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Mercosul aprova eliminação da dupla cobrança da

Tarifa Externa Comum


Do UOL Notícias, 03/08/2010.

Os países que compõem o Mercado Comum do Sul (Mercosul)


aprovaram nesta terça-feira (3) um programa para a eliminação da dupla
cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) no intercâmbio comercial entre os
membros do bloco, em uma cúpula que foi considerada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva como a “mais importante, mais produtiva e mais coesa” de
que já participou. Atualmente, um produto que ingressa no Mercosul pelo
Paraguai e depois é reexportado para o Brasil, por exemplo, paga duas vezes o
imposto de importação, uma questão que representava um entrave ao bloco. O
acordo fechado hoje prevê um cronograma para a eliminação dessa cobrança,
mediante um Código Aduaneiro comum.
A aprovação aconteceu nas reuniões de San Juan, na Argentina, onde
também foram concluídos os acordos de livre comércio com Egito, a
regulamentação do uso do aquífero Guarani, a criação de um instituto de
Direitos Humanos e a aprovação de nove projetos de desenvolvimento
regional. Ao final da cúpula, Lula e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner,
elogiaram a dinâmica e as conquistas da reunião. “Estamos muito contentes
com o nível de entendimento entre os associados, que visualizam cada vez
mais que o Mercosul é mais que um bloco econômico”, afirmou a presidente
argentina.
Lula, que assume a partir de hoje a presidência rotativa do Mercosul,
elogiou o trabalho de Cristina, que exerceu o cargo nos últimos seis meses.
Para o presidente brasileiro, a eliminação da dupla tributação “foi uma coisa
extraordinária, que estávamos pretendendo há muito tempo e que muitos
consideravam impossível”. Lula lembrou que participa de cúpulas do Mercosul
desde 2003. "Posso dizer, sem medo de errar, que esta foi a reunião mais
importante, produtiva, tranquila e coesa porque, mesmo na divergência, nos
colocamos de acordo com argumentos, sem necessidade de ninguém brigar
com ninguém".

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é um projeto de integração concebido


por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, envolvendo dimensões econômicas,
políticas e sociais. Os diversos órgãos que o compõem cuidam de temas tão
variados quanto agricultura familiar ou cinema, por exemplo. No aspecto
econômico, o Mercosul assume hoje o caráter de União Aduaneira, mas seu
objetivo é constituir-se em verdadeiro Mercado Comum, seguindo os objetivos
estabelecidos no Tratado de Assunção, que determinou a criação do bloco, em
1991.

Fonte: Ministério das Relações Exteriores

“A única coisa que faltou é o acordo entre Mercosul e União Europeia”,


acrescentou Lula. “Agora cabe a mim convencer a União Europeia, convencer
a França [que tem a presidência rotativa do bloco], que o acordo é importante”.

Acordo com Egito


Ontem, durante a Reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC), foi
fechado o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito. Isso permitirá a
eliminação gradativa de tarifas sobre produtos brasileiros exportados para o
Egito, como carros, café e frango, e de mercadorias egípcias importadas, como
adubo e algodão. O Egito é o segundo país de fora da América do Sul a ter um
acordo de livre comércio com o Mercosul. O primeiro foi Israel, cujo acordo foi
assinado em 2007, mas só entrou em vigência em abril deste ano. Com o
acordo, dos 25 principais produtos exportados pelo Brasil para o Egito no ano
passado, 22 terão tarifa zero no final do período de transição, que pode ser já
ou em até dez anos, conforme os produtos.

Aquífero Guarani
Também foi concluído um acordo sobre o aquífero Guarani, um sistema
que se estende pelos territórios dos quatro membros plenos do Mercosul:
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O acordo estabelece que cada um dos
quatro países "exercem em seus respectivos territórios o direito soberano de
promover a gestão, o monitoramento e o aproveitamento sustentável dos
recursos hídricos do Sistema Aquífero Guarani, e utilizarão esses recursos com
base em critérios de uso racional e sustentável e respeitando a obrigação de
não causar prejuízo sensível às demais partes nem ao meio ambiente". O
documento também prevê que qualquer projeto com potencial de afetar o
aquífero deverá ser apresentado aos vizinhos, e não poderá ser levado adiante
se for comprovado caráter danoso.

Projetos de desenvolvimento
O Conselho do Mercado Comum aprovou nove projetos de
desenvolvimento regional, sobretudo do Paraguai e do Uruguai, que compõem
um investimento de US$ 795 milhões, dos quais US$ 650 milhões financiados
pelo Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do
Mercosul (Focem). Os projetos envolvem linhas de transmissão elétrica,
rodovias, apoio a pequenas e médias empresas, reforma de escolas públicas e
saneamento básico. De acordo com o novo regulamento para esse tipo de
iniciativa, os recursos aplicados serão integralmente destinados a empresas e
fornecedores do bloco.

Instituto de Direitos Humanos


Também foi estabelecido o Instituto de Políticas Públicas de Direitos
Humanos do Mercosul, com o objetivo de elaborar políticas comuns e promover
eventos relacionados ao tema. O organismo funcionará no prédio da antiga
Escola de Mecânica da Marinha (Esma), em Buenos Aires, a maior prisão
clandestina da ditadura argentina.

*Com agências internacionais e agência Brasil

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