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Conceitos de Engenharia de Reservatório

Rodrigo Iglesias
Café com Ciência e Sapiência – CEPAC - 04/09/2009

22/9/2009 Rodrigo Iglesias 1


• Engenharia de reservatório: ramificação da engenharia de
petróleo aplicada aos processos de exploração e produção de
reservatórios de óleo e gás, visando maximizar a recuperação.

• “Ferramentas” de trabalho:
– Geologia de subsuperfície
– Matemática aplicada
– Físico-química das fases líquida e vapor do óleo, gás e água em um
reservatório.

(Fonte: Wikipedia)

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Propriedades da rocha/reservatório
• Porosidade
• Saturação
• Molhabilidade
• Pressão capilar
• Permeabilidade
• Permeabilidade relativa

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• Porosidade (Φ)

Permeabilidade

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• Porosidade absoluta

• Porosidade efetiva

(A porosidade efetiva é que de fato se utiliza


em cálculos de engenharia de reservatório) ΔФ ↑

A porosidade geralmente apresenta variações


mais significativas na vertical do que na horizontal
ΔФ ↓

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• Saturação (S)
Fração/percentagem do volume de poro ocupado por um fluído em
particular (óleo/gás/água)

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• Distribuição das fases de acordo com a densidade (água > óleo >
gás):

Entretanto, a água está presente também


nas fases de óleo e gás (água conata),
reduzida a uma saturação residual ou
irredutível.

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• Saturação crítica do óleo (Soc):
É a saturação mínima, abaixo da qual o óleo não flui através dos
poros.

• Saturação residual de óleo (Src)


É a saturação (quantidade) de óleo que permanece nos poros após
o deslocamento.

• Saturação móvel de óleo (Som)


É a quantidade de óleo que pode ser removida dos poros

(Swc = saturação de água conata)

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• Saturação crítica de gás (Sgc):
Com a diminuição da pressão no reservatório abaixo do ponto de
bolha, o gás começa a despreender-se, aumentando a sua
saturação até ponto em que começa a movimentar-se (saturação
crítica)

P↓,
P↓
S>Sgc

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• Molhabilidade
É a tendência de um fluído de aderir à superfície de um sólido, em
presença de outros fluídos imiscíveis.

Esta tendência é medida de forma mais conveniente através do


ângulo de contato (θ):

Molhabilidade “completa”: θ → 0
Não-molhabilidade “completa”: θ → 180

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• Importância → a distribuição dos fluídos no reservatório é função da
molhabilidade.
• Geralmente distingue-se:
Fase molhante (aderida à rocha): usualmente é a fase aquosa
Fase não-molhante: usualmente a fase orgânica (óleo e gás)

Devido às forças atrativas, a fase molhante


tende a ocupar os poros menores,
enquanto a fase não-molhante ocupa os
poros e canais mais abertos

(Atualmente, a molhabilidade é um dos grandes


fenômenos não completamente compreendidos na
Fase molhante (aquosa) indústria do petróleo)
Fase não-molhante (óleo)
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• Pressão capilar
É a diferença de pressão existente entre duas fases decorrente das
tensões interfaciais.

O deslocamento de fluídos nos poros de um


meio poroso é auxiliado ou dificultado pela
pressão capilar.

Para manter um meio poroso parcialmente


saturado com uma fase não-molhante, é
necessário manter a pressão deste maior do
que a da fase molhante.

Esta diferença de pressão é a pressão capilar


em um meio poroso:

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• Em um sistema óleo-água:

h = altura do capilar
r = raio do capilar
g = aceleração gravitacional
θ = ângulo de contato
ρ = densidades
σ = tensão interfacial

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• Medidas experimentais da pressão capilar: ar

Pc

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Pc ↑

Pc

pd = pressão de deslocamento
Swc = saturação crítica de água

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• A partir da pressão capilar (a uma dada saturação), é possível
determinar o tamanho médio dos poros:

• Histerese da pressão capilar:

Drenagem: fluído não-molhante desloca fluído molhante


Imbibição: fluído molhante desloca o não-molhante

drenagem

imbibição

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• Permeabilidade (k)
Capacidade da formação de transmitir fluídos.

• Definida por Henry Darcy (1856)

• Lei de Darcy: define a permeabilidade em medidas mensuráveis:

v: velocidade aparente (cm/sec)


k: constante de proporcionalidade = permeabilidade (Darcy)
μ: viscosidade (cp, centipoise)
dP/dL: variação de pressão com o deslocamento (atm/cm)
Fluxo:
q: taxa de fluxo (cm3/sec)
A: aréa da seção por onde ocorre o fluxo (cm2)

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• A permeabilidade em reservatórios geralmente muito anisotrópica
• Medidas: geralmente feitas com plugs perfurados na horizontal (kh),
paralelos aos planos de deposição, e portanto, paralelos à direção
de fluxo no reservatório.

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• Diversos fatores afetam medidas de permeabilidade
– Heterogenidades do reservatório (testemunho não representativo)
– Permeabilidade pode ser afetada pelo corte do testemunho. Comum
em amostras contendo argilas
– “Parcialidade” na amostragem para medição: tendência a selecionar as
melhores partes do testemunho para análise.

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• Condições necessárias
– Fluxo laminar (viscoso)
– Não ocorrência de reações entre fluído e rocha
– Uma única fase presente em 100% de saturação
(permeabilidade absoluta).

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• Permeabilidade Relativa
– Permeabilidade efetiva: medida da transmissão de um fluido quando
uma ou mais fases adicionais estão presentes.

– Associada a cada fluído:


kg = permeabilidade efetiva de gás
ko = permeabilidade efetiva de óleo
kw = permeabilidade efetiva de água

– A soma das permeabilidades efetivas é sempre menor ou igual que a


permeabilidade absoluta

kg + ko + Kw ≤ k

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• A razão entre a permeabilidade efetiva para cada fase a uma
determinada saturação e a permeabilidade absoluta é denominada
permeabilidade relativa:

permeabilidade relativa para óleo

permeabilidade relativa para gás

permeabilidade relativa para água

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Curvas de permeabilidade relativa

1. Pequeno aumento na saturação de óleo


dificulta o fluxo da fase molhante (água),
pois este ocupa os poros maiores 4 1
2. Fase não-molhante (óleo) começa a fluir
a uma saturação relativamente baixa
Fase molhante
(saturação crítica) (água): ocupa os
3. A fase molhante (água) deixaporosdeefluir a
canais
uma saturação relativamente alta pouco
menores,
(saturação crítica, irredutível,
fluxoconata).
4. Aumento na saturação de água tem
pouco efeito no fluxo da fase não-
molhante (óleo) pois ocupa os poros e 3 2
canais menores.
Fase não-molhante (óleo):
ocupa os poros e canais
maiores, fluxo mais fácil

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Curvas de permeabilidade relativa

Nas regiões B e C, a permeabilidade total


das duas fases, kr + ko é menor que 1.
(O fluxo de duas ou mais fases é reduzido)

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Curva de permeabilidade
sistema gás-óleo-água:
- óleo é a fase molhante
- saturação crítica: óleo +
água conata
- saturação crítica para o gás
é baixa (flui com facilidade)

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• Histerese das curvas de permeabilidade

Forma das curvas varia conforme a medida


é realizada por drenagem ou imbibição.

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Bibliografia
• Ahmed, T. , 2000. Reservoir Engineering Handbook 2nd Ed. Gulf
Professional Publishing, Texas.

(S:\BIBLIOTECA\Modelagem\Livros\)

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