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Os CIAMs e os projetos de Le

Corbusier
História da Cidade e do Urbanismo V
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs
• Em 1928, o modelo progressita é vastamente
difundido pelo grupo dos CIAMs – Congressos
Internacionais de Arquitetura Moderna, onde se
reuniam tanto europeus, como posteriormente
estadunidenses, brasileiros e japoneses.

• Os CIAMs passa por três fases fundamentais:


- de1928 a 1932, tratou sobretudo de problema
habitacionais, ampliando progressivamente seu campo
de estudo: habitações a baixos custos, racionalização
da construção;
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs

- a segunda fase, de 1932 a1947, é fortemente influenciada


por Le Corbusier. Neste período serão abordadas as questões
do planejamento urbano sob uma ótica funcionalista. É o
período onde é formulada a Carta de Atenas, e onde o
CIAM terá mais influência na urbanística e na organização
das cidades devido ao período pós-guerra ;
- a terceira fase - de 1947 a1959 - quando se tenta
ultrapassar a concepção considerada abstrata cidade
funcional (TEAM X), apontado a necessidade de um
ambiente físico que satisfizesse as necessidades emocionais
e materiais do homem.
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs
•Em 1933, se formula um o principal marco do
pensamento modernista: Carta de Atenas;

•Será tornada pública em 1941, por iniciativa de Le


Corbusier que redige o texto final, e que era seu
principal mentor.

•A morfologia contida nos postulados da Carta vai ter


forte influência na produção técnica e nas realizações
do pós-guerra de 1945 até o final dos anos 70.
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs

O International Style é o estilo que unifica e traduz a


convergência criada pelos CIAM. A difusão da noção
dos preceitos da arquitetura moderna segundo uma linha
única e coesa, tornou mais fácil a sua divulgação e
reprodução pelo mundo.
O International Style traduz um conjunto de vertentes
essencialmente européias (Gropius, Mies e Le
Corbusier), além de uma outra vertente, de origem
norte-americana, ligada à Frank Lloyd Wright – modelo
naturalista.
O urbanismo das vanguardas modernas
CIAMs
• Os modernistas progressistas rejeitam qualquer
sentimentalismo com respeito ao legado estético do passado;
• Das cidades antigas, que devem ser replanejadas, eles só
mantém o alinhamento. Algumas construções maiores
promovidas a dignidade de símbolo e à função museológica
são mantidas;
• Rompe-se com as formas tradicionais de construção dos
edifícios e das cidades;
• Não se tratava apenas de estabelecer diferenças de processos
construtivo, materiais ou estilos entre os projetos novos e
antigos, mas antes de tudo construir uma arquitetura
diferente, liberta e oposta à qualquer continuidade histórica.
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs

A cidade do século XX precisa reavaliar a “sua


revolução industrial”, não basta empregar
sistematicamente os materiais novos, o aço e o
concreto, que permitem uma mudança de escala
e de tipologia,

é preciso aplicar métodos de standartização e


mecanização da indústria na construção para
obter a eficácia moderna.
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs
As quatro funções principais
(HABITAR, TRABALHAR,
CULTIVAR O CORPO E O
ESPIRITO, e CIRCULAR)
engendrariam áreas específicas;
a cada função seu espaço
específico.
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs
As funções são hieraquizadas em ordem de importância:
1. área de residência, isto é a função de habitar, ocupa o lugar
principal;
2. as atividades produtivas são colocadas no mesmo nível
3. as atividades recreativas são reavaliadas, e requerem espaços livres
apropriados (as zonas verdes para o jogo e para o esporte perto das
casas, os parques dos bairros, os parques da cidade)
4. a circulação deverá organizar a cidade existente; o grande objetivo
é circular bem, em vias hierarquizadas que privilegiem o
deslocamento. A rua-corredor, com as calçadas para os pedestres e
o asfalto onde se misturam todos os tipos de veículos deve ser
substituída por um sistema de percursos separados para pedestres,
bicicletas, os veículos lentos, e os veículos velozes.
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs

As determinações culturais também são deixadas de


lado em nome da racionalidade, colocada a serviço da
eficácia e da estética.

A preocupação com a eficácia manifesta-se antes de tudo


na importância atribuída a questão da saúde e da higiene;
esta preocupação faz com se defenda uma cidade parque
com espaços abertos, e edifícios isolados no sol e no
verde.
O urbanismo das vanguardas modernas CIAMs
A composição urbana
Os arquitetos modernos defendem a necessidade de se abandonar por
completo o quarteirão e a rua, elementos morfológicos da cidade
tradicional.
O quarteirão se transforma em alojamento, nas suas diferentes
forma: bloco, a torre, o complexo, a moradia. Estas unidades são
dispostas no terreno em função de necessidades higiênicas, de
insolação, de arejamento e de acessos.

A Carta de Atenas faz a apologia do edifício alto e isolado em lugar


de destaque, que se impõe à paisagem e proporciona ar, sol, vistas e
salubridade.
O urbanismo das vanguardas modernas - CIAMs
Proposta de Le Corbusier:
Cada unidade de habitação, alta de 50 metros separada da
outra por uma distância de 150 metros, espaço que será
transformado em parque.

Classificação das vias: estradas nacionais, estradas


municipais, vias reservadas à circulação de veículos, sem
acesso de pedestres, ruas comerciais, vias conduzindo
veículos á porta das casas, vias servindo à zonas verdes
onde se localizam escolas e instalações esportivas.
O urbanismo das vanguardas modernas – Le
Corbusier
Charles-Edouard
Jeanneret-Gris,
pseudônimo -
Le Corbusier
1887-1965
Le Corbusier

Uma cidade!
É o domínio do homem
sobre a natureza. É uma
ação humana contra a
natureza, um organismo
humano de proteção e de
trabalho. É uma criação.
Le Corbusier

Uma cidade é um
instrumento de trabalho.
As cidades já não
cumprem normalmente
esta função. São
ineficazes: desgastam o
corpo, contrariam o
espírito.
Le Corbusier

Um mundo em ordem
A casa, a rua, a cidade são pontos de aplicação do
trabalho humano; devem estar em ordem (…); em
desordem, elas se opõem a nós, nos entravam,
como nos entravava a natureza ambiente que
combatíamos, que combatemos todos os dias. (15)
Le Corbusier

A geometria
Manière universelle (1648)
é o meio que nos propiciamos Abraham Bosse (1602-1676)

para perceber à nossa volta e


para nos exprimir. A
geometria é a base. É também
o suporte material dos
símbolos que significam a
perfeição, o divino. Ela nos
traz as elevadas satisfações da
matemática.
Le Corbusier
A vertical, a mobilidade, o equilíbrio, a singularidade, a
constância.

Para trabalhar, o homem necessita de constantes. Sem constantes nem sequer poderia dar um
passo diante do outro. O ângulo reto , (por sua constância), é o instrumento necessário e
suficiente para agir pois serve para fixar o espaço com rigor perfeito. O ângulo reto é lícito,
mais, faz parte de nosso determinismo, é obrigatório. (20)
Le Corbusier

Método
Classifiquemos. Três espécies de população: os
citadinos permanentes; os trabalhadores cuja vida se
desenrola metade no centro e metade nas cidades-
jardins; as massas operárias que dividem seus dias nas
fábricas de subúrbio e nas cidades. Essa classificação é,
a bem dizer, um programa de urbanismo. Objetivá-la na
prática é começar a depuração das grandes cidades.
(93)
Le Corbusier
O centro

Infelizmente, as pessoas se haviam tornado o motor enferrujado de um velho


automóvel: o chassi, a carroceria, os bancos (a periferia das cidades), tudo ainda
funciona, mas o motor (o centro das cidades) está emperrado. É a parada. O centro das
cidades é um motor emperrado. Assim se enuncia o primeiro problema do
urbanismo. (86)
Le Corbusier
A extensão A exclusão
O centro das cidades está Portanto, penso bem friamente que
mortalmente doente, sua cumpre chegar a essa idéia de
periferia está corroída como demolir o centro das grandes cidades
por uma verminose. Criar e de reconstruí-lo, e que cumpre
uma zona livre de extensão abolir o cinturão de miseráveis dos
é este o segundo problema subúrbios, transportar estes para mais
do urbanismo. longe, e, no local em que estavam,
instituir, pouco a pouco, uma zona de
proteção livre que, no momento
oportuno, dará perfeita liberdade de
movimentos... (87)
Le Corbusier
Eis-nos conduzidos a formular as bases do urbanismo moderno com quatro
postulados brutais, concisos, que respondem com exatidão aos perigos
ameaçadores:
• Descongestionar o centro das cidades para fazer frente às
exigências do trânsito;
• Aumentar a densidade do centro das cidades para realizar o
contato exigido pelos negócios;
• Aumentar os meios de circulação, ou seja, modificar
completamente a concepção atual da rua que se acha sem efeito
ante o fenômeno novo dos meios de transporte modernos: metrôs
ou carros, bondes, avião;
• Aumentar a superfície arborizada, único meio de assegurar a
higiene suficiente e a calma útil ao trabalho atento exigido pelo
ritmo novo dos negócios. (91)
Le Corbusier
A rua moderna!

Pois a forma da rua não é adaptada. A rua-corredor já


não pode subsistir. É preciso criar outro tipo de rua. A
rua não é mais a trilha de vacas, mas uma máquina de
circular, um aparelho respiratório, um órgão novo,
uma construção em si de importância decisiva, uma
espécie de fábrica de comprido; que lhes são
necessários um ou dois andares, e que se poderia, com
um simples apelo ao bom senso, começar a realizar
cidades pilotis. (110-112)
Le Corbusier

Racionalização

O número das ruas atuais deve ser diminuído em dois terços. (…) O
cruzamento das ruas é inimigo do trânsito. O número das ruas atuais é
determinado pela história mais longínqua. A proteção da propriedade
salvaguardou quase sem exceção o menor atalho do povoado primitivo e erigiu-
o em rua (...) Ruas assim se cortam a cada 50 metros (...) Vem então o
engarrafamento ridículo. (..//..) Minha cidade é traçada sobre um quadriculado
regular de ruas espaçadas de 400 metros e cortadas às vezes a 200 metros.
Le Corbusier

A casa...

... coloca novamente o problema da arquitetura ao colocar o dos


meios de realização totalmente novos, ao colocar o de um plano
completamente novo, adaptado a um modo de vida novo, ao colocar
o da estética resultante de um estado de espírito novo. (VIII)
Le Corbusier

O apartamento é um conjunto de elementos mecânicos e arquiteturais que


garantem nossa segurança e nosso conforto. Falando de urbanismo, podemos
considerar o apartamento como uma célula. As células, pela vida em sociedade,
são limitadas a modos de agrupamento, a cooperações ou a antagonismos que
constituem um dos elementos essenciais do fenômeno urbano. (…) sentímo-nos
livres em nossa célula (e sonhamos habitar em algum lugar uma casa isolada para
assegurar a nossa liberdade); e a realidade nos mostra que o agrupamento de
células causa prejuízo à nossa liberdade (…) É possível, pela ordenação lógica das
células atingir a liberdade pela ordem. (201)
Le Corbusier
A série

Consequência da série: o standard, a perfeição (criação de padrões). A série


domina tudo. Já não podemos produzir industrialmente, a preços normais, fora
da série; impossível resolver o problema da habitação fora da série. Os
canteiros de obras devem ser fábricas, com seus estados maiores e suas
máquinas, suas equipes taylorizadas (217)
Le Corbusier
As células (as moradias) se
equilibrarão sobre vinte, quarenta,
sessenta andares. O homem
sozinho, com seu 1m. 75 de altura,
Escala humana
mecânica inalterável, se inquietará
nas ruas de sua cidade com
construções gigantescas.
Povoemos pois o vazio penoso
dessa imensa diferença
introduzindo entre os homens e
sua cidade uma média
proporcional que satisfaça suas
medidas, que esteja numa escala
em comum.(...) É preciso
plantar árvores!
Ville Radieuse, Sans lieu, 1938
Ville Radieuse, Sans lieu, 1938
Ville Radieuse, Sans lieu, 1930
Main Ouverte, Chandigarh, Inde, 1950 -
Maison de la Culture 1965
Villa Jaquemet 1907 Chapellenotredameduhat 1950 - 1955

Convento de Saint-Marie de La
Tourret 1953
Le Corbusier no Brasil

INFLUÊNCIA

Lucio Costa e demais modernistas

1929 – Primeira visita, conferências sobre urbanismo


elaborou um plano urbanístico para o Rio de Janeiro que incluía um projeto de
alojamentos para as classes populares.

"Tentei a conquista da América movido por uma razão implacável e pela grande ternura
que voto às coisas e às pessoas. Compreendi, entre esses irmãos apartados de nós pelo
silêncio de um oceano, os escrúpulos, as dúvidas, as hesitações e os motivos que
explicam a condição atual de suas manifestações. Confiei no amanhã. Sob uma luz como
esta, a arquitetura há de nascer." (Le Corbusier. Précisions)

1936 - Esboço original para o Ministério da Educação e Saúde


Esboço para a Cidade Universitária
Cité Universitaire, Rio de Janeiro, Brasil, 1936
Cité Universitaire, Rio de Janeiro, Brasil, 1936
Cité Universitaire, Rio de Janeiro, Brasil, 1936
Cité Universitaire, Rio de Janeiro, Brasil, 1936
Urbanisme, Rio de Janeiro, Brasil, 1929
URBANISMO
1- A Sociedade Francesa dos Arquitetos e Urbanistas foi
fundada em 1914;
2- O Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris foi
criado em 1924;
3- O Urbanismo passou a ser ensinado na Escola de Belas
Artes de Paris a partir de 1953;
4 – A cadeira de Urbanismo entrou no currículo do Curso de
Arquitetura da Escola de Belas Artes da Universidade do
Brasil em 1931 pelo então diretor Lucio Costa;
5- A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo se separou da
Escola de Belas Artes em 1945 e o Curso de Urbanismo
começou a funcionar em 1953.

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