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• Portaria MTE 63, de 28/12/98 - Modificou os ítens Andaimes Suspensos Mecânicos Leves (18.1.2,
18.23.3.1, 18.34.2) - Alterações já efetuadas no texto.
• Portaria MTE 13, de 09/07/02 - Altera e inclui os itens - Cadeira Suspensa (18.15 e Cabos de Aço e
Fibras Sintética (18.16) - Alterações já efetuadas no texto.
• Portaria MTE 30, de 20/12/01- Altera e modifica o item 18.15 - Andaimes e Plataformas de
Trabalho - Alterações já efetuadas no texto.
• Portaria MTE 114, de 17/01/05 - Altera a redação dos itens 18.14..24 e 18.18, inclui o Anexo III e
insere termos no Glossário da NR 18.
• Portaria MTE 15, de 03/07/07 - Aprova o Anexo I e altera a redação do item 18.14.19 da NR-18.
• Portaria MTE 40, de 07/03/08 - Inclui o item 18.15.57 na NR 18 e altera o artigo 1º da Portaria
MTE 15/2007.
• Instrução Normativa INSS 20 , de 11/10/07 - Critérios a serem adotados pelas áreas de Benefícios
e da Receita Previdenciária. Trata de assuntos relacionados à emissão da CAT, PPP e LTCAT.
• ABNT NBR 7.500 - Símbolo de Risco e Manuseio para o transporte e Armazenamento de Materiais.
• ABNT NBR 9518 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Requisitos Gerais.
• ABNT NBR 11.725 - Conexões e Roscas para Válvulas de Cilindros para Gases Comprimidos.
• ABNT NBR 12.791 - Cilindro de Aço, sem costura, para Armazenamento e Transporte de Gases a
Alta Pressão.
• ABNT NBR 12.790 - Cilindro de Aço Especificado, sem costura, para Armazenagem e Transporte
de Gases a Alta Pressão.
• ABNT NBR 13.543 - Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço – Utilização e Inspeção.
• Convenção OIT 127 - Peso máximo de carga que pode ser transportado pelo trabalhador.
ATUALIZAÇÕES DA NR 18
As mudanças e métodos de trabalho no ambiente de trabalho da
indústria da construção forçaram mudanças também em alguns itens da
NR 18, através do Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio
Ambiente de Trabalho. Desde 1994, foram elaborados diversos estudos
que têm provocado alterações no texto da NR 18. Estas modificações
são publicadas na forma de Portarias: Portaria 4 (04/07/95), Portaria 63
(28/12/98), Portaria 13 (09/07/02), Portaria 114 (17/01/05), Portaria 157
(10/04/06), Portaria 15 (03/07/07).
Esta NR foi revisada e ampliada com comentários e informações dos
engenheiros Ronaldo Ulysses e Edson Russelet (Segurança na Obra -
1999) e consultas no site da Sl Engenharia.
COMENTÁRIOS DA NR 18
A seguir serão apresentados os comentários da NR 18 indicando os itens
e subitens do texto legal publicado no Volume 1 - Legislação e
Segurança e Saúde Ocupacional.
Referências - Item 18.1 / Subitens 18.1.1 a 18.1.4 - Objetivo e
Campo de Aplicação
• Nos últimos anos, a taxa de freqüência dos acidentes vem diminuindo, fato comprovado pelas
estatísticas disponíveis. A criação do Comitê Permanente Nacional (CPN) e a dos Comitês
Permanentes Regionais (CPR), reforçadas pelas ações elaboradas e aplicadas pelo MTE, são, em
grande parte, responsáveis pela mudança deste quadro.
• A experiência tem mostrado que os cursos e informações sobre os riscos, fornecimento de EPI e
existência de profissionais do SESMT não são suficientes para garantir a segurança e evitar acidentes
pessoais sem a motivação do empregado na prevenção de acidentes.
• Existe grande discussão sobre a necessidade de cada empresa participante da construção apresentar
seu PCMAT específico aos serviços a serem executados. O PCMAT é uma ferramenta importante
para a melhoria das condições de meio ambiente de trabalho na construção. Este programa visa a
implementar medidas que melhorem as condições de segurança, devendo ser amplamente discutido
na sua elaboração e alterado quando necessário.
• As alterações do PCMAT podem ocorrer durante a construção, como, por exemplo: alteração de
cronograma, inclusão de novas tecnologias e equipamentos, mudança de projeto ou alteração na
relação mão-de-obra/equipamento. Não é possível aceitar o mesmo PCMAT para mais de uma obra,
pois não se trata de uma "receita de bolo", devendo ser específico para as condições individuais de
cada obra, mesmo em situações similares.
• Devem ser tomados cuidados na contratação do profissional que elaborá o PCMAT. Em primeiro
lugar, ele deve ser um profissional do SESMT com experiência em construção, capaz de entender as
especificidades daquela obra.
• Cabe ao empregador monitorar as ações deste empregado verificando o devido cumprimento dos
ensinamentos recebidos e da legislação vigente, chamando sua atenção em caso de falhas,
descumprimento ou desatenção quanto aos conhecimentos adquiridos. Como informação, a seguir
são elencados os importantes itens da NR 18 que tratam de Trabalhador Qualificado e Profissional
Legalmente Habilitado e suas atividades.
- 18.14.24.13.1-Supervisionar a implantação,
instalação, manutenção e retiradas de gruas (ART).
• Vamos analisar o que trata a NR 18. A primeira providenciar é enviar para DRT a comunicação
Prévia da Obra (NR-18.2). Depois, quando iniciar a obra deverar ser elaborado o PPRA (NR-09).
Quando o canteiro possuir mais de 20 (vinte) empregados registrados deverá providenciar o PCMAT
(NR-18.3.1). Quanto ao PCMSO (NR-07) é obrigatório elaboração por canteiro de obra, a partir da
contratação de funcionários na planta. Também deverá possuir um Médico Coordenador deste
programa com até 10 (dez) funcionários. (NR-7.3.1.1). O empregador, ou condomínio, é responsável
pela sua implementação e o Programa é integrado pelos seguintes documentos:
a) Memorial sobre condições e meio ambiente do trabalho, nas
atividades e operações, levando-se em consideração:
- Medidas preventivas.
b) Projeto de execução das proteções coletivas.
c) Especificações técnicas dos EPC e EPI.
d) Cronograma de implantação das medidas preventivas.
e) Layout inicial do canteiro de obra.
f) Programa educativo.
• O item 18.3 estabelece a necessidade do PCMAT em obras de construção. A definição de
"Programa" é "exposição sumária das intenções ou projetos de uma empresa ou de um profissional
sobre determinado tema". Estabelecimento é uma obra individualizada, não importando nem seu
porte nem o porte da empresa que a construirá.
• O PCMAT deverá ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funções naquele
estabelecimento, ou obra, independentemente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de
pequenas empresas de prestação de serviço. Não é possível aceitar que cada empresa participante da
construção seja cobrada a apresentar seu PCMAT, ou seja, o Programa específico aos serviços que
ela executará. O PCMAT é único e completo por obra específica. O PCMAT é uma carta de
intenções contendo as medidas que visem às condições ideais do meio ambiente do trabalho em uma
obra, devendo ser amplamente analisado durante sua implantação e alterado quando conveniente
e/ou necessário.
• Possíveis alterações nas atividades e no cronograma devem ser encaradas de forma natural, tendo em
vista as mais variadas formas possíveis de situações que, durante a construção, tendem a ocorrer.
Entre as possíveis alterações, estão as mudanças no cronograma, o surgimento de novas tecnologias
e equipamentos, mudanças de projeto e alterações na relação mão-de-obra/equipamento.
• O PCMAT deve ser apresentado formalmente a todos os profissionais que na obra trabalharem ou
influírem de um modo ou outro, sendo demonstrada sua importância e, principalmente, sua função de
estabelecer regras que os protejam. Nenhum PCMAT terá sucesso na sua implantação se não for
absorvido e compreendido por todos. Segurança tem que ser lembrada e destacada em campanhas
contínuas e durante a implantação do PCMAT.
• Nada é pior que o PCMAT "de gaveta", aquele feito só para atender à legislação e à fiscalização.
Este tema merece mais análise, visando a alcançar o pleno objetivo para o qual foi criado, sendo uma
obrigação dos profissionais ligados à Segurança no Trabalho conhecê-lo profundamente.
Referências - Item 18.4 / Subitens 18.4.1 a 18.4.2.7.2 - Áreas de
Vivência
• Pesquisas de aplicabilidade da NR 18 sugerem que as áreas de vivência,
apesar de serem prioridade da fiscalização, ainda têm um elevado nível de
não conformidade, apresentando falta de cumprimento de exigências
bastante simples, tais como a colocação de suportes para sabonete, cabide
para toalha junto aos chuveiros e recipiente com tampa para depósito de
papéis usados junto ao vaso sanitário.
• Os alojamentos dos canteiros de obras devem ter paredes de alvenaria, madeira ou material
equivalente, assim como piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente e cobertura
que proteja das intempéries.
• É importante, também, ter área mínima de 3m² por módulo, cama e área de circulação. Vale ressaltar
a proibição de três ou mais camas na vertical e de estarem situados em subsolos ou porões das
edificações. A distância entre as camas e entre a última cama e o teto deverá ser, no mínimo, de 1,20
m. Além disso, as camas devem ser de 0,80 m por 1,90 m.
Referências - Item 18.5 / Subitens 18.5.1 a 18.5.13 -Demolição
• Desmoronamento e soterramento são os riscos principais e mais
evidentes em obras de abertura de valas. Observe-se, por
exemplo, o citado por Pfeil (1987) acerca de um grave acidente
ocorrido na construção do metrô de Berlim, Alemanha. Neste caso
as escavações foram levadas a uma profundidade maior que a
programada, a chamada sobrescavação, chegando próximas à
base de perfis verticais que sustentavam internamente as
estroncas (a vala tinha argura de 21m). Assim, as bases dos perfis
verticais ficaram praticamente livres, permitindo seu
deslocamento vertical no sentido ascendente, causando a
desestabilização das estroncas e o conseqüente colapso do
escoramento causando a morte de 19 operários.
• Por fim, cabe destacar que os índices de acidentes de trabalho em escavação na indústria da
construção civil é elevado no Brasil. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego e da
Previdência Social, conforme Anuário anteriormente mencionado, a atividade econômica de
perfuração e execução de fundações destinadas a construção civil colocou-se em 14º lugar entre as
560 existentes, considerando freqüência, gravidade e custos dos acidentes de trabalho no período
1997-1999. Outros dados revelam que os soterramentos estão, ao lado de quedas e eletrocussão,
entre os principais tipos de acidentes de trabalho fatais ocorridos na indústria da construção civil. Há
no país, várias ações na justiça do trabalho contra empregadores, engenheiros e mestres de obras
responsabilizando-os civil e criminalmente por acidentes de trabalho ocorridos nestas atividades.
• Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente habilitado. Este tipo de
trabalho deve ser realizado por empresa especializada. Deve ser sempre proibida a qualquer pessoa
não autorizada, a entrada na área onde se faz a demolição. Os Riscos mais freqüentes em demolições
são:
f) Riscos elétricos.
• As causas principais de ocorrência de acidentes são: falta de sinalização, delimitação e controle de
acesso; sobrecarga de pisos com entulhos; utilização de andaimes mal ancorados ou escorados; não
utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI); e ausência de informação para os riscos
associados às demolições.
Referências - Item 18.6 / Subitens 18.6.1 a 18.6.3 - Escavações,
Fundações e Desmonte de Rochas
• A adoção da escavação manual ou mecanizada dependerá da natureza do solo, das características do
local (topografia, espaço livre, interferência) e do volume a ser escavado. Deverão ser seguidos os
projetos e as especificações no que se refere à locação, profundidade e declividade da escavação.
Entretanto, em alguns casos, as escavações poderão ser levadas até uma profundidade superior à
projetada, até que se encontrem as condições necessárias de suporte para apoio das estruturas.
• Sabe-se que há muitas incertezas na determinação dos parâmetros de rigidez e resistência do solo,
pois este material diferentemente de outros como concreto, aço e madeira apresenta, em geral, uma
elevada heterogeneidade. Diante destas condições, o estabelecimento da segurança dos membros
estruturais requer mais atenção, com conseqüentes majorações dos coeficientes de segurança. Devem
ser abordados os vários mecanismos de ruptura da contenção, tais como a ruptura geral, a ruptura de
fundo, o piping e, com maior ênfase, as ruínas devido a esforços solicitantes elevados nos membros
da contenção (paramento e escoramento).
• Os deslocamentos nas proximidades da vala que podem provocar fissuras nas edificações vizinhas
também merecem atenção. Para tanto, é necessário que o método de cálculo da contenção adotado
seja adequado ao porte e aos requisitos estipulados da construção, conforme Tacitano (2005).
Referências - Subitens 18.6.4 a 18.6.9 - Escavações, Fundações
e Desmonte de Rochas
• Quando necessário, os locais escavados serão isolados, escorados e esgotados por processo que
assegure proteção adequada. As escavações com mais de 1,25 m de profundidade deverão dispor de
escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de
emergência, a saída rápida dos trabalhadores, independentemente da adoção de escoramento.
• As áreas sujeitas à escavação em caráter permanente deverão ser estabilizadas de maneira a não
permitir movimento das camadas adjacentes. Em caso de valas, serão observadas as imposições do
local do trabalho, principalmente as concernentes à segurança dos transeuntes e de animais. Nas
escavações executadas próximas a prédios ou edifícios, vias públicas ou servidões, deverão ser
empregados métodos de trabalho que evitem as ocorrências de qualquer perturbação oriunda dos
fenômenos de deslocamento, tais como:
• Quando o material for considerado, a critério da fiscalização, apropriado para utilização no reaterro,
será ele, a princípio, estocado ao longo da escavação, a uma distância equivalente à profundidade
escavada, medida a partir da borda do talude. Materiais não reutilizáveis serão encaminhados aos
locais de "bota-fora" ou deixados ao longo da escavação.
• Em vias públicas onde a deposição do material escavado puder acarretar problemas de segurança ou
maiores transtornos à população, a remoção e estocagem do material escavado para local adequado,
para posterior utilização.
• Ao se atingir a cota de projeto, o fundo da escavação será regularizado e limpo. Atingida a cota, se
for constatada a existência de material com capacidade de suporte insuficiente para receber a peça ou
estrutura projetada, a escavação deverá prosseguir até que se possa executar um "colchão" de
material de base, a ser determinado de acordo com a situação.
• No caso do fundo da escavação se apresentar em rocha ou material indeformável, sua cota deverá ser
aprofundada, no mínimo, em 0,10 m, de forma a se estabelecer um embasamento com material
desagregado de boa qualidade (normalmente, areia ou terra). A espessura desta camada deverá ser
determinada de acordo com especificidade da obra.
• Os operários que trabalham no interior de valas devem estar devidamente informados através de
instruções de segurança do trabalho e de medidas necessárias de proteção para cada risco específico;
as contenções devem ser revistas ao começar a jornada de trabalho e quando ocorrerem interrupções
de trabalho de mais de um dia ou alterações atmosféricas como chuvas; e se recomenda que o
paramento da contenção ultrapasse em um pequeno trecho a borda da vala, para que sirva como um
rodapé, evitando a queda de objetos e materiais no seu interior.
• Em geral, as contenções ou parte delas são retiradas quando deixam de ser necessárias, começando
pela parte inferior do corte. De toda forma, os procedimentos de reaterro devem ser previamente
planejados, tomando-se as mesmas precauções da fase de escavação. Fang (1991) alerta que deve ser
lembrado que o projetista de estruturas de contenção geralmente tem pouco controle sobre a
execução de seu trabalho.
• Os empuxos do solo são afetados por muitas condições, e não é a menor delas o método construtivo
a qualidade do trabalho manual envolvido. Se as deformações da estrutura de contenção não são as
previstas, grandes mudanças de empuxos podem ocorrer. Falta de procedimentos de inspeção
adequados e liderança podem resultar em desconformidade em soldagens, deslocamento ou
localização incorreta de certos membros e seqüências impróprias de trabalho.
• A Delegacia Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, vem atuando com rigor neste setor.
Juntamente com Ministério Público do Trabalho, um Termo de Ajustamento de Conduta foi
acordado entre estes órgãos e a SABESB (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo) para que sejam observadas as normas de Segurança e Saúde do Trabalho nos serviços em
valas. As empresas por ela contratadas também devem seguir estas normas.
Referências - Subitens 18.6.10 e 18.6.10.1 - Escavações,
Fundações e Desmonte de Rochas
• Os riscos críticos presentes nas escavações em via pública são a existência de tubulações de gás
natural. A rede de gás natural possui tubulações de aço carbono e de PEAD (polietileno de alta
densidade). Essas tubulações têm uma grande variedade de diâmetros e podem estar localizadas em
ruas e avenidas, calçadas, acostamentos ou junto ao limite da faixa de domínio de rodovias.
• As instalações de redes de gás são mantidas afastadas por, no mínimo, 30 cm de outras infra-
estruturas subterrâneas (tubulações de saneamento, telefonia, energia elétrica etc).
• Toda a rede de gás possui sinalização externa através de placas de aviso, balizadores, tachões no piso
de calçadas e de pinturas da presença da rede no piso asfáltico. Dentro da vala, existe uma fita
plástica de segurança, colocada acima da tubulação. Em locais como travessias de ruas e calçadas, é
colocada adicionalmente uma placa de concreto com a inscrição "COMPAGAS" acima da tubulação.
As válvulas de serviço de alimentação normalmente estão nas calçadas a 60 cm de profundidade e
possuem uma tampa de ferro fundido com a inscrição da companhia de gás conforme exemplo
abaixo da empresa COMPAGAS.
Tachão de piso de Fita plástica de Tampa de Ferro
Placa de Concreto
Calçada segurança Fundido
• Para evitar acidentes em serviços de escavação junto à rede de gás, siga as instruções abaixo:
• A área de fogo deverá ser protegida contra a projeção de partículas, quando houver risco para
trabalhadores e terceiros. Em função das condições locais, poderá ser exigido o uso de redes de
segurança. A detonação das cargas deverá, obrigatoriamente, ser precedida e seguida de sinais de
alerta. A carga das minas será feita somente por ocasião da execução dos trabalhos de detonação,
jamais na véspera ou mesmo com simples precedência de horas.
• Sempre que for necessário preservar a estabilidade e resistência dos cortes executados em rocha,
estes deverão ser conformados utilizando-se pré-fissuramento ( detonação controlada do perímetro,
realizada antes da escavação), fogo cuidadoso cushion blasting (detonação controlada do perímetro,
realizada durante a escavação) ou perfuração em linha.
• O ar comprimido, muitas vezes é usado de forma inadequada, ou seja, a prática de atos inseguros pôr
parte de alguns funcionários, comum em áreas de muita poeira que utilizam o ar comprimido para
limpar a roupa. Atos desta natureza podem acarretar sérias conseqüências a aqueles que por
desconhecimento ou ignorar os preceitos de segurança venham a cometer estas imprudências.
Devido ao perigo que representa o ar comprimido não deve ser aplicado sobre o “Corpo”, não deve
ser usado para “Limpeza” de roupa de trabalho, tirar pó ou sujeira “do cabelo ou do corpo”. Um jato
de ar comprimido pode resultar nos seguintes danos:
o Tirar um olho de sua órbita, romper um tímpano, ou causar hemorragia interna ao penetrar
nos poros;
o Quando muito perto da pele, pode penetrar por um corte ou uma escoriação e insuflar o
tecido humano (encher de ar). A lesão poderá ser fatal se o ar chegar a penetrar em um vaso
sangüíneo, porque pode produzir borbulhas de ar que interrompe a circulação do sangue.
Essa lesão denomina-se, “embolia gasosa”;
o Impurezas tais como: partículas de óleos, graxas e outras partículas muito pequenas que
introduzidas sob a pele, pelos poros, podem causar inflamações nos tecidos;
Referências - Subitens 18.6.20 a 18.6.23.1 - Escavações,
Fundações e Desmonte de Rochas
• Para a execução de tubulões a céu aberto, aconselha-se a leitura do item 18.20 da NR 18 e seus
respectivos comentários apresentados mais adiante neste livro. Consultar a NR 33 aprovada pela
Portaria MTE 202 de 22/12/2006.
Referências - Item 18.7 / Subitens 18.7.1 e 18.7.2 - Carpintaria
• Na serra circular, o baixo cumprimento das exigências faz com que seu manuseio seja responsável
por uma parcela considerável de acidentes, sendo superado apenas pelas ferramentas manuais, como
as fôrmas de madeira ou metálicas e impacto contra peças soltas. Os acidentes envolvendo as serras
envolvem a falta de aterramento da carcaça do motor e a falta de coletor de serragem.
Referências - Subitens 18.7.3 a 18.7.5 - Carpintaria
• A serra circular de bancada é uma máquina de corte, cuja ferramenta é constituída de um disco
circular provido de arestas cortantes em sua periferia, montado em um eixo que lhe transmite
movimento rotativo e potência de corte, sendo o conjunto acionado por um motor elétrico, através de
polias e correias.
• Os riscos mais freqüentes que encontramos no manuseio da serra circular são: cortes e amputações
nos membros superiores, ruptura do disco, ruído excessivo, descargas elétricas, projeção de
partículas e incêndios.
• Os EPI devem ser utilizados no manuseio da serra circular, sendo os mais importantes o protetor
facial contra a projeção de partículas e o protetor auricular. Outros equipamentos também podem ser
usados quando a operação assim o exigir: avental de raspa, sapatos de segurança e máscaras contra
poeira.
• Em relação às medidas de proteção coletiva, poderíamos citar entre as mais freqüentes: proteção das
transmissões de força, cobertura da serra circular, aterramento elétrico, instalação de extintor de
incêndio (gás carbônico para a parte elétrica e água-gás para a madeira e a serragem).
Referências - Item 18.8 / Subitens 18.8.1 a 18.8.6 - Armações de
Aço
• Os trabalhadores devem ser treinados quanto ao uso correto da máquina de cortar e dobrar barras de
aço, e as sobras de vergalhões devem ser recolhidas e depositadas em local apropriado.
• O transporte de vergalhões ou armações, feitos geralmente por guindastes, deve ser feito com
atenção para não atingir pessoas ou rede elétrica.
Referências - Item 18.11 / Subitens 18.11.1 a 18.11.4 -
Operações de Soldagem e Corte a Quente
• Recomendamos a leitura da NR 15 e seus comentários para um maior entendimento dos aspectos
técnicos e legais envolvendo operações e atividades insalubres, principalmente aquelas provenientes
dos trabalhos de soldagem.
• Nas áreas onde existe risco de incêndio ou explosão devido à presença de gases ou vapores
inflamáveis deverá ser implementado sistema de permissão para trabalho.
• A qualificação dos soldadores pode ser feita através de cursos profissionalizantes do SENAI ou de
acordos com os requisitos da Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem (FBTS). A Petrobras
possui critérios próprios de qualificação, de modo a atender aos requisitos internos rigorosos de
qualidade.
Referências - Subitens 18.11.5 e 18.11.6 - Operações de
Soldagem e Corte a Quente
• Uma medida importante para a prevenção de acidentes é a utilização de dispositivos de segurança em
equipamentos de solda e corte. Infelizmente, não existe muita conscientização sobre a importância
deste acessório. Muitos ainda encaram este dispositivo de segurança como item supérfluo e,
somente, após a ocorrência de um acidente, às vezes com conseqüências graves, é que sua real
necessidade é considerada. Há, atualmente, dois tipos de dispositivos de segurança: dispositivos
contra retrocesso de chama e Válvulas de Contra Fluxo.
• Vale lembrar que existe no mercado válvulas de contra-fluxo funcionando com dupla função, pois
possui no seu interior um filtro sinterizado que extingue as chamas provenientes de um possível
retrocesso de chama. Porém, todo cuidado deve ser tomado na compra do dispositivo de segurança.
Leia atentamente as recomendações do fabricante quanto ao uso correto dos dispositivos de
segurança.
Referências - Subitem 18.11.7 - Operações de Soldagem e Corte
a Quente
• O termo "garrafa", utilizado no item 18.11.7, não é tecnicamente adequado. O termo certo é "cilindro
de gás". Da mesma forma, não se deve chamar de "balas" ou qualquer outro nome que não seja
"cilindro de gás".
• Cilindros de gás, embora sejam bastante resistentes ao impacto mecânico, são pouco eficientes no
caso de uma incidência direta de chama proveniente de um maçarico ou de um incêndio. Nestes
casos, sempre existirá o risco de explosão do cilindro, devido à ação térmica sobre o aço.
• No caso anterior, a explosão dos cilindros poderá ocorrer em poucos minutos (no caso de uma chama
de acetileno, em até cinco minutos), independentemente da presença de dispositivos de segurança.
• Ressalta-se que a temperatura de uma chama acetileno / oxigênio alcança 3.100°C enquanto que a de
GLP/oxigênio fica em torno de 2.000°C e a do hidrogênio/oxigênio em torno de 2.200°C.
• No caso do oxigênio e de outros gases oxidantes, existe o risco do uso de lubrificantes com
hidrocarbonetos comuns, tais como: óleo, graxa, solventes, gasolina e outros. Neste caso, o resultado
será uma explosão imediata do sistema, principalmente válvulas, reguladores de pressão, tubulações
e outros.
• Usando a NR 22 como referência técnica, o item 22.11.23 estabelece que os cilindros contendo gases
comprimidos devem ser armazenados em depósitos bem ventilados e estar protegidos contra quedas,
calor e impactos acidentais, bem como observar o estabelecido nas NBR 12.791 Cilindro de Aço,
sem costura, para Armazenamento e Transporte de Gases a Alta Pressão, NBR 12.790 Cilindro de
Aço Especificado, sem costura, para Armazenagem e Transporte de Gases a Alta Pressão, e NBR
11.725 Conexões e Roscas para Válvulas de cilindros para Gases Comprimidos, além de atender às
recomendações do fabricante.
Referências - Subitens 18.11.8 e 18.11.9 - Operações de
Soldagem e Corte a Quente
• Soldagem com eletrodos revestidos é definida como um
processo de soldagem com arco, no qual a união é produzida
pelo calor do arco criado entre um eletrodo revestido e a peça a
soldar. Pela AWS, este processo é chamado Shielded Metal
Arc Welding (SMAW).
• Neste processo, este elemento é essencial para se obter uma boa solda. O eletrodo revestido consiste
de um arame de metal, que é o mesmo do material a ser soldado, com um revestimento externo que
define quais características (propriedades mecânicas, químicas e metalúrgicas) terá a junta soldada.
Veja a figura ao lado.
• Neste processo, não se utiliza gás, pois a proteção contra as contaminações trazidas pelo oxigênio e
nitrogênio (corrosão e fragilidade no cordão de solda) são feitas pelo próprio revestimento do
eletrodo. Um eletrodo revestido é constituído por uma vareta metálica, com diâmetro variando entre
1,5 e 8 mm e comprimento entre 23 e 45 cm, recoberta por uma camada de fluxo aglomerado
(revestimento). As principais funções do revestimento do eletrodo são:
• A segunda é a preferida, por seu baixo custo de operação, reduzida manutenção e menor barulho em
operação. Estas vantagens se devem à forma construtiva do equipamento e a um número mínimo de
partes móveis.
• Este equipamento tem uma grande utilização na soldagem industrial. Durante a soldagem, a
estabilidade do arco é obtida limitando-se os picos de corrente durante o curto-circuito a níveis
suficientemente baixos para alcançar reduzido volume de respingos, mas suficientemente altos para
reabrir o arco e proporcionar adequada elevação da tensão do arco após o curto-circuito. É o
princípio de operação das inversoras, que, através de placas eletrônicas, fazem este controle com
perfeição, além de reduzir drasticamente o tamanho e peso do equipamento.
• Para iniciar o arco de solda, é preciso tocar (riscar) a peça com o eletrodo e manter uma distância
adequada para a manutenção do ambiente ionizado (arco de solda), sendo que essa é a grande
dificuldade deste processo, muito embora com a prática esta seja posta de lado (veja figura abaixo).
Nunca se deve testar eletrodos em cilindros de gases ou qualquer outro equipamento que não seja a
peça de trabalho.
Ignição do Eetrotodo Revestido.
• O material de segurança basicamente consiste em: óculos de segurança e máscara de solda (com as
lentes conforme tabela abaixo); luvas de raspa; avental de raspa; perneiras de raspa; botas de
segurança; e touca de soldador (essencial quando a solda for na posição sobre a cabeça). A máscara
neste processo de solda é indispensável, pois se usarmos somente os óculos de segurança (que
também são indispensáveis por conta da escória a ser retirada) a pessoa ficará marcada pela radiação
não ionizante.
• O posto de solda também deve ser protegido por cortinas plásticas que impeçam a passagem dessa
radiação. Em algumas indústrias, os `controladores´ podem ter problemas sérios na vista por não
observar este detalhe, isto é, a exposição contínua à radiação de solda (principalmente quando há
altas correntes de soldagem). Atenção especial deve ser dada quando o soldador for trabalhar
confinado. É imprescindível ter exaustão dos fumos de solda, além de ser desejável um filtro para
respiração.
• Alguém pode alegar que não se enxerga nada com lentes, como a nº 12, e quem já soldou sabe que
isto é bem verdade (ainda bem, porque senão a radiação seria transmitida da mesma forma!). Para
estas situações, foram desenvolvidas máscaras especiais que somente escurecem no instante da
soldagem, facilitando muito o trabalho.
• As serralherias, de modo geral, utilizam este processo por ser mais barato e eficaz. Normalmente,
empregam os diâmetros menores (1,6; 2,0; 2,4), mas para seu serviço o eletrodo adequado é o E
6013 (chamado de `ponta amarela´ por certo fabricante).
• O setor de manutenção de uma indústria utiliza os mais variados tipos de eletrodos (desde aquele
para a soldagem em ferro fundido, o tipo de FoFo soldável - E Ni-Cl / E NiFe-C, até aço carbono,
aço inox e alumínio). Eles servem para efetuar o revestimento em peças que foram danificadas pela
corrosão, ou para prevenir o desgaste pela utilização (dentes de trator, rolos de moenda na indústria
açucareira, rodas de trem etc). Embora este processo não seja automático, ainda existem diversas
aplicações para ele, principalmente em se tratando do enchimento de falhas e `falta de fusão´.
Referências - Item 18.12 / Subitens 18.12.1 a 18.12.5.10.1 -
Escadas, Rampas e Passarelas
• As escadas são construídas geralmente de madeira, aço, fibra de alumínio e fibra de vidro. Escadas
mal construídas, mal conservadas e mal utilizadas podem representar um perigo extremamente sério.
As escadas de mão, quando construídas corretamente, apresentam as seguintes características:
travessas iguais; espaçamento uniforme entre as travessas; montantes iguais; emendas iguais; e não
apresentam nós e rachaduras (caso feitas de madeira).
• Os pontos mais importantes para se obter uma utilização segura da escada de uso individual estão
relacionados ao comprimento da escada, ao ângulo que ela forma com o piso e aos sistemas de
fixação na superfície inferior e superior. Para maior estabilidade da escada, é necessário que o ângulo
em relação ao piso tenha o valor aproximado de 75º, podendo variar entre 65º a 80º .
• Quando uma escada não está fixada no piso, deve-se colocar calços de borracha nos pés para evitar
que a escada escorregue. Principalmente no uso dos degraus superiores, crava-se uma estaca no solo,
ao qual será amarrada a escada, por meio de cordas, quando uso em pátio externo.
• As escadas de mão devem ser sempre inspecionadas antes do uso, verificando-se os seguintes itens:
Defeitos na madeira, nós, fibras no sentido transversal, fendas; rachaduras; apodrecimento geral,
espaçamento dos degraus de, no máximo, 300 mm de eixo a eixo e de, no mínimo, 300 mm, para
escadas de até 3 m de altura, base antiderrapante em todos os degraus; e calço de borracha nos pés da
escada, a fim de impedir o movimento acidental da escada. As escadas de mão também têm
recomendações para auxiliar a inspeção antes de cada uso. Os seguintes procedimentos de segurança
devem ser seguidos:
• Quando não for possível se apoiar uma escada na inclinação recomendada, a mesma deve ser
amarrada no apoio superior para evitar tombamento para trás ou escorada na parte inferior para se
evitar o escorregamento.
• Não se deve subir em escadas de mão carregando ferramentas ou materiais. Estes serão suspensos
separadamente.
• As escadas de mão portáteis, quando utilizadas próximas da laje, devem ser amarradas por um tirante
a um pilar interior, com o funcionário usando cinto de segurança tipo pára-quedista. As escadas de
mão portáteis não devem ser colocadas próximas a portas ou áreas de circulação, a menos que haja
sinalização. O mesmo se aplica a poços ou torres de elevador, devido à possibilidade de quedas de
materiais.
• Não será utilizada escada de mão com montante único. As escadas de mão extensíveis possuirão
roldanas, guias e ancoragem adequada, duas catracas automáticas e corda para a manobra de
extensão, sendo que as cordas devem ser inspecionadas freqüentemente.
• Subir ou descer em escadas portáteis deverá ser uma ação feita sempre de frente para elas. Escadas
duplas não serão utilizadas como escadas simples. Deve-se ter o cuidado de não largar ferramentas
ou materiais nas escadas. Nunca deslocar uma escada sem descer. O mesmo procedimento deve ser
seguido na passagem de um lado para o outro em escadas duplas.
Referências - Item 18.13 / Subitem 18.13.1 - Medidas de
Proteção Contra Quedas de Altura
• As proteções contra quedas de altura são os maiores problemas nos canteiros de obra. A falta de
proteções contra quedas faz com que este tipo de acidente seja a primeira causa de acidentes graves.
Referências - Subitens 18.13.2 a 18.13.4 - Medidas de Proteção
Contra Quedas de Altura
• O trabalho em altura é um dos agentes da fatalidade. Desta forma, atividades não rotineiras, mesmo
existindo procedimentos, devem ser acompanhadas de uma permissão para trabalho. Esta rotina
permite que todos os controles de segurança sejam revisados e que todas as pessoas estejam
conscientes dos riscos da operação.
• Para garantir a eficácia da Permissão para Trabalho, esta deve ser revalidada diariamente, pois as
condições da operação podem mudar. É o que chamamos de riscos dinâmicos. É muito comum nas
empresas a emissão da PT por um tempo em que o trabalho será realizado. Neste caso, a revalidação
diária será fundamental para que as recomendações sejam atendidas.
Referências - Subitens 18.13.5 a 18.13.11 - Medidas de Proteção
Contra Quedas de Altura
• A altura do fechamento dos vãos de acesso às caixas dos elevadores passou a ser de, no mínimo, 1,20
m. Estes vãos serão seguramente fixados à estrutura.
• O sistema de guarda-corpo e rodapé a ser utilizado na proteção contra quedas de altura passou a ser
assim:
• Esta plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje e retirada somente quando o
revestimento externo do prédio, acima dela, estiver concluído.
• Além das plataformas principal e secundária, o perímetro da obra deve ser fechado com tela,
podendo ser retiradas nas mesmas condições das plataformas secundárias.
• Foi criada uma plataforma terciária, para edifícios com pavimentos no subsolo, a ser instalada de 2
(duas) em 2 (duas) lajes, sem necessidade de complementação com tela, contadas a partir da
plataforma principal.
• Estas plataformas deverão ter, no mínimo, 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) de projeção
horizontal e obedecer às mesmas prescrições estabelecidas para as plataformas secundárias quanto à
sua colocação e retirada.
Guarda-corpo metálico com Guarda-corpo metálico com Guarda-corpo de madeira com montant
sargento escoras metálicos
Guarda-corpo de alvenaria
Guarda-corpo de madeira Galeria
estrutural
aixa de elevador (metálica) Caixa de elevador (madeira) Proteção shaft de ventilação de escada
Referências - Subitens 18.13.12 a 18.13.12.26 - Medidas de
Proteção Contra Quedas de Altura - Redes de Segurança
• A Portaria MTE 157 também admite no item 18.13.12 o uso de redes de segurança como medida
alternativa ao uso de plataformas secundárias de proteção, previstas no item 18.13.7 da NR 18. O
sistema já provou ser eficiente também para evitar quedas humanas, se respeitadas as normas
técnicas específicas.
• Para isso, a nova regra exige que tenha, além de projeto assinado por profissional legalmente
habilitado: rede de segurança; cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede; conjunto
de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede, composto de elemento forca, grampos de
fixação do elemento forca e ganchos de ancoragem da rede na parte inferior. O sistema é autorizado
para após as fases de estrutura e vedação periférica.
• A Portaria MTE 157/2006 altera ainda vários itens do glossário da NR 18 que estão inseridos no
final da descrição das alterações acima. Íntegra da portaria: DOU de 10 de abril.
• O contratante de serviços especializados aplicáveis à NR 18 e aos demais NR deve estar atento aos
requisitos de contrato, de forma a garantir que os trabalhos a ser realizados pelas empresas serão
feitos por pessoas qualificadas. Normalmente, os contratos são padrões e genéricos, porém é preciso
explicitar a qualificação necessária para o trabalho.
Referências - Subitens 18.14.2 a 18.14.20 - Movimentação e
Transporte de Materiais e Pessoas
• Tomando como referência a NR 22, item 22.7.13, recomendamos que o transporte de pessoas em
máquinas ou equipamentos somente será permitido se estes estiverem projetados ou adaptados para
tal fim, por profissional legalmente habilitado.
• Sempre existiu grande dificuldade das empresas em encontrar referências técnicas para fundamentar
algumas práticas para o transporte vertical de pessoas. Por similaridade técnica, sugerimos o uso da
NR 22, item 22.7.14, que determina que o transporte vertical de pessoas. Desta forma, só serão
permitidas em cabines ou gaiolas que possuam as seguintes características:
f) Iluminação;
• Toda a operação da plataforma, desde sua velocidade de deslocamento até a sinalização da área de
trabalho, está minuciosamente descrita na NR-18. Ela é clara quanto à obrigatoriedade do uso de
cintos de segurança e proíbe que a capacidade nominal de carga definida pelo fabricante seja
ultrapassada. A norma exige que o proprietário da plataforma mantenha um programa de
manutenção preventiva, executado por pessoa qualificada e que siga as recomendações do fabricante.
Além disso, o operador também deve ser treinado, de acordo com o conteúdo programático
estabelecido pelo fabricante, sobre os princípios básicos de segurança, inspeção e operação.
Referências - Subitens 18.14.21 / 18.14.21.1 a 18.14.21.20 -
Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas - Torres de
Elevadores
•
• A falta de utilização da cancela deve-se ao relativo alto custo de aquisição, decorrência do reduzido
número de fornecedores, e ao fato de que muitos empresários ainda não estão convencidos da
necessidade da sua utilização, ou seja, não compreendem quais riscos humanos e perdas econômicas
ela pode evitar.
• O subitem 18.14.22.4, letra e, da Portaria MTE 157/2006, proíbe definitivamente o uso do elevador
a cabo com freio de emergência tipo flutuante, por ser o dispositivo mecânico comprovadamente
inseguro, em situações nas quais o cabo de aço não é totalmente rompido, e a cabine acaba se
precipitando em queda livre. Não há outra forma de acionamento emergencial deste equipamento,
senão a falta completa de tensão no cabo de aço.
• A nova regra obriga a sua substituição pelos elevadores de obras com sistema eletromecânico para o
acionamento do freio, que passa a atuar efetivamente em situações de emergência. Também se
tornou obrigatória a apresentação de Laudo de Capacitação Técnica do equipamento, emitido por
empresa legalmente habilitada, devendo constar da descrição dos métodos utilizados para os ensaios
adotados.
• Segundo a Portaria 157/06, a eficiência dos sistemas de frenagem automática deverá ser comprovada
através de "Laudo de Capacitação Técnica", emitido por empresa legalmente habilitada, do qual
constarão os métodos de ensaios adotados.
• Cada vez mais, o entendimento técnico e o legal explicitam a necessidade de usar serviços realizados
por profissionais legalmente habilitados em cursos específicos.
• Para que os profissionais qualificados sejam considerados legalmente habilitados (item 10.8.2), é
necessário preencher as formalidades de registro nos respectivos conselhos regionais de fiscalização
do exercício profissional.
• Por similaridade técnica, poderíamos usar o mesmo entendimento da nova NR 10. A qualificação
deve ocorrer através de cursos regulares, reconhecidos e autorizados pelo Ministério da Educação e
Cultura, com currículo aprovado e mediante comprovação de aproveitamento em exames de
avaliação, estabelecida no Sistema Oficial de Ensino (portadores de certificados ou diplomas).
• Desta forma, a qualificação pode ocorrer em três níveis, com responsabilidades e atribuições
distintas a serem observadas pelas empresas. Todos os trabalhadores são considerados profissionais
qualificados:
• Um dos itens incluídos com o Anexo de sobre movimentação de cargas trata da necessidade de
criação de um plano de cargas (anexo 3) Este documento, que será exigido no PCMAT, deverá
conter o layout da locação da grua e os fluxos de pessoas e materiais. Sugerimos a leitura cuidadosa
das modificações incorporadas por este anexo.
Referências - Item 18.15 / Subitens 18.15.1 a 18.15.9 - Andaimes
e Plataformas de Trabalho
• Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, onde não possam ser
executados em condições de segurança a partir do piso. São utilizados em serviços de construção,
reforma, demolição, pintura, limpeza e manutençao. Segundo a Norma NBR 6604 - Segurança em
Andaimes, eles podem ser divididos da seguinte forma:
o Suspensos;
o Inclinados;
o Ssobre cavaletes;
o Travessão.
• Quanto a sua utilização os andaimes pode ser classificados da seguinte forma:
• Neste item, é determinado que se tenha um profissional legalmente habilitado, sem especificar qual
habilitação específica, para dimensionar a estrutura de sustentação e fixação do andaime.
• Deve ser garantido aos empregados acesso seguro aos andaimes. Os meios de acesso podem ser
escadas fixas, portáteis, rampas ou degraus. Qualquer que seja o meio de acesso o usuário deve estar
seguro de que os mesmos estejam em boas condições e não ofereçam riscos a sua segurança. O
sistema de guarda-corpo e rodapé estende-se às cabeceiras e a todo o perímetro, com exceção do lado
da face de trabalho, obedecendo às especificações do item 18.13.5:
o Ser construído com altura de 1,20 m para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros)
para o travessão intermediário;
o Ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o
fechamento seguro da abertura.
• A segurança com andaimes deve ser um requisito existente em qualquer tipo de obra e deve o mesmo
tratamento e cuidado que qualquer outro existente de execução. Um trabalho somente será seguro se
for planejado adequadamente sob o ponto de vista preventivo. Nesta etapa devem ser identificados os
perigos, avaliados os riscos e sugeridos formas de controle para minimizar a probabilidade de
ocorrência de acidentes.
• Os objetivos da etapa de planejamento iinclui:
o Capacete
o Luvas;
o Protetores auriculares;
o Proteção respiratória
• Exemlos de EPC a serem utilizados
o Dispositivos DR
• O subitem 18.15.43.2 foi revogado pela Portaria MTE 157, de 10 de abril de 2006.
• Durante a montagem dos andaimes alguns requisitos de segurança devem ser seguidos:
o Verificar os gabaritos antes de montar, olhar a existência de trincas, deformações nos tubos
e presença de corrosão.
o Caso seja montado um equipamento para içar cargas sobre o mesmo, este deve ser
reforçado para suportar essa carga.
o Qualquer trabalhador que execute tarefas em uma plataforma deverá ser treinado no uso
correto dos equipamentos.
o Há sinais de desgaste?
• Corrimão de proteção: Se o andaime for erguido acima de 1,5 m acima do nível do chão, deverá
ser dotado de corrimãos de proteção. Este corrimão não deverá ter menos de 90 cm nem mais de 1 m
de altura, medidos a partir da plataforma do andaime.
• Proteção ao nível dos pés: Tais proteções são instaladas para evitar ou diminuir a possibilidade de
trabalhadores que estão em altura elevada atingirem ou chutarem algum ítem, projetando-o para
baixo.
• Solda e corte com maçarico: Para trabalhos de solda ou corte sobre plataformas deve-se garantir
que a área sobre a plataforma, assim como a área abaixo dela estejam devidamente isoladas e
protegidas. Todos os materiais inflamáveis devem ser removidos do local e o pessoal nas
proximidades deve estar usando EPIs adequados.
• Desmontagem dos andaimes: A desmontagem é tarefa de maior risco que a montagem, logo,
necessita maior cuidado.
o Utilizar equipamento auxiliar sempre que possível, como skymunck, guindaste, hyster, etc...
o Nunca ficar no piso que está sendo desmontado, ficar no andar de baixo ou fora do
andaime.
Referências - Subitens 18.15.19 a 18.15.25 - Andaimes
Fachadeiros
Andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à estrutura na extensão
da fachada.
• As instruções de montagem indicadas a seguir seguem os princípios definidos pela Norma Européia
UNE 76502:1990 (CEN-HD 1000:1988).
Elementos do Sistema
1-Nivelador de base
2-Inicializadorde base
3-Elemento de andaime
4-Diagonal de
contraventamento
5-Barra horizontal
6-Plataforma de trabalho
7-Plataforma de serviço
8-Escada de acesso
9-Rodapé frontal
10-Protector Lateral
11-Terminal de andaime
lareal
12-Terminal de andaime
Colocam-se os niveladores
de base sobre uma
superfície plana,
(recomenda-se a utilização
de pranchas de madeira),
para distribuir a pressão
exercida pelo andaime sobre
o solo.
2-Colocação do
inicializador
O inicializadorde base é
colocado sobre os
niveladores para permitir a
ligação à diagonal.
• Recomenda-se a colocação dos fixadores de andaime no prumo vertical .E quando não for possível
colocar o mais próximo dos mesmos.
• Para andaime com menos de 30 m de altura, e sem nenhum tipo de recobrimeto, colocar as
amarrações em cada 20m² e para andaime com recobrimentoem rede permeável ao vento as
amarrações são colocadas em cada 12 m².
• Para andaime com alturas superiores a 30m ou para recobrimentosmais densos é necessário realizar
cálculos específicos.
• As diagonais devem ser colocadas de 4 em 4 módulos de andaime, tal como ilustra a figura 1.
Procedimentos de Montagem
1. Realizar o estudo prévio da planta para envio de materiais;
3. Verificar se as zonas de apoio do andaime, são resistentes à pressão que sobre elas vai exercer:
devem ser duros e estáveis. Qualquer dúvida a respeito da capacidade de resistência do solo ou zonas
de apoio do andaime e da capacidade de resistência da estrutura, é motivo suficiente para suspender a
montagem até que um técnico competente resolva o problema;
5. Verificar se a distância máxima entre níveis de plataformas é de 2,0 m. Devem estar protegidos com
barras guarda-costas a 0,5 e 1,0 m de distância, se os topos devem estar fechados com protecções e
envolvidos com rodapés com uma altura mínima de 15 cm;
6. Quando a estrutura não cumpre a regra da auto-estabilidade devem existir amarrações a estruturas
sólidas (pilares, vigas, lajes, etc.) As amarrações são colocadas de 5 em 5 m na horizontal em
prumadas alternativas e na vertical de 6,0 m em 6,0m em altura em todas as prumadas;
7. O acesso aos vários níveis de trabalho deve realizar-se por escadas interiores;
11. Ter em consideração as capacidades de carga que obrigatoriamentesão indicadas nas plataformas;
13. Verificar regularmente os pontos de fixação do andaime à fachada (é muito frequente os utilizadores
do andaime retirar pontos de fixação para lhes facilitar o trabalho;
14. Antes de iniciar os trabalhos de utilização do andaime o responsável pela segurança na obra deve
verificar a correcta montagem do andaime.
Referências - Subitens 18.15.26 a 18.15.27 - Andaimes Móveis
Plataforma de trabalho cuja estrutura esta montada sobre rodízios.
• As instruções de montagem indicadas a seguir seguem os princípios definidos pela Norma Européia
UNE 76502:1990 (CEN-HD 1000:1988).
• A estruturas das
torres de escada estão
submetidas ás
mesmas cargas que
qualquer outro tipo
de andaime, para
poder considerar a
auto estabilidade,
temos que comprovar
que as cargas não são
suficientes para
desestabilizar a
estrutura. Para isso
temos a favor o peso
próprio da estrutura,
quanto mais pesada
melhor é o
comportamento em
relação ao
desequilíbrio
provocado pelas
cargas a que estão
submetidas e à força
do vento. ara torres
realizadas em aço
sem nenhum tipo de
cobertura, o método
orientativo para
provar se é auto-
estável é o seguinte:
- Em espaços
interiores,
sem vento a
máxima altura
(H)não pode
ser superior a
quatro vezes
o lado (L)
menor – H
(max.)<=4* L
(menor).
- Em espaços
interiores a
altura (H)
máxima é de
três vezes o
lado (L)
menor – H
(max.)<=4* L
(menor).
• Quando não se
cumpre a regra da
auto-estabilidade:
- Aumentar as
dimensões da
base
colocando
estabilizadore
s.
- Colocar
contrapesos.
- Amarrar a
estrutura a
partes sólidas.
- Combinar
adequadamen
te as opções
interiores.
Referências - Subitens 18.15.28 a 18.15.29 - Andaimes em
Balanço
• São os que se projetam para fora da construção e são suportados por vigas (de madeira ou metálica)
ou estruturas em balanço, podendo ser fixos ou deslocáveis. São geralmente utilizados quando os
andaimes não podem apoiar-se sobre o solo ou sobre uma superfície horizontal resistente.
Referências - Subitens 18.15.30 a 18.15.44 - Andaimes
Suspensos
São plataformas elevadas de trabalho dotadas de guarda-corpo
suspensas por cabos de aço e guinchos ou suportadas por estrutura
metálica tubular, de quadros, ou de madeira destinadas a execução de
serviços de construção, manutenção e pintura.
• A Portaria MTE 30 (20/12/01) alterou a redação do item 18.15 Andaimes, passando a se chamar
Andaimes Suspensos. Alteração já efetuada no texto acima.
• É proibido o uso de pintura que encubra imperfeições da madeira, valendo estas obervações para os
diferentes tipos de andaimes suspensos:
• Na foto ao lado é possível exemplificar um tipo de balancim individua com assento individual no
formato de conchal. Para uso deste equipamento é obrigatório o uso do trava-quedas e cinto
segurança. Observe o sistema cabo passante que permite movimentações rápidas, independente da
altura de trabalho, em função do não acúmulo de cabo de aço na caixa de comandos. Sistema de
fixação através de ganchos, afastadores, vigas ou sistemas contra-peso. Aplicabilidade:
• Esta Portaria foi elaborada a partir da ata da XXIV Reunião Ordinária do Comitê Permanente
Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção CPN, realizada
nos dias 23 e 24/04/2002, criando e modificando os itens de 18.15.49 a 18.15.55, introduzindo a
CADEIRA SUSPENSA. O não atendimento aos requisitos deste item implica em infração de grau 4.
Os seguintes aspectos de segurança devem ser obrigatoriamente atendidos:
a) Sistema dotado com dispositivo de subida e
descida com dupla trava de segurança, quando a
sustentação for através de cabo de aço;
• A Portaria 157/2006 exige a instalação, ao longo de toda a fachada das edificações, de ganchos que
vão futuramente sustentar os andaimes e cabos de segurança para uso de proteção individual dos
trabalhadores que precisarem executar a manutenção da fachada de prédios de no mínimo quatro
pavimentos ou 12 metros de altura.
• Pela nova regra, o dispositivo deve estar disposto em todo o perímetro da edificação; suportar uma
carga pontual de 1.200 quilogramas-força; constar do projeto estrutural da edificação; e ser
constituído de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de características
equivalentes. A norma vale também para edificações já existentes.
• O ponto onde os equipamentos serão instalados deve suportar a maior carga esperada sobre o
sistema, principalmente o choque provocado pela queda de um trabalhador preso a esse sistema.
- Corrimãos de escadas;
- Tubulações plásticas;
• A matéria-prima e a forma como elas são construídas podem variar bastante. É o tipo de aplicação
que definirá qual modelo será mais adequado.
• Na segurança de trabalhadores, elas podem ser utilizadas para restringir a movimentação, impedindo
exposição a riscos, ou para deter uma eventual queda, que é o uso mais importante. Deter o corpo de
uma pessoa que está caindo é a situação extrema para qualquer sistema de segurança.
• A princípio, precisamos lembrar que o corpo de uma pessoa em movimento, especialmente em queda
livre, pode gerar uma força equivalente a centenas de quilos sobre um sistema que irá ampará-lo, e,
portanto, não se pode ingenuamente considerar apenas o peso de uma pessoa para avaliar a
resistência de um equipamento de proteção contra quedas.
• Uma base utilizada como referência para avaliar a exigência de resistência de uma corda, por
exemplo, fundamenta-se nos padrões determinados em sistemas mecânicos, que usam como fator de
segurança a resistência equivalente a cinco vezes a maior carga esperada em sua operação. Isso dá
uma boa margem de segurança, evitando acidentes que podem gerar prejuízos e até mesmo colocar
vidas humanas em risco.
• Para a segurança de pessoas, o referido fator deve ser maior, já que estamos prevendo solicitações
dinâmicas (corpos em queda) podendo ultrapassar a relação de 15:1, ou seja, ter uma resistência
mínima quinze vezes maior que a carga esperada sobre o sistema. Se adotarmos 100 kg como valor
de referência para o peso de uma pessoa, e quisermos adotar o fator de 15:1, uma corda nova terá que
ter uma resistência mínima à ruptura de 1.500 kg. Mas como existem outros fatores envolvidos na
dinâmica da detenção de uma queda e nas características das cordas, internacionalmente o valor
mínimo é de 2.000 kg.
• A NFPA (National Fire Protection Association) estabelece como carga de resgate o valor de 600 lbf
ou aproximadamente 270 kg, que considera dois homens pesados mais equipamentos. Como adotam
um fator de segurança de 15:1, a NFPA de 1983 exige para as cordas de resgate (uso geral) uma
resistência mínima à ruptura de 9.000 lbsf ou aproximadamente 40 kN (a grosso modo 4.000 kg).
Referências - Subitens 18.16.3 a 18.16.5 - Cabos de Aço e de
Fribra Sintética
• No momento em que o cabo de aço esticar e detiver abruptamente a queda da pessoa, o choque irá
todo para o corpo dela provocando traumas internos muito sérios ou até mesmo desmembramentos
de partes do corpo. Portanto, além de resistente a corda tem que ser capaz de amortecer o choque da
queda e preservar o corpo do trabalhador.
• As cordas absorvem o choque de uma queda com a elasticidade, funcionando como um colchão
macio, desacelerando a queda gradativamente, mesmo que em uma fração de segundos. Mas como a
eficiência da absorção de choques pode variar dentro de diferentes circunstâncias, um acessório
chamado de Absorvedor de Energia tornou-se item recomendado nos sistemas de proteção contra
quedas.
• As chamadas cordas estáticas devem ser chamadas mais apropriadamente de semi-estáticas, pois
também oferecem elasticidade, mas com uma média de 3% de alongamento. Essas cordas são as
mais utilizadas nas aplicações em ambientes industriais.
Referências - Subitens 18.16.6 - Cabos de Aço e de Fribra
Sintética
• No Brasil, não existe certificação para cordas. Os Certificados de Aprovação (CA) do Ministério do
Trabalho são emitidos apenas para os equipamentos classificados como EPI. No entanto, o MTE
determina as características de fabricação de cordas para uso nos sistemas de Balancim e Segurança
com trava-quedas.
• As cordas que atendem à NR 18 devem apresentar uma fita interna com identificação do fabricante e
características básicas do produto como diâmetro e matéria prima. Isso permite que o usuário e a
fiscalização identifiquem a corda como um equipamento que atende às especificações.
• Além disso, os fabricantes são obrigados a submeter amostras do produto a testes de laboratório
periodicamente e obter os respectivos laudos. As cordas de fabricação nacional para uso esportivo e
resgate não se enquadram nas exigências do Ministério do Trabalho. Portanto, o usuário conta
somente com o compromisso do fabricante para a qualidade do produto.
• Os usuários devem tomar cuidado com uma prática indevida de alguns fabricantes de cordas que
apresentam laudos de laboratórios como sendo certificados. Os laudos nos oferecem informações
importantes, mas não certificam o produto. Apenas informam os resultados da avaliação de
determinadas amostras.
• Apesar das fibras originais de poliamida serem fornecidas no Brasil apenas pela Rhodia e Dupont,
existe no mercado matéria-prima de segunda linha e até mesmo de material reciclado. Por isso,
alguns fabricantes alertam que a qualidade das cordas, em função da matéria-prima utilizada, pode
variar. Até mesmo o fornecimento de um mesmo fabricante pode variar de qualidade, dependendo da
matéria-prima que ele teve acesso em determinado momento.
• A importância deste item foi regulamentar uma prática usual dentro das empresas de construção, que
era utilizar cabos de fibra de poliamida (cordas reforçadas), principalmente pelas pequenas empresas
de reforma.
• Essas fibras oferecem como vantagens a pouca absorção de água e a característica de flutuar,
necessária para atividades aquáticas. Como desvantagens, oferecem baixa resistência a ruptura e a
abrasão, baixo ponto de fusão, baixa capacidade de receber choques e muita elasticidade, mas com
baixa resistência e sensibilidade a luz do sol (raios ultravioleta). Portanto, são fibras impróprias para
equipamentos de proteção contra quedas. O único uso admissível é o de restringir movimentos ou
posicionar o trabalhador, porém jamais para deter a queda de uma pessoa.
• Para as cordas de segurança, a principal fibra indicada é a poliamida (náilon), cujas características
são a resistência à tração, resistência a choques e um ponto de fusão em torno de 250C (poliamida
6,6). As melhores cordas semi-estáticas (pouca elásticas) utilizam fibras internas de poliamida e a
trama externa de poliéster, que oferecem uma alta resistência mecânica mesmo quando molhada, boa
resistência a abrasão e razoável resistência a agentes químicos.
• Estes cabos são utilizados para diversas operações, como içamento de carga, amarração de
embalagens em depósitos e, até mesmo, na sustentação de pessoas (por exemplo, uso de rapel para
pequenos trabalhos de manutenção).
• Embora não regulamentado, o trabalho suspenso utilizando técnicas de rapel (escalada industrial)
vem sendo usado quando a montagem de andaimes ou a cadeira suspensa sejam perigosas e/ou
dificultem a realização do trabalho, como, por exemplo: inspeção para contenção de encostas,
limpeza de fachadas e tanques, montagem, recuperação e manutenção de estruturas tubulares, entre
outras.
• Nesta operação utilizando técnicas de montanhismo, devem ser convocadas pessoas com
comprovada experiência em montanhismo, usando equipamento profissional aprovado, inclusive
cordas de fibra sintética. O item 18.6.5 faz uma pequena menção aos cuidados com estes
equipamentos durante sua utilização em trabalhos suspensos.
• As cordas de fibras sintéticas consistem de uma alma (parte interna) produzida com fios torcidos e
três camadas de capas trançadas sobre essa alma. A NR exige que a capa intermediária seja trançada
com fios amarelos de polipropileno ou poliamida, de forma que funcionem como alerta visual.
• A alma deve ter uma resistência mínima à ruptura de 15 kN (1.500 kg), e o conjunto alma e capas
uma resistência mínima de 20kN(2.000 kg). As melhores cordas, com padrões internacionais,
possuem uma outra estrutura de construção, conhecida como Kernmantle , que se constitui
basicamente de alma e capa.
• Os riscos invisíveis, provocados, por exemplo, pela contaminação química, raios ultravioleta (ação
do sol) e danos internos, não podem ser percebidos visualmente. Portanto, não se pode usar apenas a
inspeção visual para determinar a vida útil de uma corda.
Referências - Item 18.18 / Subitens 18.18.1 a 18.18.5.1 -
Telhados e Coberturas
• Devemos observar a obrigação de se fixar as extremidades dos cabos-guias à estrutura definitiva da
edificação por meio de suporte de aço inoxidável ou material de resistência e durabilidade
equivalentes. Para os trabalhos em telhados, além desta, valem as seguintes observações:
• O item 18.18 alterou o nome com a inclusão de serviços em telhados e coberturas e inclui o item
18.18.5. Esta alteração foi conduzida em caráter preventivo, não se baseando em acréscimo ou
alteração substancial da estatística de acidentes.
Referências - Item 18.19 / Subitens 18.19.1 a 18.19.14 - Serviços
em Flutuantes
• Refere-se à execução de trabalhos com risco de queda na água e para a qual devem ser observadas as
medidas técnicas recomendadas que são bastante específicas.
• Devem existir coletes salva-vidas suficientes para todos os trabalhadores presentes no local. Será
necessário treinamento para uso e conservação dos equipamentos preventivos de salvatagem.
Referências - Item 18.20 / Subitem 18.20.1 - Locais Confiandos
• Este é um item que trata dos cuidados na execução de trabalhos com risco de asfixia, explosão,
intoxicação e doenças do trabalho, para a qual devem ser observadas as medidas técnicas
recomendadas.
• Estatisticamente, mais de 85% dos acidentes poderiam ser evitados se o trabalhador tivesse
informações de como identificar o espeaço confinado e quais os riscos possíveis de serem
encontrados.
• Muitos acidentes com morte em espaços confinados são causados pelo simples fato de que os
mesmos não eram reconhecidos pela empresa como locais de espaços confinados. É necessário que
estes locais estejam mapeados, identificados e bloqueados de acesso.
• Enquanto se aguarda a aprovação de uma NR específica, deve-se utilizar a Norma ABNT NBR
12.246. Esta Norma define espaço confinado como um local não projetado para ocupação contínua,
onde há meios limitados de entrada e saída, e cuja ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio.
• Espaços confinados podem ser encontrados normalmente em galerias, caminhões tanques, silos,
esgotos, túneis, silos e tanques de armazenagem, entre outros. Os principais riscos encontrados
envolvem: deficiência de oxigênio, presença de gases inflamáveis e gases tóxicos. Entre os gases
tóxicos mais encontrados, destacamos o monóxido de carbono (CO), metano (CH4) e sulfeto de
hidrogênio (H2S).
• Em atendimento ao item "g", todos os espaços confinados devem ser adequadamente sinalizados,
identificados e isolados para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.
• O item "j" fala que em, pelo menos, 10% dos trabalhadores envolvidos com atividades em espaços
confinados deverão ser treinados nas diversas competências e habilidades que se espera para este
tipo de trabalho.
• Existem macas especiais para utilização em espaços confinados quando a vítima precisa ter a coluna
imobilizada. Neste caso, é necessário usar um imobilizador de tronco e cabeça ou uma prancha
rígida. Este procedimento é um pouco mais demorado porque a vítima precisa ser imobilizada para
depois ser colocada na maca. Mesmo os resgates mais complexos não exigem mais do que alguns
minutos para serem concluídos, desde que as pessoas estejam treinadas para isso.
• Para liberação de entrada em espaço confinado deve ser preenchido formulário específico da NR 33
aprovada pela Portaria MTE 202/2006.
Referências - Item 18.21 / Subitens 18.21.1 a 18.21.13 -
Instalações Elétricas
• O uso de tomadas e extensões deve atender aos seguintes requisitos:
• A tensão é medida em Volts (V). Quanto mais alta, maior será a quantidade de corrente passando no
circuito. A intensidade da corrente é medida em Amperes (A), definidos como as quantidades de
elétrons que passam pelo condutor em 1 segundo.
• A resistência é medida em ohms (R). A resistência se opõe à passagem da corrente e, quanto maior a
resistência, menor será a facilidade de passagem da corrente. A resistência é diretamente
proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional à sua seção. Os diversos
corpos são condutores mais ou menos bons e possuem resistência própria.
• Todos os riscos da eletricidade estão relacionados à intensidade da corrente, sua duração e seu trajeto
pelo corpo humano. Sempre que possível, deve-se escolher equipamentos que funcionem com baixa
tensão. Para aumentar a resistência, são utilizados equipamentos de proteção individual e material
isolante para proteger totalmente o corpo humano.
• É fundamental que os trabalhadores destacados para o trabalho com eletricidade tenham qualificação
conforme determina a NR 10. Trabalhos com eletricidade devem ser precedidos de Permissão para
Trabalho. É fundamental a implementação de rotinas de sinalização e bloqueio de equipamentos
energizados. Sugerimos a leitura da nova NR 10, atualizada pela Portaria 598, de 07/12/2004, para
complementar os aspectos de segurança com eletricidade.
Referências - Item 18.22 / Subitens 18.22.1 - Máquinas,
Equipamentos e Ferramentas Diversas
• Na construção civil, principalmente na fase de acabamento, é comum, ou melhor, é necessário, o uso
de máquinas manuais ou portáteis, as populares "maquitas", com as mais diversas finalidades, entre
elas: cortar cerâmica, lixar madeira, furar peças de concreto etc. Os seguintes aspectos devem ser
verificados:
b) Uso de EPI;
• Com o treinamento, o operário deverá assimilar um sentimento de responsabilidade para com suas
tarefas e sua segurança. A cobrança de atitudes e ações corretas fica mais fácil quando tratamos com
operários que foram treinados do que com operários que não possuem qualquer tipo de treinamento,
ou apenas treinamento prático sem noção de segurança.
• Cabe lembrar que não se deve entregar a operação de guinchos, betoneiras ou outro equipamento ou
máquina a serventes de obra, pois, ao qualificar-se um operário, o mesmo passa a profissional,
mudando de categoria.
• Os livros e diários deverão ser verificados periodicamente (como sugestão, semanalmente) pelo
responsável técnico da obra, representante da CIPA ou responsável da Segurança no Trabalho na
empresa.
• Instituindo-se esta sistemática, o empregador estará comprometendo o empregado com a segurança
e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a cultura de fiscalização do estado físico e da manutenção dos
equipamentos usados em uma obra. Inicialmente, haverá resistência de muitos, mas com o tempo
esta dará lugar à disciplina e à melhoria das condições de trabalho.
• O aumento de burocracia, que certamente será alegado, deve ser contestado com o resultado a ser
obtido quanto à segurança, perfeita fiscalização, manutenção de máquinas e equipamentos e quanto à
eliminação de custos oriundos do uso de peças defeituosas.
• Sugerimos a leitura das NR 11 e NR 12 que tratam dos requisitos para proteção de máquinas e
equipamentos.
Referências - Subitens 18.22.8 a 18.22.11 - Máquinas,
Equipamentos e Ferramentas Diversas
• No caso de detectar-se uma condição insegura, o operador deve comunicar imediatamente a seu
supervisor, registrando o fato em um livro de ocorrências, ou sistema de registro similar, de forma
que as providências sejam tomadas antes de prosseguir com a tarefa. Estes registros devem ser
visados periodicamente (semanalmente) pelo responsável da obra, CIPA ou profissional do SESMT.
• Muitas empresas resistem às inspeções alegando excesso de controle, sem perceber, no entanto, os
benefícios a serem obtidos quando é implementado um sistema formal de supervisão e manutenção
de máquinas e equipamentos, como, por exemplo, a eliminação dos custos resultantes do uso de
peças defeituosas.
• Não apenas o empregador é o responsável pela segurança. Cada vez mais se faz importante a
participação dos operadores e supervisores, interessados diretos pela garantia de segurança das
operações. É importante desenvolver procedimentos e ferramentas de trabalho visando a aumentar o
nível de conscientização e compromisso dos trabalhadores em todos os níveis da organização, como,
por exemplo, a realização de reuniões informativas, também chamadas de Diálogos de Segurança
(DDS).
• Podemos citar como exemplo a importância de um operador que utiliza andaime inspecionar seu
equipamento antes de iniciar a jornada de trabalho, observando os itens de segurança, tais como:
fixação superior do andaime, número de clips, cabos de sustentação, plataforma de trabalho, guarda-
corpo, máquina (ou catraca) etc, e assinar que todos os elementos apresentam-se em condições
seguras.
• Nunca utilizar bijouterias, roupas folgadas ou luvas que possam atrapalhar a operação. Usar, sim,
todos os EPI necessários.
• Segurar as ferramentas com firmeza, pois há possibilidade destas ferramentas escaparem de suas
mãos, por trabalharem em alta rotação.
• Ao realizar algum tipo de substituição de componente da ferramenta (broca, rebolo etc.). retirar o
plug da tomada de energia. Tomar cuidado com extensões e evitá-las sempre que possível.
• Nos trabalhos com ferramentas elétricas portáteis em locais úmidos, quando necessário, adotar
plataformas isolantes, como tapetes de borracha, verificando se o cabo está em perfeitas condições
de uso, além de aterradas.
• Sinalizar e isolar a área de trabalho de forma adequada, não utilizando ferramentas elétricas na
presença de vapores e gases inflamáveis. Providenciar previamente sistemas de exaustão e
monitoramento do local com o explosímetro.
Referências - Subitens 18.22.18 a 18.22.21 - Máquinas,
Equipamentos e Ferramentas Diversas
• As pistolas de fixação com cartuchos explosivos, que têm como base o princípio das armas de fogo,
são utilizadas para fincar pinos em diversos materiais, especialmente concreto, reduzindo o tempo de
trabalho.
• Além dos pontos indicados pela NR, todos que trabalharem com as ferramentas identificadas nos
itens acima devem seguir, rigorosamente, as instruções do manual do fabricante em relação à
segurança, operação e manutenção.
• É importante sinalizar a área próxima do local do disparo com a inscrição: Perigo - Uso de pistola a
pólvora. No momento do disparo, o operador deve estar em posição estável, sem apontar a pistola na
direção de terceiros. Apenas o operador permanecerá no local do disparo. Nem mesmo o ajudante
deve estar presente. Os EPI recomendados para este tipo de operação são: capacete, óculos de
segurança, abafador de ruídos e sapatos de segurança.
• Achamos importante considerar as observações abaixo para garantir a execução do trabalho de forma
segura:
• A utilização de mosquetões vai depender do formato, tipo, material utilizado e resistência que pode
variar de 22 a 50 kN. Os mosquetões são fabricados para suportar trações bidirecionais ao longo de
sua "espinha". Quando tracionados no sentido correto e com o gatilho fechado, eles oferecem o
máximo de resistência.
• Para que possam ser utilizados, os mosquetões devem possuir uma dupla trava. Nos modelos mais
comuns, existe um anel com rosca. Para evitar a possibilidade da trava emperrar após o mosquetão
ser submetido à tensão, será necessário girá-la até o fim e depois folgá-la um pouco para eliminar a
pressão da rosca.
• Quando o mosquetão é usado na vertical, o sentido do rosqueamento da trava deve estar sempre para
baixo.
• A instalação do mosquetão deve manter o gatilho em uma posição sempre visível aos olhos do
usuário e com abertura dele voltada para fora, de forma a facilitar o engate e desengate do
equipamento. O gatilho do mosquetão nunca deve estar voltado para superfícies, saliências ou cantos
vivos, pois ele pode sofrer esforço para se abrir.
• Os mosquetões não devem sofrer tensões que não sejam ao longo de sua espinha. Com o gatilho
aberto, o mosquetão tem uma resistência muito menor. Por isso, trabalha-se com ele sempre fechado
e nunca abri-lo quando estiver sob tensão. Além disso, não sofrerá tensão em mais do que dois
sentidos.
Referências - Item 18.24 / Subitens 18.24.1 a 18.24.9 -
Armazenagem e Estocagem de Materiais
• O armazenamento de produtos químicos deve respeitar aspectos de compatibilidade em função das
propriedades físico-químicas, como, por exemplo: corrosovidade, inflamabilidade, oxidante, entre
outros. Atenção especial será dada aos produtos inflamáveis, tóxicos e explosivos.
• O armazenamento de gases comprimidos deve ser feito em local separado dos demais. Os gases
inflamáveis (acetileno e GLP) devem ser separados dos outros gases por uma distância mínima de 6
m com placas de sinalização do tipo: "Proibido Fumar", "Cilindros Cheios" e "Cilindros Vazios".
• O local de estocagem de gases comprimidos não conterá produtos inflamáveis líquidos, como
gasolina e álcool, e não pode estar em subsolo e depressões sujeitas a inundações.
• Durante o manuseio de produtos químicos corrosivos, sólidos ou liíquidos, como a cal e o ácido
sulfúrico, é obrigatório o uso de luvas, avental e proteção respiratória.
• As pilhas de materiais devem ter forma e altura que garantam a estabilidade e facilitem o manuseio,
não devendo, portanto, ultrapassar 2 m de altura.
d) Tubos: 1,80 m;
e) Tijolos e blocos de concreto: 2 m;
• A Resolução 14 estabelece que o cinto de segurança só será exigido para ônibus produzidos após
01/01/99. A Resolução 82 não exige bancos revestidos nem cinto de segurança para veículos de
carga adaptados para o transporte de pessoas.
• As atividades em via pública, nos acessos ao canteiro de obra e frentes de trabalho, devem ser
sinalizadas. Em vias públicas, deve-se cumprir a Resolução 561/80 do CONTRAN.
• Devem ser fornecidas cópias dos procedimentos e operações a serem realizados com segurança. Isto
será feito através das Ordens de Serviço (Procedimentos, Instruções, Padrões, Normas Internas).
Observações:
• No caso de acidente grave, a empresa certamente será alvo de um pesada fiscalização por parte das
entidades públicas. São nestas situações que a empresa descobre que está desorganizada e/ou se
encontra irregular no que diz respeito ao atendimento aos requisitos de segurança e saúde.
• Sugerimos aos profissionais do SESMT que mantenham um arquivo e/ou uma pasta com cópia dos
documentos, de modo a apresentar de forma rápida evidências sobre: licenças, registros de
funcionários, aquisição e fornecimento de EPI, treinamento e qualificação, atas de Cipa, PCMAT,
PPRA, PCMSO, programa de inspeção e auditorias, entre outros documentos.
• É priorizada, durante as visitas às obras, a verificação de situações de grave e iminente risco, que
podem levar à determinação de interdições e embargos, dependendo da gravidade da situação
encontrada.
• Não existe um roteiro, ou lista de verificação, que determine a seqüência a ser adotada pela
fiscalização. A seqüência depende do tipo da obra e da situação encontrada.
• É dada maior atenção, nas visitas aos canteiros, a situações que possam levar o trabalhador a um
acidente, como, por exemplo, a falta de proteção coletiva, riscos de choques elétricos e falta de
dispositivos de segurança em máquinas e equipamentos. Entretanto, isso não impede que as questões
de higiene e saúde do trabalhador não sejam avaliadas.
• A fiscalização não se detém apenas na fiscalização do cumprimento da NR 18. Nas suas inspeções,
verifica-se, também, o cumprimento de outras NR, como, por exemplo, NR 5, NR 7, NR 9, NR 10 e
NR 24. Sugerimos a leitura das NR 1, NR 4, NR 5, NR 6, NR 7, NR 9 e NR 14 envolvendo os
aspectos relacionados à responsabilidades do empregador.
• Para aumentar o nível de atendimento da NR 18, será importante maior freqüência, abrangência e
atuação educativa, por parte da fiscalização das DRT. O segundo é a maior divulgação dos aspectos
preventivos, cujo grau de desconhecimento ainda é muito alto, tanto da parte dos órgãos públicos,
quanto da parte de sindicatos de empresas e trabalhadores.
• Dados relativos a acidentes fatais fornecidos pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT/SP)
abrangendo a cidade de São Paulo mostram que:
• Sugerimos a leitura da NR 4 que trata das definições básicas a serem utilizadas na elaboração de
estatísticas de acidentes.
ANEXO I
FICHA DE ACIDENTE DE TRABALHO
Sem afastamento ( ) com afastamento ( ) Fatal ( )
Doença do trabalho ( ) Data ____ / ____ / ____
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
Referências - Subitens 18.32.2 - Dados Estatísticos
• Os erros mais freqüentes apresentam-se nos itens que envolvem a relação homens/hora x meses
trabalhados x número médio de trabalhadores. Muitas empresas não fornecem dados de treinamento.
• O Anexo II da NR 18 é um formulário que precisa ser preenchido por todas as empresas que se
classificarem nas atividades da Indústria da Construção, inclusive aquelas sem mão-de-obra própria,
de acordo com os seguintes serviços: (Quadro I NR 4 Classificação Nacional de Atividades
Econômicas, Item F, Código 45).
• O código fornecido abaixo, iniciado pelos algarismos 45, encontra-se no cartão do CGC, no alto,
canto direito. Caso o número lá registrado se inicie pelos algarismos 33, significa que ainda é o
CNAE antigo. Convém, então, verificar.
GRAU
CÓDIG
ATIVIDADE DE
O
RISCO
Obras de Instalações:
45.4 Instalações Elétricas
Instalações de sistemas de ar-condicionado, de ventilação e 3
45.41-1 3
refrigeração
45.42-0 3
Instalações hidráulias, sanitárias, de gás, de sistema de
45.43-8 3
prevenção
45.49-7
contra incêndio, de pára-raios, de segurança e alarme
Outras obras de instalações
CGC: __________________________Endereço
(Sede/Matriz):___________________________________________________
___________________________________________________________ CEP:______________________________________
Cidade:
______________________________________________________UF:______________________________________
ITE UNIDADE DA
ASSUNTO
M FEDERAÇÃO
01 Total de homens/horas de trabalho no ano
02 Número de meses computados =N1
Preenchido por:
Nome:_______________________________________________________________________Data:____________________
Função:_____________________________________________________________________ Visto:____________________
• Devemos observar o prazo de dez dias, após o dia do acidente, para envio da ficha de acidente do
trabalho, conforme Anexo I da NR 18, à Fundacentro, mantendo cópia e protocolo de
encaminhamento por um período de 03 (três) anos, para fins de fiscalização.
• Esta ficha de acidente refere-se tanto aos acidentes, com ou sem afastamento, como à doença do
trabalho e ao acidente fatal. O envio à Fundacentro deve ser feito por meio de serviço de postagem.
• O formulário deve ser enviado até o último dia útil do mês de fevereiro (tirar negrito) para a
Fundacentro (tirar negrito) no seguinte endereço: Fundacentro: Rua Capote Valente, 710 Pinheiros
São Paulo CEP.: 05409-002 Os dados a informar são relativos ao ano anterior.
• Orientações: Há três colunas, cada uma representando um estado: SP, RJ e PE, por exemplo. Indicar
os dados na coluna representativa em que estiver sendo executada a obra. Se você tiver mais de uma
obra em cada estado, os valores a serem apresentados devem ser os totais de cada estado.
• Com relação ao item 1 - O termo "homens/hora" significa a quantidade de horas que cada
trabalhador esteve efetivamente exposto ao risco no decorrer do ano. Não esqueça de incluir as horas
extras. As férias são horas pagas, mas não trabalhadas, portanto não devem ser computadas. Neste
sentido, o descanso remunerado também não deve ser considerado.
• Alguns programas de cálculo utilizados pelos Departamentos de Pessoal não separam as horas
realmente trabalhadas ou de exposição ao risco, das férias e descanso. Quando isto acontecer, faça
uma observação no rodapé do Formulário ("horas/hora com inclusão de Férias e/ou descanso
remunerado").
• Exemplo: Se a empresa necessitar levantar o valor de homens/hora através do cartão de ponto (veja
tabela 1), siga os seguintes passos:
FUNCIONÁRI TOTA
MESES COMPUTADOS
O L
M01 M02 M03 M04 M05 M06 M07 M08
18 19 18 18 18 18 17 18
3 4 0 2 1 5 5 4
17 18 18 18 18 18 18 18
8 5 4 5 3 2 0 4
F01 18 18 18 18 18 18 18 18 1.464
F02 5 6 4 4 5 4 2 5 1.461
F03 18 19 19 18 18 18 18 18 1.475
6 5 4 6 5 5 4 2
F04 1.497
18 18 18 18 18 18 18 18
F05 0 8 5 6 9 4 6 5 1.483
F06 18 18 18 19 18 18 18 18 1.487
2 4 6 2 5 6 8 4
F07 1.465
18 18 18 18 18 18 18 18
F08 0 2 1 4 6 3 4 5 1.526
F08 19 19 19 19 18 19 18 18 1.498
5 0 4 6 9 0 6 6
F10 1.490
18 18 18 18 19 19 18 18
5 4 8 5 2 1 6 7
18 18 18 18 19 18 18 18
5 7 4 6 2 6 5 5
TOTAL 1.839 1.875 1.860 1.866 1.867 1.856 1.836 1.847 14.846
• Com relação ao item 2 - Você deve indicar como valor do item N1 a quantidade de meses que a
empresa efetivamente trabalhou e utilizou para o item anterior. Exemplo: Uma empresa que iniciou
suas atividades em abril mês 4, encerrando no mês de dezembro, mês 12, trabalhou efetivamente por
9 meses.
• Com relação ao item 3 - A empresa deverá somar, mês a mês, todos os trabalhadores. A soma total
deverá ser divida pelo número de meses computados (N1). O resultado dessa divisão será o valor
correto a ser preenchido no formulário. Exemplo:
- Somatório de tralhadores: mês 1 = 15, mês 2 = 20, mês 3 = 30, mês 4 = 40, mês 5 = 15, Total de
trabalhadores mês a mês = 15+20+...+15=120 trabalhadores, Meses computados = 5 meses, Número
médio de trabalhadores: N2 = 120 trab.: 5 meses = 24 trabalhadores. O valor calculado será, então,
transferido para o formulário (N2).
• Quanto ao item 5 Aqui, a empresa deverá levantar quantos acidentes ocorreram e que provocaram
afastamento do trabalhador por período menor que 15 dias. Se não houve acidentes, colocar o
número zero ou colocar um traço. Determine o período de afastamento da seguinte forma:
PERCENTUA DIAS
NATUREZA L DEBITADO
AVALIAÇÃO S
Perda do pé 40 2.400
• Quanto ao item 10 - Serão anotados neste item os acidentes fatais (MORTES). Se não ocorreram
acidentes com mortes, colocar o número zero ou um traço.
• Quanto ao item 11 - Deverá ser preenchido com o número total de horas/aula de treinamento
ministradas. O termo "horas/aula" significa a quantidade efetiva de horas (carga horária) do
treinamento efetuado.
• A empresa deverá manter cópia e protocolo de encaminhamento por um período de 03 (três) anos,
para fins de fiscalização (item 18.32.1, NR 18). A Ficha de Acidente de Trabalho refere-se tanto a
acidente fatal, quanto ao acidente com ou sem afastamento e à doença de trabalho.
• A empresa poderá utilizar o modelo contido nesta cartilha ou copiá-lo em papel timbrado, ou ainda,
adquirir em papelaria.
• Toda e qualquer empresa estabelecida, mesmo que tenha permanecido sem atividade, precisa
preencher e encaminhar o ANEXO II.
• Não deixe de preencher e enviar o Anexo 1, sempre que ocorrer um acidente. O Anexo I da NR-18
fornece dados sobre o acidente e o acidentado, extremamente fáceis de preencher, e que são
fundamentais para os estudos que levarão às ações prevencionistas, tanto do Governo, quanto do
empregado e do empregador. Ações nesse sentido diminuem os gastos, principalmente a longo
prazo, evitam desperdício e possibilitam maior produtividade.
Referências - Item 18.33 / Subitens 18.33.1 a 18.33.7 - CIPA
• A empresa que possuir, na mesma cidade, um ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho com
menos de 70 empregados deve organizar CIPA centralizada.
• A empresa que possuir um ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho com 70 ou mais
empregados, em cada um, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento.
• Estão desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja construção não exceda a 180 dias,
devendo porém:
• Deve-se ter atenção para a aplicação deste item às empresas da indústria da construção, nas quais
serão previstas as demais disposições da NR 5 (CIPA) naquilo em que não conflitar com o disposto,
neste item, da NR 18.
Referências - Item 18.34 / Subitens 18.34.1 a 18.34.4 - Comitês
Permanentes sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na
Indústria da Construção
• Já estão efetuadas no texto as alterações previstas pela Portaria nº 65 (28/12/98), que incluiu o item
18.34.2.
• Para esta NR específica, foram criados os Comitês Nacional e Regional com as seguintes
características:
- Aprovar as RTP.
c) Atribuições dos CPR:
- Estudar e propor medidas preventivas.
c) Estruturas de Concreto.
d) Escadas.
f) Estruturas Metálicas.
Referências - Item 18.37 / Subitens 18.37.1 a 18.37.5 -
Disposições Finais
• Não é difícil implementar um programa de qualificação. Para isso, o empregador deve conhecer a
NR 18, em especial aqueles itens relativos à qualificação. Com o treinamento, o trabalhador irá
entender e se convencer das suas responsabilidades para a garantia de segurança. A cobrança de
atitudes e ações corretas fica mais fácil quando os trabalhadores foram treinados.
• Cabe lembrar que não se deve entregar a operação de guinchos, betoneiras ou outro equipamento, ou
máquina, a serventes de obra, pois ao qualificar-se um operário o mesmo passa a profissional,
mudando de categoria.
• Os profissionais do SESMT devem estar atentos ao uso inadequado das ferramentas portáteis, bem
como às atitudes incorretas de quem as opera. A organização usará todas as formas, que vão desde a
ação educativa como a inspeção, cursos, palestras, procedimentos até ações disciplinares como o uso
de cartas de advertência e, até mesmo, as punições mais sérias para aqueles que insistem em não
cumprir as regras de segurança.
• Quando houver alojamento nas áreas de vivência, deve ser solicitada à concessionária local a
instalação de um telefone comunitário ou público.
• O trabalho requer uma plataforma tipo Tesoura para acesso vertical em linha reta?
• Preciso de uma lança articulada para elevação sobre obstáculos (acima e além) ?
• Plataformas de lança telescópica (ou lança reta) atingem alturas de 12,29m a 36,58m e são
especialmente úteis para aplicações que necessitam de grande alcance. A estrutura giratória da
máquina também tem um movimento de 3600 em qualquer sentido. Apresenta as mesmas condições
de movimentação das lanças articuladas. São utilizadas principalmente em prédios comerciais e
infra-estrutura ; serviços mecânicos, elétricos, de utilidades e pintura ; indústrias automotiva e
aeronáutica ; refinarias de petróleo, etc…
• Plataformas tipo tesoura, são uma classe de equipamentos usados quando há necessidade de menor
alcance e altura mas, bastante espaço para trabalho e maior capacidade de elevação. Esse modelo de
plataforma foi concebido para oferecer maior área de trabalho no ‘deck’ e, geralmente, permitir
trabalhar com cargas mais pesadas que nas plataformas de lança. As plataformas tipo tesoura podem
ser manobradas de forma semelhante aos modelos de lança, apesar de serem elevadas apenas
verticalmente – exceto para a opção disponível de extensão horizontal de até 1,83m no deck. AS
plataformas tipo tesoura estão disponíveis em vários modelos e atingem uma altura máxima de
15,24m. São vendidas em todo o mundo para utilização na construção, indústria, manutenção,
distribuição e entretenimento. Armazenagem e centros de distribuição são mercados em crescimento,
assim como em hotéis e instalações educacionais e de recreação.
• Elevadores Pessoais, são compostos de uma plataforma de trabalho fixada a um mastro de alumínio
que se estende verticalmente e, por sua vez, é montado numa base de aço. Atingem alturas que
variam de 5m a 14,33m. A Série AM (ACCESSMASTER)(Trade Mark) é uma máquina de
deslocamento manual que, quando recolhida, passa facilmente por portas convencionais. A Série VP
é uma máquina autopropelida que pode ser manobrada com a plataforma totalmente elevada.
Também está disponível a exclusiva Série SP Almoxarife, que proporciona mais eficiência, alcance e
segurança no manuseio de ítens de estoque. As aplicações mais comuns são na manutenção geral de
fábricas, centros de distribuição e varejista, teatros, aeroportos, prédios públicos, igrejas, parques
temáticos, estúdios de TV / Cinema e telecomunicações.
Procedimentos de Montagem e Desmontagem de Andaimes (DOC,
48KB)
Este documento visa a estabelecer os procedimentos que devem ser
obedecidos na liberação para montagem e desmontagem de andaimes
com a finalidade de preservar a integridade física do pessoal envolvido.
Aplica-se aos acessos necessários à execução dos serviços de
manutenção, reformas e pinturas de equipamentos na área industrial.
Tendo como referência os seguintes documentos:
• Ministério do Trabalho – Portaria 3214 de 1978 – NR-18
• Este PCMAT deverá ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funções
naquele estabelecimento, ou obra, independente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de
pequenas empresas de prestação de serviço.
• Não é possível aceitar que cada empresa participante da construção seja cobrada a apresentar seu
PCMAT, ou seja, o Programa específico aos serviços que ela executará.
• O PCMAT é uma carta de intenções, é um memorial descritivo, sobre a implantação de medidas que
visem as condições ideais do meio ambiente do trabalho em uma obra, devendo ser amplamente
analisado durante sua implantação e alterado quando conveniente e/ou necessário.
• Estas alterações devem ser encaradas de forma natural tendo em vista as mais variadas formas
possíveis de situações que, durante a construção, tendem a ocorrer.
• Entre possíveis alterações pode-se considerar sem medo de errar mudança no cronograma,
surgimento de novas tecnologias e equipamentos, mudaça de projeto e alteração na relação mão de
obra/equipamento.
• Não é possível aceitar o mesmo PCMAT para mais de uma obra, ele não é "receita de bolo", ele é
específico para as condições individuais de cada obra.
• Na verdade, parte do PCMAT é idêntica para todos, independente da obra, mas também é mais que
verdade que parte é específica a obra em si.
Portanto, cuidados devem ser tomados quando da contratação do
profissional que fará a elaboração do PCMAT, devendo ele, em primeiro
lugar, ser um profissional legalmente habilitado em Segurança do
Trabalho, e a partir desta condição conhecer a obra e sua filosofia de
construção, realizando um trabalho voltado única e exclusivamente para
aquela obra. No entanto falar em elaboração e implantação de um
PCMAT parece uma tarefa simples e de fácil execução. Grande engano
quem assim pensar.
O PCMAT deve ser apresentado a todos os profissionais que na obra
trabalharem, ou influírem de um modo ou outro, de um forma
cerimoniosa, sendo demonstrada sua importância e, principalmente, sua
função de estabelecer regras que os protejam. Nenhum PCMAT terá
sucesso na sua implantação se não for absorvido e compreendido por
todos. Lembrando que Segurança é como a água da chaleira para o
chimarrão, se não for aquecida constantemente esfria.
Segurança tem que ser lembrada e destacada em campanhas contínuas,
o mesmo ocorrendo com a implantação do PCMAT, a cada início de uma
etapa de construção nova ele deve ser destacado e relembrado. Devem
os leitores terem pleno conhecimento que a criação do PCMAT foi um
avanço na melhoria das condições de meio ambiente de trabalho na
construção, devendo ser exigido e obedecido em todas as obras,
lembrando sempre que segurança não é custo, é investimento. Nada é
pior que o PCMAT "de gaveta", aquele feito só para atender a legislação
e a fiscalização. Este tema merece maiores análises visando alcançar o
pleno objetivo para o qual foi criado, sendo uma obrigação dos
profissionais ligados a Segurança no Trabalho conhece-lo
profundamente.
• Por fusão: Utilizando-se como fonte de calor um arco elétrico ex. arc air (goivagem), plasma
• Reação química: Onde o corte se processa através de reações exotérmicas de oxidação do metal, ex.
corte oxicombustível
• Elevada concentração de energia: Neste grupo enquadram-se os processos que utilizam o princípio
da concentração de energia como característica principal de funcionamento, não importando se a
fonte de energia é química, mecânica ou elétrica. Enquadram-se neste, o corte por jato d´água de
elevada pressão, LASER e algumas variantes do processo plasma
Definição: O oxicorte é o processo de secionamento de metais pela
combustão localizada e contínua devido a ação de um jato de Oxigênio,
de elevada pureza, agindo sobre um ponto previamente aquecido por
uma chama oxicombustível.
Jato D´água
Engº Roberto Joaquim e Engº José Ramalho
Desde os primórdios o homem busca na utilização de recursos naturais
meios para satisfazer as suas necessidades. Dentre os recursos naturais
em maior abundância, a água tem-se mostrado uma grande aliada
nessa busca. Neste trabalho, nos ateremos à utilização deste elemento
como meio de corte de materiais. Em 1968, Norman C. Franz da
Universidade de Columbia (EUA) patenteou um sistema de corte com
água pressurizada. Inicialmente, o processo era utilizado para corte de
madeiras, sendo que a introdução de materiais abrasivos e o
desenvolvimento de sistemas de pressurização e bicos, tornou o
processo aplicável a quase todos os materiais de uso industrial.
De uma maneira geral, quando se deseja secionar um material aplica-se
energia a este, podendo ser energia térmica (Arc air, plasma, Laser
etc.), química (corrosão por ácidos) ou mecânica (usinagem,
cisalhamento etc.). O corte por jato d´água enquadra-se no grupo de
energia mecânica, onde a força de impacto exercida por um jato de
água de alta pressão na superfície de contato do material supera a
tensão de compressão entre as moléculas, secionando o mesmo.
O diâmetro do orifício de saída da água é bastante reduzido, variando de
cerca de 0,1mm a 0,6mm. A velocidade da água é da ordem de 520 a
920 m/s. Estes dois fatores combinados, transformam toda a energia
potencial da água em energia cinética, fazendo com que a pressão
exercida no bico de corte seja da ordem de 1500 a 4200 bar, causando
um elevado desgaste do mesmo.
Plasma
Engº Roberto Joaquim e Engº José Ramalho
Usualmente o plasma é definido como sendo o quarto estado da
matéria. Costuma-se pensar normalmente em três estados da matéria
sendo eles o sólido, líquido e gasoso. Considerando o elemento mais
conhecido, a água, existem três estados: o gelo, água e vapor. A
diferença básica entre estes três estados é o nível de energia em que
eles se encontram. Se adicionarmos energia sob forma de calor ao gelo,
este transforma-se em água, que sendo submetida a mais calor,
vaporizará, separando-se em dois gases Hidrogênio e Oxigênio sob
forma de vapor (Figura 1).
Figura 1 - Plasma, o quarto estado da matéria
Porém se adicionarmos mais energia, algumas de suas propriedades são
modificadas substancialmente tais como a temperatura e características
elétricas. Este processo é chamado de ionização, ou seja a criação de
elétrons livres e íons entre os átomos do gás. Quando isto acontece, o
gás torna-se um "plasma", sendo eletricamente condutor, pelo fato de
os elétrons livres transmitirem a corrente elétrica. Alguns dos princípios
aplicados à condução da corrente através de um condutor metálico
também são aplicados ao plasma. Por exemplo, quando a secção de um
condutor metálico submetido a uma corrente elétrica é reduzida, a
resistência aumenta e torna-se necessário aumentar-se a tensão para se
obter o mesmo número de elétrons atravessando esta secção, e
conseqüentemente a temperatura do metal aumenta. O mesmo fato
pode ser observado no gás plasma; quanto mais reduzida for a secção,
tanto maior será a temperatura.
• Fumaça e gases tóxicos em potencial desenvolvem-se em áreas de trabalho, exigindo uma boa
ventilação.
• A geração de radiação ultravioleta, pode causar queimaduras na pele e olhos, requerendo o uso de
vestimenta adequada e utilização de óculos escuros.
Este grupo de efeitos garantiram ao processo plasma algumas críticas
do ponto de vista de meio ambiente. Alguma coisa tinha que ser feita
com relação a esse aspecto. Em 1972, foi introduzido pela Hyperterm
dois sistemas de anti-poluição, sendo a mufla de água e tábua de água,
que controlam os efeitos nocivos do processo plasma.
Mufla d´água: O sistema de mufla d´água cria uma camada protetora
ao redor da tocha, produzindo os seguintes efeitos benéficos quando
usados com a tábua d´água:
• O alto nível de ruído do processo plasma é substancialmente reduzido pela barreira criada pela água.
• A fumaça e gases tóxicos são confinados na barreira d´água, que acoplado a um sistema purificador,
remove as partículas sólidas.
• A claridade do arco é reduzida a níveis que são menos perigosos aos olhos.
Conclusão
Ao fim desta revisão, tornou-se claro que o processo plasma teve um
assombroso progresso nos últimos 35 anos, particularmente nos últimos
5 anos. Atualmente três tendências principais devem ser observadas:
1. O mercado para unidades portáteis abaixo de 200 Ampéreses continuará a se expandir.
2. O mercado para máquinas de corte e robôs continuará necessitando de alta qualidade de corte e
tolerâncias cada vez menores para o processo plasma.
Campos de Aplicação
• Construções metálicas: Soldas em chapas grossas de topo.
• Construção de máquinas: Carcaças para turbinas, cilindros, eixos, bases para máquinas.
• Devido ao resfriamento lento surgem tensões próprias da solda consideravelmente mais baixas do
que em soldas executadas por outros processos.
• A soldagem só pode ser feita na posição vertical ascendente, e tem que ser iniciada
preferencialmente a soldagem uma única vez.
Taxa de
Dimensões da Velocidade de Tensão Corrente Stick out
Deposição
Fita (mm) Avanço (m/min) (V) (A) (mm)
(Kg/h)
Velocidad
Densidad
e de Taxa de
EletrodoDiâm Tensã Corren e de
avanço do deposiçã
etro (mm) o (V) te ( A) corrente
eletrodo o (Kg/h)
(A/mm2)
( m/min)
450 -
2,5 4-9 32 - 50 90 - 120 10 - 20
600
600 -
4,0 3-6 32 - 50 50 - 70 15 - 35
900
Geometria de Chafros
Abaixo é mostrado as geometrias mais comuns utilizados pelo processo
eletroescória.
Bibliografia
American Welding Society Vol 2 8th edição pg 272 a 297
Welding Metal Fabrication nov/89 pg 19 a 20. C.Murray and A. Burley
Curso de Especialização para Engenheiros na Área de Soldagem.
Apostila de Processos Especiais de Soldagem 1995 pg 14 a 18. Luiz
Gimenes Jr e Marcos Antonio Tremonti.
Welding Journal ago/82 pg 15 a 19. J. S. Noruk
Soldagem por Ultra-som
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Prof. Marcos Antonio Tremonti
A Soldagem por ultra-som tem como objetivo unir peças por vibrações
mecânicas na faixa ultra-sônica associada com pressão, a Soldagem é
feita no estado sólido, sem fusão do material base. O processo de
Soldagem é realizado através de um transformador eletroacústico Figura
USW 01, o qual transforma uma corrente alternada em oscilações
longitudinais mecânicas de freqüência de 22 KHz por exemplo; O
componente denominado sonotrodo é o agente que promove as
vibrações.
Figura USW 01 - principio de funcionamento
Durante a Soldagem as peças são fixadas na "bigorna" Figura USW 02. O
sonotrodo transmite oscilações tangenciais para a peça. Se a força de
pressão e a amplitude dos movimentos relativos entre as superfícies a
soldar forem suficientemente fortes, então ocorre fluidificação. Os filmes
de sujeira, água e óxido são rompidos. As superfícies, aquecidas e
aplainadas, se aproximam e forças de ligação de superfície entram em
ação. O aquecimento é limitado a uma camada muito fina.
• Melhorar design
• Segurança na união
• Soldagem dissimilar
• Rapidez do processo
Parâmetros e equipamentos
Na implantação do processo deve ser levado em consideração, alem da
espessura e extensão da área a ser soldada, também:
• Ponto de fusão a ser empregado
Bibliografia
Welding Handbook Vol 2 8 edition 1991
Curso de Especialização para Engenheiros na Área de Soldagem.
Processos Especiais. Luiz Gimenes Jr. Marcos Antonio Tremonti
Aumenta a demanda por novos métodos de solda. Luis Moura. Plástico
Moderno jul/1989
Técnicas de Soldadura en Materiales Termoplásticos. S.B. Jones (IIW).
Soldadura y Tecnologias de Union fev/90
Arco Submerso
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Engº José Pinto Ramalho
O processo de soldagem por arco submerso é um processo no qual o
calor para a soldagem é fornecido por um (ou alguns) arco (s)
desenvolvido (s) entre um (s) eletrodo(s) de arame sólido ou tubular e a
peça obra. Como já está explícito no nome, o arco ficará protegido por
uma camada de fluxo granular fundido que o protegerá, assim como o
metal fundido e a poça de fusão, da contaminação atmosférica. Como o
arco elétrico fica completamente coberto pelo fluxo, este não é visível, e
a solda se desenvolve sem faíscas, luminosidades ou respingos, que
caracterizam os demais processos de soldagem em que o arco é aberto.
O fluxo, na forma granular, para além das funções de proteção e limpeza
do arco e metal depositado, funciona como um isolante térmico,
garantindo uma excelente concentração de calor que irá caracterizar a
alta penetração que pode ser obtida com o processo.
Princípio de funcionamento do processo
Em soldagem por arco submerso, a corrente elétrica flui através do arco
e da poça de fusão, que consiste em metal de solda e fluxo fundidos. O
fluxo fundido é, normalmente, condutivo (embora no estado sólido, a frio
não o seja). Em adição a sua função protetora, a cobertura de fluxo pode
fornecer elementos desoxidantes, e em solda de aços-liga, pode conter
elementos de adição que modificariam a composição química do metal
depositado. Durante a soldagem, o calor produzido pelo arco elétrico
funde uma parte do fluxo, o material de adição (arame) e o metal de
base, formando a poça de fusão.
A zona de soldagem fica sempre protegida pelo fluxo escorificante, parte
fundido e uma cobertura de fluxo não fundido.O eletrodo permanece a
uma pequena distância acima da poça de fusão e o arco elétrico se
desenvolve nesta posição. Com o deslocamento do eletrodo ao longo da
junta, o fluxo fundido sobrenada e se separa do metal de solda líquido,
na forma de escória. O metal de solda que tem ponto de fusão mais
elevado do que a escória, se solidifica enquanto a escória permanece
fundida por mais algum tempo. A escória também protege o metal de
solda recém-solidificado, pois este é ainda, devido a sua alta
temperatura, muito reativo com o Nitrogênio e o Oxigênio da atmosfera
tendo a facilidade de formar óxidos e nitretos que alterariam as
propriedades das juntas soldadas.
Com o resfriamento posterior, remove-se o fluxo não fundido (que pode
ser reaproveitado) através de aspiração mecânica ou métodos manuais,
e a escória, relativamente espessa de aspecto vítreo e compacto e que
em geral se destaca com facilidade. O fluxo é distribuído por gravidade.
Fica separado do arco elétrico, ligeiramente a frente deste ou
concentricamente ao eletrodo. Esta independência do par fluxo-eletrodo
é outra característica do processo que o difere dos processos eletrodo
revestido, MIG-MAG e arame tubular. No arco submerso, esta separação
permitirá que se utilize diferentes composições fluxo-arame, podendo
com isto selecionar combinações que atendam especificamente um
dado tipo de junta em especial. O esquema básico do funcionamento do
processo pode ser visto na Figura - Componentes essenciais de um
equipamento de arco submerso.
Aplicações
• Caldeiraria, Fornos e Chaminés, colocação de pinos em tubos de trocadores de calor e fixação de
ancoragens para isolamento;
• Indústria Automobilística, por exemplo, fixação das armações, revestimentos, parafusos e porcas.
Materiais
Os pinos podem ser de aço SAE 1030, em aço baixa liga com Cr Mo; pino
de aço inox com alta liga; pinos de alumínio 99,5 em ligas de alumínio
(proteção da poça de soldagem com gás argônio é necessário). É
possível solda dissimilar, geralmente com pinos de aço inoxidável para
ancoragem de refratário para válvulas siderúrgicas.
Tecnologia do Processo
Pinos especiais podem ser feitos com um ressalto em sua extremidade
para facilitar a ignição do arco, neste processo, as dimensões da ponta
do pino determinam o processo de solda. Por meio de uma descarga de
condensadores (corrente de até 8000 Ampères) surge imediatamente
(dentro de 0,5 até 4 ms). Ele é apropriado para pequenos esforços
mecânicos, em chapas finas ou com revestimento de material sintético
de um lado. Também são feitos pinos com dimensões maiores com
pontas em alumínio, para melhor qualidade da solda, pois o alumínio
tem a função de desoxidar o banho de fusão, indicado principalmente
para chapas com oxidações e sujeiras, onde o esmerilhamento ou
escovamento das áreas é de difícil acesso, como por exemplo em soldas
de campo. Na soldagem convencional, as superfícies que estão em
contato com o pino, devem estar isentas de:
• Óleo
• Umidade
• Sujeira
• Carepa
O pino não poderá ser soldado sobre superfícies pintadas e zincadas. As
superfícies devem ser limpas pelos métodos:
• Escovamento
• Lixamento
• Decapagem
3,0 300 13 50
4,0 400 16 50
5,0 500 20 50
6,0 600 24 50
8,0 800 32 50
• Trincas
• Desalinhamento
• Torção
A propriedade mecânica do pino através do ensaio de tração é
opcional, devendo em caso positivo, ser realizado com a seção
integral do pino, como o dispositivo de teste da Figura SW 05.
As superfícies a serem soldadas e a cerâmica, devem estar
isentas de umidade:
• Seca-las a 120ºC / 2 Horas
Figura SW 05 - Dis
Controle de produção
Antes de uma série de peças a serem soldadas na produção,
realizar teste:
1. Soldar 2 pinos
4. Pinos frios
• Tubo
• Visual
Figura 06 - Test
• Não pode ocorrer falhas
Estando em conformidade com as exigência já citadas
anteriormente, liberar para produção. O operador poderá ser
qualificado de acordo com o teste de produção.
Critério de aceitação de ensaio visual de fusão do pino
A) Satisfatório
D) Falta de alinhamento
E) Baixa corrente
F) Alta corrente
Bibliografia
Cursos de Especialização para Engenheiros de Soldagem. Processos
Especiais, 1995. Luiz Gimenes Jr. e Marcos Antonio Tremonti
AWS Welding Handbook Vol 2 Welding Process 1991
AWS D1.1-80 Stud Welding item 7.1 a 7.8
MIG MAG
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Engº José Pinto Ramalho
A soldagem a arco com eletrodos fusíveis sobre proteção gasosa, é
conhecida pelas denominações de:
• MIG, quando a proteção gasosa utilizada for constituída de um gás inerte, ou seja um gás
normalmente monoatômico como Argônio ou Hélio, e que não tem nenhuma atividade física com a
poça de fusão
• MAG, quando a proteção gasosa é feita com um gás dito ativo, ou seja, um gás que interage com a
poça de fusão, normalmente CO2 - dióxido de Carbono
• GMAW, (abreviatura do inglês Gás Metal Arc Welding) que é a designação que engloba os dois
processos acima citados
E.
5 a 20 A/mm2
revestido
o Fumos metálicos;
o Fagulhas e estilhaços;
o Ruído;
o Choque elétrico;
o Ergonômico.
• Quanto a radiação gerada no processo, não há outra alternativa para controle do agente, a não ser a
proteção individual ao soldador e coletiva (biombos) aos demais trabalhadores próximos. A proteção
individual consiste em botas de cano longo de raspa com biqueira de aço, ou botina com perneira de
raspa, avental de raspa tipo barbeiro com mangas ou avental convencional complementado com
mangotes de raspa.
• Luvas de raspa cano longo, (este conjunto proteje também contra estilhaços e fagulhas quentes).
Máscara de soldador com lentes escuras na tonalidade de 10 a 12, ou máscara de soldador com
escurecimento automático, sem uso a lente fica na tonalidade 3 e no momento de acionado o arco
elétrico o dispositivo passa para tonalidade de 10 a 14, conforme regulagem.
• Sob a máscara usa-se uma touca de brim, própria para soldador, contra queimadura nos cabelos e
pescoço causada por fagulhas e radiação, e óculos de proteção contra impacto, evitando que
estilhaços atingem os olhos quando o soldador erguer a máscara. Dependendo dos resultados as
avaliações ambientais o soldador deverá usar protetor auricular contra o ruído.
• Para fumos métálicos, deverá ser feita uma avaliação ambiental no local para identificar e quantificar
os agentes químicos gerados e a partir dos resultados tomar medidas de controle, como: exaustão no
ambiente ou localizada (cuidado para não alterar a qualidade da solda), ou EPI (respirador
descartável P-2). Pode-se também identificar a composição do aço e do arame de solda, conhecendo
os agentes presentes, os quais são liberados no processo de solda, e viabilizar a substituição do
material utilizado.
• O trabalhador para executar este tipo de trabalho deverá passar por um treinamento específico de
Soldagem Mig-Mag, (aqui a carga horária é de 80 horas). Neste treinamento está incluso a prevenção
contra acidentes com eletricidade, cortes, queimaduras, queda de materiais, enfim... E maneiras
corretas e ergonômicas de efetuar a soldagem.
• Quanto a marcas dos EPI´s, existe no mercado uma infinidade de opções a disposição.
Soldagem por Explosão
Explosivos
Explosivos são produtos capazes de liberar, após sua detonação, energia
potencial com instantânea liberação de gás que exerce alta pressão nas
áreas vizinhas. Normalmente possuem baixa resistência a umidade e na
detonação apresentam fumos com algum grau de toxicidade.
Aplicações
As aplicações da soldagem por explosão variam de placas de grandes
dimensões até pequenos componentes eletrônicos. Sua maior aplicação
normalmente é para o "clad" para chapas de até 6 metros de
comprimento. As maiores superfícies até agora soldadas por detonação
têm até 40 m2. Normalmente as placas superiores, de menor espessura,
são utilizadas em lugares que necessitem de resistência à corrosão. Este
processo também é utilizado na fabricação de materiais compósitos,
soldagens de tubos em espelho em trocadores de calor, chapas
cladeadas para as indústrias química, petroquímica, alimentícia, Papel e
Celulose; e em reatores nucleares. Distingui-se principalmente ao
revestimento de grandes superfícies: chapas inoxidáveis em chapas de
aço carbono e Baixa liga; Níquel, Alumínio, Titânio, Tântalo sobre aço ou
cobre com alumínio, porém todos os materiais acima descritos podem
ser solados entre si.
Variáveis
A velocidade de colisão, ângulo de colisão, quantidade e distribuição do
explosivo são importantes variáveis deste processo e um dos fatores
utilizados para definição destas variáveis é a espessura das placas
envolvidas.
Vantagens
• É rápido (se obtem uma junta em 10-6 seg)
• Não é necessária rígida limpeza das superfícies (exceto a carepa em chapas de aço laminadas a
quente)
• Há necessidade de se ter um local adequado e distante dos grandes centros para a execução do
processo.
• É perigoso.
Em todos os países, os explosivos tem transporte, mercado, uso e
armazenamento controlado, o que dificulta a implantação do processo.
No Brasil este controle é exercido pelas Forças Armadas.
Bibliografia
Welding and Metal Fabrication - October 1969.
ASM Handbook , vol 6 Welding, Soldering and Brazing.
Welding Handbook - AWS 8 edition Vol 2
Tecnologia de Soldagem. Coord. Paulo V. Marques
Soldadura & Construção Metálica - julho 1983. artigo: "Aspectos básicos
da soldadura por explosão" de Jorge Paes Mamede e Orlando Correia de
Matos.
Curso de Especialização para Engenheiros na Ärea de soldagem.
Processos Especiais de Soldagem. FBTS - SENAI-RJ 1995. Luiz Gimenes
jr. e Marcos Antonio Tremonti
Laser
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Engº José Pinto Ramalho
O nome LASER é a abreviatura da descrição do processo em inglês: Light
Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Em uma tradução
livre para o português podemos dizer que seria: Amplificação da luz
através da emissão estimulada de radiação. Os primeiros trabalhos de
pesquisa que conduziram à invenção do feixe de laser foram realizados
por Albert Einstein e datam de 1917, versam sobre os fenômenos físicos
de emissão espontânea e estimulada subjacentes ao funcionamento do
laser. Townes confirmou experimentalmente em 1954 o fenômeno
através da aplicação da emissão estimulada à amplificação de ondas
ultracurtas.
O primeiro LASER, um sólido de rubi, excitado por uma lâmpada
fluorescente de vapor de mercúrio e filamento helicoidal, foi construído
em 1960 por Maimann. Poucos meses depois os Laboratórios da AT&T
Bell desenvolveram um laser gasoso de He-Ne, e somente alguns anos
depois surgiria um LASER de CO2. O feixe LASER se propaga no ar com
pouca divergência, orientando-se por óticas sem perder ou alterar suas
características físicas, fato este que impulsionou seu desenvolvimento.
Existem hoje vários tipos, indo do sólido ao gasoso, com comprimentos
de onda na faixa do Infravermelho (IF) até o Ultravioleta (UV).
Em uma rápida definição, podemos dizer que o LASER é um dispositivo
que produz um feixe de radiação. Ao contrário do que se pensa, o que
torna este processo altamente interessante não é a quantidade de
radiação emitida, e sim a qualidade desta. Devido a qualidade da
radiação LASER, sua utilização em soldagem possibilitará a obtenção de
determinadas características impossíveis de se obter com outros
processos. Entre estas características podemos citar:
• Elevadíssimas velocidades de soldagem;