Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
CURSO SUPERIOR
DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA
2º e 3º períodos
COSMETOLOGIA I e II
(ESTUDO E REVISÃO)
UMA PUBLICAÇÃO
1
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
CURSO SUPERIOR
DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA
2º e 3º períodos
COSMETOLOGIA I e II
(ESTUDO E REVISÃO)
Copyrigth © da Autora
Profª Célia Regina Fernandes de Carvalho
Graduação em Química e Química Industrial,
Pós Graduanda em Docencia Superior
É proibida a reprodução total ou parcial deste texto, sejam quais forem os meios empregados (
impressão, mimiografia, fotocópia, datilografia, gravação, reprodução em discos, fitas, CD ou
DVD), sem permissão por escrito do Titular da Obra. Aos infratores aplicam-se as sanções
previstas nos artigos 122 e 130 da lei 5.988 de 14/12/83.
Esta obra foi publicada e editada pelo convênio entre o ISBF- Instituto Brasileiro de
Estudos e Pesquisas da Saúde, da Beleza e da Forma e o Centro Universitário Augusto
Motta
Direitos de Publicação ©
2
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
ÍNDICE GERAL
Química Orgânica................................................................4
Carbono ..............................................................................5
Bioquímica......................................................................... 7
Citologia............................................................................10
Aditivos..........................................................................................43
3
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
COSMETOLOGIA
INTRODUÇÃO
Os produtos cosméticos são formulações elaboradas com a finalidade de uso tópico.
Quando utilizados adequadamente sobre a pele sadia, assim como nos cabelos,
proporciona resultados satisfatórios não interferindo nos processos normais do
metabolismo celular e sim colaborando para que estes ocorram de forma a melhorar,
satisfatoriamente, a qualidade da pele, seus anexos e dos cabelos.
• NOÇÕES DE QUÍMICA
QUÍMICA GERAL
o Matéria – É tudo aquilo que tem massa e que ocupa lugar no espaço, ou
seja, tem volume. (exemplo – plástico, madeira, água etc). Toda matéria é
constituída por átomos.
o Átomo – É a menor porção da matéria, ou seja, toda matéria é constituída
por minúsculas partículas chamadas átomos. Os átomos são formados
por duas partes fundamentais: O núcleo e a eletrosfera.
o Núcleo – O núcleo é a parte central do átomo, constituído por prótons
(partículas que têm massa e carga elétrica positiva) e nêutrons (partículas
que têm massa e não têm carga elétrica).
o Eletrosfera – É o espaço existente em volta do núcleo, onde giram os
elétrons em órbitas conhecidas por camadas eletrônicas. As órbitas de
todos os átomos se agrupam em sete camadas eletrônicas, denominadas
K, L, M, N, O, P e Q. Cada uma dessa camadas suporta um número
máximo de elétrons ou uma quantidade fixa de energia, conforme mostra
o esquema abaixo.
5
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
o Soluções moleculares – Não conduzem a corrente elétrica. Por exemplo: água com
açúcar.
o Soluções iônicas – Também chamadas de eletrolíticas, quando as partículas
dispersas são íons e, portanto, conduzem a corrente elétrica. Por exemplo: cloreto de
sódio dissolvido em água. Na realidade, os íons já estão presentes nos compostos
sólidos e se separam naturalmente ao dissolverem-se na água (dissociação iônica).
o Soluções coloidais – Apresentam partículas dispersas no solvente. O diâmetro das
partículas varia entre 10 A° a 1000 A°. Os colóides podem ser: moleculares – formados
por macromoléculas, e iônicos – formados por íons gigantes, que quando colocados em
água se dissociam, formando íons, ou seja, são soluções polares.
o Soluções Aquosas – São as soluções iônicas (eletrolíticas) e os colóides iônicos,
são polares e por isso podem ser ionizadas.
Observações importantes:
6
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
cargas elétricas da molécula, criando dessa maneira pólos positivos (pela falta de
elétrons) e pólos negativos ( pelo excesso de elétrons). Tais substâncias são
facilmente ionizáveis através da corrente elétrica.
A molécula apolar apresenta uniformidade na distribuição eletrônica ao longo da
cadeia.
2 – A polaridade da água é devido a diferença de eletronegatividade entre o
Hidrogênio (2,1) e o Oxigênio (3,5), sendo facilmente dissociada pela passagem da
corrente elétrica, formando cátions de Hidrogênio (H) e ânions Hidroxilas (OH).
3 – Vale ressaltar a premissa química que semelhante dissolve semelhante, logo as
substâncias polares dissolvem substâncias polares e sendo assim todas as
substâncias aquosas são ionizáveis.
Observação:
Ao contrário das substâncias puras, as misturas:
- não têm composição constante;
- não têm propriedades e características bem definidas.
QUÍMICA ORGÂNICA
7
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
RESUMINDO:
O CARBONO:
Não admira, pois, que o estudo desses compostos constitua por si só domínio
especial da Química, sendo de extraordinária importância para a tecnologia de
produtos. A química orgânica é a ciência da vida, pois excluída a água, os
organismos vivos estão formados principalmente por compostos orgânicos. É a
química da indústria farmacêutica, da medicina, da biologia, do papel, dos
plásticos, tintas, vernizes, alimentos, do nosso vestuário etc.
• FUNÇÕES ORGÂNICAS
8
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
GRUPO
FUNÇÃO FUNCIONAL EXEMPLOS OBSERVAÇÃO
HIDROCARB óleo mineral, butano,
ONETO (CH) propano,vaselina cadeia acíclica
alceno - CnH2n esqualeno cadeia acíclica
benzeno, naftenos, fenois cadeia cíclica
OH (1 ou +) com C Al. Etílico, propilenoglicol, acíclica - c. curta -
ÁLCOOL saturado glicerina, sorbitol hidrófilos
acícl. - c. longa -
A. Laurílico (C12), mirístilico lipófilos ou alc.
(C14), esteárilico (C18) Graxos
álcool benzílico, mentol cadeias cíclicas
ÁCIDO
CARBOXÍLIC Ac. Acético, cítrico, glicólico, acíclico - cad. Curta
O R-COOH oxálico - hidrófilos
acíclico - c. longa -
Ac. Laurico (C12), Mirístico lipófilos ou ac.
(C14), Palmítico (C16) Graxos
Ac. Benzoico, Ac. Salicílico cadeias cíclicas
miristato de isopropila,
ÉSTER R1-COO-R2 palmitatos, estearatos cadeias acíclicas
metil parabenos, NIPAGIN cadeias cíclicas
ÉTER R1-O-R2 éter etílico cadeia acíclica
anisol cadeia cíclica
formaldeído, glioxal,
ALDEÍDOS R-CHO glutaroaldeído cadeia acíclica
óleos essenciais cadeia cíclica
CETONA R1-COR2 propanona, dihidroxicetona cadeia acíclica
cânfora cadeia cíclica
N (ligado a C) + H2
AMINA - primária monoetanoamina (MEA) cadeia acíclica
N (ligado a C ) + H
-secundária dietanoamina (DEA) cadeia acíclica
N (ligado a C) + H -
terciária trietanolamina (TEA), colina cadeia acíclica
anilina cadeia cíclica
ácido fênico, Vit. E,
hidroquinona, resorcinol,
FENOL OH- anél aromático taninos
( obs. Pode ser +
de um radical OH) ácido salicílico
9
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
BIOQUÍMICA
10
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Observações:
1- A saponificação ocorre quando um óleo ou gordura reage com uma base (álcali)
formando sabão e glicerina. Muito utilizado nas formulações cosméticas para
higienizar e desincrustar, o álcali geralmente utilizado é o Hidróxido de Sódio e a
Trietanolamina.
2- A hidrólise é a propriedade que os lipídios têm de reagir com a água formando
seus álcoois e ácidos correspondentes. Pode ser feita por via úmida ou por via
enzimática.
A cosmetologia utiliza-se da ação enzimática sobre os lipídios, hidrolizando-os,
nos tratamentos para gordura localizada e celulite.
Observação:
11
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
E + S ES (reação reversível)
ES P + E (reação irreversível)
12
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Algumas condições são favoráveis para a atuação das enzimas. São elas:
Superfície de contato: A reação será tanto mais rápida quanto maior for a
superfície de contato entre a enzima e o substrato.
PH: Cada enzima tem um pH ótimo de atuação, que pode ser ácido ou alcalino.
Observação:
As enzimas são solúveis em meio aquoso, logo são ionizáveis.
• CITOLOGIA
Todo ser vivo tem estrutura celular. A citologia é a ciência que estuda a célula. As
células podem ser:
13
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
- Eucariotas – São células que possuem carioteca que separa o material genético do
citoplasma. Na pele encontramos as células eucariotas.
o MEMBRANA PLASMÁTICA
14
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
O transporte passivo ocorre sem gasto de energia pela célula. É um processo natural
de ajuste e equilíbrio. Ocorre de três maneiras diferentes:
Transporte passivo por osmose – é a entrada e a saída de substâncias em seu
estado líquido, principalmente a água.
Transporte passivo por difusão – é a entrada e a saída de substâncias sólidas
em estado ionizado (íons).
Transporte passivo por difusão facilitada – Entrada de substâncias que têm
afinidade com a proteína da membrana plasmática. Essas substâncias se
agregam à estrutura protéica e esta torna-se, então, mais pesada. Nestas
condições, a célula se movimenta com relativa facilidade carreando as
substâncias agregadas à proteína da membrana.
2) Transporte Ativo – Este transporte celular ocorre com gasto de energia, uma vez
que é realizado contrário ao equilíbrio do meio externo. Ocorre para atender às
necessidades fisiológicas da célula no cumprimento de suas funções específicas.
3) Transporte em bloco – É a entrada e saída de substâncias maiores que os poros da
membrana plasmática. Ocorre com gasto de energia (menor que no transporte ativo).
O transporte em bloco pode ser:
15
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
o CITOPLASMA
2.1) Retículo Endoplasmático – São pequenos canais que servem para comunicação
e transporte de substâncias. Realizam a síntese de substâncias, principalmente
proteínas. O retículo endoplasmático pode ser:
- Retículo endoplasmático liso – REL
- Retículo Endoplasmático Rugoso – RER
2.2) Complexo de Golgi – São organelas em forma de “pequenos sacos” que servem
para armazenar substâncias produzidas ou importadas pela célula.
Dentro do Complexo de Golgi ocorrem algumas reações químicas secundárias com
formação de substâncias que, quando não são necessárias à célula, são eliminadas
para o meio extra celular.
16
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
o NÚCLEO
• FISIOLOGIA DA PELE
Os tecidos são o conjunto formado por células que possuem a mesma função.
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano, tem espessura que varia entre
0,5mm e 5mm, tendo seus extremos de variação na nuca e nas plantas dos pés
respectivamente.
A pele é formada por três tipos de tecidos:
- Tecido Epitelial – epiderme
- Tecido Conjuntivo – derme
- Tecido adiposo – hipoderme
Devido à importância do assunto para o nosso estudo, abordaremos cada um.
17
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
18
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Observação:
No processo de queratinização, quando ocorre a formação de queratohialina na
camada granular, resulta a formação de filagrina, proteína que por decomposição
produz substâncias que conferem resistência à queratohialina, além de formar uma
mistura de aminoácidos que em contínuo processo de maturação darão origem a
uma mistura de substâncias (uréia, aminoácidos, PCA, ac. Hialurônico, etc) que
devido ao caráter hidratante são chamadas de NMF – Natural Moinstuzring Factor.
Essas substâncias juntam-se ao manto hidrolipídico ( água, óleo e suor ) no extrato
córneo e formam verdadeiras emulsões cosméticas naturais protegendo e hidratando
a pele.
19
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Tecido Adiposo
Este tecido possui um grande número de células adiposas. Fazem a reserva de lipídios
que atuam protegendo o organismo contra as perdas de energia oferecendo, assim, um
constante abastecimento energético para as atividades celulares. Além disso, fazem
também a proteção térmica do organismo e funcionam como um isolante contra as
variações de temperatura.
Tecido Ósseo
20
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
O tecido ósseo pode ser de dois tipos: reticulado (poroso) e compacto (denso). A
diferença fundamental entre eles é quanto à disposição de seus elementos e a
quantidade dos espaços intercelulares. O tecido ósseo reticulado apresenta espaços
medulares maiores enquanto que o compacto não apresenta espaços medulares.
O tecido ósseo forma uma estrutura inervada e irrigada e por isso apresenta
sensibilidade e capacidade de regeneração.
Tecido Cartilaginoso
Tecido Sanguíneo
Toda a substancia intercelular é líquida, suas células se deslocam livremente em
meio a massa de substâncias intercelular. Transportam substâncias para o
organismo e cumprem importante papel de defesa através de células especializadas
em fagocitose.
Linfa
O sistema linfático é constituído por uma vasta rede de vasos capilares chamados de
capilares linfáticos, que correm paralelo com os vasos sanguíneos da pele e a seguir
juntam-se para formar vasos ligeiramente maiores. É um tecido de transporte
formado por uma parte líquida que varia em função da alimentação e uma parte
celular composta principalmente por linfócitos e alguns leucócitos.
A linfa é um líquido que banha os tecidos, sendo posteriormente coletado por um
sistema circulatório composto por vasos e nódulos que vão conduzir a linfa à corrente
sanguínea através dos vasos.
21
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
• FORMULAÇÃO COSMÉTICA
Veículo ou Excipiente
Princípio Ativo
Aditivos
Cada uma dessas partes pode ser composta por uma ou mais substâncias que
compõem cada grupo. Abordaremos detalhadamente cada um deles.
VEÍCULOS COSMÉTICOS
É quase sempre composto de uma ou mais substâncias cuja finalidade é dar forma
ao cosmético, bem como favorecer ou reduzir os efeitos dos princípios ativos.
Os veículos cosméticos podem ser:
22
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
23
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Ação emulsificante
Espessantes/estabilizantes
Ação de detergência
Ação dispersante
Ação anti-séptica
Ação emoliente/amolecedores
24
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Observação:
Os sais metálicos de ácidos graxos (Estearatos de Cálcio e Magnésio) são
tensoativos aniônicos, entretanto orientam emulsões no sentido A/O.
25
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
26
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Assim temos:
Derivados do petróleo
- Parafinas (principalmente a líquida)
- Vaselinas
27
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
28
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
29
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
- Sorbitol
- Etilenoglicol
- Dietilenoglicol
- Carbowax 1000
- Glicerol
- Propilenoglicol
- Ceras (animal e vegetal)
- Silicones oleosos
- Fosfolipídeos
- Glicerina
- Lactatos
- D-Pantenol
- Derivados da lanolina
30
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
2.1) Conceito de Gel – É um sistema coloidal constituído por duas fases: uma fase
dispersora líquida (água, álcool, propilenoglicol, acetona) e outra fase dispersora
sólida ( agentes geilificantes).
O gel é um veículo cosmético, viscoso, mucilaginoso, transparente, preparado em
estado sólido ou semi-sólido.
- Menos gorduroso
- Secagem rápida
- Fácil aplicação
- Recebe ativos hidrófilos ( Gel aquoso)
- Recebe ativos lipófilos ( Gel-Creme)
- Não são oclusivos
- Baixo índice de toxidade (preparo simples)
- Rápida absorção
- Sensação de frescor
31
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Desvantagens
- Pode ressecar a pele (principalmente os hidroalcoólicos)
- Controle de pH é bastante crítico
- Uso limitado (peles oleosas ou mistas)
Gel com efeito deslizante – Ideal para o preparo de produtos para massagem
corporal. Para se obter o efeito deslizante, adiciona-se à base gel um
componente oleoso e que promova emoliência. Aos géis hidrofílicos adicionam-se
os óleos leves que são solúveis em água, como por exemplo: derivados da
lanolina, lecitina, poliois etc. Os géis oleosos promovem bastante emoliência e
deslizamento. Entretanto, são muito untosos deixando uma sensação
desagradável de oleosidade e dificultando o trabalho do esteticista. São, dessa
forma, pouco recomendados.
Gel com efeito calmante – Gel hidrofílico, obtido através da adição de ativos
calmantes, como extratos vegetais (p.ex. camomila, calêndula, tília etc), além de
alantoína, D-pantenol e outros.
Gel com efeito condicionador – Encontra sua maior aplicação nos produtos
capilares. O cabelo humano constitui-se de uma fibra carregada negativamente
devido à presença dos aminoácidos da proteína queratina, principal constituinte
do cabelo. Dessa forma, os produtos mais indicados para o cabelo humano são
32
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Agentes Geilificantes
Derivados da Celulose
- Natrozol (HEC)
- Cellosize (HEC)
- CMC (carboxi metil celulose)
Resinas
- carbopol (polímero do ácido acrílico)
- Acrypol – ICS 1
- Acrisint 400
Naturais
- Ágar – gel hidratante extraído de alguns tipos de algas
- Alginatos – algas
- Bentonita – Silicato de hidrato de alumínio
Polímeros
Merquat (poliquaternário)
PVA (álcool polivinílico)
PVP (polivinilpirrolidona)
Veegun – Silicato de magnésio e alumínio
Aerosil – silicato de silício
Resumindo temos:
33
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Loções aquosas
São cosméticos preparados principalmente com água e ativos hidrofílicos, podem
também conter agentes umectantes como o propilenoglicol ou o glicerol.
É indispensável a adição de agentes conservantes devido à presença de altos teores
de água no produto, o que propicia ataques bacterianos. Os conservantes mais
usuais são o ácido bórico, ácido benzóico, além de outros.
As loções aquosas podem ser preparadas com águas aromáticas, como por
exemplo, rosas, hamamelis etc, o que garante personalidade ao produto, além de
agradável perfume.
A água utilizada pode ser desmineralizada ou a destilada, sendo esta última a mais
indicada, pois é totalmente inócua, apesar de conter ainda íons metálicos o que torna
necessário a adição de agente seqüestrante (geralmente EDTA) nas loções tônicas.
Observações:
Às loções tônicas aquosas ou hidroalcoólicas (adstringentes) são adicionados ácidos
orgânicos fracos para ajustar o pH do produto ao pH da pele. Os ácidos mais
utilizados para promover esse ajuste são o cítrico e o lático.
4) Veículos em pó
34
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Observação:
Para minimizar os problemas de oxidação e conseqüente deterioração dos produtos
lipossomados, a indústria cosmética desenvolveu lipossomos não iônicos, ou seja, as
paredes são constituídas de substâncias lipídicas apolares e não mais por
fosfolipídios. Esses lipossomos apresentam algumas vantagens sobre os demais:
- São quimicamente mais estáveis
- Apresentam similaridade com os lipídios do extrato córneo, o que facilita a
coesão do cimento celular formado pela queratina e conseqüentemente
promove a regeneração do epitélio.
35
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
36
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
A atuação dos silanois está diretamente ligada ao princípio ativo a ele agregado.
Assim, poderemos ter: silanois hidratantes, calmantes, antiinflamatórios, silanois para
cabelos, de nutrição etc.
Os silanois podem se apresentar de diversas formas, por exemplo: soluções,
emulsões, lipossomos ou nanosferas.
Devido à sua atividade ampliada e diversificada, os silanois apresentam algumas
vantagens. São elas:
Atuam em várias frentes, como por exemplo: produtos para cabelos, pele,
tratamentos de celulite, gordura localizada, unhas etc;
Podem conter ativos específicos lipossomados ou nanosferados agregados ao
silanol;
São mais rapidamente absorvidos pelos tecidos constituintes do nosso
organismo;
Apresentam mais eficácia nos tratamentos onde é necessário maior
penetrabilidade, como é o caso do tecido conjuntivo/adiposo nos tratamentos de
celulite e gordura localizada.
PRINCÍPIOS ATIVOS
-
1º) Princípios ativos para hidratação
À superfície da pele:
Por se tratar de um órgão externo, a pele é submetida a todos os tipos de agentes
agressivos. Dentre eles temos o sol, o vento, a baixa umidade relativa do ar etc,
fatores que acabam por retirar a água da camada córnea, comprometendo dessa
maneira a qualidade do manto hidrolipídico e conseqüentemente desidratando a pele.
Existem duas maneiras de hidratar a pele em sua superfície:
1ª - Impedindo a perda de água proveniente das secreções naturais - Oclusão
2ª - Molhando a pele, através de substâncias com propriedades hidroscópicas. –
Umectação
37
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Observação :
É de relevante importância incluir aqui o Colágeno,
que por possuir uma cadeia molecular rica em radicais prolina e hidroxiprolina é um
excelente agente de hidratação por umectação. Age na superfície da pele, pois sua
estrutura macromolecular (360000 uma) impede a sua absorção pelo tecido epitelial.
38
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Conclusão:
39
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
- Ácido glicólico
- Ácido hialurônico
- Ácido lático
- Ceramidas
- Colágeno
- d-pantenol
- Elastina
- Lactato de amônio
- PCA-Na
- Palmitato de isopropila
- Pentaglycan
- Propilenoglicol
- Reticulina
- Sorbitol
- Sulfato de condroitina (NMF)
- Vitamina A
- Vitamina E
- Abacate
- Alface
- Algas marinhas
- Aloe Vera
- Aminoácidos da seda
- Arnica
- Babosa
- Bioflavonoides
- Camomila
- Cenoura
- Confrey
- Erva doce
- Germem de trigo
- Ginseng
- Jasmim
- Manteiga de Karitê
- Mel
- Sândalo
- Óleo de jojoba
- Óleo de macadâmia
- Óleo de amêndoa
- Óleo de semente de uva
- Óleo de semente de cereja
- Óleo de abricó
- Óleo de borage
40
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Químicos
- Alfa-bisabolol
- Alantoína
- Azuleno
- Colamina (mistura de óxidos de zinco e ferro com carbonato de
zinco)
- Enxofre
- Óxido de zinco
- Peróxido de benzoíla
Bioativos
- Álcool de cereais
- Agrião
- Aloe-vera
- Arnica
- Alecrim
- Argila
- Babosa
- Calêndula
- Camomila
- Centella Asiática
- Camomila
- Confrey (alantoína)
- Erva-cidreira
- Extrato de sete ervas ( camomila, alecrim, arnica, castanha da índia,
confrey, jaborandi e quina)
- Ginko biloba
- Hortelã
- Hamamelis
- Hera
- Limão
- Malva
- Própolis
- Sálvia
- Sândalo
- Soja
- Tília
Químicos
- Alfa-bisabolol (0,5% a 2%)
- Àcido glicirrígico (0,1% a 2%)
- Azuleno (0,005% a 0,05%)
41
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Bioativos
- Água de rosas (maceração das pétalas)
- Alface (extrato)
- Arnica (extrato)
- Aloe Vera
- Bardana (extrato)
- Calêndula (extrato das folhas)
- Cânfora (
- Camomila (extrato)
- Erva cidreira
- Erva doce
- Pêssego (extrato)
- Pepino (extrato)
42
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Bioativos
- Algas marinhas (brilho e volume)
- Amêndoas (cabelos secos)
- Argila (cabelos oleosos)
- Aveia (revitalizante)
- Babosa (antiqueda e hidratante)
- Hamamelis (cabelos oleosos)
- Henna (pigmentante)
- Jaborandi (antiqueda)
- Jaborandi (cabelos secos e sensíveis)
- Jojoba (brilho e maciez)
- Lecitina de soja (brilho e volume)
- Macadâmia (brilho e volume)
- Óleo de abacate (regenerador capilar)
- Óleo de cade (antioleosidade)
- Óleo de cereja (cabelos ressecados)
- Óleo de damasco (brilho e maciez)
- Óleo de gérmen de trigo ((brilho e maciez)
- Óleo de pêssego (brilho e maciez)
- Óleo de semente de uva (brilho e maciez)
- Quilaia (antiqueda)
- Rosas (revitalizante para cabelos danificados)
- Seda (brilho e maciez)
- Silicone (proteção com formação de filme)
- Tília (fortalecimento)
- Urtiga (anti-seborréia)
6.1) Vitaminas
As vitaminas são substâncias orgânicas não produzidas no organismo em
quantidades suficientes para suprir as necessidades e que agem em pequenas
dosagens.
São importantes catalisadores (substâncias que aceleram ou retardam reações
químicas sem tomar parte da reação) orgânicos das reações biológicas. Daí o fato de
não serem utilizadas nem como substâncias estruturais nem como substâncias
energéticas. Sua presença no entanto, é absolutamente necessária para o perfeito
funcionamento do organismo.
43
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
o Observações importantes:
o Para tornar o ácido ascórbico lipossolúvel ele é convertido ao seu derivado,
como por exemplo o palmitato de ascorbila ou oleato de ascorbila ou ainda
fosfato de ascorbil magnésio;
o A vitamina H (biotina) é encontrada nas carnes vermelhas, cereais, fígado e
na geléia real é excelente agente ativo para controle de oleosidade, é
amplamente utilizada em cosmetologia associada a vitamina B6, obtendo-se
dessa forma um tratamento completo para pele e cabelos.
Vitamina F – encontrada nos óleos vegetais, linho, germem de milho, soja etc,
trata-se de uma mistura de ácidos graxos com propriedades emolientes e
hidratantes.
44
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
6.2) Oligoelementos
45
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
ADITIVOS
46
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Corantes – A coloração dos cremes deve ser discreta, pálida, com cores
compatíveis com tonalidade da pele. Para tanto se faz necessário colorir
os cremes com substâncias corantes que vão proporcionar tons
agradáveis e sugestivos ao consumo, além de cobrir as cores indefinidas
com que os produtos saem dos laboratórios de preparação.
O corante deve, na medida do possível, ser hidrossolúvel e inalterável tanto em meio
ácido como no meio alcalino. Podem ser de diversas origens (naturais vegetais ou
animais, minerais e sintéticos). Os mais usuais são os corantes sintéticos e
geralmente são substâncias orgânicas com cadeias aromáticas.
Os pigmentos mais utilizados são:
De origem natural/vegetal:
- Carvão vegetal – preto
- Urucum – amarelo
- Henna – castanho avermelhado
- Orcinol – vermelho violeta
- Caroteno – alaranjado
- Cúrcuma – amarelo
De origem natural/animal
- Nácar – peixes -
- Ácido carmínico – extraído do pulgão - vermelho intenso
De origem mineral
- óxido de Ferro – amarelo, marrom-avermelhado, marrom
- argilas – fornecem diversas tonalidades dependendo da sua
origem
Corantes sintéticos
- Verde malaquita – verde
Conservantes
Os cremes emulsionados do tipo O/A sofrem mais ataques por fungos e bactérias
devido à presença de água na fase externa que está em contato com o ar atmosférico
na superfície da emulsão.
As bactérias podem proliferar em condições anaeróbicas. Os conservantes podem
ser classificados em diferentes grupos, assim temos:
Antioxidantes, fungicidas e anti-sépticos.
Os agentes conservantes mais comumente utilizados são:
Parabenos:
- p-hidroxibenzoato de metila/Nipagin;
- P-hidroxibenzioato de propila/Nipazol;
- p-hidroxibenzoato de etila;
- p- hidroxibenzoato de butila;
47
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Outros grupos:
- Imidazolinidil;
- Uréia;
- Compostos quaternários de carbono;
- Vitamina E (tocoferol);
- Ácido salicílico;
- Álcool etílico (somente em concentração superior a 20%)
- Óleo essencial de lavanda (funcionam também como perfumes);
- Óleo essencial de tomilho;
- Ácido benzóico;
- Ácido gálico;
- Fenoxietanol
- Álcool Benzílico
- Izotiazolonas
Natural
- Vitamina E
Fenólicos
- NDGA (resina da Guaiaca)
- Trocofenois
- Galatos
- BHA – Butil hidroxi anisol
- BHT – Butil hidroxi tolueno
48
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Não Fenólicos
- Ácido Ascórbico
- Palmitato de Ascorbila
- Ésteres de ascorbila
Observações:
• ALFA-HIDROXI-ÁCIDOS
COOH
49
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
- Aumento da hidratação;
- Aumento do colágeno dando à pele mais resistência e
flexibilidade;
- Redução das rugas;
- Pele adelgaçada;
- Redução de cloasmas solares superficiais;
- Desobstrução dos folículos pilo-sebáceos;
Entendendo a Acidez e o pH
É necessário noções sobre conceitos básicos, tais como, medida de pH, acidez e
tamponamento.
Concentração de íons H+
50
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
51
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Tempo percorrido
52
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Dos resultados apresentados neste trabalho, dois fatos são fundamentais para que seja
definida uma seqüência de tratamento de pele por esteticistas:
53
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
54
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
meio ambiente, ou seja: ar muito seco, vento, sol, poeira etc. Desta forma é
necessário que façamos uma barreira protetora que impeça a perda de água e dos
nutrientes do extrato córneo, impedindo assim o ressecamento da pele e o
envelhecimento precoce.
Assim, temos duas maneiras de hidratação de superfície. São elas:
Logo, a hidratação celular procura atingir a célula na camada basal com ativos
capazes de melhorar a qualidade e aumentar a concentração das substâncias
constituintes do NMF.
55
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
- Uréia
- PCA-Na
- Ácido Hialurônico
Peelings
o Peeling físico
o Peeling químico
o Peeling biológico
o Peeling vegetal
- Sílica – mineral, 1 a 5%
- Damasco (caroço) – natural, 1 a 6%
- Algas diatomáceas – pó de origem natural
- Polietileno – sintético, 0,3 a 1%
56
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
Máscaras Faciais
A ação das máscaras sobre a pele é de natureza mecânica, quando tem efeito
endurecedor. Entretanto, podem também permitir a ação de ativos sobre a pele
quando formuladas adequadamente. Tais cosméticos são de grande auxílio nos
tratamentos faciais, pois estimulam a circulação, aumentando a permeação da pele e
permitindo melhor absorção dos princípios ativos.
As máscaras retiram células mortas por ação mecânica ou até mesmo por efeito
químico, neste caso quando são máscaras ácidas.
Esses cosméticos podem ser ativados de acordo com a sua finalidade e a sua forma
veicular é de grande importância, pois além de potencializar os efeitos dos ativos o
veículo vai determinar o tempo de secagem da máscara sobre a pele. É sabido que o
fator tempo é determinante para que se obtenha resultados satisfatórios, uma vez que
o processo de absorção cutâneo é lento. Portanto, as máscaras não devem ter
secagem muito rápida.
57
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
58
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM - ISBF
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
• Bryant, L. Como tratar a pele oleosa, Lês Nouvelles Estétique, set/out 1996 p.28 a
32.
59