarece o equipamento, porém, garante sua eficiéncia, De todas as formas, Aratijo explica que anemémetros ¢ indicadores de diregao de vento previnem, mas nao sao capazes de evitar a catastrofe em todas as ocorréncias de tempestades ou tornados. “O vento é um fendmeno que s6 tem previsio para a meteo- rologia, que se baseia em modelos matematicos. Estes equipamentos ‘medem 0 que passa por eles. As vezes0 vento chega com tanta velocidade que nao ha tempo para parar a maquina’, considera .

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