Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Livros Contábeis
Trabalho de Contabilidade
_ _
Livros Contábeis
3
1.1- INTRODUÇÃO:
Os registros contábeis são efetuados sem livros próprios, que se dividem em três
grandes grupos, de acordo com sua utilização.
Os Livros Contábeis Fiscais são aqueles que atendem às exigências do fisco
municipal, estadual ou federal, isto é, dos órgãos do governo que, em cada nível,
arrecadam e fiscalizam os atributos (impostos, contribuições, etc.). Geralmente esses
livros fornecem informações relativas ao valor dos tributos a serem pagos pela empresa.
As empresas tributadas pelo Lucro Real deverão manter escriturados, para efeito
de imposto de renda, os seguintes livros:
• DIÁRIO
• RAZÃO ANALÍTICO
• REGISTRO DE INVENTÁRIO
• REGISTRO DE COMPRAS
• RAZÃO AUXILIAR EM UFIR
• LALUR - LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
• Livro Diário
• Livro Razão
• Livro Caixa
• Livro Contas-Correntes
1.4 - Empresas Tributadas pelo Lucro Presumido : desde que, no decorrer do ano
calendário, mantenham Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda a
movimentação financeira, inclusive bancária.
Em regra geral de tributação do lucro real, a escrituração contábil é exigida sob
pena de arbitramento do lucro tributável.
A exigência de escrituração contábil decorre de vários dispositivos do RIR/94, a
começar pelo artigo 197, segundo o qual a pessoa jurídica sujeita a tributação com base
no lucro real deve manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais,
devendo a escrituração abranger todas as operações realizadas pelo contribuinte, bem
como os resultados apurados em suas atividades.
_ _
Livros Contábeis
6
• contabilidade
• fornecedores e clientes
• documentos fiscais e contábeis
• controle de estoques e registro de inventário
• correção monetária das demonstrações financeiras
• folha de pagamento
• relação de insumos/produtos
• tabelas e códigos utilizados
Os fundamentais são:
ANO CIVIL : a Lei nº 810, de 06.09.49 define ano civil como o período de 12 meses
contados do dia do início e mês correspondente do ano seguinte. Ex 10.02.96 a
10.02.97. No passado a legislação do Imposto de Renda utilizava a expressão ano civil
como sinônimo de ano-calendário.
ou nos casos de alteração da data de encerramento, quando, então, poderá ter duração
diversa. ( art. 175 da Lei 6.404/76). O exercício social pode ou não ser coincidente com
o ano-calendário.
3- LIVROS
Todas as pessoas jurídicas devem comprovar o lucro real ( base de cálculo do imposto
de renda) por meio de escrituração do Livro Diário, na forma e condições estipuladas
pela legislação comercial e fiscal, sob pena de terem o lucro arbitrado.
NO TERMO DE ABERTURA:
• nome empresarial
• a finalidade a que se destina o livro
_ _
Livros Contábeis
9
NO TERMO DE ENCERRAMENTO:
• o nome empresarial
• o fim a que se destinou o livro
• o número de ordem
• o número de folhas
• o nome da sociedade ou firma individual
_ _
Livros Contábeis
10
devidamente corretos, precisam conter todos os elementos tidos como essenciais. São
eles:
Data : mostra a cronologia dos fatos;
Conta devedora : obedecendo ao método das partidas dobradas;
Conta credora : obedecendo ao método das partidas dobradas;
Histórico :que relata, resumidamente, o fato ocorrido;
Valor : expressando a operação em valores monetários;
Barras de encerramento :que determinam o término de um lançamento e o conseqüente
início de outro.
Quando a escrituração é processada por sistema eletrônico, dependendo do
software utilizado podem existir algumas diferenças:
O parágrafo 1o. do artigo 204 do Decreto No. 1041/94 admite a escrituração resumida
do Diário, por totais que não excedam ao período de um mês, relativamente as contas
cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde
que utilizados livros auxiliares para registros individualizados, e conservados os
documentos que permitam sua perfeita identificação.
O PN 127/75, sub-item 3.3.1, exige que no transporte dos totais mensais dos
livros auxiliares para o Diário, seja feita referência às páginas em que as operações se
encontram lançadas nos livros auxiliares. Estes livros deverão ser autenticados em
órgão público de registro.
• o estorno
_ _
Livros Contábeis
12
• a transferência
• a complementação
• o motivo da retificação
• a data do lançamento que está sendo retificado
• a localização do lançamento que está sendo retificado
Exemplo:
a) Lançamento indevido
D - BANCOS ( AC)
Banco X
C - DUPLICATAS A PAGAR ( PC)
Fornecedor Y
estorno do lançamento de......pelo pagamento da duplicata nº 256 do fornecedor
Y em virtude de inversão de algarismo de valor R$
1.698,00
c) lançamento correto
_ _
Livros Contábeis
13
D-VEICULOS ( AT/IMOB)
C- MÓVEIS E UTENSILIOS ( AT/IMOB)
valor que se transfere da conta Móveis e Utensílios para a conta Veículos ref.
classificação inadequada, lançamento de ........./........./........., ora regularizada, ref. a
aquisição de um automóvel marca X, modelo , cor... chassi..... pela nota fiscal nº.....
de .. R$ 13.900,00
_ _
Livros Contábeis
14
A Instrução Normativa No.56/92 ( IN SRF 77/86, item 4.4) determina que os balanços
ou balancetes elaborados no decorrer do ano deverão ser transcritos de preferência no
Diário e em último caso no LALUR. Devem também ser transcritos no Diário, os
balanços e balancetes mensais levantados para fins de suspensão ou redução do
Imposto de Renda e da Contribuição Social devidos em cada mês, na forma do artigo
35 da Lei 8.981/95.
• balanço patrimonial
• demonstração de resultados
• demonstração de lucros e prejuízos acumulados
• demonstração de origens e aplicações de recursos
Nada impede e até é recomendável que a empresa utilize livro próprio para transcrição
de balanços ou balancetes, desde que esse livro seja encadernado e registrado no órgão
público competente.
NOTA: Pelo artigo 89 da Lei 8.981/95; artigo 1o. da Lei 9.065/95 e artigo 12
da IN 51/95, as empresas obrigadas ao lucro real que apurem o imposto de renda pelo
regime de estimativa, devem manter em dia a escrituração do Livro Diário. Nos casos
em que o livro diário contenha atraso superior a 90 dias, contados a partir do ultimo
mês escriturado, a SRF aplicará multa de 1.000 UFIRs. por mês ou fração de atraso.
Esse prazo, entretanto não se aplica as empresas que levantarem balanços ou
balancetes periódicos com a finalidade de reduzir ou suspender o pagamento do
imposto de renda . Para essas empresas a data limite de escrituração é a data fixada para
o pagamento do imposto de renda do respectivo mês.
_ _
Livros Contábeis
15
TERMO DE RETIFICAÇÃO
__________________________
local e data
______________________________
assinatura do contabilista e nº do CRC
__________________________
local e data
______________________________
assinatura do contabilista e nº do CRC
3.1.7 - RAZÃO
O razão é o livro ou ficha utilizado para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os
lançamentos efetivados no Diário.
Trata-se de um livro auxiliar da escrituração contábil. Apesar de não-obrigatório,
mostra-se fundamental para a correta escrituração dos fatos, pois nele o saldo de cada
uma das contas movimentadas é facilmente identificável.
No Livro Razão há uma página específica para cada conta, já que seu registro
consiste justamente em individualizá-las. A escrituração nesse livro é feita de modo
metódico, sistemático, isto é, dentro de normas, de padrões estabelecidos.
Registram-se, em cada página, todos os débitos e créditos relativos áqielas conta,
possibilitando, assim, extrair o saldo dessa conta ao final de um determinado período.
_ _
Livros Contábeis
16
Como não é obrigatório, o Livro Razão pode ser substituído por fichas
individuais e o nome das contas por códigos que identifiquem cada uma delas.
A pessoa jurídica submetida ao regime de tributação pelo lucro real deverá
manter em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou
fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos
efetuados no Diário, devendo sua escrituração ser feita de forma individualizada,
obedecendo a ordem cronológica das operações. ( art. 205 do Decreto 1041/ RIR/94).
Passou a ser livro obrigatório desde 30/8/91, para efeito de imposto de renda, a
partir da Lei nº 8.218/91, artigo 14, que recebeu nova redação pelo artigo 62 da Lei
8.383/91. Sem sua escrituração, o fisco precederá o arbitramento da escrita da pessoa
jurídica.
O referido livro está dispensado de registro ou autenticação e no caso de
contabilidade de pelo sistema de processamento de dados é aconselhável a
encadernação das folhas do Razão.
Como o razão passou a ser livro obrigatório para efeito fiscal, entende-se não haver
impedimento a que na escrituração do LALUR, parte "A", ao invés de se referir ao
número da folha do Diário onde se encontre o lançamento, registre-se o código da conta
e respectivo título do razão. Isto facilita sobremaneira a escrituração do LALUR.
• matéria-prima
• mercadorias para revenda
• produtos em fabricação
• produtos acabados
• materiais de consumo em almoxarifado
O Parecer Normativo No. 05/86 dispõe que a utilização de Kardex não supre a
exigência do livro de inventário.
Para as empresas sujeitas à apuração do lucro real mensal ( definitivo ), a data
limite para a escrituração e legalização deste livro será, para cada mês, aquela prevista
para o pagamento do imposto de renda do mesmo mês.
Não importando o sistema de controle de estoque adotado pela empresa, quer
permanente, quer periódico, estará ela obrigada em qualquer circunstância a registrar
_ _
Livros Contábeis
17
EMPRESAS IMOBILIARIAS
exemplo:
Empreendimento “X”
• 10 terrenos com 400 metros quadrados cada um com custo de $ 3.200,00 por
unidade;
_ _
Livros Contábeis
18
• 12 terrenos com 420 metros quadrados cada um com custo de $ 3.300,00 por
unidade;
• 15 terrenos com 440 metros quadrados cada um com custo de $ 3.400,00 por
unidade;
O artigo 206, inciso II, do Decreto 1041/94, exige a escrituração deste livro, que tem a
função de registro e controle das matérias primas, produtos em fabricação, mercadorias
etc.. Como a legislação estadual exige o Registro de Entradas e não teria sentido
escriturar-se dois livros similares, o PN No. 247/74 determina que o Registro de
Entrada atende às exigências relativas ao Registro de Compras. Deverá ser autenticado
no órgão competente do Registro de Comércio.
Portanto, é facultada a sua substituição pelo Livro Registro de Entradas,
utilizado pelas empresas sujeitas ao ICMS ( modelo 1-A) e ao IPI ( modelo 1).
NOTA: considerando que a partir de 1/1/96 foi extinta a correção monetária das
demonstrações financeiras, não há mais obrigatoriedade da escrituração do livro Razão
Auxiliar em UFIR.
No entanto nada impede que a empresa continue utilizando o Livro para controlar
individualmente os bens do Ativo Permanente.
Neste caso, quando ocorrer a alienação de determinado bem a empresa procederá a
baixa, no Razão Auxiliar em UFIR e na contabilidade. ( Lei 9.249, de 16.12.95, artigo
4o.)
_ _
Livros Contábeis
19
3.1.22 - LALUR
Este livro, obrigatório para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, mas estão
dispensados de autenticação e registro.
No LALUR a empresa deverá:
O único livro que não podia ser escriturado por processo eletrônico era o LALUR, o
que passou a ser possível com a lei 8.218/91, artigo 18, desde que obedecidas as regras
estabelecidas na IN 28/78.
Vimos que seis (6) livros são exigidos pelo imposto de renda, mas somente três deles
têm obrigatoriedade de registros em órgãos competentes. Observe-se que se os livros
auxiliares servirem de base para lançamentos na contabilidade, deverão ser registrados.
Registros obrigatórios:
_ _
Livros Contábeis
20
• Diário
• Registro de Compras
• Registro de Inventários
• Livro Razão
• Livro Caixa
• Livro de Contas Correntes
• Razão Auxiliar em UFIR
• LALUR
• Livro de Movimentação de Combustíveis
A autenticação do citado livro, quando for utilizado como livro facultativo, não
estará sujeito à autenticação ou registro. Se registrado no registro do comércio, pode ser
utilizado como livro auxiliar da escrituração mercantil. (PN CST 121/75, subitem
6.1.2.).
A autenticação ou registro, poderá ser efetuada antes ou depois da escrituração,
sem a necessidade de exibição do livro anteriormente autenticado, uma vez que cabe ao
órgão manter controle de registro em instrumento próprio.
Previsto no artigo 19 da Lei 5.474/68 ( Lei das Duplicatas) que obriga o
vendedor a possuí-lo e escriturá-lo.
Serão escriturados cronologicamente todas as duplicatas, com o número de
ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua expedição, bem como dos
demais itens previstos, contendo ainda termo de abertura e encerramento.
Desde que observadas as exigências para a escrituração do livro, o mesmo
poderá ser substituído por qualquer sistema mecanizado. Entende-se por sistema
mecanizado o processo operado por meio de máquinas. Este sistema substitui o livro
encadernado, por fichas sanfonadas ou soltas, por formulários contínuos, ou ainda
microfichas geradas através da microfilmagem de saída direta de computador.
Se registrado no registro do comércio, pode ser utilizado como livro auxiliar da
escrituração mercantil. (PN CST 121/75, subitem 6.1.2.).
A legislação do imposto de renda não exige a manutenção e escrituração do
livro Registro de Duplicatas, sendo portanto um livro facultativo, exceto quando for
utilizado como livro auxiliar para escrituração resumida no Livro Diário. (Lei 5.474/,
de 17/06/68, Decreto Lei 486/69; Decreto 1041/94- artigo 204, Parágrafo 4o. do
Decreto 1041/94; IN 35 DNRC, de 23/4/91)
_ _
Livros Contábeis
21
Os livros auxiliares, que também podem ser escriturados em fichas, são dispensados da
autenticação quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas
pormenorizadamente, em livros devidamente registrados. ( § 5º art. 204 RIR/94).
Para efeito do imposto de renda são considerados livros auxiliares:
• livro caixa
• livro de contas correntes
• livro registro de duplicatas
• livro registro de saídas
Os livros acima citados, para fins fiscais do IR, não precisam ser registrados ou
autenticados
Livro Caixa
A conta Caixa é bastante utilizada nas operações de uma empresa, visto que a
quase totalidade das operações movimenta recursos financeiros.
Ex: de livro caixa da indústria Ijuí Móveis e utensílios [ Fig. pág 77].
_ _
Livros Contábeis
22
Livro Contas-Correntes
Geralmente as empresas possuem contas em um ou mais bancos e movimentam
tais contas por meio de grande quantidade de operações.
Sendo assim, a empresa pode-se utilizar de livros específicos - os Livros Contas-
Correntes - para o controle do saldo de cada uma delas.
O artigo 223, par. 1o. do Decreto 1.041/94 estabelece que quando a empresa apura
lucro real, é resguardado ao Fisco o direito de verificar a veracidade do valor apurado
com base em exames de livros e documentos de sua escrituração, na escrituração de
outros contribuintes, em informações etc.
De acordo com o artigo 210 do RIR/94, a pessoa jurídica deve conservar os livros e
documentos, enquanto não prescritos eventuais ações que lhe sejam pertinentes.
O prazo de conservação dos livros e documentos para efeitos fiscal e mercantil é
de 5 anos, contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorreu o fato
gerador ou o cumprimento de obrigação tributária acessória, ressalvada as hipóteses de
pendência judicial ou interrupção da contagem do prazo prescricional. ( PN CDT
345/83.
Assim sendo, os documentos de efeitos fiscal e mercantil relativo ao ano
calendário de 1997 deverão ser conservados até 31/12/2003.
_ _
Livros Contábeis
23
Em relação a incêndio e desde que a culpa não caiba ao contribuinte, não cabe
arbitramento do lucro.
Segundo dispõe a Lei de Falências em vigor ( Decreto-Lei 7.661/45, artigo 186, III)
dentro de 60 dias seguintes à data do encerramento do exercício social, as empresas
devem, após a transcrição e assinatura do balanço no Livro Diário, levá-lo à presença
do Juiz de Direito sob cuja jurisdição estiver subordinado o seu estabelecimento
principal, para que o Magistrado aponha a sua rubrica.
Se, por motivo relevante, não tiver sido possível submeter o balanço à rubrica
do Juiz dentro dos 60 dias seguintes à data do encerramento do exercício social, o
Magistrado poderá apor o seu visto após haver decorrido o referido prazo.
Nesse caso deve-se solicitar ao Juíz através de requerimento por escrito,
expondo, em linhas gerais, o motivo do atraso e pedindo para que seja rubricado o
balanço.
Esse requerimento pode ser firmado pelo próprio titular, sócio ou diretor da
empresa.
O não cumprimento dessa formalidade poderá, em caso de falência, dar lugar à
caracterização de crime falimentar, punível com pena de detenção de 6 meses a 3 anos.
_ _
Livros Contábeis
24
sobre eles incidentes na forma da legislação específica, salvo se, feita a comunicação
no prazo de trinta dias da data da ocorrência do fato, for possível a reconstituição da
escrituração. (artigo 39 da Lei 9.430/96).
7 - CONCLUSÃO
_ _
Livros Contábeis
25
8 - BILIOGRAFIA
[COE96] COELHO, Cláudio V. F.; Vera Leão, Sonia Kritz Noções de Contabilidade
SÉRIE ADMINISTRAÇÃO. Rio de Janeiro: Senac/DN/DFP, 1996
_ _
Livros Contábeis