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dicas de redação

Cacófatos, Cacos e Cacoetes

Os textos, muitas vezes, aprontam armadilhas. Cacófato é palavra de origem grega que
significa mau som. Ele se forma pela aproximação de sílabas de duas ou mais palavras,
criando uma nova palavra que, em boa parte, é desagradável. Vejamos alguns exemplos:

A mais tradicional é ela tinha. A famosa latinha. Há muitas latinhas, para todos os lados.
E que tal a frase: É aquele guri lá. Uma denúncia, por evidente, mas há um gorila no
meio, o que pode piorar a situação. De qualquer maneira não pense nunca nisso. Pensar
em caniços pode ser bom, mas devemos esperar a hora de pescar. Pescaria lembra
comida, e que tal na vez passada. Uma vespa assada deve ser bom negócio.

No plano esportivo, o centroavante não marca gol. O que realmente que o centroavante
fez? Realmente, há atacantes que só fazem isso! O jogador Zinho, ex-seleção, atual
Grêmio, cria tantos problemas que já ninguém mais dá bola pra ele. Chuta Zinho, passa
Zinho, Ataca Zinho, Sofre Zinho... E o Cafu, lateral também da Canarinho, é
problemático. Fulano não deu a bola, mas Cafu deu. Sim, senhor, seu Cafu, isto lá são
horas...

Tem também o “boom” da bolsa de Nova Iorque.

Se você não tiver nada pra fazer agora, aproveite. Nada melhor do que o Vale a Pena
Ver de Novo e uma chuvinha por cima.

Nossa!?

Taleban, Talibã, Taliban?

Santo Deus, ou por Maomé?! Que confusão danada a imprensa está fazendo. Devemos
sempre preferir as formas aportuguesadas. Ao menos deveríamos agir assim. Logo,
prefira Talibã.

Em primeiro lugar, não existe uma forma rígida para a preferência desse I, trata-se de
uma tendência das línguas latinas, no momento de converter o E original, transforma-se
em I.

Em segundo lugar, a nasalização final em Português é com TIL. Vejamos os exemplos


de Maracanã, satã, maçã e sutiã. Não escreveríamos Maracanan, satan, maçan.

Assim, aquele grupo da moças saúvas, o Tchan, ao menos deveria ser Tchã. Trata-se de
equívoco ortográfico. Não estético, é claro.
Como se escrevem os nomes próprios?

Vamos começar pelas autoridades. Celso Luft, em seu Novo Guia Ortográfico, cita
Artur de Almeira Torres e Zélio dos Santos Jota, que escreveram o Vocabulário
Ortográfico de Nomes Próprios. Vamos examinar com atenção:

“Nomes e sobrenomes estão sujeitos às mesmas regras ortográficas vigentes para os


nomes comuns e dentro dessas normas devem ser registrados os nascidos na vigência do
acordo ortográfico.

É preciso que se diga, no entanto, que somente em assinatura a pessoa pode 9não se
obriga, portanto) manter a grafia constante da certidão. Assim, um cidadão registrado
Raphael Assumpção de Souza terá seu nome representado por Rafael Assunção de
Sousa em qualquer circunstância. Em assinatura, porém, se desejar, continuará a assinar
daqueloutro modo.

Não redundará confusão ou perda de direitos assinar-se, o citado cidadão, Rafael


Assunção de Sousa? Absolutamente. Pode acarretar aborrecimento tão-somente por
falta de compreensão alheia. Afinal de contas, o que de fato individualiza o cidadão não
há de ser apenas seu nome, mas uma série de características, constantes em documentos
oficiais, como filiação data de nascimento, (...)

Então, com o perdão da Jeniffer, ou Jennifer, ou seja lá como for, mas vocês, meninas,
são equívocos ortográficos. Erro que será levado, literalmente, ao túmulo.

Bebetinho, na Copa de 94, comemorou um gol homenageando seu filho recém-nascido:


Mattheus era o nome da vítima. Em primeiro lugar, o pobre garoto terá de passar o resto
da vida explicando como se escreve o nome.

O que há de errado com Mateus? É muito simples, não é mesmo? O brasileiro tem
mania de criar o seu sistema lingüístico. Onde há lei, nós fugimos dela. Afinal, pô, eu
sou dono do meu nome. É verdade, mas o nome deve ser grafado em alguma língua, e,
cá no Brasil, fala-se o Português. Pois, pois...

A famosa Diana sempre foi simplesmente Diana para os espanhóis e para os


portugueses. No Brasil, pronunciamos “Daiana”.

Vivemos para importar, de carros a cigarros, de palavras à música. Faz parte da nossa
natureza.

Dez passos para fazer uma boa redação:

1º) Planeje bem o texto, cada parágrafo deverá conter um enfoque do tema;

2º) Evite idéias prontas, clichês, frases feitas: a cada dia que passa, de sol a sol, na
sociedade em que vivemos, atualmente, nos dias de hoje, o governo deve tomar uma
providência;
3º) não esqueça o título, afinal um trabalho sem título é muito estranho. Entretanto,
atente como de faz o título;

4º) obedeça sempre ao número de linhas solicitado. Cuidado com o tamanho da letra,
não faça roda de carreta;

5º) faça a sua melhor letra, qualquer tipo serve, no entanto procure não misturar tipos;

6º) evite rasuras, mas, se elas ocorrerem, coloque o erro entre parênteses;

7º) use linguagem formal, você não está no boteco da esquina para empregar
coloquialidades como parar para pensar, tem tudo a ver...

8º) não interrompa o processo da frase enfiando um ponto no lugar errado. A frase tem
um ritmo, logo não use ponto antes de pois, o qual, sendo que;

9º) procure não utilizar interrogações. Geralmente, elas têm respostas óbvias;

10º) não converse com o corretor. Redação em vestibular não é carta para a mãe.

No mais, é fazer o sinal da cruz e partir para o abraço.

http://www.coladaweb.com/redacao/dicas-de-redacao

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