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_ causadas pelos gases-estufa e a deplecao de ozbnio, o homem alterou a maioria dos _processos da vida em toda a parte, e 0 mundo ao ar livre, a natureza em si mesma, tem se tornado 0 equivalente a uma enorme sala aquecida.” O sistema do clima 588 A variabilidade climatica natural 593 © aqueci impressio digital humana na mudanca O cido do carbone 598 ymana ea mudanca glohal lade BILL MCKIBaEN, THE Eno oF Narre nitat mano é uma deleada interface entre a Tera e 0 cu, onde grandes foxy interagem pa- a moldar face do nosso planeta. As foreastec- ‘Snicas dentro da litosfera,controladas plo calor interno das profundezas, geram tcrremotos, eripgoes vuleanicas « soerguimento de montanhas. As forgas metcorologicas entro da tmosfera eda hidrosfera, controladas pelo ea- Jor do Sol, produzem tempestades,inundagées,geleras € cntros agentes de erosi. As interacdes entre 08 geossis- temas globais da teetnica de placas e do elima mantém tum equilbrado ambiente na superficie terreste. no qual asociedade humana pode prosperar e erscer, [Na verdade, nossos nlimeros e alividades estio se ‘multiplicando em taxas fenomensis. De 1930 a 2000, a populagio mundial cresceu 300%, de 2 para 6 bilhdes. Estima-se que esse total exce- da a § bilhBes dentro dos préximos 30 anos. Entretanto, a enersia total utlizada au- ‘mentou em 1.000% durante 0s tltimos 70 anos ees, agora, subindo duss vezes mais xipido que a populagio. ‘Os humanos tem modificado o meio ambiente pelo desmatamento, pela agriculiae por outros tipos de uso do solo ao longo de toda a hist6ria registrada, mas os efe- tos nos tempos antigos cram, comumentc,restitos ao habitat local ou regional. A so- ciedade atual afetao meio ambiente numa escala inteiramente nova: nossa atvidades podem ter conseqléncias globais. A magnitude das atuais atividades humanas em re Jagao aos sistemas das plagastectonicase do cima, cue governam a supertice terres tee, pode sr ilstrada por alguns simples dados estaisticos: rento do século XX: a global? 595 601 586 | Pore Cntender a Terra * Os reservatérios construidos pelo homem retém cerca de 30% dos sediimentos transportados pelos rios mundiais, ‘Na maioria dos paises desenvolvidos, os engenheiros civis re 'movem maior volume de solo e rochas a cada ano do que todos 0s processos natura de erosto combinados. + Nos 50 anos de invengio da rofrigorasto com sis fron, loro ir-carbonos fabricados pelo homem vazaram de refrigerado- ree condicionadores de ar para aestratosfera em quantidade su ficiene para danificar a camada de czénio que protege a superfi- ' Desde 0 comeco da RevolueZo Industral, no inicio do séeulo XIX, 0 desmatamento ¢ a queima de combustiveis fsscis au- ‘mentaram a quantidade de diéxido de earbono na atmosfera em ‘mais de 30%. O diéxido de carbono atmosférico esté aumentan- ddo numa taxa sem precedentes de 4% por década e provavelmen- te causari um significativo aquecimento global durante o tempo de vida da maioria das eriancas que agora esto na escola, [Neste capitulo final, investigaremos como as atividades ‘humanas podem mudar o meio ambiente global. Considera~ remas aiversas questoes ambientais, mas enfatizaremos 0 problema que muitos cientistas julgam ser o mais premente ‘de todos: a iminéncia de uma mudanea climética global re- ‘sultante do aumento da concentracio de diéxide de carbono ‘outros gases-estufa emitidos pelas atividades bumanas na atmosfera. Para avaliar 0 potencial desse tipo de mudanga global indu- ‘ida pela ago humana, precisamos aprender mais sobre como ‘sistema do clima funciona e como ele varia enquanto resulta~ ‘do de um provesso natural fern a hidrosfera- [0 sistema do lima envohe gran- des trocas de mass (pox gua) € ‘nergin (Ph calor) entre a mos a ‘“Olsistema Terra reexaminado Ao longo de todo este livro, descreveros a Terra como umn com= plexo sistoma de componentes intrativos (Figura 23.1), Mostrs- ‘mos, tambsm, como os goélogos aprendem sobre o sistema Ter 14 por meio de observacdes dos processos terrestres que esto. atualmente ativos ou que deixaram suas mareas no registro geo- gio. Comegaremos este capftulo final por um resumo dos te ‘mos gerais que introduzimos a partir da expresso “abordagem _geossistémica” para interpretar as observacdes geol6gicas, Os geossistemas e o método cientifico ‘A primeira ctupa na andlise de um processo geol6gico ¢ ident ficar © geossistema particular: © subconjunto espectfico d= Componentes e interacdes dentro do sistema Terra necessério para explicar um interessante tipo de comportamento observa do. Considere, por exemplo, as erupedes produzidas por um ‘vuledo ativo ou os teremotos gerados por uma fall ativa. Os uodlopes desereven ut sistent valenieu a parted xocli gu parcialmente se funde para produzir magma, do transporte do ‘magma para cima através da litosfera,e da posterior erupeo = solidificay2o na superficie e da construglo e deformaco do aparato vulednico resultante (ver Capftulo 6), Da mesma forma. cles descrevem um sistema de falhas ativas utilizando as falas ‘numa zona de rochas ruplets, acima de Zonas de rochas mais dicteis que esto sendo deformadas pelo movimento da placs (ver Capitulo 11). Por fim, eles deserevem um terremoto come: lum desiizamento Subito que ovorre numa falha, uma vez que os vo bem como interasbes om a litosfera (pk, pro- Algae de gases pelos ul coszeerorio). 10s organismos vivos, a biosfers, scum pase da amostera 3 hidrosfern eda osfera, EBA tosfera move-se sobre 0 man ‘to mais guido, afunda e€ pose da para a astenosfra. EB... onde ¢ cifundida para o manto inferior «ascended nove num 1.0: nicleosextermo interne n= (erager tora da peoteal ‘mo, © qual responsive! pelo ‘campo magnetic da Teta. Figura 23.1. Interagbes entre os componentes do sistema Terra que formam os geossistemas globais do clima, da tect6nica de placas e do geodinamo. CAPITULO 25 « Meio Ambiente, Mudanga Global e impactos Humanos na Tera | 587 esforgos causados pelo movimento da placa excedem a resis- ‘nciafriccional da falhs (ver Capitulo 19). ‘Cum base ent is Cunceitos, us estou Custis ai estabelecerteorias (por exemplo, de com as tochas se fundem 64 fraturam) como hip6teses mais especulativas (por exemplo, sobre a geometrin de um determinado corpo magmitico ou da superficie de uma falha) para elaborar uma representaclo quantitativa — um modelo — do geossistema. A geometria e as Interacdes necessrias para descrever um geossistema real 330 lo complexas que podem ser exigidos milhbes de niimeros e a ‘manipulagio por grandes computadores (Figura 23.2). Os _geSlogor, entio, ajurtam ox pardmetror do modelo -tair como a temperatura de fusdo da rocha ou a forga de eisalliamento ~ para simular um comportamento observado — como o volume de uma erupgiio magmitica on a intensidade de um terremoto = com mais precisao. Eles adquirem confianca num modelo exatamente se este utilizar poucos parimetros com valores aceitdveis nara explicar mutes fatos ¢ mais canfianga ainla 32 ‘o modelo puder predizer com exatidiio novos fatos que nio fo- ‘am utilizados na construcdo original. Se 0 modelo nd se ajus- ta.a0s fatos em qualquer forma de configuracio dos parime- ‘tos, eles retornam a prancheta de projeto, revisam suas hips ses, talver, até mesmo suas teorias, para desenvelver um mo- delo melhor. Assim, os gedlogos entendem os geossistemas por meio de sucessivas tentativas de fazer com que os modelos correspon — — Ca 4 Figura 23.2 _O maior computador do mundo ¢ 0 Simulador da Terra (Earth Simulator) do Instituto das Cigncias da Terra de Yokohama (apio). Esse computador foi especificamente projetado para simular os geossistemas da Tera, como 0s do ‘lima, da conveccao mantélicae do geodinamo. O computador tem mais de 5 mil processadores vetorais, cupando uma drea que cobre quatro quadras de tenis, e alcanca uma velocidade de 35.6 tridhoes de operacées logaritmicas por segundo ~ 0 que 0 torna cinco vezes mais rapido que o seu concorrente mai proximo. [Cortesia do Centro de Simulacaa da terra} dam a uma sétie de fatos cada vez mais ampliados, Os modelos que predizem acertada e repetidamente novos tipos de observa- {ybes si cousiderados commu evidence que @ Funcom to bisico de um geossistema foi apropriadamente deserito pe- las teorias ¢ hipsteses que o suportam. Como vimos ao longo deste livro, a tectinica de placas um bom exemplo de uma tecoria bem-sucedida, Entretanto, todas os modelos permane- ccem sujeitos a constantes mudangas a partir de novos dados. Nenhum modelo, no importa o quanto seja bem-sucedido, prova que as teorias e hip6teses nas quai est buseado so ver- dadeiras. Considerando essa itima premissa, voce podria querer revisar adiscussio sobre o metodo cientfico discarrida, na Figura LL Geossistemas globais As erupgtesvulefinieas no Hava eum trremotooriginado por ‘uma falha no sul da Caliémia podem ser descrtos por aeossis- temas regionais com dimensbes externas de apenas poueas cet- tenas de qul6metros ou até menos, As nteragBes entre um 2e0s- sistema regional e tras partes do sistema Terra podem peral- mente ser trata levando em consideragioosfluxos de ener ‘emass através dos limites externos do geossisterna—em outes palavas,considerando-o como um sistema aber, Entrtanto, nao hé nada nesse tipo de anise que se restr {a alguma escala do sistema. Os mesmos métodos podem scr 8 | Para Entender a Terra ulizados para estudar qualquer sistema, em qualquer escala, incluindo os geossistemas globais intoduzidos no Capitulo 1 ‘Os movletos mimériens da eonveccio co manto. 0 mecanismo que controlao sistema da tecténica de placa, tm sido utiliza- ‘dos para investigar uma grande variedade de obsorvagies rela- sionadas A expansfo da assoalho acednica,& subducgt da I tosfera ocednica, i ascensio de plumas mantélicas © as Forgas atuantes nas placas. Muito do que foi abordado sobre esses fe- ‘nbmenos n0 final do Capitulo foi feito com bars em tals mo 4elos. Os modelos numéricos do geodinamo, © mecanismo ‘convectivo do niicleo externo que produz 0 campo magnético terrestre, também tém fornecido muitos entendimentos dos fe- nnémenos escritos no Capitulo 21: a reversio magnética, 0s componentes nio.dipolares ea variacio temporal. O geodina- tug © canrecyae do sl se lavainte sistemas alee, Por exemplo, o calor fui do geodinamo para a conveccio man- ‘slica através do limite nicleo-manto ‘A abordagem geossisiemica fornece-nos uma apropetada estrutura para discutir aquele geossistema cujo comportamento jbservado € 0 mais complexo de todos —o geossistema do cli- ma terestre. ae “$Oisistema do clima No Capitulo 1, distinguimos o clima do tempo meteorol6gico ‘com hase no intervalo de tempo de observagao. © clima éamé~ dia de Tongo prazo do tempo (bem como certas medidas de sua ‘As atvidades humanas podem potancialmente causar mudancas fo sistema do cima, inclindo. _-mudangas na compasigho ‘ariabilidade) num determinado lugar e num certo intervie: temporal do dia ¢ do ano, O sistema do clima inclui todas = partes lo sistema Terma e teas a inerngies ene asses crm nentes necessérias para descrever como clima se comporta:me ‘tempo e no espaco (Figura 233), Componentes do sistema do clima Oscompanente pincipais da sistema clinton sina strona 1, ahidrosfera, a ltosfera ca biosfera. Cada um dels tem um papel dierencado no sistema, dependendo da sua eupacidase de armazenarctransportarenerga, A atmosfera A atmosfera terrestre é a parte mais mével ex Diddamente mutével da sistema da clima. As eshalas de etre ‘io da atmosfera ilustradas na Figura 15.1, tansportam uns parcelatipiea de ar ao redor do globo no sentido leste num pe odo aproximado de um més (por essa razdo uma tempestade pode atravessar uma regio em poucos dias). ‘Além disso, a circulacSo de ar na diego norte-sul aft sigpificaivenete o sstesna lnitico pours ote movin através das latitudes transporta energa das regides equatoriis| mais quentes para as regis polares mais fas A atmosfera é uma mistura de gases, predominantemente de nitrogénio molecular (78% por volume de ar seco) ¢ oxis= nio 21% por volume de ar seco). 1% restanteconsiste em a ginio (0.93%), diGxido de catbono (0,035%) e outros gases rmenores (0,035%). Entre os gases menores encontra-se 0 Vapor «gua, cuja concentracio préxima a superficie terestre €alta- —_— solar 2. circulagio da atmosfera, CRIOSFERA na quantidade [cates oan, aa de gelo marinho © na extensio das geleras mmarioho sx mudaneas na cirulaga0 dos oce- fn, no nivel do mar © na geoqulnics ss mudane3s | ‘clo da dgua. x mudangas na superficie Continental, na vepetacao tenos ecossistemas. Figura 23.3 Componentes do sistema do clima terrestre e algumas mudancas que podem ser causadas pelasatividades humanas. CAPITULO 23 « Meio Ambiente, Mudanga Global Impactos Humanos na Terra | S89 sente Varad (até de 34%, mas tipicamente ceava de 1%). va por d’gua (HO) e 0 didido de carbono sto os principais ga- ss- chhosa como a Lua, Parte da luz do Sol que incidisse sobre = sua superficie seria refletida de volta para o espagoe parte = ria absorvida pelas rochas, dependendo da cor da supertci| {Um corpo perfeitamente branco refletria toda a energia solae enguanto um corpo perfeitamentepreto absorveria toda ela A fragio de enerpa refletida &chamada de albedo do planeta (> latim aibus, que significa “branco”). Embora a Lua cheia pare ga ser brilhante para nés, as rochas de sua suporficie so pre dominantemente basaltos escuros, de modo que seu albedo = de somente cerca de 1%. Em outraspalavras, a Lun é mesme dquase peta A cnergia inadiada por um corpo negro sobe rapidament= como aumento da temperatura, cuja quantidade pode ser prec ‘samente calculada a partir de uma equagio bésica da Fisica Una barra do ferro fia & prota © omite pouoo caer. Se vooSe aqueoer até 100°C, ela emits calor na forma de onda infraver 1melhas (como um aquecedor a vapor). Se voc® aquecer a bar até 1.0007, cla se tomar laranjabrilhante, iradiando calor ‘num comprimento de onda visivel (como umm queimador de w= fogio elétrico"). Com 0 aumento da temperatura, diminui = ‘comiprimento de onda da radiago do corpo negro, sumentando. assim, a energiaimaiada. ‘Um compo negro exposto ao Sol aquece-se até que sua tem peratua atinja um certo valor caracterstico para que ele irra die, retomando a0 espaco, a energia solar recebida. O mesm principio apliea-e a um “orpo cinza” como a Lua, porém, p= races balango, voeé deverd exclu a enctpia refletida. A tem Peratura durante 0 dia lunar sobe até 130°C e, noite, desce pax ra-170°C, Nao & um ambiente nada agradével! ‘A Terra gira muito mais rpido que a Lua (uma vee por dis, «nao uma vez por més), de modo que os extremos de tempers: tura entre o dia ea noite ficam mais equiparados. O albedo da ‘Terra, cerca de 31%, é muito mais alto que oda Lua, porque o» oceanos azuis eas nuvens brancas do planeta refletem mais que 0s basaltos lunares escuros. Se a atmosfera da Terta no coat vesse gasesstufa, a temperatura superficial média necessiria para equiibra a radia solar nao-refletida seria de aproxims- damente -19°C, frio suficiente para congelar toda 2 gua do planeta. Em ver disso, temperatura superficial média man- {mse em amenos 18°C. A diferenga de 33°C é um resultado do eteito estuta CAPITULO 23 + Meio Ambiente, Mudanga Global e Impactos Humanos na Tera | 591 BA energia solar recebi- de pela superficie da “evra € de 342 Wet. 0 calor emitido pelo inte- ‘lor profundo da Tera € multe yezes menor — somente 0,08 W/m A atmosfera-estufa da Terra Numa dada temperatura, um planeta com atmosfera contendo gases-estufa irradia energia solar de volta para o espaco de forma menos eficiente que um planeta sem atmosfera. Entretanto, sua temperatura superficial emitida pela stmosfora terartre. Da radingSo colar total recebida, 22% s30relltidos diretamente plas nuvense ‘outros elementos da atmosfera e 9% 530 refetides diretamente pela superficie a soma caren die fragiee ruta noah Terra (51%). O restante ¢absorido pela atmosfera (67 W/m? ou 20%) © pla superficie (168 W/m? ou 49%). A Terra iroia de Sola para oespaco a soma das duasslimas quantidades (235 W/m ou 69%) como ondasinfavermelhas Devdo 20 calor «da vegetagio dado pelo didxido de carbono, Um aumento do CO, aimosirico resulta na subida da temperatura, pois realga 0 efeitoestufa, Entretant, isso também aumenta oestimulo para vegetagdo crescer, a qual remove 0 CO, da atmosfera, converten ddo-o em matéria onsinica rica em carbono, ¢, assim, reduz asu- bida da temperatura estufa AAs retroatimentagdes podem envolver interagOes muito ‘mais complexas entre 08 componentes do sistema do clima, Por exemplo, um aumento do Vapor d°dgua atmosférico pro- dduz mais nuvens, Pelo fato de elas refletitem energia solar, aumentam 0 albedo planetirio, que desencadcia uma retroali- ‘mentaciio negativa entre o vapor d’agua e a temperatura, For outro lado, as nuvens absorvem eficientemente a radiagio in- fravermelha, de modo que o aumento da cobertura de nuvens cr CAT Para aleangaro balanco da radiagao, Terra irradia de volta para 0 espa- ‘0 a soma da radiacdo absorvida pela atmosfera e pela superficie. en pres tena rors fee © ar quets, uid radi. «20 transportam mais energa (492 Wem) que aquelarecebida o> Imoradacto salar (168 Wiis) porque os gasesesuaefletem de volta ior parte da ating ine Fravermelhs (524 W/m). aprsionado pelos gases-estufa, a energa cirulada na superficie tarrertre como radiagio (390 Win?) « palo fluro de ar quenta © umidade superficial (102 W/m?) ésignifcativamente maior que = (uantidade recebida como radiacao solar dreta (168 W/m). Sohea (324 Wm?) &eratamante ennagia reed de volta como radiagzoinffavermelha dos gases-estua.€ essa “radiaci0 de retorno” que faz com que a superficie terrestreseja 33°C mais quente do que seria sea atmosfera nao tivesse gases-estufa (IPCC. Climate Change 2001: The Scientific Bass] realga o efeito estufa, resultando, assim, numa retroatimenta- glo positiva entre o vapor dégua e a temperatura. O saldo do feito das nuvens produz uma retroalimentacao positiva ow nnegativa? (Os cientistas tem encontrado dificuldades surpreendentes para responder tais questOes pela observagio direta. A. Terra {em somente um sistema climético. Os eomponentes desse sis- ‘tema estio unidos por meio de uma rede incrivelmente comple- xa de interagées numa escala para além do controle experimen- tal. Por conseguinte, muitas vezes € impossivel coletar dados {que identifiquem de forma isolada um tipo de retroalimentaco de todos 0s demals. Os cientistas, entretanto, devem recorrer ‘20s modelos computadorizadas para entender 0 funcionamento interno do sistema do clima, CAPITULO 25 - Meio Ambiente, Mudanga Global eImpactos Humanos na Tera | 593 Os modelos climaticos e suas limitacoes rm termos gemnis, um modelo da elima é qualener representa <0 do sistema climatico que pode reproduzir um ou mais as- pectos do seu comportamento, Certos modelos so projetados ‘para 0 estudo de processos climticos locais ou repionais,tais ‘como as relagdes entre vapor d’gua ¢ nuvens, mas a maioria sas representagdes diz respeito a modelos globaisutilizados pa- apredizer como o clima poder mudar no futuro como resulta- . soerguimento de regides continentais, pela convergéncia “& placas ¢ outros processos formadores de montanhas, expoe ‘= rochas crustais ao intemperismo e 8 eroslo, mantendo © “=xulibrio dos fluxos entre todos os reservatdrios. ‘Figura 23.9 Processos de transporte entre os componentes do sistema do clima, CAPITULO 25 « Meio Ambiente, Mudanga Global eImpactos Humanos na Terra | 599 =) a ‘roca ‘Tranzporte continente-oceano de poeta, umidadee outros gases Reaper) ‘A biosfera & um reservat6rioimpar, pois cada organismo mantém individualmente uma interface ativa com seu ambien- {que costmna ser consitfdo pelos outros ts rescrvatéios supcrficinis mais importantes, ov sea, a atmonfera, hidrosfe- rca litsfera, Os mais importantes processos de transporte S20 aenradae sada de gases stmosfricos pea espragio, a entra dade nutientes da itosferae da hidosfera ea safda dees mi- trentes por meio da morte e da deterioracio dos organismos Quando a biosera exerce umn papel importante no fx de um elemento quimico, os gedlogos deinen geossstema que des- ereve esse fluxo como um ciclo biogeoguimico.O ciclo do car- bono, que depende erlicunene do Gorbeamento orgtnico deste para dentro e para fora da atmosfera, ¢claramente um ci- clo biogeaquimico. Exemplo: 0 cielo do céleio 0 ciclo do eélcio forece uma iustragdo bastante simples dos conceitos envolvidos nos ci- clos geogufmicos (Figura 23.10), O oosano contém cerca ds '560 mil Gt de edleio dissolvidas numa massa ocednica total de 1.4% 10? Gt. O eélcio entra constantemente nesse reserva- t6rio em grandes quantidades, por meio dos rios em todo 0 ‘mundo, que transportam cdlcio dissolvido ¢ em suspensao de- rivado do intemperismo de minerais como a caleita, a gipsita, 605 feldspatos cilcicos e outros silicatos de eélcio. Uma quan- tidade bem menor entra no oceano pelo transporte da pocira eblica Seu uceany 1evebesse Luntinuadannente 9 Latiy fibetaly pelo intemperismo, sem haver uma maneira de remover 0 ex- ‘cesso, rapidamente se tornaria supersaturado desse elemento. O Buxo que remove majoritariamente o exeesso de eileiv Uo ‘oceano & a sedimentagdo de carbonato de célco, que foi des- crita no Capitulo 8. Uma quantidade de célcio bem menor é precipitada como gipsita em depdsitos evaportcos. 600 | Para Entender a Terra Spent aportioe (001 GUat0) =S Figura 23.10 O ciclo do calc Pocira de eslie (0,01 Gene) >. mostrando os fxos de entrada e sada do oceano. As unidades dos fluxos estdo em gigatoneladas (10 kg) por ano. A entrada de cieio no oceano ¢ aproximadamente igual sada, resullando aum estado de equi. (0 diagrama do sistema da Figura 23.10 mostra essa situa- 20 de sstado de aquilibrio. A capacidade de calcio dot ovea- nos (a quantidade de eélcio num oceano) € muito maior que a entrada e saida desso elemento, dle modo que cle tem um Ton- 20 tempo de residéncia nesse reservat6rio, Dividindo-se a en- ‘ada anual total (0,9 Gv/ano) pela capacidade de célcio do, ‘oceano (560 mil Gt), obtém-se 0 tempo de residéncia de cerca {de 600 mil anos. O balango do carbono (O ciclo do carbono, ilustrado na Figura 23.11, envolve quatro reservatorios principais: a atmosfera; 0 oceano global, incluin- {du organises snuinkos; superice continental, incluind plantas terrestres e solos; € a ltosfera. Podemios descrevero flu- xo de carbono entre esses reservatorios em termos de quatro subciclos basicos. Durante as épocas em que o clima da Tetra ‘estével, cada subciclo ests num estado de equilibrio e pode, Portanto, ser caracterizado por um fluxo constante, ‘roca de gases ar-oceano A troca de CO, através da interface far-oceano contribui com uma quantidade aproximada de 90 Gv/ano para ofluxo do carbono. O processo depende de muitos fatores incluindo as temperaturas do ar e do oceano e a compo- siglo da gua do mar, mas é particularmente sensivel & veloci- dade do vento, que aumenta a transferéncia de gis por agitar a superficie da 4gua, gerando névoa, A fotossintese e a respiracio na biosfera terrestre O maior dos uxos de carbono, 120 Gu/ano, resulta da circulagao atmos: fériea de CO, pelas plantas terrestres e animais por meio da fo- tossintese, da respiragio e da decomposicZo. As plantas rece- ‘bom toda essa quantidadle durante a fotossintese © expelem cor cea de metade dela de volta para a atmosfera. A outra metade € incorporada aos tecidos das plantas — folhas, madeira e rafzes. (Os animais comem as plantas ¢ 0s microrganismos promovern sua decomposicdo; ambos os processos oxidam os tecidos das planias e respiram CO,, Uma pequena fragho (cerca de 3%) € Airetamente oxidada por meio dos incéndios Morestais e outras combusives, Carbono organico dissolvido Uma pequena tragso de CO. incorporada nos tecidos das plantas (0.4 Guano) € dissolvida nas dguas superficiaise transportada pelos rios até os oceanos, conde ¢ expelida de volta para a aumosfera, Infemperismo e precipitagio do carbonato O intemaperismo ddas rochas carbonsticas remove cerca de 0,2 Gt de carono por. ano da litosfera e outra quantidade igual, da atmosfera. Esse ccarbano inorginica édissolvido nas 4guas superficiais,primei- ‘ramente como fons bicarbonate, ¢ transportado pelos ros até ‘6s oceanos. Aqui, os organismos marinhos formadores de con- ‘chas invertem a reagio do intemperismo, precipitando carbona- to de céleioe lancando uma quantidade equivalente de earbono de volta para a atmosfera como CO, (ver Figura 7.6). (Outros processos geotogicos contribuer para o balango do ‘carbon, O vulcanismo langa quantidades menores de CO, na. atmosfera eo intemperismo das rochassilicticas, bem como solerramento de carbono organico pela sedimentalo, consome CO,.0 fluxo de carbono por esses processos ¢ relalivamente pe- ‘queno (< 0.1 Gvano), de modo que eles comumente sio despre- aE CAPITULO 23 + Meio Ambiente, Mudanca Global e Impactos Humanos na Terra | 601 E 60, pars ctor es Intemperismo (0.2 Gv/ano) 0 do carbono owginico dissolvido (0.4 Ge/ano) CO} da formacio do 2€03 (0,2 Ge/ano) Figura 23.11 O ciclo do carbono, mostrando 0: esenatérios fos para os quatro subciclos em equilbro descritos no testo: a teoce de gas ar-oceano (seta azul dria), a fotossintese e respiragao (seta azul esquerda), 0 carbono oxganico dissolvido (setas aeeag ~ Allred Wegener, da Alemanha, Arthur Holmes (Universidade de (Os cientistas comegaram a utilizar desenvolveu a primeira teoria da Durham) propos um modelo de sondagens sonoras, hidrofones, deriva continental, baseada em deriva continental controlads por magnet6metros, navegadores adios geol6gicos de diferentes correntes de convecedo subcrustal, auxiliares ¢ outros instrumentos, continentes. Sua teoriainclui clomentos que hoje |_| desenvolvidos na Segunda Guerra | sao conhecides como divergéncia e “Mundial, para explorar as bacias cconvergéncia de placas e conveccio ‘oceanicas. Eles mostraram que a mantsliea, crosta ocednica & basiltica e tem 5 km de espessura, diferentemente dos 40 km de espessura da erosta continental granitica. 1956 Hugo Benioff (Caltech*) descreve Pattick M. S. Blackett, Edward (0s cientistas da Universidade de padrdes de terremotos com focos ing ¢ S. Keith Runcorn, fisicos da] | Coliimbia, Bruce Heezen ¢ Marie profundas situados ao longo de um Universidade de Cambridge, ‘Tharp desenvolvem o primeiro plano inelinado sob as trincheiras ‘argumentam que suas medidas do ‘mapa detalhado do relevo do ‘oceainicas e arcos de ilha ativos. paleomagnetismo das rochas de assoalho ocefinica, mostrando 0 Posteriormente, esse fato seria iferentes continentes do suporte sistema global de dorsais ¢ rifles relacionado a subducgio de placas, aos movimentos eontinentais de mesocedini acordo com a teoria de Wegener. = a Hamy Hess, gedlogo de Princeton, Allan Cox, de Stanford, © os Num imporame avango, Frederick uilzando os mais novos resultados |__| cieatstas do Servigo Geoligico dos | | Vine ¢ Drummond Matthew, da 4x exploragio do asoatho oce Exadosunidos, Richard Doll € Universidade de Cambridge, reforgou ates da deriva dos | | Brent Dalrymple, uilizam a inversso} | relacionam as bandas de iversio ontnentes por cavalamento no «a polaridade magnetica dos 4a polaridade magnética da costa ipo dos assoalos Jos oceanos que derrames acamadon de basalto do assoalho ocelnice com 0 se expundem lteraimente a parr | | continental eas idadesradiometicas| | espathamiemo do assolbo a pari das dorsais mesoceinicas. 0 Cabsoluas) pra estbelecer um dos dorsis mesocednicas. 0 assoalho ocetnico &consumido ao | | nova escala do tempo geomagnético cients eanadense Lawrence afundar de volta para o manto, nas ara daar as rochas Morley, de forma independent sincera profunds do ocean fvanga esse conceit Propés a conveceo do manto como forga controladora N-de Ts Sigh db Caloris antate of Technlogy de Pasadena, Califia (UA) 616) APENDICE 3 © ge6logo canadense J. Tuz0 Wilson propos as falhas transformantes como a explicagio dda abertura da dorsal oceania & foi © primeico a utilizar 0 termo “teeténica de placas”. Neil Opiiyke, Walter Pitman ¢ J. R. Heietler, cietistas da Universidade de Cohimbia, relacionam a escala «do tempo geomagnético © radiométrico dos derrames bassiticos continentais, a escala do tempo geomagnético € paleontol6gico dos testemunnos de sedimentos marinhos profundos, € as esealas do tempo das bandas magnéticas do assoalho oceanico. As idades do assoalho marinho € as twxas de expanséo para tvlos 08 ‘oceanos puderam, agora, ser determinadas ccomeca a perfurar e recuperar os testemunhos dos sedimentos ¢ a ‘Tuzo Wilson sugere um padrlo de placas rigidas; Dan McKenzie (Cambridge), Robert Parker (Scripps), W. Jason Morgan (Princeton) e o cientista francés Xavier LePichon definem as formas das placas e a geometria e histéria dos ‘seus movimentos sobre tima esfera, 0s sismélogos de Colimbia, Oliver, Lynn Sykes e Bryan ‘mostram as localizagbes precisas. profundidades ¢ os mecanismne terremotos de acordo com as predigbes da tectOnica de placa pana os cents le expisie Se dorsal mesovednica, para as ‘tansformantes e para as Zonas subdue. t APENDICE 4 Reacées quimicas ‘Camadas eletronicas e estabilidade idnica ‘Os elgtrons circundam o nicleo de um étomo em um conjun: tinico de esferas concéntricas, chamadas de camadas ele- srinicas. Cada camada pode conter um certo nimero maximo Ge clétrons. Nas reagdes quimicas que envolvern a maioria 5s elementos, somente os eléiwons das camadas mais exter~ as interagem entre si. Na reagdo entre 0 io (Na) ¢0 coro “C). que forma o eloreto de sédio (NaCD, 0 stomo de s6dio sce um eléiron da sua cama oletrénica mais externa, © 0 Smo de coro gana um elétron na sua camada mais externa oer Figura 3.4) Antes de rear com o so, o stom de cloo tem um el ‘on na sua camada mais externa. Quando cle perde esse elé- ‘on, essa camada é eliminada, e a camada inferior seguinte, sg tem oito elétrons (0 maximo de elétrons que eli pode center, tornase a camada mais externa, O stomo de cloro Seisinal tna sete eleirons na sua eamada mais externa, que ‘pole conter até oitoeléirons. Quando ele ganha um eliron, essa camada mais externa € preenchida. Muitos elementos “En forte tendéncia a completa a configuragio eleudnica de sea camada mais externa, Alguns desses elementos fazem is- so 20 adquitircletrons. outros completam a configuragio da saa camada mais externa ao perder os elétons darante uma =eao quiimica, A estabilidade dos fons, cujas eamadas mais slew! s}esauLU sop sepepalidorg | HoMO ser Wary 619 APENDICE 5 ‘osieraw) onpvowta varvaiy ofneose sowv.rins| usa styaeantny “OUD oon wunotoa pone | SUNAIWVOULL | "viv HOD, Foo! sonrwomavo. vusw9} ad sive WHAW wep INS vaynvuo, (sowvarnssosay? sousad same se Sepiot expr, vwuanio, ‘ouaig9 eas 39041 vunvarris| omp-pae so en ssn ano eg wauivio oad cnoxo-oqusto ‘payer qos <¥uINONTE ‘aud w ope -exnrst9| univ unaNove syp0w ‘soa SOLIAN aSNAINOD vans 40D Ha SIVANIN ‘omg 901901 vinoaaw9| vIVdo opponent uareonen yo waren ™ ‘op wo uae ‘ps0, 620 | APENDICE 5 LLL APENDICE 5 | 621 sygpe wast 29 sowour Mf Soma Na eq eo su werwo| £99] onroneopey ‘su sousias ura ete Snowe virions SVOLRIQNVIA S¥HOOH weasvnive> sows 1 sours voc SIAN sas yea 20 sep as 2p op “aero ons 4 “possess ‘ow Noaxp09) sapere 1 “Hor vomv| conn none onl psigmde uo ume NUNES soups spa oss yadaronmar | wosopioraan S59 “osivexen) ves ca YYATTREIN wana ‘spn ‘oye

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