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Os genes foram descritos pela primeira vez por Mendel no final do século XIX e
permaneceram desconhecidos durante 20 ou 30 anos. Na verdade, só começamos a
trabalhar com eles na segunda metade do século XX.
Em pouco mais de meio século de existência, a ciência genética desencadeou
uma das mais espetaculares revoluções vistas em qualquer área do conhecimento
humano. Desde seu surgimento, com a descoberta da estrutura do DNA, em 1953, por
Francis Crick e James Watson, a genética fascina e surpreende o homem com suas
fantásticas promessas e possibilidades. A pesquisa pioneira de 1953 abriu caminho
para que hoje se possam fazer testes de DNA que comprovam parentescos ou
capturam criminosos e tornaram possíveis as clonagens de seres vivos, como no caso
da ovelha Dolly, e a produção de alimentos geneticamente modificados (transgênicos).
As novidades, no entanto, certamente não vão parar por aí. Em teoria, a genética abre
caminho para vôos ainda mais ousados, como os tratamentos para doenças através
da pesquisa com DNA, a manipulação dos genes na criação de novos seres humanos
e até mesmo a clonagem de homens. Entre o presente e esse assombroso futuro
reside um acalorado debate sobre a ética científica. Qualquer que seja seu resultado,
uma coisa é certa: os avanços da engenharia genética estão apenas em seu início.
A Genética é a ciência do século e conta com um potencial de crescimento
fantástico. São fantásticas as perspectivas de tratamento das doenças genéticas tanto
por terapia com células-tronco como por substituição de enzimas. Saber que cada
doença contará com uma estratégia diferente de abordagem e tratamento é
espetacular para quem trabalha com genética e anteriormente fazia apenas cálculos
para levantar a probabilidade de uma pessoa apresentar mutação. Hoje, não é preciso
calcular mais nada. Um teste revela se a mutação existe e o mais surpreendente que
estamos aprendendo agora é verificar que ela pode não ser determinante. Às vezes,
pessoas da mesma família com a mesma mutação apresentam quadro clínico
bastante diferente. Essa é a razão de querermos entender por que, apesar de uma
mutação patogênica determinar a ausência de uma proteína, algumas pessoas têm
um quadro leve. Descobrir o que protege essas pessoas vai indicar caminhos muito
importantes para futuros tratamentos.
Bebê de proveta
Alimentos Transgênicos
Células Tronco
Nos últimos anos o assunto “células tronco” tem sido debatido entre os
cientistas e geneticistas. Como a maioria das grandes novidades, esta área está
sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas
de que as suas potencialidades são enormes, e pode-se esperar um novo tipo de
Medicina a partir da evolução dessas pesquisas.
As células tronco, também conhecidas como células mãe ou células
estaminais, são células que possuem uma alta capacidade de se dividir dando origem
a células semelhantes às progenitoras. A origem das células tronco estudada
atualmente vem das células embrionárias.
Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as
duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas
características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células,
aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que
dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na
medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma
diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como:
muscular, ósseo, nervoso, etc.
No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica
completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida
do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua
série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este
processo é de extrema importância pois permitirá que novas linhagens celulares
passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este
fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante
da divisão seja diferente da antecessora.
Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão
de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os
novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um
novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica
permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao
se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas
características da original. Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo
tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de
características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda
mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou tronco. Por essa razão são
denominadas células-tronco.
Referencias
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