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GEOGRAFIA DO BRASIL

A INTEGRAÇÃO DO BRASIL NO PROCESSO DE


INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA

Globalização econômica é o termo utilizado para designar o crescente processo de integração das
economias nacionais que vêm transformando a superfície do planeta num espaço econômico cada vez
mais unitário. Isso significa que os produtos e os capitais transitam entre os países com liberdade cada
vez maior, exigindo da economia um caráter cada vez mais planetário.
Essa integração das diferentes economias, embora tenha se intensificado nas três últimas décadas,
não é um processo novo. De forma bastante genérica, pode-se dizer que ele começou a se
materializar com o capitalismo comercial e industrial e solidificou-se com o capitalismo financeiro ou
monopolista.

A globalização no âmbito do capitalismo comercial

O capitalismo comercial estruturou-se principalmente no século XVI, com base na doutrina


econômica mercantilista, que se apoiava na crença de que o comércio era a grande fonte de riqueza
das nações. Tal crença explica o esforço de vários países da Europa – entre os quais Portugal e
Espanha – no sentido de promover a expansão das rotas marítimas em direção aos preciosos
mercados da Ásia, África e América. Para cada um desses mercados, no entanto, os objetivos
variavam:
• no caso asiático, o comércio centrou-se na compra de mercadorias muito valorizadas na Europa,
como seda e especiarias;
• no caso africano, o comércio baseou-se na escravização de seres humanos, vendidos como se
fossem mercadoria nos grandes mercados de escravos da América colonial;
• no caso americano, o comércio voltou-se para os metais preciosos e os produtos agrícolas tropicais
– como algodão e açúcar – das colônias européias implantadas no continente.
Nessa fase do capitalismo, o processo de integração econômica do planeta foi bastante superficial.
Isso aconteceu por ele ter se processado exclusivamente no campo das relações comerciais,
envolvendo especialmente as grandes empresas de comércio européias e os centros fornecedores de
mercadorias valiosas.

GLOBALIZAÇÃO

Globalização é o conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial que vem


acontecendo nas últimas décadas. O ponto central da mudança é a integração dos mercados numa
“aldeia-global”, explorada pelas grandes corporações internacionais. Os estados abandonam
gradativamente as barreiras tarifárias para proteger sua produção da concorrência dos produtos
estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital internacional. Esse processo tem sido
acompanhado de uma intensa revolução nas tecnologias de informação – telefones, computadores e
televisão. As fontes de informação também se uniformizam devido ao alcance mundial e à crescente
popularização dos canais de televisão por assinatura e da internet. Isso faz com que os
desdobramentos da globalização ultrapassem os limites da economia e comecem a provocar uma
certa homogeneização cultural entre países.

CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS

A globalização é marcada pela expansão mundial das grandes corporações internacionais. A


cadeia de fast food Macdonald’s, por exemplo, possui 18 mil restaurantes em 91 países. Essas
corporações exercem um papel decisivo na economia mundial. Segundo pesquisa do Núcleo de
Estudos Estratégicos da Universidade de São Paulo, em 1994 as maiores empresas do mundo
(Mitsubishi, Mitsui, Sumitomo, General Motors, Marubeni, Ford, Exxon, Nissho e Shell) obtêm um

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faturamento de 1,4 trilhão de dólares. Esse valor equivale à soma dos PIBs do BRASIL, México,
Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela e Nova Zelândia. Outro ponto importante
desse processo são as mudanças significativas no modo de produção das mercadorias. Auxiliadas
pelas facilidades na comunicação e nos transportes, as transnacionais instalam suas fábricas em
qualquer lugar do mundo onde existam as melhores vantagens fiscais, mão-de-obra e matérias-
primas baratas. Essa tendência leva a uma transferência de empregos dos países ricos – que
possuem altos salários e inúmeros benefícios – para as nações industriais emergentes, como os
Tigres Asiáticos. O resultado desse processo é que, atualmente, grande parte dos produtos não tem
mais uma nacionalidade definida. Um automóvel de marca norte-americana pode conter peças
fabricadas no Japão, ter sido projetado na Alemanha, montado no Brasil e vendido no Canadá.

REVOLUÇÃO TECNOCIENTÍFICA

A rápida evolução e a popularização das tecnologias da informação (computadores, telefones e


televisão) têm sido fundamentais para agilizar o comércio e as transações financeiras entre países.
Em 1960, um cabo de telefone intercontinental conseguia transmitir 138 conversas ao mesmo tempo.
Atualmente, com a invenção dos cabos de fibra óptica, esse número sobre para 1,5 milhão. Uma
ligação telefônica internacional de 3 minutos, que custava cerca de 200 em 1930. hoje em dia é feita
por US$ 2. O número de usuários da internet, rede mundial de computadores, é de cerca de 50
milhões e tende a duplicar a cada ano, o que faz dela meio de comunicação que mais cresce no
mundo. E o maior uso de satélites de comunicação que permite que alguns canais de televisão –
como as redes de notícias CNN, BBC, e MTV – sejam transmitidas instantaneamente para diversos
países. Tudo isso permite uma integração mundial sem precedentes.

Alguns aspectos geopolíticos do período de evolução do capitalismo comercial

Do ponto de vista geopolítico, essa etapa da integração econômica caracterizou-se pelo avanço
colonial europeu sobre a América e pela instalação de entrepostos comerciais na África e na Ásia. No
caso asiático destacaram-se, entre os entrepostoS portugueses, Goa (Índia) e Macau (China). Este
último permaneceu sob domínio português por mais de quatro séculos, de 1556 a 1999.

A globalização no âmbito do capitalismo industrial

O capitalismo industrial funcionou como regime econômico de sustentação da primeira fase da


Revolução Industrial, que começou no Reino Unido – na segunda metade do século XVIII
– e foi marcada pela implantação de métodos que dinamizaram de forma extraordinária o processo
produtivo dos artigos manufaturados.
Essa dinamização tornou-se possível, entre outros fatores, pela utilização de máquinas movidas a
vapor, gerado a partir da queima de carvão mineral, a grande fonte de energia dessa fase da Revolução
Industrial.
Do ponto de vista ideológico, essa fase da Revolução Industrial baseou-se nas convicções da
doutrina liberal. Entre esses princípios, destacava-se o de que a eficiência econômica só poderia
alcançar sua plenitude com o livre mercado. Essa convicção explica inclusive por que os pensadores
liberais propunham, a qualquer custo, a minimização da interferência do Estado na economia.
Como resultado das transformações promovidas pelas relações comerciais no período, definiu-se
no planeta uma divisão internacional do trabalho. É nesse contexto que se desenvolve o processo de
globalização da economia.
Essa divisão caracterizava-se, em linhas gerais, por uma relação de interdependência entre os
centros industriais das grandes potências e os territórios fornecedores de matérias- primas – as
colônias da América, da Ásia e da África.
A primeira fase da Revolução Industrial compreendeu toda a segunda metade do século XVIII e a
primeira metade do século XIX. Ela se desenvolveu apoiada no trabalho operário e numa série de
inovações tecnológicas implantadas na área industrial (como a máquina de fiar, o tear hidráulico e o
tear mecânico) e na dos transportes (como o barco a vapor e a locomotiva a vapor). O tear em sua

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fase artesanal, que logo seria substituído pelas fábricas, equipadas com máquinas capazes de produzir
tecidos em quantidade bem maior em um tempo bem menor. A indústria têxtil viria a ser o setor mais
importante desse período.

Questões Estruturais da Economia Brasileira

O caminho do crescimento econômico brasileiro está nas mãos do setor privado ou do mercado. O
Estado tem que assumir as funções tradicionais (Educação, Saúde, Segurança, Diplomacia e
Proteção Social), ser um grande regulador e não deve atuar como empresário.

Diagnóstico da Economia Brasileira

O desempenho da economia brasileira em 2005 foi pífio, com um crescimento inexpressivo de 2,3%.
O Brasil deve demorar 97 anos para conseguir dobrar a renda per capita da população.

Somente a expansão da produtividade total dos fatores de produção é capaz de garantir o


crescimento sustentado por longos períodos. A produtividade depende de um bom funcionamento
das instituições e de um ambiente onde o empresariado se sinta seguro para investir (carga tributária
adequada, planejamento, direito de propriedade assegurado, mercado de crédito funcionando, Poder
Judiciário eficiente, investimentos em pesquisa e inovação tecnológica, equilíbrio das relações
trabalhistas, taxa de juros em um patamar internacional, dívida pública e gastos governamentais
decrescentes e disponibilidade de infraestrutura).

O Produto Interno do Brasil (PIB) vem crescendo menos que os dos outros países emergentes e do
mundo. A produtividade do trabalhador brasileiro estagnou, diferentemente do crescimento dos
Estados Unidos da América e da Coréia, por exemplo.

Presença no Comércio Exterior Mundial

O mais relevante em termos de crescimento econômico é a ampliação do fluxo de comércio e não o


superávit. A abertura comercial do Brasil ainda é tímida, perdendo para países como Holanda,
Taiwan, Coréia, França, Reino Unido, México, Chile, Japão e Estados Unidos da América.

O Brasil precisa ser mais agressivo nas suas negociações comerciais. Algumas tarifas de importação
precisam ser reduzidas, mas de forma criteriosa. O crescimento das exportações não foi apenas um
privilégio do Brasil, o comércio exterior mundial cresceu na mesma proporção. É um erro a incidência
do tributo Cofins sobre as importações.

O tamanho do Estado

Um Estado Forte é um estado enxuto e eficiente, o oposto do caso brasileiro. Um Estado Eficiente é
aquele que ajuda o fortalecimento institucional da economia. Apesar de ser um país pobre, o Brasil
gasta e tributa como um país rico.

O custo, ônus e risco de se contratar um empregado, leva à necessidade de Reforma Trabalhista. As


empresas informais acabam tendo limitações, principalmente para captação de novos recursos.

Previdência Social

Os gastos do governo no tocante à Previdência Social são altos e de má qualidade. As despesas


correntes do governo federal vem crescendo e os investimentos públicos decaindo. Os juros reais
são os mais altos do mundo, acima da Turquia, México, África do Sul, Índia, Inglaterra e outros.

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Economia Mundial

A economia mundial vem mantendo o crescimento verificado em 2005. A liquidez internacional


(disponibilidade de dinheiro) deve continuar abundante, pois é um fenômeno estrutural e não
conjuntural.

A economia norte-americana deve continuar tendo o seu crescimento baseado na expansão da


produtividade e do investimento.

A economia chinesa deve continuar crescendo com pujança, mantendo o ritmo atual, que é pautado
por fortes ganhos de produtividade.

Riscos para Economia Mundial

Os principais riscos para a economia mundial são uma possível elevação das quotações do preço do
petróleo, de uma queda do crescimento econômico dos Estados Unidos da América (EUA), da
dificuldade dos norte-americanos em financiar os seus déficits comerciais e orçamentários (os EUA
têm necessidade de captar US$ 3 bilhões por dia). Ainda há possibilidade de existência de um
problema geopolítico, decorrente da supremacia bélica dos EUA e a expansão do terrorismo.

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