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EM TEUS OLHOS...
Poemas de
Rita Maria Felix da Silva
VEJO UM UNIVERSO
EM TEUS OLHOS...
Poemas de
Rita Maria Felix da Silva
DEDICATÓRIA
Acyr Campos
Adriana Rodrigues
Alex Bastos
Angela Oiticica
Borbo
Camila Fernandes
Carolina Salcides
Daniel Folador
Debby Lennon
Edgley Felix
Enrico Vargas
Giulia Moon
Graziela Bolesi
Heitor Vasconcelos Serpa
Hellena Hanz
Karl Lens
Luiz Hasse
M.D. Amado
Maria Helena Bandeira
Marina Ávila
Martha Argel
Mensageiro Obscuro
Otto Von Dews
Paulo Elache
Ryan Vandresen Dacoregio
Tutankhamen
ÍNDICE
Introdução 06
A Desolação do teu Olhar 07
A Súplica de Juan 08
Caixa de Tesouro 09
Como Jr, o Duende, Encontrou o Amor 10
Lamento de Alice 11
Lua 13
Netz-Otpec 15
Nossa História 17
O Blues do Piano Metafórico 18
O Poema de Alice 19
Ode para Cassimir 21
Osculum 22
Osculum (Fragmento) 24
Pentatrilátero 25
Por Favor, Silêncio 26
Receita para Fazer um/uma Escritor/a 28
Sealand 29
Triênio eu e você 30
Um Fim 31
Um Túmulo 33
Poemínico e Amórico 34
Se assim é possível,
se assim acontece,
se podeis mostrar-me esse prodígio,
não ignoreis meu apelo!
Nesses instantes,
minha alma se dissolve em ti.
Porém, ao terminarmos,
rolo para o lado
e deixo cair uma lágrima
— às vezes duas
pois então consigo enxergar
além de teu rosto
— lindo e sombrio
e de teu corpo
— cativante e indiferente.
Tens desejo,
mas não intensidade,
tomas tanto para ti
e nada te entregas
nem um pouco.
Se estás longe,
anseio por tua volta
e prometo também partir,
apenas para fraquejar
e quebrar minha promessa
no frágil momento seguinte.
Que segredo,
que horror a vida fez a ti?
Qual ferimento cruel em tua alma
te fez esquecer
como se ama uma mulher?
À noite,
olho para o céu entre as estrelas,
procurando os deuses que lá vivem,
e me questiono se foi por erro,
ou simplesmente algum capricho,
que eles me fizeram te encontrar.”
Ó, Lua,
Mãe de poetas e cálidos amantes,
Ó, Lua,
Causa para góticos e loucos,
Ó, Lua
Confessora dos gentis apaixonados,
Ó, Lua,
Mortalha de cavaleiros caídos,
Ó, Lua,
Silente vigia para heróis tombados,
Ò, Lua,
Deusa dos vampiros e vorazes ghouls,
Ó, Lua,
Mantenedora dos brutos lobisomens,
Ó, Lua,
Mestra da noite e dos etéreos sonhos,
Ó, Lua,
Musa dos caçadores e arqueiros,
Ó, Lua,
Lar para deuses antigos e mortos,
Ó, Lua,
Por quem jurou o bardo de Albion
Ó, Lua,
Senhora cega a meus tantos apelos,
Ó, Lua,
Tão indiferente irmã luminosa,
Ó, Lua,
Traz de volta meu amor...
Na espera adormeceu
e os deuses mandaram um sonho
feito de arrogância divina
e de alguma verdade profunda.
As luzes de Janeiro:
“Nossa história”,
A que foi escrita por nós dois,
Tem tanta felicidade,
Como nunca sonhei...”
As brumas de Fevereiro:
“Nossa história,
A que foi escrita para nós dois,
Tem tantas dores,
Como nunca esperei...”
A Escuridão de Março:
“Nossa história,
A que foi escrita com nós dois
Tem um final,
Como nunca desejei”.
Afastada de você,
sou ausência de vida.
Exilada de você,
sou uma ferida de sentimentos.
Subtraída de você,
sou penúria noturna.
Distante de você,
sou agonia pungente.
Roubada de esperança,
roubada de ânimo,
roubada de perspectiva.
“Ontem a noite...
O tempo cálido e estático,
as horas vazias e silenciosas
de um pós-chuva.
Eu sonhava...
minha alma navegando
por abismos uterinos e gentis
de metáforas e desejos.
No sono,
escrevi um poema
com ritmo, forma e conteúdo
além do que sei explicar.
Meu poema
(belo, perfeito e amado)
era, porém, onírico
e no mundo da matéria não sobreviveria.
Desde então,
ansiosa a noite retorno
ao sonho
procurando o poema que perdi.
Todavia,
nas trevas etéreas e oníricas,
que riem prazerosamente de minha busca,
jamais pude encontrá-lo novamente."
Ó, nobre guerreiro,
lamento tua sorte...
Ó, nobre guerreiro,
maldigo tua sorte...
Ó, nobre guerreiro,
choro por tua sorte...
Dou-te um beijo
Que toca tua alma
E teus íntimos sonhos
Ofereço-te tanto...
Um beijo
Que te falhe o fôlego
Que duvides ser real
Confia em mim...
Um beijo
Com gosto de Infinito
Prazer e igual esperança
Não me deixe escapar...
Um beijo
Que una forças
Distâncias e contrários
Fica comigo...
Carnalhas e tiranos
são por vocês respeitados
Malfeitores e farsantes
recebem de vocês honras e monumentos
Oh, humanidade
silencia-te e mostra respeito
Um raio de persistência
e sempre renovada auto-confiança
Um encanto de entusiasmo
e alma eternamente criança
A pure ideal
Embranced by the seawinds
A true utopy
Sheltered on the waves
Sealand
The most fortunate is you
because your other name is liberty!
Quando terminou,
pouco de nós restava:
você partiu escondendo as lágrimas,
as minhas deixei cair.
Foi justamente o último ato,
todavia, cruelmente, não o melhor,
dois amantes que se perderam
e para sempre se afastaram.
Há um túmulo,
Oh, sim, um túmulo,
Em meu coração.
Sonhos mortos,
Memórias passadas,
Esperanças náufragas
E amores extintos.