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MAUÁ
2006
FÁBIO ESPÍNDOLA CHAGAS FAÇANHA
MAUÁ
2006
DEDICATÓRIA
Aos meus pais pelo amor, apoio e por me ensinar o caminho certo.
ATIVO PASSIVO
Obrigações
Disponível Passivo Exigível a Longo Prazo
Diferido
Classificação do Ativo:
Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em
dinheiro, dentro do prazo de doze meses. Divide-se nos subgrupos:
Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas.
Ex.: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações de Liquidez Imediata etc.
Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até doze meses.
Ex.: Duplicatas a Receber ou Clientes, Impostos a Recuperar, (-) Duplicatas
Descontadas, (-) Provisão para Devedores Duvidosos. Estas duas últimas contas representam
contas retificadoras da conta duplicatas a receber ou clientes e são classificadas no ativo,
tendo saldos credores, por isso são demonstradas com o sinal (-) etc.
Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a
atividade da entidade, como produtos acabados, produtos em processo de fabricação,
matérias-primas e mercadorias.
Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que serão
consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte.
Ex.: Seguros a vencer, Aluguéis a vencer e Encargos a apropriar etc.
Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a entidade alcance
seus objetivos. Divide-se nos subgrupos: Investimentos, Imobilizados e Diferido.
Investimentos: as contas representativas dos bens e direitos por participações
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não
classificáveis no Ativo Circulante, que não se destinem à manutenção da atividade da
sociedade.
Ex.: Imóveis para aluguel, Participações em Coligadas, Participação em Controladas e
Obras de Arte, Provisões para Perdas etc.
Imobilizados: as contas representativas dos direitos que tenham por objeto bens
destinados à manutenção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
Ex.: Imóveis, Veículos, Instalações, Móveis e Utensílios, Benfeitorias em Propriedades
de Terceiros, Depreciação, Exaustão e Amortização Acumulada, Marcas e Patentes, Direitos
Autorais, Máquinas e Equipamentos etc.
Diferido: as contas representativas das aplicações de recursos em despesas que
contribuirão para a formação do resultado de exercício(s) futuro(s).
Ex.: Gastos de Implantação, Gastos Pré-operacionais, Gastos com Modernização e
Reorganização.
Classificação do Passivo:
Passivo Circulante: composto por todas as obrigações que vencerem no exercício
social seguinte.
Ex.: Fornecedores, Salários e Encargos a Pagar, Provisão para Férias, Empréstimos,
Debêntures, Encargos Financeiros a Pagar, Impostos a Recolher, Provisão para Imposto de
Renda etc.
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Investimentos 365.627
669.890 680.721
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Investimentos 376.194
806.702 802.179
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Investimentos 380.101
901.660 791.051
Despesas Operacionais
(406.842)
Despesas Operacionais
(445.441)
Despesas Operacionais
(451.993)
Amort. ágio na recompra de ações (9.520) (0,4) (9.520) (0,4) (9.520) (0,3)
Amort. ágio na recompra de ações (9.520) 100,0 (9.520) 0,0 (9.520) 0,0
Os índices de atividade têm como função “medir a rapidez com que várias contas são
convertidas em vendas ou em caixa” (GITMAN, 2002, p. 112). Estes índices mensuram as
diversas durações de um ciclo operacional, o qual envolve todas as fases operacionais típicas
de uma empresa, que vão desde a aquisição de insumos básicos ou mercadorias até o
recebimento das vendas realizadas. Para a redução desse período e, conseqüentemente, das
necessidades de investimentos, as empresas utilizam-se normalmente dos prazos para
pagamentos de estoques adquiridos e de operações bancárias de desconto de duplicatas
representativas das vendas de crédito.
Há vários índices disponíveis para medir a atividade das contas circulantes mais
importantes, que incluem os estoques, as duplicatas a receber e a pagar.
Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE): indica o tempo médio necessário
para a completa renovação dos estoques da empresa. É calculado da seguinte maneira:
Fórmula: Estoques Médios
Custo dos Produtos Vendidos
Considerando os dados publicados pela empresa Pirelli Pneus S.A. do ano de 2005
temos:
PMRE = 271.153 (+) 270.445
2 x 360 = 48,2963 = 49 dias
2.018.534
Interpretação: quanto maior for este índice, maior será o prazo em que os diversos
produtos permanecerão estocados e, conseqüentemente, mais elevados serão os investimentos
em estoques, portanto, quanto menor melhor.
Analisando o caso da Pirelli Pneus S.A. os $271.153 é o valor do estoque informado
no Balanço de 2004 e os $270.445 o de 2005, que calculando a média desses dois fatores para
prosseguir com a resolução da fórmula, constatamos que a empresa vem girando seu estoque
no prazo de 49 dias.
PMRE PMRV
CICLO FINANCEIRO
PMPC
CICLO OPERACIONAL
PMRE PMRV
CICLO FINANCEIRO
PMPC
Margem Líquida: indica quanto à empresa obtém de lucro para cada unidade
monetária vendida. A Margem Líquida é uma medida bastante citada para indicar o
sucesso da empresa em termos da lucratividade sobre vendas. O cálculo é feito da
seguinte forma:
Fórmula: Lucro Líquido
Vendas Líquidas
Considerando os dados publicados pela empresa Pirelli Pneus S.A. do ano de 2005
temos:
Margem Líquida = 212.404 = 0,0777
2.732.732
Interpretação: quanto maior melhor. Analisando o caso da Pirelli Pneus S.A. obteve
um resultado de 0,0777 significando que para cada $1,00 vendido tem de retorno $0,08.
2.5 Alavancagem
Operacional
Receita de Vendas
( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
Lucro Bruto
( - ) Despesas Operacionais
Lucro antes dos Juros e IR (LAJIR)
Alavancagem
( - ) Juros
Total
Alavancagem
Considerando os dados publicados pela empresa Pirelli Pneus S.A. no ano de 2005, e
projetando uma variação de aumento e diminuição de 6% nas vendas, temos:
Alavancagem Operacional
Variação nas Vendas ( + ) 6% ( - ) 6%
Receita de Vendas 3.548.056 3.760.939 3.335.173
( - ) Custos Varáveis 2.355.533 2.496.865 2.214.201
(66,3894% da Receita)
Alavancagem Total
( - ) Custos Fixos 906.010 906.010 906.010
25% : 6% = 4,16
LAJIR 286.513 358.064 214.962
Variação no LAJIR ( + ) 24,9730% ( - ) 24,9730%
Alavancagem Financeira
LAJIR 286.513 358.064 214.962
Resultado não operacional (0,6359% do LAJIR) 1.822 2.277 1.367
LAIR 288.335 360.341 216.328
( - ) Imposto de Renda (26,3343% do LAIR) 75.931 94.893 56.969
Lucro Líquido 212.404 265.448 159.360
Lucro por ação (0,00062% do Lucro Líquido) 1,32 1,65 0,99
Variação no LPA ( + ) 25% ( - ) 25%
GAF = 25 = 1,0011
24,9730
Interpretação: a empresa mantendo a mesma estrutura de custos, para cada 1% de
variação no volume do LAJIR, verificará uma variação de 1,0011% no seu LPA (Lucro por
ação).
O Grau de Alavancagem Total mede o impacto total proporcionado pelos custos fixos
na estrutura operacional e financeira da empresa. Podemos usar duas fórmulas para calcular:
GAT = Variação% no LPA ou GAT = GAO x GAF
Variação% nas vendas
Aplicando as fórmulas temos:
GAT = 25% = 4,16 GAT = 4,16 x 1,0011 = 4,16
6%
Interpretação: a empresa mantendo a mesma estrutura de custos, para cada 1% na
variação da estrutura operacional e financeira, verificará uma alavancagem total de 4,16%.
CAPÍTULO 3
ANÁLISE DO QUADRO CLÍNICO E PROJEÇÕES FINANCEIRAS
Liquidez
1,4
1,2
0,8
0,6
0,4
0,2
0
2003 2004 2005
Anos
Endividamento
Endividamento
0,8
0,6
0,4
0,2
0
2003 2004 2005
Anos
Atividade
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
2003 2004 2005
Anos
Ciclo Financeiro
Conjugando os três índices de rotação (PMRE, PMRV e PMPC), temos uma idéia do
ciclo financeiro da empresa:
Ciclo Financeiro
PMPC 164 dias
(80) dias
T1 T2 T3 T4
FIGURA Nº. 03 CICLO FINANCEIRO DA EMPRESA PIRELLI PNEUS S.A.
Fonte: GITMAN, 2002.
Na figura acima, temos o ciclo financeiro da empresa Pirelli Pneus S.A. que, em 2005
apresentou -80 dias, isto é, a empresa compra no T1; vende em T2 (com um PMRE de 49
dias); recebe em T3 (com 35 dias depois de ter vendido) e paga em T4 (com o PMPC de 164
dias), ou seja, o dinheiro entra primeiro em T3 e depois é efetuado o pagamento aos
fornecedores em T4. Desta forma a empresa está sendo financiada pelos seus fornecedores.
Podemos considerar a atividade da empresa como um ponto fortíssimo, pois é muito
difícil uma empresa conseguir receber o valor de suas vendas num prazo muito inferior aos
negociados com seus fornecedores. Isto é normal acontecer em redes de supermercados,
porque o dinheiro entra no momento que é retirado o produto das prateleiras e o pagamento de
seus fornecedores é sempre depois.
O importante é a empresa garantir o seu ciclo financeiro sempre negativo, para que
possa gerar os recursos com as receitas de suas vendas e não com captação de Capitais de
Terceiros.
Rentabilidade
Rentabilidade
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
2003 2004 2005
Anos
Em 2004, a empresa garantia uma Taxa de Retorno sobre o Ativo Total (ROA) de 10%
considerando riscos que podem ocorrer no negócio. Enquanto que o Governo garantia uma
taxa sem nenhum risco de 9,01%, já com a diminuição da inflação do ano. Com base nesta
análise, podemos concluir que é vantajoso para o investidor investir nos títulos do Governo do
que na empresa, considerando o retorno garantido pelo Governo de 9,01% sobre o valor
aplicado. Por outro lado, a empresa garantia uma Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido
(ROE) de 11,12%, que cobre a porcentagem de retorno sobre o Ativo Total. Desta forma a
empresa garante um retorno maior para o investidor do que os títulos do Governo.
Em 2005, a empresa garantia uma Taxa de Retorno sobre o Ativo Total (ROA) de
9,9%. Enquanto que os investimentos nos títulos do Governo garantiriam um retorno de
13,91%, já com a diminuição da inflação. Com está análise fica claro que a melhor situação
para o investidor é investir nos títulos do Governo do que na empresa. Por outro lado, a
empresa garantia uma Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de 26,66%, que
cobre a porcentagem de retorno sobre o Ativo Total. Desta forma podemos concluir que é
viável para o investidor investir na empresa do que nos títulos do Governo, vislumbrando um
retorno maior sobre o valor aplicado.
Com todos os índices de rentabilidade em declínio, podemos considerá-los ainda como
um ponto forte da empresa, pois conforme os comparativos feitos anteriormente entre os
retornos da empresa com os dos títulos do Governo, concluiu-se que os retornos propiciados
pela empresa são ainda maiores.
Com as análises de todos os índices financeiros e econômicos foi possível identificar
os pontos fortes e fracos e uma visão clara sobre a situação financeiro-econômica da empresa
Pirelli Pneus S.A. Desta maneira, o administrador financeiro da empresa pode fornecer
suporte para o administrador da empresa para tomar decisões seguras considerando todos os
recursos e limites da empresa.
Os 35% estimados para retorno sobre as vendas foram distribuídos ao ano conforme o
resultado da fórmula abaixo:
Fórmula: [(Taxa/100) +1]1/x
Considerando a taxa de 35% temos:
Ao ano = [(35/100) +1] 1/5 = 1,061858759
A cada ano o valor da Receita de Vendas é multiplicado por 1,061858759 gerando ao
final do ano de 2010 um retorno de 35%.
Os 7% estimados de aumento sobre os Custos Fixos também foram calculados da
mesma forma:
Ao ano = [(7/100) +1] 1/5 = 1,013623698
A cada ano o valor do Custo Fixo é multiplicado por 1,013623698 gerando ao final do
ano de 2010 um aumento de 7%.
Os retornos sobre a Receita de Vendas de 35% serão decorrentes de vários esforços e
investimentos:
Desenvolvimento de novos produtos;
Esforços de marketing;
Aumento da participação de mercado e outros.
O aumento dos custos fixos de 7% será decorrente de aspectos como:
Aumento da mão-de-obra;
Aumento das instalações e maquinários;
Aumento das despesas gerais e administrativas;
Aumento das despesas com água, luz, comunicações e outros componentes do custo
de produção.
Nos custos variáveis utilizamos à mesma porcentagem da Análise de Alavancagem
66,3894% da Receita de Vendas, que resultou em 35% de aumento no final de 2010.
Os custos variáveis terão esta variação em virtude do aumento da produção. As
matérias-primas, materiais secundários e embalagens utilizados para a fabricação dos
produtos aumentarão decorrentes dos investimentos nas instalações, equipamentos e máquinas
para atender ao aumento de demanda.
O Lucro Operacional teve variações a cada ano. De 2005 para 2006 foi estimado um
aumento de 21,44%, de 2006 a 2007 de 18,92%, de 2007 a 2008 17,04%, de 2008 a 2009
15,58% e de 2009 a 2010 de 14,43%. A empresa finalizará em 2010 com uma Receita de
Vendas de $4.789.876 e um Lucro Operacional de 13,37% dessa receita. De 2005 para 2010 o
Lucro Operacional teve um aumento de 123,54%.
A projeção financeira não é exata, ou seja, ela não fornece uma visão verdadeira do
que irá acontecer no futuro, mas possibilita ao administrador financeiro estimar valores como
metas para a empresa alcançar estes resultados.
O futuro ninguém consegue prever. Os valores estimados na projeção financeira até o
ano de 2010, têm como base os avanços que a empresa teve nos últimos anos, uma visão de
como estará o mercado financeiro durante os próximos anos e as metas que a empresa
pretende alcançar até 2010.
CONCLUSÕES
O estudo das finanças empresariais pode parecer bastante complexo, repleto de
fórmulas e estruturas jurídicas complicadas. Porém, a base do raciocínio financeiro já faz
parte do ser humano e baseia-se no pensamento fundamentalista.
Apesar dos modelos complexos que são criados e de todas as novas teorias, o objetivo
central das finanças empresariais, tomando como por base o fundamentalismo, é orientar as
ações de uma empresa com o objetivo de obter lucros.
Todos esses conhecimentos apresentados nesta pesquisa garantem ao administrador
financeiro uma visão clara e fundamentalista da situação financeiro-econômica da empresa.
Com estas análises financeiras é possível fornecer suporte ao administrador da empresa para
tomar decisões com mais segurança, aproveitando todos os recursos disponíveis dela.
O problema central da pesquisa informa que muitos administradores financeiros
preocupam-se apenas em negociar taxas de empréstimos nas instituições financeiras e não
desenvolvem análises financeiras para verificar o andamento da empresa, isto é preocupante,
pois a empresa só pode tomar decisões se tiver uma base fundamentalista da sua situação
financeira. Devido a este problema, busquei desenvolver uma pesquisa objetivando apresentar
todas as estruturas das demonstrações financeiras e todo o conjunto de análises financeiras e
econômicas que podem ser feitas para obter uma visão clara do progresso do negócio.
O administrador financeiro precisa estar interligado com todos os departamentos da
empresa. É preciso ser um gestor financeiro. Buscar conhecimentos de todos os processos
para que suas análises sejam coerentes e de acordo com as condições que a empresa
apresenta.
O gestor financeiro tendo todos os conhecimentos dos processos da empresa, da
estrutura e análise das demonstrações financeiras, é necessário ainda estar interado sobre as
mudanças no mercado financeiro. O mercado financeiro muda constantemente e para proteger
a empresa destas mudanças e buscar beneficiar-se com elas é preciso que o gestor financeiro
esteja muito bem informado sobre todas as mudanças neste mercado.
Com todos os conhecimentos apresentados nesta pesquisa e com informações sobre o
mercado financeiro, o gestor financeiro garante suporte total para o administrador da empresa
tomar decisões seguras que desencadearão grandes retornos financeiros para a empresa.
REFERÊNCIAS
ASSAF, Alexandre Neto. Finanças corporativas e valor. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Contabilidade introdutória. 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
NEVES, Silvério; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade básica. 10 ed. São Paulo:
Frase, 2002.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.