Antigamente as cidades eram governadas, na sua grande
maioria, por grandes famílias (oligarquia) ou por reis ou senhores (tirania). As experiências políticas novas dão uma vontade aos homens de reordenar a sociedade. Neste período com mudanças sociais e políticas, os filósofos desempenham um papel político decisivo ao lado dos reformadores – participavam na difusão de novos conhecimentos e ideias – valorizavam o debate, a demonstração de argumentos baseados no raciocínio e a busca de equilíbrio. Um dos factores mais importantes da transformação interna das cidades é a filosofia e a sua linguagem. Não se pode separar, o pensamento filosófico da altura das mudanças institucionais, pois um levou ao outro. Durante o período clássico decorre uma mudança a nível de Governo – este racionaliza-se – as leis tornam-se objecto de respeito, eram vistas como um princípio de organização política e social, começaram por ser textos escritos e elaborados por homens de reflexão, nomeadamente Dracón e Sólon. A Grécia entra numa nova era política, o que levou a que a condução dos assuntos públicos recorra cada vez mais às leis comuns – procedimentos e regras aceites por todos. A “Lei” é a grande invenção da Grécia Antiga, o que faz dela um símbolo para a posteridade.