O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da aids e ao seu diagnóstico. Os estigmas relativos ao HIV/aids são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos.
Leia mais em: http://www.aids.gov.br/final/dia_mundial/dia_mundial.htm
Os novos dados revelam que a epidemia de aids no Brasil está num
processo de estabilização, embora em patamares elevados, tendo sido diagnosticado, em 2003 um total de 32.247 casos novos com uma taxa de 18,2 casos por 100 mil habitantes,. Entre os anos de 1980 e 2004 foram registrados um total de 362.364 casos no País. A tendência à estabilização da incidência da doença é observada apenas entre os homens, que registrou, em 2003, 22,6 casos por 100 mil homens, menor do que a observada em 1998, de 26,3 por 100 mil. Entretanto, observa-se ainda o crescimento da incidência em mulheres, tendo sido observada a maior taxa de incidência em 2003: 14,0 casos por 100 mil mulheres.
A tendência de aumento da incidência da doença também foi observada em
todas as regiões geográficas, com exceção da região Sudeste, que apresentou, em 2003, taxa de incidência menor do que a observada em 1998. Nas demais regiões, o crescimento ainda é pronunciado, principalmente nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. Os casos masculinos devido à transmissão pelo uso de drogas injetáveis continuam a decrescer, os casos devido a transmissão homo/bissexual mantiveram-se estabilizados em cerca de 26%, e aqueles casos devido a transmissão heterossexual continuam com tendência crescente. A doença vem atingindo, também, de maneira importante, os indivíduos com menor escolaridade, principalmente as mulheres. Embora as informações sobre raça/cor somente passaram a ser registradas a partir de 2001, é interessante observar que, entre 2001 e 2004, mais de 60% dos casos de aids masculinos foram considerados brancos, sofrendo pouca variação no período analisado; já entre as mulheres, observa-se redução na proporção de casos na raça/cor branca, compensada pelo aumento na proporção de casos na parda, de 25%.
A mortalidade por aids foi 2% maior em 2003 do que a registrada em 2002,
com 11.276 óbitos. A taxa de mortalidade permaneceu estável em 6,4 óbitos por 100 mil habitantes e em 8,8 por 100 mil homens, mas manteve a tendência crescente entre as mulheres e nas regiões Sul, Norte e Nordeste (Leia mais no site: http://www.aids.gov.br/final/dados/aids.htm)