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a sna POLITICA E \ CIDADANIA Mauricio esté vendo 0 final do Jomal Nacional com Sandra, sua namorada. Nao foram para a escola hoje, e esperam para ver © tiltimo capitulo da novela das oifo, que hé muito tempo néo ‘comeca nem as oifo nem as offo @ meia. As 20h20min, o jomal termina e eles ficam felizes, pois isso 6 dificil de acontecer. — Obs, jé vai comegar @ novela Mas a decepeao ¢ imediata; a TV anuncia: "Interrompemos nossa programagéo para ‘transmitir 0 horétio elettoral Eratuito, conforme determinagéo do Ministério da Justiga, Voltamos a seguir com a programagéo normal." —Ah, néol Teremos que aguentar ‘aqueles chatos de novo! Mauricio © Sandra desligam-se da TV enquanto namoram no ‘sof, mas, de vez em quando, ainda veer na tela aquelas mesmas caras de sempre, que cortamente estarao fazendo, de novo, as mesmas promessas. Desligam a TV e voltam ao namoro. Novela mesmo, ‘86 mais tarde. 25 Participagéo: Volta e meia, a sociedade chama seus Palavra de membros para participar. Participar de one uma missa, de um torneio esportivo, de uma campanha de aquisicao de agasalhos etc, Participagao, essa 6 a palavra de or- dem, Porém, seré que jé paramos para pensar nessa tal participacio? Interessante reparar, antes de mais nada, que o ato de participar nunca 6 feito sozinho; nao é um ato isolado de alguém que nao tem companhia, mas algo que fazemos com os outzos. © solidario, que estd sempre disposto a participar, porta-se desta maneira: esté em comunhio; vive ansioso pelo encontro; faz, questo de trocar as suas experiéncias de vida com os outros. Sabe muito bem que viver éacima de tudo con-viver. O solidario 6 0 companheiro; voce jé pensou sobre o significado dessa palavra? Ela vem do latim, cum-panere, e significa algo mais ou menos como “aqueles que comem juntos 0 pao da vida”. Logo, 0 companheito, o solidério, é aquele que divide sua vida com os outros, aquele para quem a vida nao é apenas uma coexisténcia com os outros, mas uma verdadeira convivéncia, um viver cont 0s outros. Mas hé outros que sao diferentes: um individuo que esté sempre em seu canto, nao compartilha seus desejos, suas emogdes, seus pensamentos, enfim, sua vida com os outros. Pode-se dizer que tal individuo é um marginalizado, nao por que foi discriminado, mas porque ele mesmo se isolou dos outros. Essa vivéncia margem tem como resultado a conside- ragio de que o ser humano pode e, as vezes, até deve se isolar dos demais. Mas como podemos fugir do encontro se, queiramos ou nao, estamos sempre partilhando uns com os outros? O poeta inglés John Donne comegou um poema com 0 verso: “Ho- mem algum é uma ilha.” Somos seres sociais, “animais politicos” como ja definiu Aristételes hé 2.500 anos atrés, 0 que nos leva a necessariamente tomar parte de grupos humanos, a viver nossa vida junto a muitas outras, pessoas iguais a nds. E por isso que, por mais que queiramos escapar, fugir para uma ilha deserta, a sociedade esta sempre atrés de nds. Até podemos nos isolar por alguns instantes, mas, ao irmos para a escola, para o traba- Iho, para o clube, para a igreja ou para qualquer outro lugar, estaremos encontrando pessoas, estaremos participando de grupos sociais. O ato de participar é uma condigéo humana da qual nio podemos escapar. Quem pensa que escapa, esta iludindo a si mesmo. As relagées Convivendo com outros homens, os con- humanas e flitos de vontades e interesses sao sempre inevitaveis. No momento do impasse, © poder que é uma luta entre diferentes desejos, um individuo quer impor ao outro a sua vontade. Normalmente quem vence esse conflito €aquele mais bem-aparelha- do: dependendo da circunstancia, pode ser o mais forte, 0 mais inteligente, 0 mais jovem, o mais bonito... A capacidade de transformar as vontades dos outros na sua vontade & aquilo que chamamos de poder. Numa primeira aproximagio, 0 poder seria a capacidade de realizar qualquer ato ou ago; um aspecto importante é que ele pressupde até mesmo a oposicao, constituindo, entao, a capacidade de supe- Tar essa oposicao pela forca, impondo-se a ela. De modo geral, o poder seria a poténcia para realizar determinado desejo ou vontade. O jogo de poder apresenta-se, assim, como um jogo de vontades, no quala vontade de um — o mais forte, por alguma raz — acaba se impondo sobre a vontade de outro ou outros. A nocio de poder implica também a capacidade de ter suas ordens obedecidas. Aquele que é investido de poder — um individuo ou uma instituigdo — tem a chance e os instrumentos para potencializar suas vontades, transformando-as em atos. Nao podemos, entretanto, julgar que a aco do poderoso dé-se unica- mente no sentido de subjugar e neutralizar a(s) vontade(s) alheia(s). Embora em casos bastante especificos a acao hegeménica do poder sé seja posstvel por meio da neutralizacéo das demais vontades —&0 caso do totalitarismo—, de modo geral, 0 poder age pelo convencimento e pela manipulacao das vonta- des alheias. Assim, em vez. de agir pela neutralizacdo das vontades, o poder age muito mais por meio de sua transformaciio; tomar o conjunto das vontades diferentes e tomé-las uma, a vontade do poderoso, com a qual os demais devem concordar. Nessa visdo classica do poder, ele é compreendido como uma coisa que se concentra em determinados espacos de um grupo social: 0 lugar do poder 6 0 Palicio do Governo, é a Camara dos Deputados, ou mesmo 0 préprio corpo do rei, que a todos governa, Se apenas um tem o poder, todos os outros individuos nao tem poder algum: é uma sociedade servil. Mas de onde viria 0 poder desse individuo? Por que todos 0 obedecem? Um fildsofo do século XVI chamado Etienne de la Boétie, num pequeno livro, Discurso da servidio voluntéria, forneceu a pista para entender a chara- da: quando um individuo manda, seu poder vem nao dele mesmo, mas dos outros que se submetem. De sua perspectiva, o que sustenta o tirano nao é a sua propria autoridade, mas a entrega dos stiditos, isto é, a dominagio s6 é possivel com 0 concurso direto dos préprios dominados. Segundo ele, em torno do tirano constréi-se uma rede de interesses. O tirano tem 6 assessores a7 diretos, cada um deles tem mais 60 empregados e assim por diante, de modo que toda a sociedade acaba envolvida nessa rede de interesses. Desse modo, o que garante o poder do tirano é uma rede de micropo- deres ¢ interesses que se constréi a sua volta, o que, ao invés de enfraquecer esse poder central pela diluicao, fortalece-o, sendo seu préprio sustentéculo e sua prépria garantia. ‘Mas, se os individuos se recusarem a servir, acaba o poder do tirano. Portanto, a sociedade servil depende do consentimento dos individuos; se eles resolverem nao mais obedecer a um rei e solucionar seus proprios problemas politicos, eles podem construir novas formas de relacao social. A politica Ao decidir fazer algo, o ser humano deve evar em conta seus interesses, O interes- se 60 objetivo quea decisio poder alcan- ar. Por exemplo: quando alguém decide estudar, acredita que, com um nivel mais, alto de conhecimento, poderé conseguir uma ascensio, seja profissional, social ou interior. Esse mesmo alguém prefere o estudo ao analfabetismo. Estao implicados nesta aco 0 interesse em ascender e a decisao de se alfabe- tizar. Em filosofia, isso ¢ 0 que chamamos de aalor. Todo ato humano est fundamentado em determinados valores, em determinados interesses; para dizer de outra maneira, sempre que fazemos alguma coisa, temos em mente algum objetivo a ser aleancado com aquela agio. Até aqui, a discussio se fez em um nivel particular. A discussio sobre a orientagéo das ages humanas em carter particular é chamada de ética; 6 ela quem pode nos ensinar a bem-conduzir nossas vidas. Mas, quando alguém procura conduzir a um ptiblico maior seu interesse e sua decisdo, a fim de que esse ptiblico se engaje, ele esté exercendo aquilo que denominamos de politica. Sea ética éa reflexio sobre a fundamentagao dos atos humanos em sua particu- laridade — isto é, no que diz respeito & vida privada de cada individuo —, a Politica é a reflexao sobre os atos humanos que se cometem em sociedade, na vida publica. O engajamento do ptiblico se dara pelos interesses que estiverem em jogo. Portanto, politica é a tomada de decisdes que visem objetivar interesses que irdo refletir na coletividade. Deve ficar claro para vocé que ética e politica devem sempre andar juntas, pois, se vivemos em sociedade, é muito dificil distinguir se determinadas ages que fazemos terdo consequéncias apenas pri- vadas ou se estenderdo para outras pessoas, na esfera piiblica. Apenas um exemplo:se alguém decide estudar para conseguir certa ascensio social, sso no diz respeito apenas a essa pessoa; para a coletividade, faz muita diferenca tomar parte dela um individuo analfabeto ou um individuo bem-formado, 28 Nomomento em que se fala sobre politica, logo vem A mente o governo. Faz-sea relacio de que fazer politica é governar. Se pensarmos assim, apenas poucas pessoas “fazem politica”. Mas serd que, de fato, a politica é apenas exercida na esfera do governo? ‘Também se fala muito que vivemos sob a forma de governo chamada democracia. Abrimos um jornal ou uma revista e Id esté essa palavra estam- pada. Na televiséo e no rédio também se diz muito sobre ela, Mas que coisa é essa? O que é a democracia? Voce ja pensou a respeito? A democracia Vamos recuar um pouco no tempo e dar uma olhada na pélis grega, que foi a primeira experiéncia histérica de de- mocracia. Os gregos, que no inicio eram tribos de pastores ndmades, aos poucos foram se fixando em determinadas regides, quando comesaram a dominar as. técnicas da agricultura e da pecuéria. Como os demais povos antigos, come- saram a constituir as cidades que, na sua lingua, chamaram de pélis. Mas as cidades antigas eram um tanto quanto diferentes das nossas, pois eram unidades politicas auténomas. O que significa isso? Ora, a cidade na qual Voce mora nao tem autonomia politica; ela pode criar algumas leis, mas esté submetida a uma série de leis estaduais, sendo que os Estados brasi- leiros, por sua vez, estio submetidos a leis federais. Nos dias de hoje, os paises so as unidades politicas autonomas. No tempo dos gregos antigos, era como se cada cidade fosse um verdadeiro pais, pois ela criava suas Proprias leis. Por exemplo: uma lei valida em Atenas poderia nao existir em Esparta ou em Delfo A convivéncia entre 0s individuos, 0 envolvimento com os negécios relativos a administracio da cidade, da polis 60 que eles chamavam de politica. Muitas formas os gregos criaram para administrar a cidade, dependendo de como as pessoas se envolviam com essas atividades. Quando apenas uma governava, chamavam de monarquia; quando era um grupo maior de pessoas que se envolvia com a administragao, chamavam de aristocracia. Num certo periodo da histéria de Atenas, uma das principais cidades gregas, por volta do ano 500 aC, um legislador chamado Clistenes resolveu fazer uma reforma radical, fazendo com que todos os cidadiaos se envelvessem com as atividades de administracao da cidade. Clistenes fez uma arrojada divisao do territério de Atenas, sendo que a cada unidade regional basica ele chamou de demos. Dos 30 demos que compunham a cidade eram sorteados os individuos que participa- tiam dos diversos conselhos administrativos, encarregados da criacao das leis e de sua execucao. A aprovagio das leis era feita pela Assem- bleia, que se reunia uma ver por més e da qual poderiam participar 29 todos os cidadaos. O nome democracia significa, portanto, governo dos demos, e nfo exatamente governo do povo como normalmente se diz. Se as decisdes eram tomadas nas Assembleias, os homens precisavam exercer seu poder de persuasao nos debates realizados em pracas ptiblicas. O resultado desses debates eram decisées que refletiam na vida de todos os habitantes da pélis. Para fazer valer seus interesses, um individuo precisava dominar com perfeicio as artes da ret6rica e da oratéria, para convencer os demais a votar naquilo que ele defendia. Nesse momento, quando os homens tentavam convencer uns aos outros sobre determinadas coisas, estavam em pé de igualdade. A igualdade que todos tinham de falar para a pélis na Assembleia. Entretanto, um tiltimo detalhe hist6rico 6 necessério: nesse periodo, a cidade de Atenas contava com uma populacio de aproximadamente 400 mil pessoas. Mas nem todas eram cidadiis: os 200 mil escravos nao eram conside- rados nem como gente; os 100 mil estrangeiros e mais as 60 mil mulheres e criangas nao tinham direitos politicos. Eram cidadaos apenas 40 mil indivi duos livres do sexo masculino. E eram esses 10% da populacao que participa- vam da administracao da cidade. Na Idade Moderna, quando as revolucées burguesas colocam fim ao regime feudal da Idade Média, a democracia volta a cena: é esse regime que ser implantado como o melhor meio de governar, em oposigao a monarquia que havia predominado até eno. Mas agora ja nao existem escravos e a unidade politica passou a ser o pais (temos 0 Estado-naciio e nao mais a cidade-Estado), o que permite que mesmo as pessoas nascidas em outras cidades tenham direitos politicos. Como garantir ent&o a parti- cipacdo de todos? A nogdo moderna de democracia como acesso de todos 0s individuos 4 administracao da sociedade passa pela questao da repre- sentatividade. Clistenes criou em Atenas uma democracia direta ou partici- pativa (todos os cidadaos participavam diretamente da administracao), a0 asso que a modernidade colocou a ideia de uma democracia representatioa, isto é, um sistema no qual os individuos elegem uma certa quantidade de Pessoas que vao represeittar seus interesses nos.assuntos de administracao da sociedade. A ideia é a seguinte: a aco democratica consiste em todos tomarem parte do processo decisério sobre aquilo que tera consequéncia na vida de toda a coletividade. Quem pode dizer o que ébom para todos? Aquelemesmo que ir provar — o préprio ser humano. Se nao de forma direta, pelo menos por meio de seus representantes, desde que ele se mantenha ativo e vigilante, acompanhando 0 trabalho daqueles que elegeu. Mas a democracia representativa, se supostamente garante 0 acesso de todos aos mecanismos do poder, também possibilita o fendmeno da margina- lizacao. 30 A marginalizagaéo ‘Vamos nos reportar novamente ao isola- politica mento. Os marginalizados politicos se re- =a tiram do proceso decisério e se afastam dos demais. Abdicam do direito de falar sobre assuntos de interesse coletivo. E a instituicao do siléncio politico. Hles o fazem porque acreditam que assim poderao resolver melhor seus problemas particulares. Na época das eleigies, desligam a TV na hora do horério eleitoral gratuito, ou a deixam ligada sem prestar atengio ao que os sujeitos dizem. No dia de votar, cumprem com seu dever votando em qualquer um, pois tanto faz: “So todos iguais, mesmo.” ‘Temos o abandono das questdes pubblicas e a excessiva preocupacéo com as questées particulares. Cria-se um amontoado de individuos que buscam t20-somente voltar seus olhos para si mesmos. Nesse amontoado, ninguém se Propée a falar. O tinico conselho dado é ndo aconselhar. Esses individtuos nao se Preocupam em votar em alguém que possa representar seus interesses e suas necessidades no governo. F parecem nao perceber que, queiram ou nao, vivem em meio a outros individuos, o que significa que sua vida depende dos outros e que aquilo que ele fizer também infiuenciard nas vidas alheias. O que significa isso? Relembrando que viver é acima de tudo con-viver, a esfera ptiblica sempre vai existir. Se sempre existird, alguém estard se ocupando dela. Quanto menos as pessoas participarem da politica mais os interesses daqueles que se ocuparam da esfera publica irdo prevalecer. As decisdes a serem tomadas serao baseadas nesses interesses particulares, e nao visando aos interesses coletivos. Osilencioso politico, queira ou nao, perceba isso ou nao, assume o que foi decidido pelos outros, sem nem mesmo colocar a puiblico seu interesse. Portanto, assume a obediéncia e abdica da autodirecdo. Herda o status de governado e nao o de governante. Quem prioriza em demasia suas questées particulares, priva-se da autodeterminacio. Mas as engrenagens da maquina de governo democratica nao param de funcionar apenas porque algumas pessoas — mesmo que sejam milhares ou miles — nao dio atencio a elas. Elas continuam a fabricar as leis e 03 mecanismos sociais por meio daqueles, mesmo que sejam poucos, que esto participando, Mas é claro que estaré funcionando segundo as ideias e os interes- ses dos que participam e nao daqueles que se omitem, ‘A democracia representativa permite ao individuo se esconder atrés de si mesmo e nio participar, porque assim ele se exime da responsabilidade pelas, questdes politicas. fi mais facil afirmar que a questo da inflacao é um problema dogoverno, quesao os “politicos” que precisam resolvé-la, Mas esses individuos ‘se esquecem de que a inflacio tem consequéncias sérias na sua vida particular, e que ele jamais poderd dar conta delas sozinho. As questées ptiblicas so respon- sabilidade de todos nés e, mesmo que alguns individuos tenham sido eleitos Para cuidar delas, ndo basta que eles ajam, é necessério que cada um de nés, como membro dessa sociedade, faca a sua parte— por menor que seja. ai A agéo Ao trazer a tona 0 fato da marginalizacao cidadé politica, podemos perceber que ela se vol- a5 ta contra o prdprio ser humano. Quando 08 individuos se recusam a participar das decisdes sociais, estdo se recusando a deci- dir sobre suas proprias vidas. Estéo aceitando que os problemas que dizem respeito a suas vidas sejam pensados e resolvidos por outras pessoas. Estamos, ‘entio, cara a cara com uma sociedade servi. Atestado 0 problema, é imperative que se encontre a solugao. Essa solugao é a participacio dos cidadaos nas questdes publicas. Entenda-se aqui cidadao como uma categoria de mobilizacéo e no de localizacao. Para os gregos antigos, 0 politico era aquele que participava dos negécios da pélis. Quando a cultura grega foi assumida ¢ difundida pelos romanos, que fala- vam latim, a polis virou a cive em sua lingua. E da palavra latina cive que se origina a palavra cidade, no portugués, e é também dela que vem a palavra cidadao. Portanto, cidadania é sindnimo de politica no sentido grego, assim como cidadao e politico sao a mesma coisa. O cidadao nao espera que 0 outro lhe dé as condigées necessérias para participar, pois essas condicdes brotam de si mesmo. E a autodeterminaca Ocidadao sabe que é preciso buscar; é preciso conquistar. E uma aco que nao se acaba. O cidadao é sobretudo o participante. Para ter uma participacao politica efetiva, os cidadaos devem se organizar Para a defesa de interesses comuns, adquirindo ver.e voz. Estamos nos referindo passagem do servilismo para 0 exercicio da auténtica destinacio da vida. Pela associagao de todos os cidadiios, manter-se-d viva a nogio de que © ser humano con-vive e far-se-d a defesa da democracia como a forma de governo que permite essa efetiva participacao. E, com ela, os membros da sociedade nao esperaréo 0 chamamento, pois estarao participando por livre e espontanea vontade. = Texto complementar ACOTOVIA E 0S SAPOS {adaptagaio livre de uma fébula chinasa) Era uma vez uma sociedede de sapos que vivia no fundo de um poco escuro @ profundo, do qual absolutamente nada se via do mundo exterior. Eram gavernados por um enorme Sapo-Chefe, um valentéo que afirmava, sob pretextos um tanto bios, ser dono do pogo e de tudo quanto nele salteva ou rastejava. O Sapo-Chefe jamais movia uma palha para se alimentar ou se manter, vivendo do trabalho de

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