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Poesia Entre o Cais e o Hospital

Geme no cais o navio cargueiro


No hospital ao lado, o homem enfermo.
O vento da noite recolhe gemidos
Une angstias do mundo ermo.
Maresia transborda do mar em cansao,
Odor de remdios inunda o espao.
Mquina e homem, ambos exaustos
Um, pela carga que pesa em seu bojo
Outro, na dor tomando o seu corpo.
Cais, hospital: Portos de espera
E comeo de fim da longa viagem.
Chamins de cargueiros gritando no mar,
Garganta do homem em gemidos no ar.
No fundo, o universo,
O mar infinito,
O cu infinito,
O esprito infinito.
Neblinados em tristezas e medos
Surgem silncios entre os rochedos.
Chamins de cargueiros gritando no mar
E a garganta do homem em gemidos no ar.

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