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Planejamento e Orcamento governamental Coletdnea - Volume i Organizadores: James Giacomoni e José Luiz Pagnussat HEME Escola Nacic Dois SECULOS DE TEORIA DO PLANEIAMENTO: UMA VISAO GERAL, Introdugio A idgiatde que o conhecimento cientifica sociedade pode, de fato, ser aplicado pata mel lo XVII Essa idéia foi impul lor das prisdes, 0 ver, durante 0 sé ‘oteérica iconoclasta ere portanto, tam passando a Iucionsrias e, spesar de sus dor edo prazer de Bent luéneia de Be dena ilosofinem que planejamento eke ae ine ae rec ee eee ‘volvimento econdmico gue se tomaram papulares durante as décadas de 1950 3, fico eraa parteirada liberagio «¢ 1960, quando a industjalizaydo dos recém-independentes Estados-napao da to cientifica, Sua figura enigma eae o progenitor de uma longs 0 dos velhos pases imolovam aimaginago das pessoas. A prosperidade em breve torarse-ia versal, eles pensavam; a pobreza seria banida para sempre; a felicidade no bumano comm, Tudo iss seraalcengado por meio do ico} Era uma fantasia que logo cond mais bra das coisas, mas, durante um esperanga (Woure, 1981). Era a mesa esperanca e © mesmo idealismo uebaviam inspiedo os engeaheressin-simonianos um século ates Aliso mais SSBF prmcre era industrial veio menos de uma geracdo depois da morte de Sai BERNSTEIN, 1955). O- loséficas. Mas, se seu anct nfo Ihe atribuiro pla provém do eaas. E dos vieram os pri io planejam imon, em 1825, com a publicago da indo a ver, nifesto comunista. Aqui, pela pri sais" de planejamento consagradas nas doutrinas do 0. (Nesse meio tempo, a visto “conser- bandeira da io da s “organicas” da sociedade, eles futyro “de acordo com um plano abr: ados futuros de agBes pres lasse seu dest mente cativaria os principes do capital, como também nia, as excla- «seus conhecimentos aos mais capages cle mages de Marx e Engels “Zrabalhadares do mundo, uni-vas!". Todos Bo a uma nova ordem in e e (8 trés desejavam uma mudanganas relapses de poder: Proudhon negando itimidade de qualquer forma coercitiva de poder, Marx e Engels reivin- dicando reformas estrutuai {festo. Amos virem, numa: ‘a resposta aos poderes de planejamento de um Est pressor Assim, as correntes de pensamento conservadoras e radicais sobre 0 is como 0 planeja Planejamento administrativo de cidades, podem sex metade do séouio XLX, elas ainda nfo i ipbes diferentes, e estas eram as, A medida que se tornavam necesséirias. Havia leas de Estado e, de fato, de personagens outros ue no 0 Estado. Com o tempo, ent, surgi Correntes de planejamento, Algumas se incl iavam para o lado técnica da ional. O restante deste capitulo pectiva da evolueso hist cientificamente embasado, 5, houve uma verdadeira explostio raturn sobre planeja ta, AS c Fs S80 coloeados ao longo de ‘que vai da ideologia conservadora, no pinnismo e anaré pode-se dividir esse cont Indo esquerdo da figura, a0 simplificar a exposigao, n smo, no direito No exiremo esquer 1agdo €a repros Afzdministago pb | Aungoes do planejamento ex telegdo ente planejamento e pi nas décades em merece } Ateneo especial a implementacto de poiticas e programas piblicos. Uma | conttbuigto fundamental das éeas de adminisragao poblica a teria do lanejamento fo ita por Herbert Sion? uj mabalho ini, Comportamento 0 (1976; rg. 1948),abord o process buroerdica com bise ema perspectivacomportamental que enftizava as eondgdes que intavna ee ae em grandes organizagties. Do ad opsto do especto extema dines da Figura) eth aus que buscam a transformagto ou trascendncia das relagdes de poder xis ido se dirigem mais ao Estado, e sim.is em particular a crunds da classe rablhadora, que se ered, Slo fndamentalment contriis ao Estado buroertco ede forma peal ¢ toda forma de poder sienado,O tom do dscurso adatao pelos autores & Sancaente es para seu sucesso e com a 108 & 65 _s5aruistad que cm sus busca por um mundederelagdes obras, Depa qualgues forma de awordade superior. Paralelamente netsacene lismo histérico\e, mais recentemente, olnecifianxisma) Eseritores dessa linha tendem a favorecer a transfo si do “modo de produeéo” dominant. Contaciament. acitam 0 Estad Ssocialista que refletiré 0 poder o rganizado ¢ os interesses materiais da classe trabelhadora como um todo. calade Fankfitde Sociologia eica\ny,1973).Suaprneipal prescupacto écom crt radical enraizad etegorishepelinss.emarssas, de maniteaptes cul {ads lo captatismo, ineluindo a deiicas toca propia azo nic, %6 vi labaratério ¢ 0 planejamento con ~valviento Srganiz privada, paraa qual ofereciau “Com as trabalhos de Eric Trest, Chr Hampden-Tumer e outros, prods es psicolégicos do autodesenvs Na diego de linhas li ‘mas desprovida de det econdmicas ¢ sociais existe estilo dos modelos da economia. ‘examinaras falhas de orgdthizagdes inst I ¢ identificar reformas. El ‘esqnemas de habitago popular e bem-estar soci fungaio planejamento foi racional e benigno, que je Comte, que pensava que ck cimentos aos governantes das nagbes. Eles | ,, nas poderes da razto | jorantes € | ‘ora Homem e sociedade en suna era de reconstrueao, de Mannheim, escrita durante outro perfodo de crise generalizada da geraglo anterior (19498; orig. 1940). ‘A inha pontilhada,legendada como cincias da engenbariaatravessa cand da j topo da Figuta 2, conectando Saint-Simon ¢ Comte, ao centro, com adtni- | nistraglo ago pica, engenharia desistemas e economia institucional, (Uma influéncia sobre Lénin também esté representada.) Pode- a de que os métodos de engenharia dio suporte &s incipais correntes da teoria do planejamento, Nos seus celebrados jantares| nses, em que suas idéias tomaram forma, Saint-Simon recebeu alguns tes professores da nova Escola Politécnica (fundada em 1794) side cercou-se, preferencialmente, de jovens politéenicos, que era piblico quanto sua inspiracio, Entre estes estava Comte, que, por tisha sido expulso da escola meses antes de sua tanto 1", segundo a qual 0 apren= i ‘como fundamental raaties di foomatra ia sade. Un expoente mais oe : Sa ice 'A Escola Poltéenica Pode se vita com uma isting protstipe da ee ah rnovacra industrial ea font de sua deologia gerecil, Engeneios aplcaram termo mais adequado, a legenda da linka central da | my os grandes sintetizadores do margumentado a favor da ‘Durkheim ¢ Max Weber, © 1a organizacso o segunda, « uma sociedad industralizada ‘mais eminente socio conhecimento de cigncias naturais & construgao de pontes,ttincis ¢canais. Pela mesma légica, por que uma nova espécie de “engenheiros sociais” no car seu conlrecimento a tarefa de reconstruir a sociedade? Em digo da escola, Friedrich Von Hayek conta- iso, nascida em tempos revolucionérios, moldou 0 pontos de vista, ambigdes e limitagBes catacteristicas, foi aqui ctiado. Aquele espirito si queno seconheceria o sentido denada que nko tivesse sido const propositadamente, aquele amor pela organizago que brota das fontes ‘gémeas das priticas militares e de engenharia, a predileqfo ascética por tudo que tenka sido construido conscientemente, em detrimento de qualquer coisa que ‘simplesmente cesceu”, fio elemento vigoroso acrescentado e, com o passar do tempo, comegou a subs ‘a0 ardor revolucionério dos jovens politéenicos... Foi nesse ambi ‘que Saint-Simon formuloualguns de seus primeiros e mais fantisticos planos para reorganizar a sociedsde,e... foi na Escola Politéeniea 9 ental de sua époea, ct racional” como forma de superar os males dainsensatez v= ‘académieo austriaco ¢ imigrante ima, A sociedade aberta € social fragmen- ‘como valiosa sucessora. que, nos primeiros 20 anos de sua existéncia, Auguste Comte, Prosper Enfantin, Victor Considérant e algumas.centenas de seguidores posteriores de Saint-Simon e Fourier receberam sua formago, Seguindo-se a eles uma sucessio de reformedores sot dentro, até George Sor is séeulo A nogilo de certeza dos engenheiros (¢ sua ignoréncia da histér ‘norteou alguns dos mais proeminentestesricos de planejamento postetiores, entre eles Thorstein Veblen, Rexford Tugwell e Herbert todos encantados com a idéia de “desenhar a sociedad har artefitos genuinos para @ sociedade que o madelo de desenho desmorona. ‘Simon parece estar consciente da contradiga, ‘azer desenhos complexos implementados ducante um longo lo de tempo continuamente modificados 20 longo da ‘mplementagio tem muito em comum com pintura a 6leo, Na. ‘dleo, cada novo ponto de piginento eolocada de pndr¥o que oferece uma forte continua de idéias para opintor. O Prosesso da pintura éum processo de interagocicica entre o pinto: tela, em que os abjetivosatusis levam a novas aplicagtes da tina, 80 mesmo tempo em que o desenho muda gradualmente, sigetindo novos objet oN, 1982, p. 187) lacria algum tipo ‘Uma pintura a éleo nfo é uma méquina eos que fazer os deserhos mio pintam a éleo, Além disso, e para tomar a metifora mais confisa, a {Seledede nfo é uma tela para ser pintada por um artista inspirado, Os engenheiros podem constnuir pontes e autématos; é uma. 80 essencialmente diferente e a descober urbana no ser (Rurret; WeapeR, 1973) Essa “réipida leitura" do eixo horizontal da Figura 2 precisa agora ser ‘complementada com uma discusséo mais detalhada da di na evolugio do pen das com um corpo maior na Jegislaedo, Bserito apenas , ha mesma época da queda da igo das vozes wor ocore ern 1848, oan ima velocidade este estavar {ado com umn'apelo evoluciio da teoria do plane- ora. Alguns, como Rexford Tugwell, sjadores tanto em atos como em palevras. Karl Mannheim fae ir para a Europa. Antonio Gramsci cram ico. Com a Segunda Guerra Muncial (1939-1948), a Depressto scabou te Diz-se que 50 miles de pessoas prdram suas ides durante alcance global, fazendo tremer todos os corredores » foi derrotado, exatamente como havia Prazer; a alma humana estava nas gattas de terrores desconhecicos; guerras devastadores estavam sendo travacas com resultados amargos no sudeste asitico ena América Central; areestruturagio ec uha deixado ociosos mithbes de trabalhedores fisicamente capazes; o proprio Estado estava-se afundando cada vez mais em dividas, mesmo quando o crescimento econémmico desacelerava, O sistema tinha sido tao bem elaborado, estava encalhando nos bancos de areia da crise fiscal. 0 otimismo natural das pr décadas do dissipande. jente, 0 profeta do periodo foi Herbert Marcuse, cxjo sional (1964) foi lido por estudantes que buscavam desesperadamente uma explicago racional para sua insatistapao. imimigo, dizia Marcuse, era a razio técnica, que envenenava nossa consciéneia © ameapava a sobrevivéneia da raga humana. Mas, além da ipo mnagistzal da vida contempordnea, Marcuse no oferecia respostas, ando que pensadores mais p 35 buseassem novas respost © futuro em um novo estilo de planejamento, baseado no 10s esbogaram utopias sociais, para além do aparato coercive do Estado e das corporagses; os neomarxistas louvavam a légica da futa, de classes na transformagéo social ‘Mas continuava o estonteante e agitado ritmo dos scansten] Para muitos, precia ter fgida a0 controle. Ninguém sabia o que o futuro haveria de tazer; 0 sono saint-simoniano estava destruido. Na esquerd politica, o deslocamento foi para a aso comunititiae, na direita, para @ filosofia liberal de Milton Friedman, Ambos foram movimentos de fasta: ‘mento em relagao a0 Estado. / ‘Nessas condigdes, oparadigma do planejamento cientiico, que havia sido domiyante por mais de um século e meio foi subitamente questionado. 3 ‘Vozes familiares defendiam o “planejamento naci marcha dos eventos apontava na diregdo contriria das solugSes tradi (‘Bmbora ainda tivesse o poder de fazer a guerra e semear a destruc 0 Estado-nagio (pela menos no Ocidente) e Outros tentaram preencher 0 vacuo do poder politico por meio de bordagens comunitirias, No limiar da virada de outro século, o significado do planejamento cientifieo esté posto em divide, x Sobre as origens do pensamento sobre 0 planejamento (Claude Henri de Rouvroy (1760-1825), o conde de Saint-Simon, era ‘ohomem modemo quintesseneial. Ble sentia que as forgas em movimento iriam verdadeiramente transform E, a0 celebrar 0 possivelmente teria sido um aristocrata adi Peccei, cujo livro The chasm ahead plano pera a ‘aydo do mundo ¢ levou, como primeira passo, i fundagio do Chube de Roma (Prcce1, 1969). Ou paderia ter sido um trilateralista entusiasta, dedicndo & causa de tomar o mundo seguro para o capital (Sxtar, 1980), Ble era, em resumo, um homem apaixonado pelo futuro e astuto para detectar as correntes ocultas de sua época, Também era irremediavel ¢ passionalmente roméntico, Aindla jovem, Saint-Simon alistou-se para lutar “pela causa daliberdade osteriormente veio a descrever) na distante América Para a Franga, onde outta revolugaohavia ‘stourado, ele especulou com propriedades requisitadas da Igreje, ganhando luma fortuna, que logo viria a perder. Durante o terror jacobino de Roberspierre, foi preso equ Ihotina. Quando foi solto, digi tum dos mais espléndidos saldes intelectuais de Paris. Seus turbulentos casos ‘morosos erminavam em matriménio e divéreio quase imediato. As margens do Lago Genebra, ele tentou cortejar a mais brilhante autora de sua époea, Germein de Stab Janessa époce, estava na peniria e foi acothido e cuidado & [anisian 1952, p. xvi Para ter idéia do seu chamado de pai desse leveme! } A primeira sego seri | ‘segunda, de 50 poetas e outros au pintores,escultores, Essa ciara amenidade: dai cm dint, oferecer sua opinifo, sobre 0 que deve ser acrescentado ao plano inicial e os aperfeigoamentos que possatn set ro Irvigagao, limpeza da terra, abertura de novas estrada eescavaydo de canais serdo co antes desse plano; ' apenas come meio para 1cebida de tal forma os vinjantes. (..Toda a que se Franga deveria tornar-se ‘ealizar outra tarefa, que seria de preparar a Programagao dos feriados pi sees feriados serdo de doi oragéo. Eles serio celebratos sucessivamentena capital, (e também) nas dos depart 4. Fessiéin de preparar paalelamenteo pl {plementao, Essa cémar, nessa nova compesico, encategarse-d Ge verifcar se cada setor da india eid represeniaoe 6 ‘namero fe seus deputados proporcional a sua impertineia ‘Osmembros da Camara de Im lementaedo ndo recebergo nenhumn atau todos devem ser ricos, pois ser80 escalhidos entre os cipais lideres dai ‘tibutagdo e de arrecadar os tributos, AS trés cdmaras jun investido de poder sober (loweseu, 1976, , 147-149) 8 conformardo 0 novo parlamento, que sera tanto constitucional como legislativo," i ‘capitalismo industrial! esquema de uma nova organi um parlamento composto de uma industrialists, artistas iteleetunis ran eae tse inlets pudessom nautinente unseen Sealer teformas inevitvsis. Seria um governo dos “melhores © mais beiltantes”. Segundo, a principal arta do parlamentg sere reparar nao area, Pane anual pata as obs piblicas, mas também um ereanens ametpondentee nivel adequados de tibutacdo. Pode se reoorin, que ncelr0.€o plano material ¢ Preamau 2 PPBS, 0 sistema de planejamento, de progiamarto ¢ de ‘orpamentagao usado por Robert McNamara, durante sua Bestio como Sesto de Defesa dos Estados Unies, de 196131968) Teese mene mona ita si defends com o propsto de gahar main apo) GnGe Pato plan e inidentaiment, para © govems que es props. ive Hesse eSleina Sea reservad ara industrialistas lo.sem reccber Slério (mas que, clatamen enriqueceriam com o seu “servigo” como indica o texto, Seu tral ‘implementa o plano ¢, mais imporiante, cabrare recolher os Contudo, a avacagdo de Sai bala seria spostos ‘Simion de ser o pai do planejamento findamentada apenas nas novas péginss da Sevta carta, cracia deve ser vista no contexto de sua visto total para a sociedade, uma visto & qual ele dedicou o: vida, Nobre destituido, Sai imos 25 anos de sua ‘era um democrata. O. do govern, OD que ele @ administracdo das coisas 1979, p. 39) ~ um slogan que seria repetido por Marx ¢ Tonge linha de teGricos socialisns.Além disso, ele tina caro que a ‘ago das coisas” deveria ser confiada aos verdadei nova sociedade, os industrialistas, Assessores cientificos com os ta lago. No mundo de Sai diretamente baseados na ‘Simon queria acreditar na possi 8 eiramente pensava & que e re de valores, que se poderia até dizer... um: 0s promotores da ue seriam ajudados por uma corte de fos necessirios para céleulo e formu mon, 0 planejamento ea administragio seriam cia da observaglo e me: ele poderia prever que tipo de para a sociedade industrial emergent (lowescu, 1976, p.7) A. questio do valor foi engolida pelo que deveria ser Obv uragao, uma nova 'a as leis bésicas do movimenta hist6rico. Ele adequada aos tempos moderns" lesmente aleangar o que jl Uma realidade 19 natural e o conker jamento do Estado, talvez se tomasse totalmente desneces Saint-Simon entendeu, mais rapidamente que a maior 1 que o sistema Hbistial prstess conaustro mundo precisava de mereados em constante Sxpmnslo. Assim, ete tomou-se um ardentepromator dos Estados Unidos | te Tropa. Um parlamento federal, pensava, composto de indus Babloseartstas~perecido com os euooratas de hoje ~poderi pane Tedlizarprojetos ptbticos em escala continental. Tivesse ‘Mais, teria testemunhado aunificagaio do mundo, nfo pela pol ‘Brandiosos esquemas de transporte, como os canais de Suez ‘coneebidos por seus dis (Gouraver, 1958, p. xxi). A idéia era eee estava fei que esta noes espomtdinea Jada como se fosse ume} mento asi mundo novo , que surgiria, posteriormet daradoura losefia do -cendo uma profur levivido um pouco 9» exercendo uma pi Desencantado mi da prosperidade universal umi ia por tilhos de ferro e motores de ago, ¢ horizontes dos negdcios etam como seus sonhos mundo afora, homens, 9 destino humano, a histria e o lero eram a mesmna HCHowsuain, 1975, p. 58) Em seu entusiasmo, que abarcava 0 nado para atingir 0 triunfo dos que esté acontecendo, com de obter a vida forga para a melhoria mo”, 1825, que nto ade igdes de vida do praximo” (“0 Nove Cs a associagao turbul sha sido ‘nagBes mituas, Comte adotou o empreendimento adiente com vigor. Comparado a0 java pelo sistema e importantes sob atute do que cam ‘A absessao de! Cot tornou-se uma classificagao enciclopédica se demonstrat a unidade essencial do ddimento cientifico em geral, assim causando um, dano incaleul do planejamento ‘descoberta daquelas leis que regulam o (Linzer, 1975, p. 66). Tomando discretamente emprestado de Conclorcet, ele resumin a historia com a Lei das ‘Trés Fases, da constante progressio do pensamento humano da teolog ‘a metafisica abstrata, até a fase culminante de filosofia positiva ou ciéneia, J. B. Bury explica: [..] “cada uma de nossas principais concepebes, cada amo do conhecimento, passa sucessivamente por essast8sfeses...a prove. cdo que qualquer ramo de conhecimento chegaw & terceira fase € 0 reconheci- ‘mento de leis naturais invariéveis” (Bu, 1932, p.292). De acordo com Comte, a Lei das Trés Fases conta toda a histéria do desenvolvimento humano, Comte estava firmemente conveneido de que a liberdade humana eis tabelecidas” da que 08 corpes em que se submetem, como deve “ida gravidade. Assim como a niaioria dé Suas idias, essa é tanto ‘Simploria como errada, f também perigosa. Ja que as leis que “regem” a “em liberdade”, sso — e nesse ponto ado a submeter-se, a palavra dos ci sparece certo realismo em seu trabalho Comte senti-se chemado, como seu mestre, a ocupar-se do mais francés dos passatempos, inventando ‘uma religido eiviea; nesse caso, a Religido da Humanidade, cujo saverdécio lamentapao detalhada da vida piblica e mesino vada com regras “...que sdo inflexiveis porque sempre admitem jeagdo” (Linzer, 1975, p. 4). trabalho. Numa época em que ainda estava intimamente identificado a SS a ies anaes ———— Com Saint-Simon, ele escreveu emt seu Plono de mabalhos cientficos necessérios para a reorganizacdo da sociedade (1822) “A formago de qualquer plano de organizacao social necessa- Hlamente abrange duas séries de trabalhos to distintos em seus objet0$ como nos esforeos intelectuais que demandam. Um, tedrico spiritual, busca desenvolver a coneepedo principal do plano — /0u sea, o nove principio destinedo a coordenar ae relagdes sociais += ¢ forinaro sistema de idgias gerais adequado para guia a socie- {dde.O outro, pritico e contemporineo, decide sobre a distribuigdo /aautoridade ea combinapso de instituigdes administrativas melhor | Sdaptadas ao espfrito do sistema jé determinado pelos trabalhos \intelectuais" (Lewzer, 1975, p. 19) {° _Hé das coisas destcarnesa cit, Primeito, nas imponnt, & a hd. ums sg visa ficions de aban ente os planed tics, dum lado; os administadores pits, do out, cus rain ume divis ene safe lina de ent, Seq “2 teducide a um papel sexundéro: no parece ser una fare Gene nonnes. Para Comte a cineia pode gear conhecimento no apenes ‘bre 0 que &, mas também sobre 0 que devera ser. Como vocasto, eat alémdo aleance das massas;¢ um discuvo hieritieo entre inicindos, banhado aculada dos eéus olimpianost, Ble esereve o seguinte: “Ni hi dtvida de que o estudo da natureza feito pelo homem deve fornecer a nica base de suas ages sobre a natureza; pois 6 somente conhecendo as leis dos fendmenos e assim poder pre que podlemos, na vida ativa, defini-los para modificé-los em nosso beneficio.. a relago entre a citnoia e w are pode ser resumida na Seguinte expressio: da ciéneia vem a previsto; da previsio vem a aH0" (Lewzen, 1975, p, 88) No entendimento de Comte, 6 trabalho da cigneiaestabslecer os fatos ea leis imutiveis. OF planejadores tm, assim, a 0 eurso do progresso social de acordo ein ccna 10ssa visto popperiana moderna de gue os e v2 pbtees por carta wens presto de vericasto de suas bipbeses. Dad 0 estigio di que ele pensasse que o mais, ae quando 08 socidlogos comegassem a assumir o trl como esté dasdobrado em seu \ estabelever (mais por meios mor des de poder existe extremamente conservadara; Seer ela é dirigida nos governantes da sociedade. E, a ° filosofies;€3) tinkam que tratar de gums qustbes centais que definiam para eles 0s principais assuntos em diseussao. Todes as quero correntes Bram er forno de-uma preocupagao central: como 0 conhecimento deve ser adlequadamente vinculado a agio, Elas passani por todo o espectro ‘eolbgico, desde © apoio ao Estado e a afrmagto de sua autoridace até a aboligio de toda forma de awcoridede, inchindo a do Estado, As éuas correntes mas 80 socal, votamn & metade do séoulo XIX. As ous duas, a andlise de poltca ¢a izager social, oxiginaram-se no period entre a Grance Depressio e Segunda Guerra Mu Se essas correntes forem organizadas de acordo com as definigdes Ha excecbes, ¢ claro: iva de vida ea média de igas, @ reforma social e a mobil 4). superposigao sugere que um sistema social sauddvel néo pode permanecer prisioneiro de apenas um modo de unit conhecimento e ago; precisara utilizar todas as quatro correntes para sua prética de planejamento. As diferencas fundamentais permanecem, € claro, © durante certos periodos ¢ para certas finalidades, uma ou duas formas do discurso do planejamento tenderio a dominar. Como se verd na Parte 3°, as correntes do aprendizado social ¢ da mobilizaydo social parecem serespecial- ‘mente pertinentes hoje. Antes de se discutirem essas correntes mais Uetalhadamente (nos capitulos 3 a6)", itl desereverrapidamente o enfoque, © vocabulirio, a posigt filosdfica e as preocupasdes centtais de cada uma, Reforma social ssa corrente foca no papel do Estado de orientag20 da sociedade. Ocupa-se principalmente de encontrar formas de institueionelivar a prética do planejamento © aumentar a eficdeia das ages do Estado, Os que ‘em “correntes” comuns, es autores tiveram de atender a trés jue estar completamente familiarizados com uma ou nas quais 0 trabalho cientifico! e uma de suas pl cientifica para informar eli tica ao que consideram ser seu correto 9s mais das “linguagens”, como economia ou materi oa b aaa enfogue. A Ciéncla Politica a wissenschafiliche Polit, de Karl Mannheim —6 um de seus produtcs (Manamem, 1949, orig, 1929), ‘oda reforma social Vern primordialment al ca Gilosofia corrente afirmam a democracia jumanos e a justiga social. Eles toleram 1m que, por meio de reformas to o Estado burgués podem ser Fontes: a. Em suas ude profissional e uma fungao executiva nento sfio, portanto, resguardados da ue nfo esti suficientemente jadores na corrente jas, Desde a publicaga0 da Teoria terfungdes ta rerveneit lesitima |geral, de Keynes, em 1936, ido Estado ein bases ci io da renda sjadores nessa corrente to e politica? 2, Qual é a natureza do interesse pilico? E devem os planejadores 1 0 poder (¢« obrigagdo) de articular promover a versto da natureza do interesse pilico? 3. No contexto do planejamento, qual deveria sero papel do Estado eriam essas intervenpdes consideradas legitimas? \4,Se o planejamento é um empreendimento cientifico, qual 0 correto celebrada teoria de Thomas S. Kuhn de ci ak sradigmas norinais” ¢ “revolugdes cientificas” (Kus, 1970)? Ou seria a epistemotogia pragmitica de John Dewey, em que o conhecimento 6 existe no ato de eonhecer,e a validade de qualquer afirmago é derivada e sua utilidade na aplicagdo? Qual dessas visdes seria adequada para 0 planejamento e quais seriam as implicagdes de adotar uma delas? 5) Ha um grande debate na corrente da reforma social a respeito da entre ientagdo central, de coordenaraio e de controle pelo Estado? Deveria ser dividido entre um grande niimero de atores relati- mais especifi- jidos, que possam, portanto, adaptar seus célculos mais m ambiente em constante evolueso para a tomada de “correta” organizagio do planejamento em algum wsficas, 08 tedricos da reforma re eles, modelaram as ferra- social, ¢ particularmente os econamistas jecessirias para um Estado crescentemente deter (Leontief), de modelos de politica econémica (Tinbergen), de economia 99 campos 1, € muitos dos inventores de f foram hontados com o Prémio Nobel de Economia, Anilise de politica ado comportamenta de grandes ae como elas poderiam methorar sua capacidade de tomar deci vérias aenenntsnfelectusis em seu proprio pensamento, ear elas a secologia weberiana e « economia neocléssica, es racionais, Simon abordagem ressaltava a andl isdes como meio de identificar as melhores é claro, seria inevitavelmente e0€ ideal, aplicado por autores da corrente da anélise politica, tem sete “fases” identiicavets ) formulagdo de metas e objetivos: tient elaborapto das principai alternatives para tingle fentificadas em uma dada situagdo de tomada de decisdes; 3) previsio dos principasconjuntos de consegdéncias que se esperar 1a adogiio de cada uma das altemativas; ‘ avaliogdo de conseqténcias em relagdo aos obetivos desejadose ® outros valores importantes; 4) decisdo baseada nas informapsies fomecilas nos passos anteriores; © implementago dessa decisto por meio de instuigbesadcquaian, 7 feedback éos resultados do programa stual e sua valoragdo b anova situagko de decisdo, ‘Em grande medida, aanélise politica tem-se concentrado nas fases 7, 3.€4. Nos tltimos anos, houve também ceria empolgagao com ae 00 modifica agora incorporadas desde a fase nativas. O vocaby ders ‘mais de perto,algumas de suas visdes séo con: ‘acaprichos, paixdes voliveiseinteresses espe {da economia neoeltssica garante que a de individualism, a supremacia do mereado conservadorismo inerente do patadigma de imizadores” que produzem as “ e diversas varidveis objetivas. Out ce recomendar solugdes tecnicamente corretas para os tomadores politicasé bastante importante na andlise de politicas. F como stuagdes simuladas” que criam a omo fariao comandante do ios sociais de valoragio? Os estudos de lo, usar taxas de juras correntes no mereado ou um que reflitaas pre! expressar 05 ‘am, por exem das no caleulo global de p preso-sombra para os trabalhos domésticas di ele? 4.0s analistas de politicas fazem previstes de-variaveis econdmicas, de mudangas esperadas no comportamento reprodutivo, de impactos ambientais, de jnovagdes teenolégicas, de mudangas nos padries de assentamento e utlizagao da terra e de muitas outras tendéncias. Quais sfo 0s melhores métodos para realizar previsdes de médio ¢ longo prazo? das anilises de politicas contém areas enarmes de ineerteza quanto ao futuro e éreas ainda maiores de ignordncia (“Quais sto as chances de haver um holocausto nuclear nos préximos 20 anos?" Como devern ser tratadas essas grandes inedgnitas ¢ que conselho deve ser dado aos responsiveis pelas decisbes? Hé formas de controler a incerteza? E que valores mateméticos devem ser atribuidos para expressar diferentes graus de incerteza subjetiva? Devem ser elaboradas linhas de ado altemativas para serem compativeis com as areas comhecidas de é lanejamento sem os fatos”), especialmente quando as a conseqiléne! 0s, ambi uma decisio errada forem desastrosas em termos tis ou outca? Aprendizagem social Essa corrente foca a superagio das contradigfes entre a teoriae pritica, ou entre 0 saber e o agir. Sua teoria advém de duas vertentes, A primeira é 0 pragmatismo de John Dewey e, mais especificamente, sua epistemologia cientifica, que det @nfase ao “aprender pelo fazer” ‘Uma segunda corrente evoluiu dentro da marxismo e teve suas origens na obra de Marx: Teses sobre Feuerbach (1978; orig. 1848), que termina ‘com a famosa declaraga de varias formas; a questo, porém, é mule |advém a proposigto marxista bésica a respeito da unidade essencial da * revolucionatia teoria e prtica, que encontrou sua maior expressi ide Mao Ts de 1937, Sobre a prética (1968; orig. 1937)". A aprendizagem social pode ser vista como um grande distanciamento dos paradigmas do planejamento de Saint-Simon e Comte Enquanto esses primeiros fundadores da corrente do planejament ‘oconhecimento com base na ci reconstrugao da sociedade, os ia como umm conjunto de icos na corrente da aprendizagem social 103 OVOS empreendimentos préticos: o entendimento (teoria) existente Bes tiradas da experiéncia e ado no processo continuo de ago ¢ colegas positivistas acreditavam que o mundo social correspondia a “leis sox 98 te6ricos da aprendizagem social afitmavam que o comportamento social pode ser mudado ea forma cientif camente comreta de efetuar mudangas é por meio da experimentagdo social, da cuidadosa observacia dos resultados e da disposigio de admitir o erro © aprender com ele, Nio € surpreendente que as questoes centrais da corrente da ‘prendizagem social sejam principalmente instrumentais. ‘Omo os processos normais da aprendizagem social, encontrados fm todos os easos de ardo bem-sucedida e prolongada, podem ser usados Para espalhar as téenicas da aprendizagem social para tadas as formas de empreendimentos sociais? 2. Considerando que os seres humanos relutam em alterar suas formas habituais e esto propensos a acre iGeologia seja a tinica correta, jf que hi uma evidente conexo entre ‘Weologia e poder, como & possvel ealzar a mudanea? Como faze para ‘motivar as pessoas a participar de uma forma de aprendizagem social que dlependa de abertura,dislogo, disposiea para aiscarexperimentos sociais pteparagao para p ue eSse5 experimentos afetem seu proprio | desenvolvimento coma pessoas? 3. Como se podem ligar os modos formais ¢ informais de onhecimento um ao outro em um provesso de agdo orientada para a ‘utdanga que envolva aprendizado mito entre aqueles que detém o conheci- ‘mento terico¢aqueles eujoconhecimento ¢ prinipalmente pritico, cnereto inarticutado? 4.0 paradigma da aprendizagem social envolve, entre outras coisas, Seatientes transagdes cara a car, que requerem uma relagto de didlogs entre as partes participantes (FRIEDMAN, 1981, 1979). Mas, sob condigses 104 fem que se tena de realizar certas tarefas, € © Gaal frets ds paigni i edict a _ ss diferencas e a radical sua énfase imento ¢ desenvolvimento da personalidade azia da acdo coletiva direta “de desempenha papel importante nos processos pela mobilizagdo social. 0 vocabulério damol de movimentas sociais mutuan tas, mesmo de ho} 308 ~ retiviea a retorica em que es contfitos, pre cra cesta que também parte da meméria eoletiva de dois séeulos de cont storia de opressto e movimentos re proprio pantedo de herdis ee nna derrota. A tinguagem da arérn, so primordialmente tégia e tatica, mais do que 0 A ideologia. Seria razoay ies da mabilizaeao social pensam da mes formar as relagdes de poder far uma nova ordern que no seja baseada na exploragio do enagto do homem daguilo que é caracteristicamente 15 centrais enfientadas pelos que se filiam a essa tes: (0 papel de “vanguardistas", organizadotes comuni- ‘Seacmancipagao é tor elites de lideranga para seguir cluindo a plena participagdo de nfo manipulador de organizer agBes de grupo? 2. Como podem os deserdadoseequeles que munca tveram poder de fato, de repente, adquirir confianca em sua capacidade de “mudar o mundo"? Coma podem os pabressdquitc poder proprio para conquistarsualiberdade 80? > Comp pode o compromisso com uma nova vida em comunidade 'acontrao inimigo? tes basicas de uma estratégia? Que do campo, 20 momento ea duragso ‘a aparentemente intermindv cA Quais deve ser os comps papel deve ser dado & violencia, 4escol 108 das ages (“marcha longa” ou Armagedon) ¢ que tipos de aptes especificas dovem ser realizadas (greves, manifestagdes, encenapdes de rua, terorismo, nio-cooperasio com a formagdo estatal de aliangas politicas, estabeleci- ‘mento de comunidades altemnativas)? 5. Quais devem ser as caracteristicas da “boa sociedade”, social a ser realizado na pritica, agora ouno futuro? Que import tiva deve ser dada a obj inclusiva, a pritica da antodepen: oid rela- 30 uma ordem Socal nfo hierérquica la, cooperap voluntria, processos Regional na University o Br planejamento usbaag en Reimpresto auorznda pela Pri honorary profesor na Escola da Com il estudos de urbanizagio © pol planejamento Sua experinta profs to regional doo Tennessee con fornia at Los Angeles, ta quatfo tems planejamento do the puble

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