A sociedade se liberta do domínio da igreja e o homem se torna o centro do mundo. O
antropocentrismo, ideal retomado da escola humanista, se opõe ao teocentrismo_medieval,_com_isso_há_a_valorização_da_razão_acrescida_do_culto_à_ Antiguidade_Clássica. O Renascimento valoriza a faculdade de conhecimento e a soberania do raciocínio, capazes de conduzir o homem a grandes proesas, como as que canta Camões em_Os_Lusíadas. O renascimento imita a Antiguidade Clássica greco-latina porque havia a concepção de que os gregos e romanos haviam atingido a mais alta realização artística. O antropocentrismo, característica do Renascimento, é o interesse pelo homem e a primazia a ele conferida. O sentimento religioso não desaparece, mas passa a ser secundário. O homem passa a ser valorizado pela sua capacidade de conhecimento, pela sua possibilidade de voltar-se às coisas do mundo e dominá-las através da sabedoria.
CONTEXTO HISTÓRICO - PORTUGAL
O classicismo português desenvolveu-se durante o século XVI. É, portanto o
movimento literário de intensa transformação social e cultural representada pelo Renascimento. Caracterizado por intensa produção literária, desenvolvimento da poesia, tanto lírica como épica. A prosa também apresenta muitos textos, narrativas de ficção e histográficas e principalmente a literatura de viagens, ligada aos descobrimentos marítimos. A consciência percebe o homem como ser universal e também a consciência de nação. As grandes descobertas e a euforia da riqueza e do luxo são suplantadas pelo desencanto do desmoronamento na Europa. O primeiro momento do Renascimento é de euforia e o segundo é de desencanto, decadência.
Características do Classicismo:
- Valorização dos aspectos culturais e filosóficos da cultura das antigas Grécia e Roma;
- Influência do pensamento humanista;
- Antropocentrismo: o homem como o centro do Universo;
- Críticas as explicações e a visão de mundo pautada pela religião;
- Racionalismo: valorização das explicações baseadas na ciência;
- Busca do equilíbrio, rigor e pureza formal;
- Universalismo: abordagem de temas universais como, por exemplo, os sentimentos
humanos.
- Cientificismo: preocupação com a ciência, metodização da natureza, registro dos dados da
experiência. - Elitismo: arte produzida por e para uma elite antipopular. - Autonomia da arte: independência da Igreja, valorização da forma sobre o tema, surgimento da noção de autor.