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GUIÃO PARA ACOMPANHAMENTO DAS AULAS

TEÓRICO-PRÁTICAS DA DISCIPLINA DE

ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA


ANALÍTICA
Elaborado por: Ana Bela Magalhães, Graça Marcos, Vítor Cardoso e com a
colaboração de Marisa Oliveira.
Departamento de Matemática, ISEP.

Descrição: Este guião destina-se ao acompanhamento das aulas teórico-práticas da


disciplina de Álgebra Linear e Geometria Analítica do curso de Engenharia Mecânica.
Contém, para cada aula, um conjunto de exercícios resolvidos passo a passo, um
conjunto de exercícios propostos que serão resolvidos nas aulas teórico-práticas e um
conjunto de exercícios suplementares para consolidação das matérias expostas nas
aulas teóricas. Todos os exercícios vêm acompanhados da respectiva solução.
Conteúdo:

1ª aula: Operações com matrizes. Inversa de uma matriz.................................................... 1


2ª aula: Cálculo da característica e da matriz inversa, utilizando o método da
condensação.......................................................................................................................... 5
3ª aula: Cálculo de determinantes de 2ª e 3ª ordem. Teorema de Laplace.......................... 9
4ª aula: Aplicação das propriedades ao cálculo de determinantes....................................... 11
5ª aula: Representação matricial de um sistema. Resolução pelo método da
condensação.......................................................................................................................... 17
6ª aula: Sistemas de Cramer: definição. Resolução por igualdades de Cramer e por
igualdade matricial. Sistemas homogéneos........................................................................... 21
7ª aula: Discussão de sistemas............................................................................................. 24
8ª aula: Espaços vectoriais. Subespaços vectoriais.............................................................. 29
9ª aula: Combinação linear. Dependência e independência linear. Conjunto gerador.......... 32

10ª aula: Bases e dimensão de um espaço vectorial.................................................... 36

11ª aula: Produto vectorial e produto escalar. Equações de rectas e de planos................... 39


12ª aula: Intersecções e posições relativas........................................................................... 44
1ª aula: Operações com matrizes. Inversa de uma matriz.

I – Exercícios Resolvidos

⎡ 1 3 ⎤
⎢ 1 2 ⎥
1. Seja A = [ 1 −2 3 2 ], B = ⎢ ⎥ e C = [ 2 5 ] . Calcule:
⎢ −2 1⎥
⎢ ⎥
⎣ −1 −1 ⎦
a) A × B + 3C
b) B × A
T T

Resolução:

a) Verificar se é possível efectuar o produto: A : 1 × 4 , B : 4 × 2 . Logo o produto é possível e ( A × B ) : 1 × 2 .


⎡ 1 3 ⎤
⎢ 1 2 ⎥
A × B = [ 1 −2 3 2 ]× ⎢ ⎥=
⎢ −2 1⎥
⎢ ⎥
⎣ −1 −1 ⎦
= ⎡⎣1× 1 + ( −2 ) × 1 + 3 × ( −2 ) + 2 × ( −1) 1× 3 + ( −2 ) × 2 + 3 × 1 + 2 × ( −1) ⎤⎦ = [ − 9 0 ]
3C = 3[ 2 5 ] = [ 6 15 ]
Então A × B + 3C = [ −9 0 ] + [ 6 15 ] = [ −3 15 ] .
b) 1º método:

⎡ 1 ⎤
1 −2 −1 ⎤ ⎢ −2 ⎥
⎡ 1 ⎢ ⎥.
BT = ⎢ T
=
1 −1 ⎥⎦
e A
⎣ 3 2 ⎢ 3 ⎥
⎢ ⎥
⎣ 2 ⎦
Como B : 2 × 4 , A : 4 × 1 tem-se B × A
T T
( T T
): 2 ×1
⎡ 1 ⎤
⎡ 1 1 −2 −1 ⎤ ⎢⎢ −2 ⎥
⎥ = ⎡ −9 ⎤
BT × AT = ⎢ ×
⎣ 3 2 1 −1 ⎥⎦ ⎢ 3 ⎥ ⎢⎣ 0 ⎥⎦
⎢ ⎥
⎣ 2 ⎦
2º método:

⎡ −9 ⎤
BT × AT = ( A × B ) = [ −9 ]T
T
0 =⎢ ⎥
⎣ 0 ⎦

⎡ 3 6 ⎤
2. Calcule a matriz inversa da matriz ⎢ ⎥ , recorrendo à definição de inversa de uma matriz.
⎣ 1 4 ⎦
Resolução:

ABM, MGM, VCC 1


1ª aula: Operações com matrizes. Inversa de uma matriz.

−1
Definição: A × A =I.

⎧3a + 6c = 1 ⎧a = 2 3
⎪ ⎪
⎡ 3 6 ⎤ ⎡ a b ⎤ ⎡ 1 0 ⎤ ⎡ 3a + 6c 3b + 6d ⎤ ⎡ 1 0 ⎤ ⎪3b + 6d = 0 ⎪b = −1
⎢ 1 4 ⎥ × ⎢ c d ⎥ = ⎢ 0 1 ⎥ ⇔ ⎢ a + 4c b + 4 d ⎥ = ⎢ 0 1 ⎥ ⇔ ⎨ a + 4 c = 0 ⇔ ⎨ c = − 1 6 .
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎪ ⎪
⎪⎩b + 4d = 1 ⎪⎩d = 1 2
−1
⎡ 3 6 ⎤ ⎡ 23 −1 ⎤
Logo ⎢ ⎥ =⎢
1 2 ⎥⎦
.
⎣ 1 4 ⎦ ⎣ −1 6

⎡ 1 1⎤
3. Seja A = ⎢ ⎥.
⎣ 3 2 ⎦
2
a) Calcule A .

(A X )
−1
b) Resolva em ordem a X , matriz regular, a seguinte equação matricial: A
T 2
= A−1 .

Resolução:

⎡ 1 1⎤ ⎡ 1 1⎤ ⎡ 4 3 ⎤
a) A = A × A = ⎢ ⎥×⎢ ⎥=⎢
2
⎥.
⎣ 3 2 ⎦ ⎣ 3 2 ⎦ ⎣ 9 7 ⎦
b) Como A = −1 ≠ 0 , então A é regular e, assim, existe A−1 . Note-se que se A é regular, então A2 e AT

(A ) 2 −1
(A )
T −1
são também regulares e, logo existe e .

( )
−1
AT A2 X = A−1 ⇔ AT X −1 A−2 = A−1 ⇔ AT X −1 A−2 A2 = A−1 A2 ⇔ AT X −1I = A−1 A2

( ) ( ) ( ) ( )
−1 −1 −1 −1
⇔ AT X −1 = A ⇔ AT AT X −1 = AT A ⇔ IX −1 = AT A ⇔ X −1 = AT A

−1
⇔ X = ⎡ AT ( ) A⎤ ⇔ X = A−1 AT .
−1
⎢⎣ ⎥⎦

−1 −1 ⎡ −2 1 ⎤
Calcular A (ver exercício anterior): A =⎢ ⎥.
⎣ 3 −1 ⎦
⎡ −2 1 ⎤ ⎡ 1 3 ⎤ ⎡ 1 −4 ⎤
Fica então: X = ⎢ ⎥×⎢ ⎥=⎢ ⎥.
⎣ 3 −1 ⎦ ⎣ 1 2 ⎦ ⎣ 2 7 ⎦

ABM, MGM, VCC 2


1ª aula: Operações com matrizes. Inversa de uma matriz.

II – Exercícios Propostos
⎡ 3 1⎤
⎡ 2 −1 1 ⎤ ⎢ ⎡ 3 −1 ⎤
1. Seja A = ⎢ ⎥ , B = ⎢ −1 1 ⎥⎥ e C = ⎢
2 1 ⎥⎦
.
⎣ 0 1 −3 ⎦ ⎣
⎢⎣ 0 2 ⎥⎦
a) Determine a matriz M = A × B − 2C + 3I .
b) Determine a matriz X tal que X ×C = I .

⎡ 1 −2 ⎤ ⎡ 2 −1 ⎤ −1
2. Seja A = ⎢ ⎥ e B=⎢ ⎥ . Determine a matriz X tal que B × X = 4 × A .
⎣ 3 −2 ⎦ ⎣ −1 1 ⎦

3. Sendo A e B duas matrizes quadradas da mesma ordem, em que condições se verifica a igualdade

( A + B )2 = A 2 + 2 AB + B 2 ?

( )
T
4. Sendo A e B matrizes regulares, resolva a equação
⎡ AT −1
X ⎤ + ( AB ) = A .
−1
⎢⎣ ⎥⎦

5. Sejam U e V duas matrizes de ordem n simétricas. Prove que UV é simétrica se U e V são


permutáveis e vice-versa.

Soluções:

⎡ 4 5 ⎤ ⎡ 15 15 ⎤ ⎡ −5 3 ⎤
1. a) M = ⎢ ⎥ b) X = ⎢ 2. X = ⎢
⎣ −5 − 4 ⎦ ⎣ −2 5 3 5 ⎥⎦ ⎣ −8 4 ⎥⎦
3. A e B matrizes permutáveis.

( ) −(B )
T T
−1
4. X = A
2

III – Exercícios Suplementares


1. Sendo B e X matrizes regulares, resolva a seguinte equação matricial: 4 B 2 + 2 BX −1 = O .

2. Sendo A , B e X matrizes regulares, resolva a seguinte equação matricial: X A − A = B .


T

( )
T
3. Sendo X uma matriz simétrica, resolva a seguinte equação matricial: XAB + B CX =I.
T

4. Mostre que sendo A e B matrizes regulares tais que AB = C então A −1CB −1 = I .

ABM, MGM, VCC 3


1ª aula: Operações com matrizes. Inversa de uma matriz.

5. Mostre que sendo A e B matrizes tais que AB = A e BA = B então A = A .


2

(
6. Resolva a seguinte equação matricial: X
T
)
− A − BT B = I .

(
7. Resolva a seguinte equação matricial: XA + B
T
)(BA ) = I .
−1

Soluções:
1 −1
1. X = − B
2

( )
T
−1
2. X = I + A BT

(A+C )
−1
−1
3. X = B
T

6. X = ( B ) + A + B
−1 T T

−1
7. X = A ( AB ) − BT A−1

ABM, MGM, VCC 4


2ª aula: Cálculo da característica e da matriz inversa, utilizando o método da condensação.

I – Exercícios Resolvidos

⎡ 1 2 0 3 ⎤
⎢ 2 3 −1 2 ⎥
1. Calcule a característica da matriz A , sendo A = ⎢ ⎥.
⎢ 1 1 −1 0 ⎥
⎢ ⎥
⎣ 1 0 −2 1 ⎦
Resolução:
Para o cálculo da característica de uma matriz pelo método da condensação, anulam-se todos os elementos
que estão acima ou abaixo da diagonal.

⎡ 1 2 0 3 ⎤ ⎡ 1 2 0 3 ⎤ ⎡ 1 2 0 3 ⎤
⎢ 2 3 −1 2 ⎥ ⎢ 0 −1 −1 −4 ⎥ ⎢ 0 − 1 − 1 −4 ⎥
⎢ ⎥ ∼⎢ ⎥ ∼⎢ ⎥∼
⎢ 1 1 −1 0 ⎥ ⎢ 0 −1 −1 −3 ⎥ ⎢ 0 0 0 1⎥
⎢ ⎥ L2 ← L2 − 2 L1 ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ 1 0 −2 1 ⎦ L3 ← L3 − L1 ⎣ 0 −2 −2 −2 ⎦ LL3 ← L3 − L2 ⎣ 0 0 0 6 ⎦
← L −2 L
4 4 2
L4 ← L4 − L1

Sempre que aparecer um zero na diagonal, deve tirar-se. Desta forma:

⎡ 1 2 0 3 ⎤ ⎡ 1 2 3 0 ⎤ ⎡ 1 2 3 0 ⎤
⎢ ⎥
0 −1 −1 −4 ⎥ ⎢ ⎥
0 −1 − 4 − 1 ⎥ ⎢ 0 −1 −4 −1 ⎥⎥
∼⎢ ∼ ⎢ ∼ ⎢
⎢ 0 0 0 1⎥ ⎢ 0 0 1 0 ⎥ ⎢ 0 0 1 0 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ 0 0 0 6 ⎦ C ↔C
3 4 ⎣ 0 0 6 0 ⎦ L4 ← L4 −6 L3 ⎣ 0 0 0 0 ⎦

⎡ 1 2 3 ⎤
⎢ ⎥
A maior sub-matriz triangular, sem zeros na diagonal, é a matriz de 3ª ordem
⎢ 0 −1 −4 ⎥ . Logo
⎢⎣ 0 0 1 ⎥⎦

C ( A) = 3 , que é a ordem da sub-matriz.

⎡1 a b ⎤
⎢ ⎥
2. Sendo M = 1 1 1 , calcule a e b ∈ ℜ de modo que C (M ) = 2 .
⎢ ⎥
⎢⎣ 1 b 1 ⎥⎦
Resolução:

⎡1 a b ⎤ ⎡1 1 1 ⎤ ⎡ 1 1 1⎤ ⎡ 1 1 1⎤
⎢1 1 1 ⎥ ⎢
∼ ⎢1 a b ⎥ ⎥ ∼ ⎢⎢ 0 a −1 b −1 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 b − 1 a − 1 ⎥⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ 1 b 1 ⎥⎦ L ↔ L ⎢⎣ 1 b 1 ⎥⎦ L2 ← L2 − L1 ⎢⎣ 0 b −1 0 ⎥⎦ C ↔C ⎢⎣ 0 0 b − 1 ⎥⎦
1 2 L ←L −L3 3 1 2 3

Para que C ( M ) = 2 temos de fazer b − 1 = 0 ∧ a − 1 ≠ 0 ⇔ b = 1 ∧ a ≠ 1

ABM, MGM, VCC 5


2ª aula: Cálculo da característica e da matriz inversa, utilizando o método da condensação.

⎡ 0 0 2 ⎤

3. Calcule a inversa da matriz B , sendo B = 2 −1 1 ⎥.
⎢ ⎥
⎢⎣ 1 −1 1 ⎥⎦
Resolução:
Só se pode operar com linhas.

⎡ 0 0 2 1 0 0 ⎤ ⎡ 1 −1 1 0 0 1⎤
⎢ 2 −1 1 0 0 1 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 2 −1 1 0 1 0 ⎥⎥ ∼

⎢⎣ 1 −1 1 0 0 1 ⎥⎦ L ⎢⎣ 0 0 2 1 0 0 ⎥⎦ L
3 ↔ L1 2 ← L2 − 2 L1

⎡ 1 −1 1 0 0 1⎤ ⎡ 1 0 0 0 1 −1 ⎤
∼ ⎢⎢ 0 1 −1 0 1 −2 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 1 −1 0 1 −2 ⎥⎥ ∼
⎢⎣ 0 0 2 1 0 0 ⎥⎦ L ← L + L ⎢⎣ 0 0 2 1 0 0 ⎥⎦ L ← 1 L3
1 1 2 3 2

⎡ 1 0 0 0 1 −1 ⎤ ⎡1 0 0 0 1 −1 ⎤
∼ ⎢⎢ 0 1 −1 0 1 −2 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 1 0 12 1 −2 ⎥⎥
⎢⎣ 0 0 1 12 0 0 ⎥⎦ L ⎢⎣ 0 0 1 12 0 0 ⎥⎦
2 ← L2 + L3

⎡ 0 1 −1 ⎤
Então, B −1
= ⎢⎢1 2 1 −2 ⎥⎥
⎢⎣1 2 0 0 ⎥⎦

II – Exercícios Propostos
⎡ 2 1 1⎤

1. Sendo A = 0 2 −1 ⎥⎥ calcule A −1 .

⎢⎣ 3 0 1 ⎥⎦

⎡1 1 2 ⎤

2. Considere a seguinte matriz: A = 1 1 a .

⎢ ⎥
⎢⎣ 1 b 1 ⎥⎦

a) Determine os valores de a, b ∈ ℜ , para os quais a matriz é regular.

b) Sem efectuar cálculos, e para os valores encontrados, indique, justificando, qual a característica de
A.
c) Para a = 1 e b = 0 calcule, por condensação, A −2 .

ABM, MGM, VCC 6


2ª aula: Cálculo da característica e da matriz inversa, utilizando o método da condensação.

3. Calcule a característica das matrizes:

⎡ 2 1 3 4 3 2 ⎤ ⎡ 1 0 2 ⎤
⎢ 1 2 0 5 −2 1 ⎥ ⎢ 2 1 1 ⎥
a) A = ⎢ ⎥ b) B = ⎢ ⎥.
⎢ 1 0 3 2 −1 1 ⎥ ⎢ −1 2 0 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ 1 3 −3 5 3 1 ⎦ ⎣ 1 1 0 ⎦

Soluções:

⎡ −2 1 3 ⎤
1⎢
1. A =
−1
⎢ 3 1 −2 ⎥⎥
5
⎢⎣ 6 −3 −4 ⎥⎦

⎡ 2 −1 −2 ⎤
2. a) a ∈ℜ \ {2} ∧ b ∈ℜ \ {1} b) C ( A) = 3 c) A −2
= ⎢⎢ −1 2 −1 ⎥⎥
⎢⎣ −1 0 2 ⎥⎦

3. a) C ( A) = 3 b) C ( B) = 3

III – Exercícios Suplementares


1. Calcule a característica das seguintes matrizes:

⎡ 1 3 1 3 ⎤ ⎡ 3 2 1 4 ⎤

a) A = −2 −8 3 −4 ⎥⎥ ⎢
b) B = −2 −2 −1 −2 ⎥⎥
⎢ ⎢
⎢⎣ 3 3 8 16 ⎥⎦ ⎢⎣ 5 4 2 6 ⎥⎦

⎡ −2 3 1⎤
⎡ 2 1 3 3 ⎤ ⎢ −5
⎢ 3 ⎥⎥
3 −8 −4 ⎥⎥
6
c) C = −4 d) D = ⎢
⎢ ⎢ −3 3 2 ⎥
⎢⎣ 6 18 3 16 ⎥⎦ ⎢ ⎥
⎣ 1 0 −1 ⎦

⎡ 1 0 2 ⎤
⎡ 1 0 k k + 1⎤ ⎢ 2 ⎥
2. Considere as matrizes: A =
⎢ ⎥
k⎥ e B = ⎢
1 1 ⎥.
⎢ −1 k − 1 −k
⎢ −1 2 0 ⎥
⎢⎣ 2 k k 4 ⎥⎦ ⎢ ⎥
⎣ 1 1 0 ⎦
a) Discuta a característica da matriz A , em função da variação do parâmetro k.
b) Para k = 0 , determine a matriz M , tal que: M × ( A × B ) = ( A × B ) × M = I .

⎡E ( X − I ) + IT ⎤ = ( ECD ) .
T T
c) Resolva a equação matricial em ordem a X :
⎣ ⎦

ABM, MGM, VCC 7


2ª aula: Cálculo da característica e da matriz inversa, utilizando o método da condensação.

⎡1 p ⎤
3. Considere a matriz D=⎢ ⎥.
⎣2 1 ⎦
a) Calcule a matriz C , permutável com D e cujos elementos da 1ª linha são todos iguais a 1.
b) Faça p = 1 e calcule D −1 .
c) Com base nos resultados anteriores, diga justificando se, para p = 1 , o sistema cuja matriz dos

coeficientes das incógnitas é D , seria possível.

⎡ 0 1 a ⎤

4. Seja A = 1 0 1
⎥ com a ∈ ℜ .
⎢ ⎥
⎢⎣ a 1 0 ⎥⎦

a) Determine o valor do parâmetro a de modo que A seja regular.


b) Suponha a = 2.
1
i) Sem efectuar cálculos, indique a característica de A . Justifique.
7

ii) Resolva a equação matricial: [A(X )


−1 T
B −1 ]
−1
+ I = AT B .

⎡ p −1 ⎤
5. Seja A=⎢ ⎥ com p, q ∈ ℜ .
⎣ 1 q ⎦
a) Determine os valores de p e de q de modo que A seja singular.

B T A + 2 I = 3(AT A −2 ) .
−1
b) Supondo p = q = 0 , resolva a equação matricial:

Soluções:

1. a) C ( A) = 3 b) C ( B) = 2 c) C (C ) = 3 d) C ( D) = 2

⎡ −4 −2 12 ⎤
2. a) C ( A) = 3, ∀k ∈ℜ b) M =
⎢ 3 2 0 ⎥⎥ c) X = CD − E −1 + I

⎢⎣ 3 1 −1 2 ⎥⎦

⎡ 1 1 ⎤ ⎡ −1 1 ⎤
3. a) C=⎢ ⎥ , p ∈ℜ \ {0} b) D −1 = ⎢ ⎥ c) Sim.
⎣ 2 p 1 ⎦ ⎣ 2 −1 ⎦

a ∈ℜ \ {0}
⎛1 ⎞
( )( B )
T
−1
4. a) b) i) C ⎜ A⎟ = 3 ii) X = AT BT A − I
⎝7 ⎠
1 ⎡ −3 2 ⎤
5. a) q=− , p ∈ℜ \ {0} b) B=⎢ ⎥
p ⎣ −2 −3 ⎦

ABM, MGM, VCC 8


3ª aula: Cálculo de determinantes de 2ª e 3ª ordem. Teorema de Laplace.

I – Exercícios Resolvidos

1. Calcule o valor dos seguintes determinantes:

3 −1 2
2 1
a) Δ = b) Δ = 1 −1 0
3 -5
2 4 1
Resolução:
a) Determinante de 2ª ordem. Regra prática.

2 1
Δ= = 2 × ( −5 ) − 3 ×1 = −13 .
3 −5
b) Determinante de 3ª ordem. Regra de Sarrus.

3 -1 2
Δ = 1 -1 0 = 3 × ( −1) ×1 + 1× 4 × 2 + 2 × ( −1) × 0 − 1× ( −1) × 1 − 3 × 4 × 0 − 2 × ( −1) × 2 = 10
2 4 1
3 -1 2
1 -1 0
1 −2 1 0
2 3 1 −1
2. Calcule, aplicando o teorema de Laplace, o valor do seguinte determinante: Δ = .
1 −1 4 2
1 1 −1 0
Resolução:

Aplicando o Teorema de Laplace à 4ª coluna vem: Δ = 0 × A14 + ( −1) × A24 + 2 × A34 + 0 × A44 .

Cálculo dos complementos algébricos Aij e dos menores complementares M ij :

1 −2 1
A24 = ( −1)
2+ 4
M 24 = M 24 sendo M 24 = 1 −1 4 = −11 (ver exercício 1.b))
1 1 −1

1 −2 1
A34 = ( −1)
3+ 4
M 34 = − M 34 sendo M 34 = 2 3 1 = −11 (ver exercício 1.b))
1 1 −1
Assim, Δ = 11 + 2 ×11 = 33 .

ABM, MGM, VCC 9


3ª aula: Cálculo de determinantes de 2ª e 3ª ordem. Teorema de Laplace.

II – Exercícios Propostos
1. Calcule os valores dos seguintes determinantes:

i 2 −1
2 −3
a) b) 3 i 2 (onde i é a unidade imaginária)
4 5
i 2 −i

1 −1 2 3
0 3 −2 0
2. Seja o determinante . Calcule o determinante, aplicando o teorema de Laplace:
2 1 −3 0
4 2 −1 −1
a) à 2ª linha;
b) à 4ª coluna.

5 0 −1 3
2 3 1 1
3. Calcule o valor do determinante aplicando o teorema de Laplace.
4 −1 −2 1
3 3 1 −1
Soluções:
1. a) 22 b) −7 + 7i
2. a) 105 b) 105
3. 33

III – Exercícios Suplementares


⎡ nx + nz ny n3 x ⎤
⎢ ⎥
1. Considere a matriz A = ⎢ x+ y y n2 x ⎥ .
⎢ ⎥
⎣⎢ ny − 2nx ny − nx − n3 x ⎦⎥

a) Identifique, na matriz, os elementos a12 e a21 .

b) Indique o menor complementar e o complemento algébrico do elemento a32 de A .

Soluções:

nx + nz n3 x
A32 = ( −1)
3+ 2
1. a) a12 = ny e a21 = x + y b) M 32 = e M 32 .
x+ y 2
n x

ABM, MGM, VCC 10


4ª aula: Aplicação das propriedades ao cálculo dos determinantes.

I – Exercícios Resolvidos

1 2 3 4
1 7 8 9
1. Considere o seguinte determinante .
0 3 2 4
1 6 11 6
a) Sem calcular o valor do determinante, represente um determinante de 3ª ordem de valor igual ao
determinante dado.
b) Calcule o valor do determinante, aplicando apenas propriedades.
Resolução:
a) Se aplicarmos o Teorema de Laplace a qualquer uma das filas do determinante dado, obtém-se sempre
uma soma de vários determinantes e não um único como é pretendido. Então, vamos aplicar as propriedades
dos determinantes de forma a obtermos uma fila com apenas um elemento não nulo.
Aplicando a 8ª propriedade:

1 2 3 4 1 2 3 4
5 5 5 5 5 5
1 7 8 9 0 5 5 5 1+1
= = 1× ( −1) 3 2 4 = 3 2 4
0 3 2 4 0 3 2 4
4 8 2 4 8 2
1 6 11 6 L2 ← L2 − L1 0 4 8 2
L4 ← L − L1
4

5 5 5
Então 3 2 4 é um determinante de 3ª ordem de valor igual ao determinante dado.
4 8 2
b) Vamos anular todos os elementos que estão acima ou abaixo da diagonal principal, para depois utilizando
a 9ª propriedade fazermos o produto dos elementos da diagonal principal, obtendo o valor pretendido.
Anulando coluna a coluna, começamos da esquerda para a direita e nunca passamos à coluna seguinte sem
anularmos todos os elementos da coluna anterior. O elemento redutor é sempre o elemento da coluna que
estamos a trabalhar e que se encontra na diagonal principal.
Na 1ª coluna o elemento redutor é 1.

1 2 3 4 1 2 3 4
1 7 8 9 0 5 5 5
= =
0 3 2 4 0 3 2 4
1 6 11 6 L2 ← L2 − L1 0 4 8 2
L4 ← L4 − L1

O elemento redutor é agora 5. Para reduzir a zero os elementos a32 e a42 teríamos de trabalhar com
números fraccionários. Para evitar isso, dividimos a 2ª linha por 5. Dividindo também a 4ª linha por 2 vem:

ABM, MGM, VCC 11


4ª aula: Aplicação das propriedades ao cálculo dos determinantes.

1 2 3 4 1 2 3 4
0 1 1 1 0 1 1 1
= 5× 2× = 10 × =
0 3 2 4 0 0 −1 1
0 2 4 1 L3 ← L3 −3× L2 0 0 2 −1
L4 ← L4 − 2× L2

Na 3ª coluna o elemento redutor é -1. Fica então:

1 2 3 4 1 2 3 4
0 1 1 1 0 1 1 1
= 10 × = 10 × =
0 0 −1 1 0 0 −1 1
0 0 2 −1 L4 ← L4 + 2× L3
0 0 0 1

Utilizando agora a 9ª propriedade (o determinante de uma matriz triangular superior ou inferior é igual ao
produto dos elementos da diagonal principal) fica:

= 10 ×1×1× ( −1) ×1 = −10 .

1 −5 4 2 1
2 1 3 −5 1
2. Mostre utilizando apenas propriedades, que é nulo o seguinte determinante 4 −9 11 −1 3 .
0 2 1 0 0
1 −1 1 −1 −1
Resolução:
Aplicando a 8ª propriedade vem:

1 −5 4 2 1 1 −5 4 2 1
2 1 3 −5 1 4 −9 11 −1 3
4 −9 11 −1 3 = 4 −9 11 −1 3 = 0 , porque o determinante tem duas
0 2 1 0 0 0 2 1 0 0
1 −1 1 −1 −1 L2 ← L2 + 2× L1
1 −1 1 −1 −1
linhas iguais.

1 b 1
3. Resolva a seguinte equação: 1 1 b =0.
b 1 1
Resolução:

1 b 1
Pela regra de Sarrus obtemos 1 1 b = 0 ⇔ b3 − 3b + 2 = 0 , ou seja, temos que determinar as raízes
b 1 1
de um polinómio do 3º grau.

ABM, MGM, VCC 12


4ª aula: Aplicação das propriedades ao cálculo dos determinantes.

Para evitarmos este método, vamos obter uma matriz diagonal para podermos aplicar a 9ª propriedade à
resolução do determinante.

1 b 1 1+ b b 1 b+2 b 1 1 b 1
1 1 b = 2 1 b = b+2 1 b = (b + 2) 1 1 b =
b 1 1 C1←C1+C2
b +1 1 1 C1←C1+C3
b+2 1 1 1 1 1

Vamos agora anular abaixo da diagonal:

1 b 1 1 b 1 1 1 b
= (b + 2) 1 1 b = (b + 2) 0 1− b b −1 = − (b + 2) 0 b −1 1− b =
1 1 1 L2 ← L2 − L1 0 1− b 0 C3 ↔C2
0 0 1− b
L3 ← L3 − L1

= − ( b + 2 )( b − 1)(1 − b )
A equação a resolver é então:

− ( b + 2 )( b − 1)(1 − b ) = 0 ⇔ b = −2 ∨ b = 1 (raiz dupla).

II – Exercícios Propostos
5 0 −1 3
2 3 1 1
1. Seja Δ = .
4 −1 −2 1
3 3 1 −1
a) Sem calcular o valor do determinante represente:
a1) um determinante de 5ª ordem sem elementos nulos e de valor igual a −Δ ;
a2) um determinante de 3ª ordem, cujos elementos da 2ª linha sejam todos iguais a 1 e de valor igual
a 2Δ ;
b) Calcule o valor do determinante aplicando propriedades.

2. Calcule os seguintes determinantes, utilizando apenas as propriedades:

a b c d
a b c
a −b −c − d
a) Δ1 = c a b b) Δ2 =
a b −c − d
b a c
a b c −d

x +1 3 x
3. Decomponha o determinante seguinte num produto de factores lineares: 2x 4 x .
2x x2 x

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4ª aula: Aplicação das propriedades ao cálculo dos determinantes.

x x x x
1 x x x
4. Resolva a equação: = 0.
2 1 x x
3 2 1 x

x +1 −1 − x − 1
5. Resolva a seguinte equação: x x + 2 −x +1 = 0 .
6 −1 x − 11

Soluções:

1 2 4 2 2
5 5 5 −1 3 2 3 −22
1. a) Por exemplo a1) 2 2 5 1 1 a2) 1 1 1 b) 33
4 4 3 −2 1 6 6 −16
3 3 6 1 −1

2. a) ( a + b + c )( a − b )( c − b ) b) −8abcd

3. x ( x − 1)( x − 2 )( x + 2 )
4. x = 0 ∨ x = 1 (raiz tripla)
5. x = 5 ∨ x = −3 ∨ x = −1

III – Exercícios Suplementares


x y z
1. Sabendo que 3 0 2 = 1 calcule o valor de:
1 1 1

x y z x −1 y −1 z −1
a) 3 x + 3 3 y 3z + 2 b) 4 1 3
x +1 y +1 z +1 1 1 1

2. Decomponha os determinantes seguintes num produto de factores lineares:

x 1 2 y
2a a a x +1 −1 − x − 1
1 x 2 y
a) a + b b a b) x x + 2 −x +1 c)
x 1 y 2
a+c b a 6 −1 x − 11
2 1 y x

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4ª aula: Aplicação das propriedades ao cálculo dos determinantes.

3. Com base no determinante A dado e sem o resolver, encontre um outro determinante B , apenas com
elementos inteiros tal que B = kA , com k real, e determine o valor de k .
23 16 2
A= 1 2 3 4 1
1 3 4

4. Com base no determinante dado e sem o resolver, encontre um outro determinante de 4ª ordem com valor
simétrico do dado e apenas com elementos positivos.

2 3 1
1 2 4
4 1 2

5. Sem aplicar a regra de Sarrus nem o teorema de Laplace, mostre que:

x 2 8 x3 − 4 x 2 7 x 2 1 4 7
2 4x − 2 8 = x ( 2 x − 1) 2 2 8
2

3 2x −1 9 3 1 9

6. Sem calcular o valor dos determinantes Δ1 e Δ 2 , escreva um outro determinante Δ , de modo que
Δ = Δ1 + Δ 2 .
1 2 3 4
3 4 2
1 7 8 9
Δ1 = Δ2 = 3 2 4
0 3 2 4
4 8 2
1 6 11 6

7. Recorrendo apenas às propriedades dos determinantes, demonstre que o valor de Δ é constante.

1 0 2 y2
Δ= 2 4 4 y2 − 4 y
3 5 6 y2 − 5 y +1

1 2 −1
8. Considere Δ = 1 4 3 . Sem calcular Δ , escreva uma matriz A de ordem 4 tal que A tenha um
−1 2 1
terço do valor de Δ , com elementos todos negativos e em que os elementos da terceira linha sejam iguais a -
3.

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4ª aula: Aplicação das propriedades ao cálculo dos determinantes.

9. Mostre, utilizando propriedades, que x = 0 é raiz da equação:


0 x−a x−b
x+a 0 x − c = 0 ; a , b, c ∈ ℜ .
x+b x+c 0

1 1 0 1
1 3 −1 2 −Δ
10. Considere o determinante: Δ = . Mostre que π < 1 , aplicando o teorema de
1 3 −2 1
−1 −1 4 0
Laplace à terceira coluna.

a a2 2a 2 a 3a 2 4a 2
11. Sendo Δ1 = b b2 3b 2 e Δ2 = b 4b 2 6b 2 , verifique, sem resolver os determinantes,
c c2 4c 2 c 5c 2 8c 2

que Δ 2 = 2Δ1 .

12. Seja A uma matriz ortogonal, isto é, A −1 = AT . Mostre que A = ±1 .

Soluções:
1. a) 1 b) 1

2. a) a ( a − b )( c − b ) b) ( x + 1)( x + 3)( x − 5) c) ( x + y + 3)( x − 1)( y − 2 )( x − 2 )


4 1 12
3. B = 2 3 4 ; k = 24
1 3 4

1 4 4 4
8 9 7
1 2 1 3
4. Por exemplo: 6. 3 2 4 7. Δ = 4
1 3 3 7
4 8 2
1 6 2 5

⎡− 4 9 −1 3 − 7 9 − 2 3 ⎤
⎢ −3 −3 −5 −7 ⎥⎥
8. Por exemplo: A = ⎢
⎢ −3 −3 −3 −3 ⎥
⎢ ⎥
⎣ −5 −3 −5 −5 ⎦
1
10. Δ = 6 logo π −6 = <1
π6

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5ª aula: Representação matricial de um sistema. Resolução pelo método da condensação.

I – Exercícios Resolvidos

⎧2 x1 + x2 + x3 = 0

1. Considere o seguinte sistema, nas incógnitas x1 , x2 e x3 : ⎨ x1 − x2 + x3 = 3 .

⎩− x1 − x2 − x3 = 1
a) Represente-o matricialmente.
b) Classifique o sistema.
c) Resolva-o pelo método da condensação.
Resolução:
a) A representação matricial de qualquer sistema corresponde à igualdade: AX = B sendo:
A - matriz dos coeficientes;
X - matriz das incógnitas;
B - matriz dos termos independentes.
⎡ 2 1 1 ⎤ ⎡ x1 ⎤ ⎡ 0 ⎤

Sendo assim, vem: 1 −1 1 ⎥ × ⎢ x ⎥ = ⎢ 3⎥ .
⎢ ⎥ ⎢ 2⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ −1 −1 −1 ⎥⎦ ⎢⎣ x3 ⎥⎦ ⎢⎣ 1⎥⎦
b) A classificação do sistema é feita através da comparação das características da matriz dos coeficientes e

⎡ 2 1 1 0⎤

da matriz completa do sistema A = 1 −1 1 3⎥⎥ .

⎢⎣ −1 −1 −1 1⎥⎦
Para determinarmos essas características, usamos o já conhecido método da condensação.
Se tivermos o cuidado de não trocar a coluna dos termos independentes para o meio das outras colunas,

podemos determinar em simultâneo a C ( A) e C ( A ) .

⎡ 2 1 1 0⎤ ⎡ 1 −1 1 3⎤ ⎡ 1 −1 1 3⎤ ⎡ 1 1 −1 3⎤
⎢ 1 −1 1 3⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 2 1 1 0⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 3 −1 −6 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 −1 3 −6⎥⎥

⎢⎣ −1 −1 −1 1⎥⎦ L ↔ L ⎢⎣ −1 −1 −1 1⎥⎦ L2 ← L2 −2 L1 ⎢⎣ 0 −2 0 4 ⎥⎦ C ⎢⎣ 0 0 −2 4⎥⎦
1 2 L ←L + L
3 3 1 2 ↔C3

( )
Logo C ( A ) = C A = 3 . Então o sistema é possível e determinado, porque há 3 incógnitas.

c) Se durante a condensação não fizermos operações com colunas, a não ser trocar a ordem, podemos
extrair a matriz condensada de um sistema equivalente ao dado; logo, com as mesmas soluções. Neste caso,
e tendo em conta a alínea b), só foi efectuada a troca da coluna 2 com a coluna 3. Assim sendo, a coluna 2 da
matriz condensada corresponde a x3 e a coluna 3 a x2 .
Extraindo o sistema da matriz condensada, vem:

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5ª aula: Representação matricial de um sistema. Resolução pelo método da condensação.

⎧ x1 + x3 − x2 = 3 ⎧ x1 + x3 − x2 = 3 ⎧ x1 = 1
⎪ ⎪ ⎪
⎨− x3 + 3x2 = −6 ⇔ ⎨− x3 = 0 ⇔ ⎨ x2 = −2
⎪ −2 x = 4 ⎪ x = −2 ⎪x = 0
⎩ 2 ⎩ 2 ⎩ 3

Solução: {(1, −2, 0 )} .


⎧ x1 − x2 + x3 − x4 = 0

⎪2 x1 − x2 + x3 + x4 = 3
2. Considere o seguinte sistema nas incógnitas x1 , x2 , x3 e x4 : ⎨ .
⎪ − x1 − 2 x4 = −3
⎪⎩− x2 + x3 − 3 x4 = −3
a) Classifique o sistema.
b) Resolva-o pelo método da condensação e indique uma solução particular.
Resolução:
a) Vamos fazer a condensação, tal como foi explicado no exercício anterior.

⎡ 1 −1 1 −1 0 ⎤ ⎡ 1 −1 1 −1 0 ⎤ ⎡ 1 −1 1 −1 0 ⎤
⎢ 2 −1 1 1 3 ⎥ ⎢ 0 1 −1 3 3 ⎥ ⎢ 0 1 −1 3 3 ⎥
⎢ ⎥ ∼⎢ ⎥ ∼⎢ ⎥
⎢ −1 0 0 −2 −3 ⎥ ⎢ 0 −1 1 −3 −3 ⎥ ⎢ 0 0 0 0 0 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ 0 −1 1 −3 −3 ⎦ LL2←
← L2 − 2 L1
L +L
⎣ 0 −1 1 −3 −3 ⎦ LL3 ← L3 + L2
←L + L
⎣ 0 0 0 0 0 ⎦
3 3 1 4 4 2

C ( A ) = C ( A ) = 2 . Logo o sistema é possível e duplamente indeterminado, porque há 4 incógnitas.

b) Incógnitas principais: x1 e x2 .

⎧ x1 − x2 + x3 − x4 = 0 ⎧ x1 = x2 − x3 + x4 ⎧ x1 = x2 + k3 − 3k4 − k3 + k4 ⎧ x1 = 3 − 2k4
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎪ x2 − x3 + 3x4 = 3 ⎪ x2 = 3 + k3 − 3k4 ⎪ x2 = 3 + k3 − 3k4 ⎪ x2 = 3 + k3 − 3k4
⎨ ⇔⎨ ⇔⎨ ⇔⎨
⎪ x3 = k3 ⎪ x3 = k3 ⎪ x3 = k3 ⎪ x3 = k3
⎩⎪ x4 = k4 ⎩⎪ x4 = k4 ⎩⎪ x4 = k4 ⎪⎩ x4 = k4

Fazendo k3 = 0 e k4 = 1 tem-se uma solução particular que é dada por: {(1, 0, 0,1)} .

II – Exercícios Propostos
1. Usando o método da condensação resolva os sistemas:

⎧ x1 + x2 − x3 + x4 = 1 ⎧ x + 2 y − 3z = 1
⎪ ⎪3x − y − z = 2
⎪ x1 + x3 + 2 x4 = 0 ⎪
a) ⎨ b) ⎨
⎪2 x1 + x2 + x3 − x4 = 3 ⎪2 x − 3 y + 2 z = 1
⎪⎩2 x1 + 3x3 = −3 ⎪⎩ x − y + 2 z = 0

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5ª aula: Representação matricial de um sistema. Resolução pelo método da condensação.

⎧ x1 + x2 + 2 x3 − 2 x4 = 1

⎪ x1 + x2 + x3 − x4 = 2
2. Considere o sistema ⎨ .
⎪ x1 − x2 + x3 + x4 = −4
⎪⎩2 x1 + x2 − x3 + 2 x4 = 4
a) Prove que o sistema não é um sistema de Cramer.
b) Determine a solução geral do sistema usando o método da condensação.

⎧ x1 + x2 + x3 + x4 = 1

⎪ x1 + x3 − 2 x4 = 0
3. Resolva o sistema ⎨ .
⎪2 x1 + x2 + 2 x3 − x4 = 1
⎪⎩ x1 − x2 + x3 − 5 x4 = −1

Soluções:
1. a) Sistema impossível (SI) b) Sistema possível e determinado (SPD). Solução:

⎧⎛ 5 3 4 ⎞⎫
⎨⎜ , − , − ⎟ ⎬
⎩⎝ 11 11 11 ⎠ ⎭
2. b) Sistema possível e indeterminado (SPI). Solução: {( −k , k + 3, k − 1, k ) ; k ∈ ℜ} .
3. Sistema possível e duplamente indeterminado (SP2I). Solução: {( 2k4 − k3 ,1 − 3k4 , k3 , k4 ) ; k3 , k4 ∈ ℜ} .

III – Exercícios Suplementares


⎡ 1 −1 2 ⎤ ⎡ 3⎤

1. Considere as matrizes A = 0

4 −2 ⎥ e B = ⎢⎢ −2 ⎥⎥ . Calcule X tal que AX = B .

⎢⎣ 2 2 2 ⎥⎦ ⎢⎣ 4 ⎥⎦

⎡ 1⎤
⎡ 1 −1 2 ⎤ ⎢ ⎥
2. Considere as matrizes X = ⎢ e Y = −1 . Resolva a equação matricial Y − X Z = 0 .
T
⎥ ⎢ ⎥
⎣2 1 7⎦ ⎢⎣ 2 ⎥⎦

⎧x + 2 y − z = 3

3. Considere o seguinte sistema de equações: ⎨2 x + 3 y + z = 8 .

⎩− x − 5 z = −7
a) Resolva-o, utilizando o método da condensação.
b) Com base nos cálculos anteriores diga, justificando, se o sistema homogéneo obtido a partir do
sistema dado, por substituição dos termos independentes, admite como única solução a solução nula.

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5ª aula: Representação matricial de um sistema. Resolução pelo método da condensação.

Soluções:

⎧⎛ 5 − 3k k − 1 ⎞ ⎫
1. SPI – Solução: ⎨⎜ , , k ⎟ ; k ∈ℜ ⎬ .
⎩⎝ 2 2 ⎠ ⎭
⎡ 1⎤
2. Z =⎢ ⎥.
⎣0⎦
3. a) SPI – Solução: {( 7 − 5k , −2 + 3k , k ) ; k ∈ ℜ} . b) Não. Solução: {( −5k ,3k , k ) ; k ∈ ℜ} .

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6ª aula: Sistemas de Cramer: definição. Resolução por igualdades de Cramer e por
igualdade matricial. Sistemas homogéneos.

I – Exercícios Resolvidos

⎧2 x1 + x2 + x3 = 0

1. Considere o sistema ⎨ x1 − x2 + x3 = 3 .
⎪− x − x − x = 1
⎩ 1 2 3
a) Prove que é um sistema de Cramer.
b) Resolva-o por igualdade matricial.
c) Confirme o valor de x3 , aplicando igualdades de Cramer.

Resolução:
a) Para que um sistema seja de Cramer, tem de satisfazer duas condições:
• nº de equações = nº de incógnitas – Verifica-se.

2 1 1
• A ≠ 0 - Neste caso temos A = 1 −1 1 = 2 ≠ 0
−1 −1 −1
−1
b) Da igualdade matricial AX = B , obtém-se X = A B , pois existe A−1 , uma vez que A ≠ 0 .

1º Calcular A −1 . Aplicando o já conhecido método da condensação, obtemos:

⎡ 1 0 1 ⎤
A = ⎢⎢
−1
0 −1 2 −1 2 ⎥.

⎢⎣ −1 1 2 −3 2 ⎥⎦

⎡ 1 0 1 ⎤ ⎡ 0 ⎤ ⎡ 1⎤
2º Efectuar o produto: X =
⎢ 0 − 1 2 −1 2 ⎥⎥ × ⎢⎢ 3⎥⎥ = ⎢⎢ −2 ⎥⎥ .

⎢⎣ −1 1 2 − 3 2 ⎥⎦ ⎢⎣ 1⎥⎦ ⎢⎣ 0 ⎥⎦
c) As igualdades de Cramer, permitem calcular cada incógnita através de um quociente de dois
Δi
determinantes: xi = , ∀i
Δc
em que Δ c é o determinante da matriz dos coeficientes do sistema e Δ i é o determinante correspondente à
incógnita xi e que é obtido do determinante da matriz dos coeficientes substituindo a coluna da incógnita i
pela coluna dos termos independentes.
Δ3
Então, neste caso: x3 = , sendo:
Δc

2 1 0 2 1 1
0
Δ3 = 1 −1 3 = 0 e Δ c = 1 −1 1 = 2 (já anteriormente calculado). Então x3 = = 0 .
2
−1 −1 1 −1 −1 −1

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6ª aula: Sistemas de Cramer: definição. Resolução por igualdades de Cramer e por
igualdade matricial. Sistemas homogéneos.

⎧7 x + 2 y + z = 0

2. Considere o seguinte sistema, nas incógnitas x , y e z : ⎨3 x + 2 y − z = 0 .
⎪4 x + 2 z = 0

a) Classifique o sistema, à priori.
b) Indique, sem efectuar cálculos, uma solução do sistema.
c) Resolva-o pelo método da condensação.
Resolução:
a) O sistema é um sistema homogéneo; logo, sempre possível. Poderá ser determinado ou indeterminado.
b) Sendo um sistema homogéneo, a solução nula é sempre solução do sistema. Se substituirmos todas as
incógnitas por zero, todas as equações são satisfeitas. Não se sabe ainda se a solução nula é única ou não.
c)
y x z
⎡ 7 2 1 0⎤ ⎡ 2 7 1 0⎤ ⎡ 2 7 1 0⎤ ⎡ 2 7 1 0⎤
⎢ 3 2 −1 0⎥ ⎥ ∼ ⎢⎢ 2 3 −1 0⎥ ⎥ ⎢
∼ ⎢ 0 −4 − 2 0⎥ ⎥ ⎢
∼ ⎢ 0 −4 − 2 0 ⎥⎥

⎢⎣ 4 0 2 0 ⎥⎦ C ↔C ⎢⎣ 0 4 2 0 ⎥⎦ L ← L − L ⎢⎣ 0 4 2 0 ⎥⎦ L ← L + L ⎢⎣ 0 0 0 0 ⎥⎦
1 2 2 2 1 3 3 2

( )
Então, C ( A ) = C A , já que se trata de um sistema homogéneo.

C ( A ) = C ( A ) = 2 , logo sistema possível e simplesmente indeterminado, pois o grau de indeterminação =

nº de incógnitas −C ( A ) = 3 − 2 = 1 . Logo x e y são incógnitas principais e z é a incógnita não principal.

Então ( z = k, k ∈ ) :
⎧ 5
⎪y = 4 k
⎧2 y + 7 x + z = 0 ⎪
⎪ ⎪ 1
A solução vem então: ⎨−4 x − 2 z = 0 ⇔ ⎨ x = − k .
⎪z = k ⎪ 2
⎩ ⎪z = k


⎧⎛ 1 5 ⎞ ⎫
O sistema apresenta uma infinidade de soluções representadas por: S = ⎨⎜ − k , k , k ⎟ ; k ∈ℜ ⎬ .
⎩⎝ 2 4 ⎠ ⎭
Tal como se pode verificar, a solução nula é solução do sistema (basta fazer k = 0 ); mas neste caso, é uma
das muitas soluções.

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6ª aula: Sistemas de Cramer: definição. Resolução por igualdades de Cramer e por
igualdade matricial. Sistemas homogéneos.

II – Exercícios Propostos
⎧2 x + y − z = 1

1. Considere o sistema ⎨− x + 5 y − 4 z = 0 .
⎪3x − y + 2 z = 2

a) Prove que o sistema é de Cramer.
b) Resolva o sistema, usando as fórmulas de Cramer.

⎧2 x1 + x2 + x3 + x4 = 0

⎪3x1 + 2 x2 − x4 = 1
2. Considere o sistema ⎨ .
⎪− x1 + x2 + 3x3 + 2 x4 = 2
⎪⎩ x2 + 2 x3 + x4 = 4
a) Prove que o sistema é de Cramer.
b) Resolva o sistema usando igualdade matricial.

⎧ x1 + x2 − x3 = 2

3. Considere o sistema ⎨− x1 + 2 x2 − x3 = −1 .
⎪x + x − 2x = 1
⎩ 1 2 3

a) Classifique o sistema.
b) Mostre que a solução nula é a única do sistema homogéneo associado.

Soluções:

⎧⎛ 1 1 1 ⎞ ⎫ ⎧⎛ 9 23 21 ⎞ ⎫
1. b) S = ⎨⎜ , , ⎟ ⎬ . 2. b) S = ⎨⎜ , − ,13, − ⎟ ⎬ .
⎩⎝ 2 2 2 ⎠ ⎭ ⎩⎝ 2 2 2 ⎠⎭
3. a) Sistema possível e determinado (de Cramer).

III – Exercícios Suplementares


⎧ x1 + ax2 − x3 = 1

1. Considere o sistema ⎨− x1 − 2 x2 + x3 = −1 .
⎪ax + x − x = 2
⎩ 1 2 3
a) Que valores deverá tomar o parâmetro a para que o sistema seja de Cramer?
b) Resolva-o, por igualdades de Cramer, para a = −1 .
Soluções:

⎧⎛ 1 3 ⎞⎫
1. a) a ∈ℜ\ {1, 2} b) S = ⎨⎜ − , 0, − ⎟ ⎬ .
⎩⎝ 2 2 ⎠⎭

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7ª aula: Discussão de sistemas.

I – Exercícios Resolvidos

⎧ x − ay + z = a

1. Discuta o seguinte sistema nas incógnitas x, y e z : ⎨ x + by + cz = −b ; a , b, c ∈ ℜ .
⎪− x + ay − az = b

Resolução:
1º : Condensa-se a matriz completa do sistema:

⎡ 1 −a 1 a ⎤ ⎡ 1 −a 1 a ⎤
⎢ 1 b c −b ⎥ ∼ ⎢⎢ 0 b+a c −1 −b − a ⎥⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ −1 a − a b ⎥⎦ L2 ← L2 − L1 ⎢⎣ 0 0 −a + 1 b + a ⎥⎦
3L ←L + L
3 1
2º : Para fazer a discussão do sistema deve seguir-se os seguintes passos:

1º Passo: Impõem-se as condições que tornam a C ( A) máxima.

Neste caso o valor máximo que a C ( A) pode tomar é 3.

⎧b + a ≠ 0 ⎧b ≠ −a
Para isso temos: C ( A) = 3 ⇒ ⎨ ⇔⎨ .
⎩1 − a ≠ 0 ⎩a ≠ 1
2º Passo: Nas condições definidas no 1º Passo estuda-se a C A . ( )
⎧b ≠ −a 3
Neste caso: ⎨ ⇒ C ( A) = 3 ⇒ C ( A ) ( )
. Como só existem 3 linhas disponíveis, C A nunca pode
⎩a ≠ 1 4

ser 4.

( )
Então, para a ≠ 1 ∧ b ≠ − a ⇒ C ( A ) = C A = 3, ∀c ∈ ℜ .

Logo, o sistema é possível ( características de A e de A iguais ) e determinado (e iguais ao nº de


incógnitas).
3º Passo: Contrariam-se as condições encontradas no 1º Passo.
Neste caso, vem a = 1 ∨ b = −a .
4º Passo: Nas condições do 3º Passo estudam-se C ( A) e C ( A ) .

⎡ 1 −1 1 1 ⎤
i) Vamos fazer a = 1 na matriz condensada do sistema. Fica:
⎢ 0 b + 1 c −1 −b − 1⎥⎥ .

⎢⎣ 0 0 0 b + 1 ⎥⎦

• b ≠ −1 ⇒ C ( A ) = 2 ∧ C ( A ) = 3, ∀c ∈ ℜ , logo sistema impossível.

⎡ 1 −1 1 1 ⎤
• Vamos fazer b = −1 na matriz anterior. Fica:
⎢ 0 0 c −1 0 ⎥.
⎢ ⎥
⎢⎣ 0 0 0 0 ⎥⎦

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7ª aula: Discussão de sistemas.

c ≠ 1 ⇒ C ( A ) = 2 ∧ C ( A ) = 2 , logo sistema possível e simplesmente indeterminado.

c = 1 ⇒ C ( A ) = 1 ∧ C ( A ) = 1 , logo sistema possível e duplamente indeterminado.

⎡ 1 −a 1 a⎤
ii) Vamos fazer b = −a na matriz condensada do sistema. Fica:
⎢ 0 0 c −1 0 ⎥⎥ .

⎢⎣ 0 0 −a + 1 0 ⎥⎦
• a = 1 então b = −1 , que já foi analisado no ponto anterior.
• Para a ≠ 1 , fica:
⎡ 1 −a 1 a⎤ ⎡ 1 −a 1 a⎤
⎢ 0 0 c −1 0 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 0 −a + 1 0 ⎥⎥ ∼

⎢⎣ 0 0 −a + 1 0 ⎥⎦ L ⎢⎣ 0 0 c −1 0 ⎥⎦ C
2 ↔ L3 2 ↔C3

⎡ 1 1 −a a⎤ ⎡ 1 1 −a a⎤ ⎡1 1 −a a⎤
∼ ⎢⎢ 0 −a + 1 0 0 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 1 0 0 ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 1 0 0 ⎥⎥
⎢⎣ 0 c −1 0 0 ⎥⎦ L ⎢⎣ 0 c −1 0 0 ⎥⎦ L ⎢⎣ 0 0 0 0 ⎥⎦
2 ← L2 / (1− a ) 3 ← L3 −( c −1) L2
( )
Então, C ( A ) = C A = 2, ∀c ∈ ℜ , logo sistema possível e simplesmente indeterminado.

Resumo
b ≠ − a ∧ a ≠ 1, ∀c ∈ ℜ SPD
( a = 1 ∧ b = −1 ∧ c ≠ 1) ∨ ( b = −a ∧ a ≠ 1, ∀c ∈ℜ ) SPI
a = 1 ∧ b = −1 ∧ c = 1 SP 2 I
a = 1 ∧ b ≠ −1, ∀c ∈ ℜ SI

II – Exercícios Propostos

1. Discuta os sistemas:

⎧ x1 + 2 x2 + ax3 = 1 ⎧ x + y + az = 1 ⎧ x + ay + a 2 z = 1
⎪ ⎪ ⎪⎪
a) ⎨ 2 x1 + ax2 + x3 = b b) ⎨ x + by + b z = 1 c) ⎨ x + by + b z = 1
2 2

⎪3x + 4 x − x = 3 ⎪x + y + z = b ⎪ x + ay + z = −b
⎩ 1 2 3 ⎩ ⎪⎩
2. Estude as diferentes soluções do seguinte sistema de equações lineares, em função dos parâmetros que

⎧ x + y + az = a

as condicionam: ⎨ x + by + bz = 1 .
⎪ x + y + bz = b

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7ª aula: Discussão de sistemas.


⎪ x + ay + a z = a
2


( )
3. Considere o seguinte sistema de equações: ⎨ x + ( 2a − 1) y + a + a + 1 z = a + a .
2 2


( )
⎪− x − ay + a + b − a 2 z = b − a + 1

a) Discuta os diferentes tipos de soluções que pode obter em função da variação dos parâmetros a e b.
b) Determine o valor dos parâmetros a e b , sabendo que a solução do sistema é a seguinte:
S = {( −6, 4, 0 )} .

Soluções:
1. a)
2
a ≠ − ∧ a ≠ 3, ∀b ∈ ℜ SPD
3
⎛ 2 ⎞
⎜ a = − ∨ a = 3⎟ ∧ b = 2 SPI
⎝ 3 ⎠

⎛ 2 ⎞
⎜ a = − ∨ a = 3⎟ ∧ b ≠ 2 SI
⎝ 3 ⎠

b)
a ≠ 1∧ b ≠ 1 SPD
b = 1∧ a ≠ 1 SPI
a = 1∧ b = 1 SP 2 I
a = 1∧ b ≠ 1 SI

c)
b ≠ a ∧ a ≠ 1 ∧ a ≠ −1 SPD
( b = a ∧ a ≠ −1 ∧ a ≠ 1) ∨ ( a = 1 ∧ b = −1) SPI
a = −1 ∧ b = −1 SP 2 I
( a = b = 1) ∨ ( a = 1 ∧ b ≠ 1 ∧ b ≠ −1) ∨ ( a = −1 ∧ b ≠ −1) SI

2.
b ≠ 1∧ b ≠ a SPD
( b = 1 ∧ a ≠ 1) ∨ ( b = a ∧ a ≠ 1) SPI
b = 1∧ a = 1 SP 2 I

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7ª aula: Discussão de sistemas.

3. a)
a ≠ 1 ∧ a ≠ −b SPD
a = 1 ∧ b = −1 SPI
( a = 1 ∧ b ≠ −1) ∨ ( a ≠ 1 ∧ a = −b ) SI

b) a = 2 ∧ b = −1

III – Exercícios Suplementares


⎧ x + ay + 2az = a

1. Discuta o sistema nas incógnitas x , y e z sendo a, b, c parâmetros reais: ⎨ x + a y − z = −c .
2

⎪ x + ay − bz = b

⎧ x1 + ax2 − ax3 = b

2. Discuta o seguinte sistema nas incógnitas reais x1 , x2 e x3 : ⎨− x1 + bx2 − ax3 = − a ; a, b, c ∈ ℜ .

⎩ x1 + ax2 + a x3 = −c
2

⎧ z1 + az2 − az3 = b

3. Considere o seguinte sistema: ⎨ − z1 + bz2 − a z3 = − a ; a , b, c ∈ ℜ .
2

⎪ z + az − baz = −c
⎩ 1 2 3

a) Diga quais os diferentes tipos de soluções em função dos parâmetros reais a, b e c.


b) Considere a = 1 , b = 2 e c = −1 . Mostre que a solução nula é a única do sistema homogéneo
associado, sem o resolver.
Soluções:
1.
a ≠ 0 ∧ a ≠ 1 ∧ b ≠ − 2 a , ∀c ∈ ℜ SPD

( a = b = 0, ∀c ∈ ℜ ) ∨ ( a = 0 ∧ c = −1, ∀b ∈ ℜ ) ∨ ⎡⎣ a = 1 ∧ ( c + 1)( b + 2 ) + 3 ( b − 1) = 0⎤⎦ SPI

( a = 0 ∧ b ≠ 0 ∧ c ≠ −1) ∨ ( b = −2 ∧ a = 1, ∀c ∈ℜ ) ∨ ( b = −2a ∧ a ≠ 0 ∧ a ≠ 1, ∀c ∈ℜ ) ∨
SI
∨ ⎡⎣ a = 1 ∧ ( c + 1)( b + 2 ) + 3 ( b − 1) ≠ 0 ⎤⎦

2.
a ≠ 0 ∧ a ≠ −1 ∧ a ≠ −b, ∀c ∈ ℜ SPD

( a = 0 ∧ b ≠ 0 ∧ c = −b ) ∨ ( a = −1 ∧ c = −b ) ∧ ( a = −b ∧ b ≠ 0 ∧ c = −b2 ) SPI

a=b=c=0 SP 2 I

( a = b = 0 ∧ c ≠ 0 ) ∨ ( a = 0 ∧ b ≠ 0 ∧ c ≠ −b ) ∨ ( a = −1 ∧ c ≠ −b ) ∨ ( a = −b ∧ b ≠ 0 ∧ c ≠ −b 2 ) SI

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7ª aula: Discussão de sistemas.

3. a)
a ≠ −b ∧ a ≠ 0 ∧ b ≠ 1, ∀c ∈ ℜ SPD
( a = 0 ∧ b ≠ 0 ∧ c = −b ) ∨ ( b = 1 ∧ a ≠ −1 ∧ c = −1) ∨ ( a = −b ∧ b ≠ 0 ∧ b ≠ 1 ∧ c = b ) SPI
a=b=c=0 SP 2 I
( a = b = 0 ∧ c ≠ 0 ) ∨ ( a = −1 ∧ b = 1, ∀c ∈ℜ ) ∨ ( a = −b ∧ b ≠ 0 ∧ b ≠ 1 ∧ c ≠ b ) ∨
SI
( a = 0 ∧ b ≠ 0 ∧ c ≠ −b ) ∨ ( b = 1 ∧ a ≠ −1 ∧ c ≠ −1)

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8ª aula: Espaços vectoriais. Subespaços vectoriais.

I – Exercícios Resolvidos

1. Seja S o conjunto de todos os pares ordenados, onde as operações de adição e multiplicação escalar são
definidas da seguinte forma:

( x1, y1 ) + ( x2 , y2 ) = ( x1 + x2 , y1 + y2 ) e k ( x1 , y1 ) = ( kx1 , 0 )
Verifique se S é um espaço vectorial.
Resolução:
Vamos averiguar se S satisfaz todos os axiomas enunciados, para cada uma das operações.
Sejam ( x1, y1 ) , ( x2 , y2 ) ∈ S e k∈ .

Axiomas para a adição:


A1) A soma de dois vectores de S ainda pertence a S .
(x1 , y1 ) + (x2 , y 2 ) = (x1 + x2 , y1 + y 2 ) ∈ S , uma vez que para pertencer a S deve ter duas coordenadas.
A2) Comutatividade.

(x1 , y1 ) + (x2 , y 2 ) = (x1 + x2 , y1 + y 2 ) = , pela definição de soma em S


= ( x 2 + x1 , y 2 + y1 ) = ( x 2 , y 2 ) + ( x1 , y1 ) , pela propriedade comutativa da soma de reais
A3) Associatividade.
[(x1 , y1 ) + (x2 , y 2 )] + (x3 , y3 ) = (x1 + x2 , y1 + y 2 ) + (x3 , y3 ) = (x1 + x2 + x3 , y1 + y 2 + y3 ) = , pela definição
de soma em S
= ( x1 + ( x 2 + x3 ), y1 + ( y 2 + y 3 )) = (x1 , y1 ) + [(x 2 , y 2 ) + ( x3 , y 3 )] , pela propriedade associativa da soma de
reais.
A4) Existência de elemento neutro.

(x1 , y1 ) + (0,0) = (x1 + 0, y1 + 0) = (x1 , y1 ) , pela definição de soma em S


A5) Existência de elemento oposto.

(x1 , y1 ) + (− x1 ,− y1 ) = (x1 − x1 , y1 − y1 ) = (0,0) , pela definição de soma em S


Axiomas para o produto escalar:
M1) A multiplicação escalar deve dar um vector ainda pertencente a S.
k (x1 , y1 ) = (kx1 ,0) ∈ S , uma vez que é um vector com duas coordenadas.
M2) (k1k 2 )(x1 , y1 ) = k1 [k 2 (x1 , y1 )] .
(k1k 2 )(x1 , y1 ) = (k1k 2 x1 ,0) , por definição de multiplicação escalar em S

k1 ⎡⎣ k2 ( x1 , y1 ) ⎤⎦ = k1 ( k2 x1 , 0 ) = , por definição de multiplicação escalar em S

= ( k1k2 x1 , 0 ) , por definição de multiplicação escalar em S

M3) (k1 + k 2 )(x1 , y1 ) = k1 (x1 , y1 ) + k 2 (x1 , y1 ) .


(k1 + k 2 )(x1 , y1 ) = ((k1 + k 2 )x1 ,0) = , por definição de multiplicação escalar em S
ABM, MGM, VCC 29
8ª aula: Espaços vectoriais. Subespaços vectoriais.

= (k1 x1 + k 2 x1 ,0) , pela propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição de nºs reais
k1 ( x1 , y1 ) + k2 ( x1 , y1 ) = ( k1 x1 , 0 ) + ( k2 x1 , 0 ) = , por definição de multiplicação escalar em S

= ( k1 x1 + k2 x1 , 0 ) , pela definição de soma em S

M4) k1 [( x1 , y1 ) + ( x2 , y 2 )] = k1 ( x1 , y1 ) + k1 ( x2 , y 2 ) .

k1 ⎡⎣( x1 , y1 ) + ( x2 , y2 ) ⎤⎦ = k1 ( x1 + x2 , y1 + y2 ) = , pela definição de soma em S

= ( k1 ( x1 + x2 ) , 0 ) = , por definição de multiplicação escalar em S

= (k1 x1 + k1 x2 ,0) , pela propriedade distributiva da multiplicação de reais


k1 ( x1 , y1 ) + k1 ( x2 , y 2 ) = (k1 x1 + k1 x2 ,0) , pela definição de multiplicação e de soma em S
M5) 1( x1 , x2 ) = ( x1 , x2 ) .
1( x1 , x2 ) = (1x1 , 0 ) = ( x1 , 0 ) , por definição de multiplicação escalar em S

Mas ( x1, 0 ) ≠ ( x1, x2 ) , logo S não é um espaço vectorial.

2. Verifique se U = {( a1, a2 , a3 ) : a1 + a2 + a3 = 1; a1, a2 , a3 ∈ } é um subespaço vectorial de


3
, com as

operações de adição e multiplicação escalar usuais.


Resolução:
3
Condições para ser subespaço vectorial de :
3
1) U está contido em .

Verifica-se, pois U é um conjunto definido por vectores com três coordenadas reais.
2) Se u1 ∈ U e u 2 ∈ U então u1 + u 2 ∈ U
Seja u1 = (a1 , a 2 , a3 ) = (a1 , a 2 ,1 − a1 − a 2 ) e u 2 = (b1 , b2 , b3 ) = (b1 , b2 ,1 − b1 − b2 ) .
Então u1 + u 2 = (a1 + b1 , a 2 + b2 ,2 − (a1 + a 2 ) − (b1 + b2 )) ∉ U , porque a soma das três coordenadas é
igual a 2 e não igual a 1.
3
Logo, U não é subespaço vectorial de .

II – Exercícios Propostos
1. Verifique se os seguintes conjuntos são espaços vectoriais:
a) o conjunto dos polinómios de variável real, de grau menor ou igual a 6, só com potencias pares.
b) o conjunto de todos os pares ordenados, onde a soma e a multiplicação são definidas da seguinte
forma:

( x1 , y1 ) + ( x2 , y2 ) = ( x1 + y1 , x2 + y2 ) e k ( x1 , y1 ) = ( kx1 , ky1 )

ABM, MGM, VCC 30


8ª aula: Espaços vectoriais. Subespaços vectoriais.

4
2. Verifique se os seguintes conjuntos são subespaços de :

a) {( a, a, a, a ) : a ∈ }
b) {( a, 2a, b, a + b ) : a, b ∈ }
c) {( a1, a2 , a3 , a4 ) : 2a2 + 3a3 = 5; a1, a2 , a3 , a4 ∈ }
Soluções:
1. a) É espaço vectorial;
b) Não é espaço vectorial porque, por exemplo, não se
verifica: ( x1 , y1 ) + ( x2 , y2 ) = ( x2 , y2 ) + ( x1 , y1 ) , ∀ ( x1 , y1 ) , ( x2 , y2 )

2. a) Sim. b) Sim. c) Não.

III – Exercícios Suplementares


1. Mostre que o conjunto dos complexos, com a adição usual de complexos, e a multiplicação por um escalar
é um espaço vectorial.

n
2. Mostre que , onde a adição é definida do seguinte modo:

( a1, a2 , , an ) + ( b1 , b2 , , bn ) = ( a1b1 , a2b2 , , anbn )


e a multiplicação escalar definida por:

α ( a1 , a2 , , an ) = (α a1 , α a2 , , α an )
não é um espaço vectorial.

3
3. Mostre que os seguintes conjuntos são subespaços de :

a) {( x, y, z ) : y = −2 x ∧ x = −3z; x, y, z ∈ } ;
b) {( x, y, z ) : x + 2 y = 0 ∧ y + z = 0; x, y, z ∈ } .

4. Seja S= {( x, y, z ) : z = 0 ∧ x 2
+ y 2 ≤ 1; x, y, z ∈ } . Será S um subespaço vectorial de 3
?

Soluções:

4. Não. Por exemplo, (1, 0, 0 ) ; ( 0,1, 0 ) ∈ S , mas (1, 0, 0 ) + ( 0,1, 0 ) = (1,1, 0 ) ∉ S .

ABM, MGM, VCC 31


9ª aula: Combinação linear. Dependência e independência linear. Conjunto gerador.

I – Exercícios Resolvidos

1. Escreva, se possível, o vector ( 2,5, 4, 4 ) como combinação linear dos vectores ( 3,1, −1,1) , ( 2, 4,1, 0 ) e

( 0,1,1,1) .
Resolução:

Fazendo a combinação linear dos três vectores dados e igualando a ( 2,5, 4, 4 ) , temos
(2,5,4,4) = α 1 (3,1,−1,1) + α 2 (2,4,1,0) + α 3 (0,1,1,1)
o que conduz ao seguinte sistema, nas variáveis α1 ,α 2 ,α 3 :
⎧3α 1 + 2α 2 = 2
⎪α + 4α + α = 5
⎪ 1 2 3
⎨ .
⎪− α 1 + α 2 + α 3 = 4
⎪⎩α 1 + α 3 = 4
Resolvendo o sistema por condensação, obtemos:

⎡ 1 0 1 4⎤
⎡ 3 2 0 2⎤ ⎢
⎢ 1 8⎥⎥
5⎥⎥ ⎢
0 1 2
⎢ 4 1
∼⎢ 0 0 −8 −31⎥
⎢ −1 1 1 4⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ 9⎥
⎣ 1 0 1 4⎦ ⎢ 0 0 0
⎢⎣ 8 ⎥⎦

( )
Ou seja, C ( A ) = 3 ∧ C A = 4 , logo o sistema é impossível.

Concluímos, então, que não é possível escrever o vector ( 2,5, 4, 4 ) como combinação linear dos vectores

dados.

⎧ ⎡ 5 2 6 ⎤ ⎡ 6 2 1⎤ ⎡ 1 0 1⎤ ⎫
2. Verifique se o conjunto ⎨ ⎢ 1 0 0 ⎥ , ⎢ 1 0 0 ⎥ , ⎢0 0 0⎥ ⎬ é linearmente independente.
⎩ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎭
Resolução:
Fazendo a combinação linear dos 3 elementos e igualando ao elemento nulo (matriz nula do mesmo tipo)
obtemos:

⎡ 5 2 6⎤ ⎡ 6 2 1⎤ ⎡ 1 0 1⎤ ⎡0 0 0⎤
α1 ⎢ ⎥ + α2 ⎢ ⎥ + α3 ⎢ ⎥ = ⎢0 0 0⎥
⎣ 1 0 0 ⎦ ⎣ 1 0 0 ⎦ ⎣ 0 0 0 ⎦ ⎣ ⎦
⎧5α1 + 6α 2 + α 3 = 0

⎪2α1 + 2α 2 = 0
o que conduz ao seguinte sistema, nas variáveis α 1 , α 2 , α 3 : ⎨ .
⎪6α1 + α 2 + α 3 = 0
⎪⎩α1 + α 2 = 0

ABM, MGM, VCC 32


9ª aula: Combinação linear. Dependência e independência linear. Conjunto gerador.

Resolvendo o sistema por condensação, obtemos:

⎡5 6 1 0⎤ ⎡ 1 6 5 0⎤
⎢2 2 0 0 ⎥⎥ ⎢⎢0 1 1 0 ⎥⎥
⎢ ∼ .
⎢6 1 1 0⎥ ⎢0 0 6 0⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣1 1 0 0⎦ ⎣0 0 0 0⎦

( )
Ou seja, C ( A ) = C A = 3 , logo sistema possível e determinado. Como se trata de um sistema homogéneo

a solução do sistema é ( 0, 0, 0 ) .
Concluímos, pois, que os vectores são linearmente independentes.

⎡ −1 1⎤ ⎡0 1⎤ ⎡ 1 1⎤
3. Mostre que as matrizes ⎢ 0 −1⎥ , ⎢0 0⎥ e ⎢0 1⎥ não geram o espaço das matrizes quadradas de 2ª
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
ordem. Qual o espaço gerado?
Resolução:

⎡ a b⎤
Para serem geradores qualquer matriz quadrada de 2ª ordem, ⎢ c d ⎥ , tem que poder ser escrita como
⎣ ⎦
combinação linear dos elementos dados, ou seja,

⎡ a b⎤ ⎡ −1 1⎤ ⎡ 0 1⎤ ⎡ 1 1⎤
⎢ c d ⎥ = α1 ⎢ 0 −1⎥ + α 2 ⎢ 0 0 ⎥ + α 3 ⎢0 1⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
o que conduz ao seguinte sistema, nas variáveis α1 ,α 2 ,α 3 :
⎧−α1 + α 3 = a

⎪α1 + α 2 + α 3 = b
⎨ .
⎪−α1 + α 3 = d
⎪⎩0 = c
Resolvendo o sistema por condensação, obtemos:

⎡ −1 0 1 a⎤ ⎡ −1 0 1 a⎤
⎢ 1 1 1 b ⎥⎥ ⎢⎢ 0 1 2 a + b ⎥⎥
⎢ ∼
⎢ −1 0 1 d⎥ ⎢ 0 0 0 d − a⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ 0 0 0 c⎦ ⎣ 0 0 0 c⎦
Para que o sistema seja possível as condições a impor são:

⎧d − a = 0 ⎧a = d
⎨ ⇔⎨ .
⎩c = 0 ⎩c = 0
Logo, não são geradores do espaço das matrizes quadradas de 2ª ordem.

⎧a = d
O sistema é possível para ⎨ . Logo, o conjunto das matrizes dado é gerador de:
⎩c = 0

ABM, MGM, VCC 33


9ª aula: Combinação linear. Dependência e independência linear. Conjunto gerador.

⎧⎡ a b⎤ ⎫ ⎧⎡d b⎤ ⎫
T = ⎨⎢ ⎥ : a = d ∧ c = 0; a, b, c, d ∈ ⎬ , ou seja, T = ⎨ ⎢ ⎥ ; b, d ∈ ⎬ .
⎩⎣ c d ⎦ ⎭ ⎩⎣ 0 d ⎦ ⎭

II – Exercícios Propostos
1. Sejam u1 = (1, −1, 2 ) e u2 = ( 2,1,3) .

a) Prove que u1 e u2 são linearmente independentes.

b) Determine um vector { }
u3 tal que u1 , u2 , u3 seja linearmente independente.

c) Determine o espaço gerado por u1 e u2 .

2. Sejam os vectores: u1 = (1,1,1, 0 ) , u2 = ( 0,1,1,1) e u3 = (1,1, 0, 0 ) .

a) Diga se{u , u , u } é linearmente independente.


1 2 3

b) Determine um vector u tal que {u , u , u , u } seja linearmente independente.


4 1 2 3 4

c) Exprima o vector (1, 2,3, 4 ) como combinação linear de u1 , u2 , u3 e u4 .

Soluções:

1. b) Por exemplo, u3 = (1, 0, 0 ) c) A = {( x, y, z ) ∈ 3


}
: y = 5 x − 3z .

2. a) É linearmente independente. b) Por exemplo, u4 = (1, 0, 0, 0 ) c) (1, 2,3, 4 ) = −u1 + 4u2 − u3 + 3u4 .

III – Exercícios Suplementares


1. Mostre que os conjuntos de vectores dados geram os espaços vectoriais a seguir indicados:

a) {( −1,1) , (1,1) , (1, 2 )} gera 2


;

b) {(1 − t ) , (1 − t ) ,1 − t,1} gera o espaço dos polinómios de grau ≤ 3 .


3 2

2. Considere os vectores v1 = (1, −3, 2 ) e v2 = ( 2, −1,1) .

a) Escreva o vector v3 = (1, 7, −4 ) como combinação linear de v1 e v2 .

b) Para que valor de k o vector (1, k ,5) é combinação linear de v1 e v2 ?

3. Mostre que o espaço vectorial


3
não pode ser gerado pelos vectores (1, 2,1) e ( 3, 0, −1) .

ABM, MGM, VCC 34


9ª aula: Combinação linear. Dependência e independência linear. Conjunto gerador.

4. Sejam os seguintes vectores de


3
: (1, k , −k ) , (1, −2, 2 ) , ( 5, 6, −2k ) . Determine k de modo que os
vectores sejam linearmente independentes.

5. Considere os vectores de
3
: u1 = (1, 0, 0 ) , u2 = ( 2,1,1) e u3 = (1,1,1) . Qual o subespaço de 3

gerado por {u , u , u } ?
1 2 3

Soluções:

2. a) (1, 7, −4 ) = −3v1 + 2v2 b) k = −8


4. k ≠ −2 ∧ k ≠ 3
5. A= {( x, y, z ) ∈ 3
:y=z}

ABM, MGM, VCC 35


10ª aula: Bases e dimensão de um espaço vectorial.

I – Exercícios Resolvidos

1. Considere o espaço vectorial dos polinómios de grau menor ou igual a dois, isto é,

{
P = ax 2 + bx + c : a, b, c ∈ }.
a) Prove que p1 = 2 x , p2 = 1 e p3 = x 2 + 1 formam uma base de P .
b) Escreva o polinómio p = x − 1 como combinação linear de p1 , p2 e p3 .
Resolução:

O conjunto {
P = ax 2 + bx + c : a, b, c ∈ } pode ser representado como P′ = {( a, b, c ) : a, b, c ∈ } .
a) Considerando P ′ , temos p1 = ( 0, 2, 0 ) , p2 = ( 0, 0,1) e p3 = (1, 0,1) .

As condições para { p1, p2 , p3} formarem uma base de P são:


(i) serem linearmente independentes:

⎧α 3 = 0 ⎧α1 = 0
⎪ ⎪
( 0, 0, 0 ) = α1 ( 0, 2, 0 ) + α 2 ( 0, 0,1) + α3 (1, 0,1) ⇔ ⎨2α1 = 0 ⇔ ⎨α 2 = 0
⎪α + α = 0 ⎪α = 0
⎩ 2 3 ⎩ 3
Logo o conjunto { p1, p2 , p3} é linearmente independente.
(ii) serem geradores de P :

⎧α 3 = a
( a, b, c ) = α1 ( 0, 2, 0 ) + α 2 ( 0, 0,1) + α3 (1, 0,1) ⇔ ⎪⎨2α1 = b .

⎩α 2 + α 3 = c
⎡0 0 1 a⎤ ⎡ 1 0 0 a⎤
Colocando o sistema na forma matricial, temos:
⎢2 0 0 b ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 2 0 b ⎥⎥ . Como

⎢⎣ 0 1 1 c ⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 1 c − a ⎥⎦

C ( A ) = C ( A ) = 3 , o sistema é possível e determinado ∀a, b, c ∈ .

Logo o conjunto { p1, p2 , p3} é gerador de P.

Conclusão: { p1, p2 , p3} forma uma base de P.

b) Se { p1, p2 , p3} forma uma base de P , então qualquer elemento de P é gerado, ou seja, é combinação

linear de p1 , p2 e p3 .

O polinómio p = x − 1 pode ser representado pelo vector ( 0,1, −1) . Então:


⎧α 3 = 0 ⎧α 3 = 0
⎪ ⎪
( 0,1, −1) = α1 ( 0, 2, 0 ) + α 2 ( 0, 0,1) + α 3 (1, 0,1) ⇔ ⎨2α1 = 1 ⇔ ⎨α1 = 1 2 .
⎪α + α = −1 ⎪α = −1
⎩ 2 3 ⎩ 2
ABM, MGM, VCC 36
10ª aula: Bases e dimensão de um espaço vectorial.

1
Logo: ( 0,1, −1) = ( 0, 2, 0 ) + ( −1)( 0, 0,1) + 0 (1, 0,1)
2
2. Seja u1 = (1, −1, 2 ) e u2 = ( 2,1,3) . Determine um espaço vectorial que tenha u1 e u2 como base, se
possível.
Resolução:

Vamos primeiro verificar se u1 e u2 são linearmente independentes.

⎧α1 + 2α 2 = 0 ⎧α1 = 0
( 0, 0, 0 ) = α1 (1, −1, 2 ) + α 2 ( 2,1,3) ⇔ ⎨−α1 + α 2 = 0 ⇔ ⎪⎨α 2 = 0 . Logo o conjunto u1 , u2 é linearmente

{ }
⎪2α + 3α = 0 ⎪0 = 0
⎩ 1 2 ⎩
independente.

Vamos agora determinar que sub-conjunto de


3
é gerado pelo conjunto {u , u } .
1 2

⎧α1 + 2α 2 = x
( x, y, z ) = α1 (1, −1, 2 ) + α 2 ( 2,1,3) ⇔ ⎨⎪−α1 + α 2 = y .
⎪2α + 3α = z
⎩ 1 2

Colocando o sistema na forma matricial, temos:

⎡ 1 2 x⎤ ⎡ 1 2 x⎤
⎢ −1 1 y⎥ ⎥ ∼ ⎢⎢ 0 3 y + x ⎥⎥ ∼

⎢⎣ 2 3 z ⎥⎦ L2 ← L2 + L1 ⎢⎣ 0 −1 z − 2 x ⎥⎦ L
3L ← L −2 L
3 1 2 ↔ L3

⎡ 1 2 x⎤ ⎡ 1 2 x⎤
∼ ⎢⎢ 0 −1 z − 2 x ⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 −1 z − 2 x ⎥⎥ . Então C ( A) = 2 , ∀x, y , z ∈ .
⎢⎣ 0 3 y + x ⎥⎦ L ⎢⎣ 0 0 y + 3z − 5 x ⎥⎦
3 ← L3 +3 L2

( )
Se y + 3 z − 5 x = 0 , então C A = 2 . Logo o sistema possível e determinado.

Se y + 3 z − 5 x ≠ 0 , então C ( A ) = 3 . Logo o sistema é impossível.

Então o espaço gerado por {u , u } é S = {( x, y, z ) ∈


1 2
3
}
: y = 5x − 3z .

Conclusão: como os vectores u1 e u2 são linearmente independentes e geram S , formam uma base de S .

II – Exercícios Propostos
1. Quais dos seguintes conjuntos são bases para:
2
1.1 ?

a) {(1,3) , (1,1)}
b) {(1, 0 ) , ( −5, −5) , (1,1)}
ABM, MGM, VCC 37
10ª aula: Bases e dimensão de um espaço vectorial.

3
1.2 ?

a) {(1, 0, 0 ) , ( 0,5, −2 ) , ( 7, 0, 2 )}
b) {( 3,1, −2 ) , (1, 0,5) , ( −6, −2, 4 )}

3
2. Para que valores de k , os vectores dos seguintes conjuntos formam uma base de ?

a) {(1, 0, k ) , ( 0,1, 0 ) , ( k , 0,1)}


b) {(1, 0, 0) , ( k ,1, 0) , ( k , k ,1)}
2

3. Determine um vector v3 tal que v1 , v2 e v3 formem uma base para 3


, onde v1 = (1, 0, 2 ) e

v2 = ( 0,1,1) .

Soluções:
1. 1.1 a) É base. b) Não é base. 1.2 a) É base. b) Não é base.

2. a) k∈ \ {−1,1} b) ∀k ∈

3. Por exemplo, v3 = ( 0, 0,1) .

III – Exercícios Suplementares


1. Mostre que o conjunto de vectores dado por {(1, 0, 0, 0 ) , (1,1, 0, 0 ) , (1,1,1, 0 ) , (1,1,1,1)} forma uma base de
4
.

2. Mostre que o vector nulo nunca pode fazer parte de uma base.

3. Determine o espaço para o qual o conjunto {(1, −1, 2,3) , (1,1, 2, 0 ) , ( 3, −1, 6, −6 )} forma uma base.

Soluções:

3. V= {( x, y, z, u ) ∈ 4
}
: z = 2x .

ABM, MGM, VCC 38


11ª aula: Produto vectorial e produto escalar. Equações de rectas e de planos.

I – Exercícios Resolvidos

1. Dados o vectores u = 3i + j e v = 2i + 2 j − 2k . Determine:

a) u.v
b) u.u
Resolução:

a) u.v = 3.2 + 1.2 + 0.(−2) = 8 ;


2
b) u.u = u = 22 + 22 + (−2)2 = 12 .

2. Dados o vectores u = 3i + j e v = 2i + 2 j − 2k . Determine u×v

Resolução:

i j k
u × v = 3 1 0 . Aplicando o Teorema de Laplace à 1ª linha, obtemos
2 2 −2

1 0 3 0 3 1
u × v = i (−1)1+1 + j (−1)1+ 2 + k (−1)1+3 = −2i + 6 j + 4k
2 −2 2 −2 2 2

u×v

3. Determine a área do paralelogramo determinado pelos vectores a = 2i + 3 j + k e b = −i + j + 2k

Resolução:

O módulo do produto vectorial dos vectores a e b é igual à área do paralelogramo determinado por estes
vectores,

i j k
a × b = 2 3 1 = 5i − 5 j + 5k e a × b = 52 + (−5) 2 + 52 = 75 . Logo a área do paralelogramo é
−1 1 2

igual a 75 .
ABM, MGM, VCC 39
11ª aula: Produto vectorial e produto escalar. Equações de rectas e de planos.

4. Sejam dados três pontos A = (1,1,1) , B = ( 2, 0, −1) e C = ( 0,3,1) . Determine as equações da recta r
que passa em C e é paralela à recta AB .
Resolução:

Se a recta r é paralela à recta AB , então o vector director de r , r , é um vector colinear a AB . Em

particular, r = AB .

AB = B − A = ( 2, 0, −1) − (1,1,1) = (1, −1, −2 )

Então, as equações cartesianas da recta r serão, dado o vector director r = (1, −1, −2 ) e o ponto

C = ( 0,3,1) :
x − 0 y − 3 z −1 1− z
= = ⇔ x = 3− y = .
1 −1 −2 2

x −1 4 − 2 y
5. Seja a recta s definida pelas seguintes equações: = ∧ z = −1 .
2 3
a) Verifique se o ponto P = (1, 2, −1) pertence à recta s .
b) Escreva as equações paramétricas da recta dada.
Resolução:
a) Se P ∈ s , então P satisfaz as equações da recta.
1−1 4 − 2 × 2
Temos então: = ∧ −1 = −1 ⇔ 0 = 0 ∧ −1 = −1 , ou seja, são ambas proposições verdadeiras.
2 3
Logo, o ponto P pertence à recta s.
⎧ 11 − 3 x
x −1 4 − 2 y ⎧3 x − 3 = 8 − 4 y ⎪y =
b) Temos: = ∧ z = −1 ⇔ ⎨ ⇔⎨ 4 , x∈ .
2 3 ⎩ z = −1 ⎪⎩ z = −1

Seja Q ( x, y , z ) ∈ 3
um ponto genérico de s . Então:

11 − 3 x
( x, y, z ) = ⎛⎜ x, ⎞ ⎛ 11 ⎞ ⎛ 3 ⎞
, −1⎟ = ⎜ 0, , −1⎟ + x ⎜ 1, − , 0 ⎟
⎝ 4 ⎠ ⎝ 4 ⎠ k∈ ⎝ 4 ⎠

⎧x = k
⎪ 11 − 3k

Portanto, as equações paramétricas de da recta s são: ⎨ y = ;k ∈ .
⎪ 4
⎪⎩ z = −1

ABM, MGM, VCC 40


11ª aula: Produto vectorial e produto escalar. Equações de rectas e de planos.

6. Escreva a equação cartesiana do plano definido pelos pontos A , B e C do exercício 1. Verifique se o


ponto D = (1, 2,3) pertence ao plano definido.
Resolução:

Tomemos os vectores directores do plano ABC : AB = (1, −1, −2 ) e AC = ( −1, 2, 0 ) .

x −1 y −1 z −1
Resolvendo o determinante 1 −1 −2 = 0 , obtemos a equação cartesiana do plano ABC :
−1 2 0
4x + 2 y + z − 7 = 0 .
Se D ∈ ABC , então D satisfaz a equação do plano. Mas 4 × 1 + 2 × 2 + 3 − 7 = 0, ou seja, 4 = 0 , o que é
uma proposição falsa.
Logo o ponto D não pertence ao plano ABC .

II – Exercícios Propostos
1. Para que valores de k podemos afirmar que e são ortogonais?
a) , ;
b) , .

2. Dados os vectores , , determine o produto escalar dos dois vectores. Os


dois vectores são perpendiculares? Justifique.

3. Para os seguintes vectores , e , calcule .

4. Dados os pontos A = ( 3, 6, −7 ) , B = ( −5, 2,3) , C = ( 4, −7, −6 ) e D = ( 3,1, 4 ) , escreva as equações

paramétricas e cartesianas das rectas AB e CD . O ponto E = (1, 2, −1) pertencerá a alguma das rectas?

5. Escreva as equações paramétricas para os 3 eixos coordenados e as equações cartesianas para os 3


planos coordenados.

6. Escreva a equação do plano que passa pelos pontos (1,1, 0 ) , (1, −1, −1) e é paralelo ao vector

u = ( 2,1, 0 ) .
x −1 y − 2
7. Considere a recta r definida por: = = z . Determine uma equação vectorial do plano α que
2 3
passa pelo ponto P = (1, 2, 0 ) e é perpendicular à recta r .

ABM, MGM, VCC 41


11ª aula: Produto vectorial e produto escalar. Equações de rectas e de planos.

⎧ x = 1 + 2λ − μ

8. Dado o plano α definido pelas seguintes equações paramétricas: ⎨ y = −2 + λ + μ ; λ , μ ∈ , escreva
⎪ z = −λ − μ

a sua equação cartesiana.

Soluções:
1. a) b) v

2. Os vectores são perpendiculares porque .


3. 108.

⎧ x = 3 − 8λ
⎪ 3− x 6− y z + 7
4. recta AB : ⎨ y = 6 − 4λ ; λ ∈ ; = =
⎪ z = −7 + 10λ 8 4 10

⎧x = 4 − λ
⎪ y+7 z+6
recta CD : ⎨ y = −7 + 8λ ; λ ∈ ; 4− x = =
⎪ z = −6 + 10λ 8 10

O ponto E não pertence a nenhuma das rectas.

⎧x = λ ⎧x = 0 ⎧x = 0
⎪ ⎪ ⎪
5. Eixos: Ox : ⎨ y = 0 ; λ ∈ ; Oy : ⎨ y = λ ; λ ∈ ; Oz : ⎨ y = 0 ; λ ∈
⎪z = 0 ⎪z = 0 ⎪z = λ
⎩ ⎩ ⎩

Planos: xOy : z = 0 ; xOz : y = 0 ; yOz : x = 0

6. x − 2 y + 4 z + 1 = 0

7. ( x, y, z ) = ( 0, 0,8) + λ (1, 0, −2 ) + μ ( 0,1, −3) ; λ , μ ∈


8. y + z + 2 = 0

III – Exercícios Suplementares

1. Determine o vector momento angular de um ponto material de massa m em relação ao ponto O (origem
do referencial), sabendo que o vector posição e o vector quantidade de movimento desse
ponto é .

ABM, MGM, VCC 42


11ª aula: Produto vectorial e produto escalar. Equações de rectas e de planos.

2. Considere os pontos A = (1, 0, 0 ) , B = ( 2,3,1) , C = ( 3,1, 0 ) e D = ( 3, −4,10 ) .


a) Determine as equações paramétricas da recta AB .
b) Determine a equação cartesiana do plano que contém D e é paralelo ao plano ABC .

3. Considere os pontos A = (1, 0, −1) , B = ( −1,1, 0 ) .


a) Determine C de modo que ABC defina um plano. Justifique.
b) Escreva a equação vectorial do plano β perpendicular à recta AB e que passa no ponto médio M
de [ AB ] .

⎧ y = −2
4. Considere os pontos A = ( −1, 2, −1) , B = ( 0,1, −3) e a recta r : ⎨ .
⎩z = 1
a) Determine C de modo que ABC não defina um plano. Justifique.
b) Escreva as equações cartesianas da recta s perpendicular às rectas AB e r , e que passa no ponto
médio M de [ AB ] .
c) Escreva as equações paramétricas do plano λ perpendicular a yOz , paralelo a s e que passa em
B.

Soluções:

1.

⎧x = 1+ λ

2. a) AB : ⎨ y = 3λ ; λ ∈ b) x − 2 y + 5 z − 61 = 0
⎪z = λ

3. a) C ∈
3
\ {(1 − 2b, b, b − 1) : b ∈ } b)

⎛ 1 1⎞
β : ( x, y, z ) = ⎜ 0, , − ⎟ + λ (1, 0, 2 ) + μ ( 0,1, −1) , λ , μ ∈
⎝2 2 ⎠

{
4. a) C ∈ (1 − a, a, 2a − 5 ) : a ∈ } b) x = −
1
2
5
∧ y + 2z + = 0
2
⎧x = α

c) λ : ⎨ y = −5 − 2 β ; α , β ∈
⎪z = β

ABM, MGM, VCC 43


12ª aula: Intersecções e posições relativas.

I – Exercícios Resolvidos

1. Considere as rectas definidas pelas seguintes equações:

r : ( x, y, z ) = ( 0, 0, 0 ) + k (1, 2, 0 ) ; k ∈

⎛7 ⎞
s : ( x, y, z ) = ⎜ ,1, −1⎟ + t ( −1, 4,1) ; t ∈
⎝2 ⎠
a) Determine a posição relativa das duas rectas.
b) Caso exista intersecção determine-a.
Resolução:

a) Consideremos os vectores ur = (1, 2, 0 ) e vs = ( −1, 4,1) das rectas r e s respectivamente.

Como ur ≠ avs , a ∈ \ {0} , então as rectas não são paralelas nem coincidentes.
Então as rectas r e s só podem ser concorrentes ou não complanares.
⎧x = k ⎧x = 7 2 − t
⎪ ⎪
Tomando r : ⎨ y = 2k ; k ∈ s : ⎨ y = 1 + 4t ; t ∈
⎪z = 0 ⎪ z = −1 + t
⎩ ⎩
⎧k = 7 2 − t ⎧5 2 = 7 2 − 1
⎪ ⎪ ⎧k = 5 2
vem: ⎨2k = 1 + 4t ⇔ ⎨ k = 5 2 ⇔⎨ . Então as rectas são concorrentes num ponto.
⎪ 0 = −1 + t ⎪t = 1 ⎩t = 1
⎩ ⎩
b) O ponto de intersecção obtém-se substituindo k nas equações da recta r ou t nas equações da recta s .
⎧x = 5 2
⎪ ⎧⎛ 5 ⎞⎫
Obtemos: ⎨ y = 5 . Portanto, r ∩ s = { P} = ⎨⎜ ,5, 0 ⎟ ⎬ .
⎪z = 0 ⎩⎝ 2 ⎠⎭

2. Considere os pontos O = ( 0, 0, 0 ) , A = ( 2,3,5) , B = ( 2,3, 0 ) , C = ( 2, 0,5 ) e D = ( 0, 0,5) .

a) Escreva a equação do plano mediador de [OA] .


b) A recta que passa em C e é paralela a BD intersecta o plano yOz num ponto. Determine-o.
Resolução:
a) O plano mediador de um segmento é o plano perpendicular ao segmento e que passa no ponto médio
desse mesmo segmento.

OA = A − O = ( 2,3,5 ) − ( 0, 0, 0 ) = ( 2,3,5 )
Então, a equação do plano mediador será da forma: 2 x + 3 y + 5 z + D = 0 .

Vamos calcular o ponto médio, PM , do segmento [OA] .

ABM, MGM, VCC 44


12ª aula: Intersecções e posições relativas.

O + A ⎛ 2+ 0 3+ 0 5+ 0 ⎞ ⎛ 3 5 ⎞
PM = =⎜ , , ⎟ = ⎜ 1, , ⎟
2 ⎝ 2 2 2 ⎠ ⎝ 2 2⎠
9 25
Substituindo na equação do plano vem: 2 + + + D = 0 ⇔ D = −19 .
2 2
Logo, a equação do plano mediador pedido será: 2 x + 3 y + 5 z − 19 = 0 .

b) BD = D − B = ( 0, 0,5 ) − ( 2,3, 0 ) = ( −2, −3,5 )

x −2 y z −5
As equações da recta serão: = = .
−2 −3 5
⎧x−2 y
⎪ −2 = −3
⎪ ⎧ y = −3
⎪x−2 z −5 ⎪
A intersecção com o plano yOz , corresponde à solução do sistema: r ∩ yoz : ⎨ = ⇔ ⎨ z = 10 .
⎪ −2 5 ⎪x = 0
⎪x = 0 ⎩


O ponto de intersecção é o ponto ( 0, −3,10 ) .

3. Sejam os planos definidos pelas equações: α : x − y + 3z = 0 , β : 2 x − 2 y + 6 z = 5 e γ : x − 2 y − z = 1 .


Determine a posição relativa dos 3 planos e verifique se existem planos perpendiculares.
Resolução:

⎧ x − y + 3z = 0

Vamos intersectar os 3 planos: ⎨ 2 x − 2 y + 6 z = 5 .
⎪x − 2 y − z = 1

Em forma matricial vem:

⎡1 −1 3 0 ⎤ ⎡ 1 −1 3 0⎤ ⎡ 1 −1 3 0⎤
A = ⎢⎢ 2 −2 6 5 ⎥
⎥ ∼ ⎢⎢ 0 0 0 5⎥⎥ ∼ ⎢⎢ 0 −1 −4 1⎥⎥
⎢⎣ 1 −2 −1 1 ⎥⎦ ⎢⎣ 0 −1 −4 1⎥⎦ L ⎢⎣ 0 0 0 5⎥⎦
2 ← L2 − 2 L1
L 3 ↔ L2
L3 ← L3 − L1

Como C ( A) = 2 e C ( A ) = 3 o sistema é impossível e os 3 planos não se intersectam.


Vamos verificar a intersecção dos planos dois a dois.

⎧ x − y + 3z = 0 1 −1 3 0
• α ∩β ⇔ ⎨ ⇒ = = ≠ , logo os planos α e β são paralelos.
⎩2 x − 2 y + 6 z = 5 2 −2 6 5
⎧ x − y + 3z = 0
• α ∩γ ⇔ ⎨ .
⎩x − 2 y − z = 1
⎡ 1 −1 3 0⎤ ⎡ 1 −1 3 0⎤
A=⎢ ∼⎢
1⎥⎦ L 1⎥⎦
Vem:
⎣ 1 −2 −1 2 ← L2 − L1 ⎣ 0 −1 −4
ABM, MGM, VCC 45
12ª aula: Intersecções e posições relativas.

⎧ x = −1 − 7 k
⎧ x − y + 3z = 0 ⎪
⎨ ⇔ ⎨ y = −1 − 4k ; k ∈ .
⎩x − 2 y − z = 1 ⎪z = k

Logo os planos intersectam-se segundo a recta:

α ∩ γ : ( x, y, z ) = ( −1, −1, 0 ) + k ( −7, −4,1) ; k ∈

⎧2 x − 2 y + 6 z = 5
• β ∩γ ⇔ ⎨ .
⎩x − 2 y − z = 1
Vem:

⎡ 2 −2 6 5⎤ ⎡ 1 −2 −1 1⎤ ⎡ 1 −2 −1 1⎤
A=⎢ ∼⎢ ∼⎢
⎣ 1 −2 −1 1⎥⎦ L ⎣ 2 −2 6 5⎥⎦ L ⎣ 0 2 8 3⎥⎦
2 ↔ L1 2 ← L2 − 2 L1
⎧ x = 4 − 7k
⎧2 x − 2 y + 6 z = 5 ⎪
⎨ ⇔ ⎨ y = 3 2 − 4k ; k ∈ .
⎩x − 2 y − z = 1 ⎪z = k

Logo os planos intersectam-se segundo a recta:

⎛ 3 ⎞
β ∩ γ : ( x, y, z ) = ⎜ 4, , 0 ⎟ + k ( −7, −4,1) ; k ∈

2 ⎠
Concluímos então que os planos α e β são paralelos e atravessados por γ .
Vamos verificar se α e γ são perpendiculares.
unα = (1, −1,3) e vnγ = (1, −2, −1) são vectores normais aos planos α e γ , respectivamente.

unα ⋅ vnγ = 1×1 + ( −1) × ( −2 ) + 3 × ( −1) = 0 .

Logo, α e γ são perpendiculares. Como α e β são paralelos, então β e γ também são perpendiculares.

⎧x = 2 + k

4. Calcule m e n para que a recta r : ⎨ y = 1 + k ; k ∈ esteja contida no plano α : mx + ny + 2 z − 1 = 0 .
⎪ z = 3 − 2k

Resolução:

⎧x = 2 + k
⎪ y = 1+ k

Para que a recta r esteja contida no plano α , o sistema: r ∩ α : ⎨ ;k ∈ deve ser
⎪ z = 3 − 2k
⎪⎩mx + ny + 2 z − 1 = 0
indeterminado. Resolvendo o sistema, obtemos:

ABM, MGM, VCC 46


12ª aula: Intersecções e posições relativas.

⎧x = 2 + k
⎪ y = 1+ k

⎨ z = 3 − 2k

⎪( m + n − 4 ) k = −5 − n − 2m

Então, para o sistema ser indeterminado, temos que ter:

⎧−5 − n − 2m = 0 ⎧ m = −9
⎨ ⇔⎨ .
⎩m + n − 4 = 0 ⎩n = 13
Concluímos que, para a recta r estar contida no plano α , temos que ter m = −9 e n = 13 .

II – Exercícios Propostos
⎧x − 2 y + z = 5
1. Considere a recta r definida por ⎨ .
⎩2 x − y = 3
a) Determine a equação do plano π que passa no ponto ( 0, −3, −1) e é perpendicular a r .
b) Verifique que a recta s que passa no ponto ( 0, 0, −3) e tem a direcção do vector u = ( 2, −1, 0 )
pertence a π.

2. Qual é a posição relativa das seguintes rectas:

⎧ x = 1 − 3α
⎧ y = 2x − 3 ⎪
a) r : ⎨ e s : ⎨ y = 4 − 6α ; α ∈
⎩z = −x ⎪ z = 3α

2 y − 4 z −1
b) r : x + 3 = = e s : X = ( 0, 2, 2 ) + t (1,1, −1) ; t ∈
4 3

3. Considere os pontos A = (1, −4,1) , B = ( 2,3, 0 ) , C = ( 0, −2, −1) e os planos α : 2 x + 2 y + z = 5 ,


β : y + z = 1 , δ : 2 x − 4 y − 3 z + 3 = 0 . Indique a posição relativa dos seguintes planos (intersecção,
paralelismo, perpendicularidade) (Obs.: na resolução dos sistemas use o método da condensação):
a) α , β ,δ ;
⎧x = 2z + 1
b) α , ϕ onde ϕ é o plano que contém o ponto C e é perpendicular à recta ⎨ ;
⎩ y = 2z
c) α , β , γ onde γ é o plano definido pelos pontos A , B e C ;
⎧x = 1+ k

d) α , β , π onde π é o plano que contém a origem e a recta ⎨ y = 2k ; k ∈ .
⎪z = 1

ABM, MGM, VCC 47


12ª aula: Intersecções e posições relativas.

4. Considere os planos α : kx + ky + z − 1 = 0 , β : x + y − z + k = 0 e π : x + ky + z = 0 . Determine, se


existirem, os valores de k de modo a que:
a) os 3 planos se intersectem numa recta;
b) os planos α e β sejam perpendiculares.

Soluções:
1. a) π : x + 2 y + 3z + 9 = 0 .
2. a) Paralelas. b) Não complanares.
3. a) Planos oblíquos entre si, concorrentes num ponto.
b) Planos paralelos.
c) Planos oblíquos, intersectam-se numa recta.
d) α intersecta β numa recta; α intersecta π numa recta; β intersecta π numa recta; α e π são
perpendiculares.

4. a) Não existe k∈ b) k =1 2

III – Exercícios Suplementares


1. Considere os pontos A e B , a recta r e os planos α e β , assim definidos:
⎧ x = ay + 1
A = ( −1, −1, 2 ) B = ( 2,1,3) r:⎨ α : x − 3y + z −1 = 0
⎩z = y − b
β : 2x + y − 2z + 2 = 0
a) Determine a intersecção entre os planos α, β e um outro plano, θ, que passa na origem e é

normal ao vector ( −3,1, 0 ) ;


b) Condicione os parâmetros a e b de modo a que a recta r seja estritamente paralela ao plano α ;
c) Calcule a menor distancia entre o ponto C = (1, 2,3) e a recta AB ;
d) Escreva a equação de uma recta cujos pontos sejam equidistantes de A e B .

2. Considere os pontos A , B e C , a recta r e o plano β , assim definidos:


A = (1, 2,3) B = ( 3, 0,1) C = ( 4, 0, 0 ) r : ( x, y, z ) = λ ( 2, −2, −2 ) ; λ ∈

β : ( x, y, z ) = ( 5, 0, −1) + k1 ( 5, 0, −1) + k2 ( 0,5, −2 ) ; k1 , k2 ∈


a) Escreva a equação do plano π que contém A e r ;
b) As rectas r e AB são complanares? Justifique;
c) Determine a intersecção de BC com β ;
d) d1) Determine a distancia de r à origem do referencial;

ABM, MGM, VCC 48


12ª aula: Intersecções e posições relativas.

d2) Sem efectuar cálculos, comente a seguinte afirmação: “Existem pontos da recta r que distam 0,5
unidades da origem do referencial”.

⎧ y = −2
3. Considere os pontos A = ( −1, 2, −1) , B = ( 0,1, −3) , a recta r : ⎨ e o plano θ : x + y = 0 .
⎩z = 1
a) Qual a posição relativa das rectas r e AB ? Justifique.
b) Calcule a distancia de AB a θ.
c) Seja ϕ : ax + by + cz + 1 = 0 . Discuta a posição relativa dos planos ϕ e θ de modo que a distancia
entre eles seja nula.

Soluções:

3 42
1. a) ( 0, 0,1) b) a = 2 ∧ b ≠ 0 c) d) Por exemplo, ( x, y, z ) = ( 0, 0, 4 ) + λ (1, 0, −3) ; λ ∈
14
2. a) π : x + 4 y − 3 z = 0 b) São. c) ( 5, 0, −1) d1) 0 d2) Verdadeira.

2
3. a) Não complanares. b) c) ( a ≠ b, ∀c ∈ ) ∨ ( c ≠ 0, ∀a, b ∈ )
2

ABM, MGM, VCC 49

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