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A ESPECIFICIDADE DO CLIMA PORTUGUES AS DISPONIBILIDADES HIDRICAS A GESTAO DOS RECURSOS HIDRICOS See SCC eons mic > Conhecer a circulagio geral da atmosfera na zona temperada do hemisfério Norte; Dee eee ee ut a cutee Cee tee p Analisar as situacdes meteorolégicas que mais frequentemente afectam o estado do tempo em Portugal; Explicar os tipos de precipitacao mais frequentes em Portugal; SUS ee oe ac > Caracterizar o clima de Portugal Continental e Insular; See ete ee ee eee ee ee > Caracterizar a rede hidrogratica; Se eet eee eo > Conhecer os factores que interferem na variacio de caudal dos cursos de agua; Soe eee ee oe ee eC ee ee > Conhecer os factores que condicionam a produtividade aquifera; Seen eee een Core eae eee CC eee ce eee See eT ee ae set >Inferir a necessidade de estabelecer acordos internacionais na gestio dos recursos hidricos; SEC CeO eo ee eet Soren oe ee eee ee eee ee ee 1 31 ‘A importancia da agua é tal que a capacidade de sobrevivéncia do Homem permite-the estar duas a trés semanas sem se al mentar, mas s6 lhe permite estar trés a quatro dias sem beber, necessitando, em média, de 2,5 litros de gua por dia. A ESPECIFICIDADE A gua é, provavelmente, o tinico recurso natural que tem que ver com todos os aspectos da civilizagao humana, desde 0 desenvolvimento agricola ¢ industrial aos valores culturais e religiosos arreigados na sociedade. ‘A agua - elemento vital para o Planeta A 4gua € 0 combustivel da vidal A gua e o ar constituem as necessida- des mais essenciais a0 Homem. Sem Agua a existéncia da vida na Terra seria impossivel. A escassez de Agua pode levar a0 declinio da prosperi- dade, a queda de civilizades e ao desaparecimento de culturas. Jost Pinto Pinot, 0 Ciclo Hiroliica em Exzale Global (aptado) Sem gua nao haveria Vida na Terra. A Agua, também conhecida como “ouro branco” ou “petréleo verde”, é vital para a vida das espécies animais e vegetais do Planeta, pois é 0 elemento predominante na constitui¢ao dos seres vivos. A 4gua é vital para a nossa sobrevivéncia, correspon- dendo a cerca de 60% a 75% do peso do Homem. A 4gua é um bem importante para a nossa saiide e ainda permite desenvolvimento do turismo e de actividades de recreio e lazer, como pratica desportiva. Além disso, é fundamental no abastecimento as popu- lagdes, na indistria, na rega, no suporte dos ecossistemas, na producio de energia, no transporte, na pesca, etc. Assim, tem sido responsdvel pela fixacdo da populagao em areas onde é abundante, pois, além de ter sido sempre uma importante via de comuni cago e um factor de acessibilidade, é também necesséria para o desen volvimento dos sectores de actividade, como: >a agricultura, pois esta actividade est4 quase totalmente dependente deste elemento natural, sobretudo na irrigacao das culturas, 0 que pro- move, s6 por si, um elevado consumo, sendo mesmo o sector que, em termos mundiais, mais agua consome; >a indastria, onde & muito usada como matéria-prima e fonte de energia. [PRBS E utilizada como matéria-prima, por exemplo, nas indiistrias quimicas umatonelada_) e agropecuarias; surge nos sistemas de refrigeragio das centrais termo- “° eo eléctricas, nucleares, na metaliirgica e na lavagem e diluicdo (por exem- eon : ene $9200m plo nos curtumes, pasta de papel, téxteis, etc). Como fonte de energia, € a cee ° 150m fundamental na produgio de electricidade nas centrais hidroeléctricas, jomais 150ml > os transportes e construcdo de vias de comunicacio, Meee ieee a De acordo com as NagSes Unidas, © consumo de égua na indéstria vai duplicar em 2025. Na agri- cultura, a subida do consumo é de 50% a 100%, acompanhando © aumento das exigéncias ali- mentares. inst D Usodonés O consumo de Agua esti a duplicar a cada 20 anos. O aumento do consumo de agua é uma constante em termos mundiais sendo este tanto maior quanto maior for o desenvolvimento de um pais, ou regido. O aumento do consumo de 4gua é visfvel com a transi¢ao de uma sociedade rural para uma sociedade urbana. A 4gua é entio um ele- mento fundamental para medir a qualidade de vida de uma populacio, utilizando-se para o efeito o consumo de agua per capita (por habitante). ee beens 1 Explique a seguinte afirma- (¢20:"a dgua é vital para a vida no Planeta’. 2 Relacione o consumo de Agua com o grau de desen- volvimento de um pais ou de uma regido. a crescente aumento do consumo de agua por habitante esti relacionado 7 _ com o aumento da populagdo mundial e com 0 aumento dos niveis de oe as exigéncia associados ao bem-estar (nos paises desenvolvidos), o que é tes. doce para cultivar alimentos nos teUnhado pelo aumento do consumo de agua para uso doméstico. Pes Tones Em Portugal, o consumo de agua tem vindo também a aumentar, em consequéncia do seu desenvolvimento, da melhoria da qualidade de vida e cultura da populacdo. Contudo, também aqui as disparidades entre 0 a litoral e o interior se fazem sentir, pois o consumo de 4gua é mais elevado Na atmosfera a Sgua 6 100 000 0 litoral, onde ha uma maior concentracio da populacdo e das activida- vezes inferior & quantidade de des econdémicas. ‘gua nos oceanos. Os grandes consumos de Agua no pais sdo feitos ao nivel da agricultura, do abastecimento municipal e da industria. Lay 1 Justifique a seguinte afirmago: "o consumo de dgua em Portugal esté a aumentar’. 2 Justifique a seguinte afirmacao:"0 consumo de agua em Portugal tem reflectido as assimetrias regionais existente 3. Refira os principais sectores consumidores de dgua em Portugal. A quantidade de agua, que corresponde a cerca de 71% da superficie do Planeta, tem-se mantido relativamente constante desde os primérdios da humanidade e encontra-se distribuida por trés grandes reservatérios — os oceanos, os continentes ¢ a atmosfera, Assim: 0s oceanos sio a principal reserva de 4gua no Planeta, concentrando cerca de 97,3% de toda a agua da Terra (hidrosfera) os continentes, segunda maior reserva de gua, concentram cerca de 2,8%, distribuidos pelos glaciares e calotes polares, lagos, rios, 4guas subterraneas e matéria viva; a atmosfera contém aproximadamente 0,001% da 4gua do Planeta, sob a forma de vapor, pequenas goticulas e cristais de gelo que formam as nuvens. Contudo, apesar dos cerca de 71% de Agua que constituem o Planeta, sé uma pequenissima parte est disponivel para ser utilizada pelo Homem (cerca de 1%), pois: » a Agua ocednica é salgada, o que limita a sua utilizacio; >a 4gua doce superficial encontra-se ou no estado sélido e, por isso, a sua utilizacao impossivel, ou est imprépria para consumo, devido a0 aumento da poluicao, o que também condiciona a sua utilizaca parte das 4guas subterrdneas encontra-se a mais de 800 metros de pro- fandidade, o que constitui um obsticulo & sua captagio. Assim, a 4gua utilizada pelo Homem tem origem sobretudo nos lagos, rios e aquiferos, a uma profundidade inferior a 800 metros. ciclo natural da agua: o ciclo hidrolégico O volume total de 4gua na Terra, cerca de 1,4 milhdes de km’, tem-se mantido relativamente constante, porque, ao contrario de outros recursos naturais, a 4gua no se perde nem desaparece, mas transfere-se. Este facto deve-se ao seu ciclo natural, o ciclo hidrolégico ou ciclo da Agua, que é um sistema onde hé transferéncias de agua entre os oceanos, a atmosfera ¢ os continentes (calotes de gelo, éguas superficiais e subter- raneas) nos seus trés estados fisicos — liquido, gasoso e sélido. MMocictoniprovécico. A precipitagzo cai nos continentes eregressa ssomar através dos fos Agua evapora-se dos gos, dos os Asqua Parte dapreciptacto evens ons infitresenosaioe dosoceancs Grande pate da Sova haga 05 ose ocean logo devolvia os, Paarl ae ‘ceanos pela precipitar3o As plantas transpireme perder Vapor de qua 0 cicohicroigcoe um sistema echado, poisndo seconseg determinro principio Jouotim deste sistema, sendoaSqua sempre, recta ouindirectamente, canalzad praas grandes reservas ocesicas. 0 ciclo hidrolégico apresenta dois ramos: 0 que ocorre na atmosfera - ramo aéreo - e 0 {que se observa na Terra e consti- ‘ui o ramo terrestre. ARETER_ Evaporacio é 0 processo de passagem da-4gua do | estado liquido parao estado gasoso. ‘Transpirago é a evapora- do da agua absorvida pelas plantas e por elas eliminada nos diferentes processos biolégicos. Nao inclui a evaporacio do solo. Evapotranspiracio é 0 fenémeno resultante da transpiracdo das plantas e da evaporacao do meio envolvente (superficie do terreno, agua de valas, ios, lagos, etc.). Hidrologia é, no sentido lato, a ciéncia que estuda a gua no estado liquido, | gasoso e sélido nos trés ramos do ciclo da 4gua: 0 oceanico, 0 atmosférico € o terrestre. No sentido restrito, esta associada ao ramo terrestre, onde | estuda as propriedades, a | | quantidade ea distribui- ) cio da agua, bem como |_| as suas inter-relagbes nos | continentes. —A circulacao geral da atmosfera leva a que a agua da superficie terrestre chegue a atmosfera por evaporacio, sobretudo dos oceanos (cerca de 84% da evaporagao). = Os continentes fornecem cerca de 16% do vapor de agua transferido para a atmosfera. Na atmosfera, o vapor de agua dispersa-se (através dos movimentos ver- ticais e horizontais) e, devido ao arrefecimento do ar, satura e, posterior- mente, condensa, 0 que leva a formacio de nuvens e a ocorréncia de precipitacao. ~ A 4gua regressa entilo & superficie da Terra sob a forma de chuva, neve ou granizo, caindo directamente sobre os oceanos (cerca de 75%), ou sobre os continentes, onde: uma parte é reenviada para a atmosfera por evapotranspiracio; ‘uma parte infiltra-se no solo e nas rochas através dos seus poros, fissu- ras e fracturas, sofrendo um escoamento subterraneo até atingir os lagos ou rios, onde, de forma indirecta, acaba por ir ter de novo aos oceanos; uma parte softe escoamento superficial, acabando por ser canalizada para os oceanos; > uma pequena parte é retida pelo solo e pelos seres vivos, mas acaba por ser escoada, directa e indirectamente, para os oceanos. Os principais factores do ciclo da 4gua, uma vez que asseguram a su transferéncia permanente, sio: a energia solar, que promove a evaporacio; a gravidade, que faz com que a 4gua condensada chegue & superficie da ‘Terra. No entanto, ha que considerar ainda os chamados factores secundarios como a temperatura, a humidade, o vento, a nebulosidade, a natureza ds superficie de evaporagio ¢ a natureza da érea que recebe a precipitacao. O ciclo da agua é, pelo que jé foi dito, indispensével a vida eo seu estudo, isto é, a hidrologia, é também fulcral quer para a conservacio ambiental quer para a vida. 1 Explique a seguinte afirmacai O ciclo hidrolégico é um sistema fechado. 2. Refira os principais factores que sao responsaveis pela transferén- cia de agua no ciclo hidrolégico. Mencione os factores secundarios. STAC. A ESTIVAL A Gi A circulago geral da atmosfera: a pressiio atmosférica, as massas de ar e a precipitacao A pressio atmosférica A atmosfera é constituida por gases que vao exercer um peso sobre'a superficie da Terra. A forca que o ar atmosférico exerce por unidade de superficie designa-se por pressdo atmosférica. A pressdo varia com a altitude, a temperatura e a densidade do ar. Assi A medida que aumenta a altitude, a pressto diminui e vice-versa; ~a medida que a temperatura aumenta, a pressdo diminui e vice-versa (ao nivel médio das aguas do mar, a temperatura é de 15 °C; até a ‘Tropopausa, a temperatura diminui cerca de 6,5 °C por quilémetro); quanto maior a densidade do ar, maior a pressio e vice-versa. 10 265 A pressdo atmosférica varia no tempo e no espaco devido as variagdes de temperatura (influéncia térmica), densidade do ar e aos movimentos da atmosfera (influéncia dinamica). Os movimentos de ar na atmosfera podem ser verticais ou horizontais: > 0s movimentos verticais do ar (de convecgao) so ascendentes (ff) ow subsidentes (11); os movimentos horizontais (de adveccao) sdo convergentes (—+—) ou. divergentes (— —) A pressdo atmosférica 6, normalmente, reduzida ao nivel do mar, o que traduz um valor, que se designa de pressdo normal, que corresponde a 76 cm/Hg (centimetros de merciirio) ou 760 mm/Hg (milimetros de merciirio), ou seja, a cerca de 1013 mb (milibares). | Os valores médios anuais de Pressio atmosférica na costa Portuguesa variam entre 1016 e 1020 mb. Se a pressio for superior a 1013 mb, é uma alta presszio, mas se for infe- rior a este valor, é uma baixa pressio. EI CARTA SINGPTICA DE PRESSAO AO NIVEL MEDIO DAS AGUAS DO MAR. Apés a pressio atmosférica ser reduzida ao nivel médio do mar, & possi vel unir pontos com 0 mesmo valor de pressao através das isébaras ot linhas isobaricas (linhas que unem pontos de igual pressio atmosférica’ numa carta meteorolégica ou sinéptica. Destas surgem configuragdes chamadas sistemas de pressao ou centros barométricos. Os campos de pressio ou centros barométricos resultantes sdo entdo os centros de: ~ alta pressdo ou anticiclones (quando a pressio atmosférica € superior a 1013 mb); baixa pressdo, ciclones ou depressées barométricas (quando a presi atmosférica ¢ inferior a 1013 mb). een hse heen Gaeta coe Viana do Castelo 1370-80 10188 PortalP.Rubras 1961-20 10177 (abo Carvoeiro 1961-90 10185 Lsbos/Geofisico 1961-20 10185, Sines as7-20 10198 Praiada Rocha 1961-20 iors FarolAeroporto 1965-90 1018 | ‘scxgaismoisobarcofechado, + apresszoaumenta da pesiferia para acento; + apressd06 maselevedno centr. + organism sobs fechado: + 2resszodiminu dapeiferiaparaa centro; + apressdo meisbaia acoreno centr, IEICeNTROS BAROMETRICOS DE ALTA E BAIXA PRESSAO. A circulacao de ar nos centros baromeétricos A diferenca horizontal de pressio na atmosfera entre dois lugares da ori- |) q RETER. gem a movimentos de ar, ou seja, aos ventos, que sopram sempre das altas para as baixas pressdes, perpendicularmente as isobaras, num movi- | Gradiente de pressio ¢ a mento em espiral, isto é, da origem ao gradiente barométrico ou gra- | Variacdo da pressao na diente de pressao. |horizontal, medida das | | altas para as baixas pres-| soes, perpendicularmente | as is6baras. O gradiente de pressao é: > forte quando as isba- ras esto muito préximas; > fraco quando as iséba- ras estdo muito afastadas. s ventos so normalmente desviados para a direita, no hemisfério Norte, e para a esquerda, no hemisfério Sul, devido a forca de Coriolis, que resulta do movimento de rotacio da Terra. No entanto, se a distincia for grande, 0 vento tender a soprar paralelamente ou obliquamente as isobaras. Ha nFLuencia 0a FoRGA DE CORIOLISNOS MOVIMENTOS DOAR. os movimentos HORIZONTAIS DO AR NOS ANTICICLONES € NAS DEPRESSOES BAROMETRICAS, NOS DOIS HEMISFERIOS. Owvergentes (=) Convergentes(-»e-] Softemum desvioparaaesquerda, desiocar-seno sentido contig 20 dos ponteras do eligi, softemum desvioparaa deta deslocam- | Hemistrio Morte “seo seride dos portevos deli. softemumdesvioparaaesquerda, Hemistério sul ceslocam-se a sentido contrio ao dos ponters doreligo. soem um desvioparaa deta deslacam= sen sentido dos pontetos dorelbgia. Segundo a Lei de Buys-Ballot, ‘quando se esta de costas para o vento, as baixas pressées ficam para a esquerda no hemisfério Norte e para a direita no hemis- fério Sul A origem e os estados do tempo associados aos centros barométricos Os centros barométricos podem ter uma origem térmica (temperatura do ar) ou dinamica (movimentos da atmosfera) e, nalguns casos, podem resultar de um processo termodinamico, apesar de um deles. ter uma maior importancia aquando da formacio destes centros barométricos. Os centros baromeétricos sto importantes na definicZo e na caracterizagao do estado do tempo. Anticiclones: origem Os anticiclones sao de origem dindmica quando: resultam da subsidéncia do ar. O ar, ao descer em altitude, comprime- -se, tornando-se mais denso, 0 que provoca 0 aumento da pressio. (Exemplo: o anticiclone subtropical dos Acores.) Como surgem devido aos movimentos da atmosfera, sio permanentes, ou seja, existem sempre ao longo do ano, podendo, no entanto, sofrer algumas oscilagées em latitude ou diminufrem de intensidade, consoante a época do ano, uma vez que estes mecanismos acompanham o movi- mento anual aparente do Sol. Os anticiclones so de origem térmica quando resultam do intenso arrefecimento do ar em contacto com o solo mais frio, Ao arrefecer, o ar comprime-se e torna-se mais denso, 0 que leva a0 aumento da pressio, Assim, devido as diferengas térmicas entre os ocea- nos e os continentes, formam-se com frequéncia sobre os continentes no Inverno e sobre os oceanos no Verio, sendo por isso efémeros. ARETER.. Galak Create 7 erage atid | EB RECORDE.. Estado do tempo é um conjunto de fenémenos meteorolégicos que determinam o estado atmosférico num certo lugar e num dado momento. Este estado atmosférico caracteriza-se, por exemplo, pela temperatura, a pressio atmosférica, o vento, a bbumidade e a precipitagao. fm Portugal os valores: >mais elevados de pressio atmostérica (+1030 hPa) regis- ‘am-se no Invemo com o desen- volvimento do Anticicone de origem térmica (continental); > mais baixos (<980hPa), com menor persisténcia, também ocorrem no Invern, associados a depresses muito cavadas; > a variago de pressio & menor no Verdo, porque o ar mais estivel. Processo isobarico & 0 processo fisico em que a pressio do ar se mantém constante. Proceso adiabatico € 0 proceso fisico em que a presséio do ar ndo se mantém constante. Por exemplo, quando o ar hiimido ascende em alti- tude sofre um arrefecimento adiabético. Assim, arrefece, ganha humidade relativa, sa- tura e, se continuar a arrefecer, 0 vapor de Agua | condensa e dé origem a formagio de nuyens, | | Ponto de orvalho ou temperatura do ponto de | orvalho é a temperatura a que o ar tem que ar- refecer para se atingir a saturacdo (uma amos- | tra de ar hitmido) sem haver variacao da pres- | sao. Se a temperatura diminuir para além do iLciRCULACAO DO AR NUM ANTICICLONENOHEMIFERIONORTE, | PoRto deorvalho, ocorreréa condensagio, | O estado do tempo associado aos anticiclones resulta de 0 ar ser subsi- Estado do tempo Céu limpo, auséncia de precipitag3o e vento fraco ou mesmo cal atmosférica: “Bom Tempo”. Durante a noite, pode haver formagao de geada e de orvalho. No Inverno, se oar for htimido, pode haver nevoeiro ou neblina matinal. ous dente e divergente. O ar desce em altitude, comprime-se e diverge a superficie. A compressio do ar responsivel pelo seu aquecimento e pela redugdo da humidade relativa, afastando-o do ponto de saturacao, tornando entio o ar mais seco e estavel. McincuLacAo 00 aR NUMA DEPRESSAO BAROMETRICA NO HEMISFERIO NORTE. Defina anticiclone. Esquematize os movimentos, horizontal e vertical, do ar num anti- iclone. Refira a origem de um anticiclone quando: a) hd um intenso arrefecimeno do ar; b) oaré subsidente. Estabelesa a diferenca entre um anticiclone de origem térmica e um anticiclone de origem dinamica. Refira como est 0 estado do tempo, num dado lugar, sob a influén- cia de um anticiclone. Justifique a resposta a questao anterior. Depressdes barométricas: origem As depressdes barométricas sdo de origem dinamica quando: esto associadas ao movimento ascendente do ar. O ar con- verge e, ao convergir, sofre uma inflexio, sendo, por isso, obrigado a ascender, fazendo diminuir a presso & superfi- ie, Tal como acontece com os anticiclones, também estas sdo permanentes. As depressdes sio de origem térmica quando: > se formam devido ao intenso aquecimento do ar em con- tacto com uma superficie mais quente do que as areas envolventes. Assim, ao aquecer, 0 ar dilata-se, tornando-se mais leve, o que diminui a pressio. Sio por isso efémeras, pois formam-se sobre os continentes no Verdo e sobre os oceanos no Inverno. Estado do tempo As depressdes barométricas estdo associadas a uma grande instabilidade do ar, pois o ar & convergente e ascendente. Assim, o ar, a0 ascender, vai arre- fecer e ganhar humidade relativa, podendo saturar e posteriormente con- densar, dando origem a formacio de nuvens e ocorréncia de precipitagao. Este centro barométrico esta entdo associado ao “mau tempo’, ou seja, céu muito nublado, precipitacao e vento moderado ou forte. ARETER. Orvalho é o depésito de gotas de Agua em objectos no solo ou préximo dele, devido & condensacio do vapor de agua existente no ar envolvente. | Forma-se: | > quando as superficies expostas se encontram arrefecidas para além do ponto de orvalho; > quando o ar quente e hamido entra em contacto com uma superficie mais fria, cuja temperatura é inferior & do ponto de orvalho. Geada ¢ o depésito de gelo, de aspecto cristalino, geralmente em forma de escamas, agulhas, plumas ou leques. Tem uma formacio semelhante a do orvalho, a uma temperatura inferior a 0°C. Nevoeiro é a suspensio de pequenas goticulas de 4gua na atmosfera, que geralmente reduzem a 1 quilémetro a visibilidade horizontal & superficie. Neblina é a suspensao de goticulas microscépicas de agua no ar. Nao hia sensagio de humidade “pegajosa” e a humidade relativa € geralmente inferior a 100%. Defina baixa pressio. Esquematize os movimentos, horizontal e vertical, do ar numa depressao. Estabeleca a diferenca entre uma depresséo de origem térmica e uma depressao de origem dinamica. Mencione como esta 0 estado do tempo, num dado lugar, sob a influéncia de uma depressao barométrica. Justifique a resposta 4 questao anterior. Gordon despede-se dos Acores Os Acores jé deixaram de ficar sob a influéncia da depressao extra-tropical, que se encontrava cerca das 14:00 a Leste do arquipélago, disse 4 agéncia Lusa uma fonte do Instituto de Meteorologia, em Ponta Delgada. O furacio Gordon, que diminuiu de intensidade para «depressio extra-tropical», passou pelo arquipélago dos Acores j4 com pouca forca, esta quarta-feira, provocando apenas alguns cortes de energia e derrubes de arvores na ilha de Santa Maria. Contactado pela agéncia Lusa, o meteorologista Pedro Mata adiantou que o que se verificava no arquipélago cerca das 14:00 era uma passagem de uma superficie frontal, que estava a provocar vento e aguaceiros, que devertio manter-se até sexta-feira. O meteorologista explicou ainda que o centro do furacdo «atravessou 0 Grupo Oriental no mar entre Sio Miguel e Santa Maria, tendo sido esta ultima a ilha mais afectada». «O furacdo passou mais a Sul do que se previa e a medida que foi encontrando temperaturas de igua do mar mais frias fc 1uindo de diametro e praticamente. afectou os grupos Ocidental e Central», sublinhou Pedro Mata. Segundo 0 meteorologista, a rajada maxima registada foi de 151 quilémetros por hora em Santa Maria, enquanto uma béia localizada a Sul de S40 Miguel, do projecto CLIMAAT, registou ondas de 7,5 metros de altura significativa e 12 metros de altura maxima. Portugal Disro, wansporugaldario ap, 20de Setembro de 2006 Furacdo perde forca em direc¢ao aos Acores O furacdo Helene encontra-se a cerca de 1700 quilémetros a Oeste dos Acores, anunciou hoje 0 Instituto de Meteorologia, que prevé a possibilidade de perder forca nas préximas horas e atingir algu- mas ilhas como depressio extra-tropical. Fonte do Instituto de Meteorologia adiantou que a tempestade se «encontra muito afastada» dos Acores, mas existe a possibilidade de vir a atingir o Grupo Ocidental (Flores e Corvo) com ventos for- tes, com rajadas maximas que ndo deverdo ultrapassar os 100 quilmetros por hora, e ondulacio até aos oito metros. Caso 0 «Helene» altere a sua trajectéria para Sul, as previsdes indicam que podera chegar ao res- tante arquipélago, mas também jé com menos forca e como depressio extra-tropical. Portugal Disso, wunportugaldiara aly, 24 de Setembro de 2008 1 Explique a afirmacdo sublinhada no primeiro texto. 2 Mencione as consequéncias do furacdo Gordon sobre o arquipé- lago dos Acores. 3. Adentifique a ilha mais afectada. istribuicdo dos centros barométricos distribuigao dos centros barométricos no globo permite verificar que: apesar da existéncia de centros de presstio atmosférica de origem tér- mica, existe uma variacio em latitude dos centros barométricos, de ori- gem dinamica, os quais se distribuem em faixas paralelas ao equador; verifica-se uma intercalagao, nos dois hemisférios, entre baixas e altas pressdes em latitude; de acordo com a estagdo do ano, os centros barométricos de origem dinamica sofrem pequenas oscilagGes, para Norte, no Verio, e para Sul n0 Inverno no hemisfério Norte; de acordo com a estagao do ano, sobre os continentes, as altas pressées de origem térmica, no Inverno, dio lugar a baixas pressées térmicas no Verdo. Distribuigdo zonal dos centros barométricos, Janeiro Uma tempestade acompanhada de ventos fortes, superiores a 118 km/h, designa-se por: furacio, no Atlintico e Pacifico oriental; tufao, no mar da China; baguiu, nas Filipinas; ciclone, na ~ costa da india. Os tomados so as perturbacées mais violentas na atmosfera, com um diémetro que varia entre 0 100 metros e 1 quilémetro. A diferenca entre tornados e furacdes & que estes dttimos formam-se nos oceanos. — LE ee BR Assim, verifica-se, em cada hemisfério, a existéncia de baixas pressdes: ~ junto ao equador, as baixas pressdes equatoriais, que tém uma origem termodinamica (apesar de predominar a dinamica) devido: + A convergéncia dos ventos alisios vindos dos anticiclones subtropicais (dinamica); + as clevadas temperaturas, que provocam a dilatagao do ar e 0 tornam mais leve (térmica). > nas médias e altas latitudes, nas proximidades dos Circulos Polares, as células de baixa pressdo subpolares (por exemplo, a depresso da Islandia), que tém origem na convergéncia de ar quente dos anticiclo- nes subtropicais e do ar frio das altas pressdes polares. Na regio intertropical, o ar diverge a partir dos anticiclones subtropicais e vai convergir na faixa de baixas pressdes equatoriais. Surgem, entio, os ventos alisios, quentes secos, com uma direccdo constante (NE-SO no hemisfério Norte e SENO no hemisfério Sul). Esta convergéncia dos alisios & superfi- cie da origem a uma superficie de desconti- nuidade (Convergéncia Intertropical-CIT) Ventos alisios RD (sitet en A, V5 ena We Wloricem pas aaixas PRESSOES EQUATORIAS. Contudo, quando 0s alisios dos dois hemisférios enfraquecem, sobretudo no Verdo, nao che- gam a entrar em contacto, surgindo entre eles uma zona de calma atmosfé- rica, as calmas equato- riais ou doldrums. HE rormacAo De DOLORUMS. As faixas de alta pressio correspondem, em cada hemisfério: >a cintura de altas pressdes subtropicais, onde se inclui o importante anticiclone dos Acores, sensivelmente a 30° de latitude, nas proximida- des dos trépicos de Cancer e de Capricémneo. Tém uma origem dind- mica, pois resultam da subsidéncia do ar em altitude. > as altas pressées polares, que sio de origem térmica, pois resultam do intenso arrefecimento do ar em contacto com o solo gelado. A distribuigao dos principais centros barométricos dé origem a formagao de determinados ventos: > 08 alisios, que sopram de nordeste, no hemisfério Norte, e de sudeste, no hemisfério Sul, das altas pressdes subtropicais para o equador (bai- xas pressdes equatoriais); 0s ventos de Oeste, que se deslocam das altas pressdes subtropicais para as baixas pressdes subpolares; ‘0s ventos de Este (Leste), que se deslocam das altas pressoes polares para as baixas pressbes subpolares. Polar Aretico__<~ a B " Oro aoe # wa eee in Ts. ~ Se SG) S atassescesok Il pisTRIBUICAO DAS GRANDES ZONAS DE PRESSAO ATMOSFERICA E DOS VENTOS A, SUPERFICIEDA TERRA. —_L i 7” =—‘aSOia<‘<;«‘i:;: 1 Explique a formacao: 2) das baixas pressdes equator ) das altas press6es polares. 2. Refira 0s principais ventos resultantes da distribuicdo dos centros barométricos. p Altaspressies polares alts pressses, Ba as fs subtropicas| Aaspressbes + es subtropicais Alas polares * Ps Contudo, a distribuicao dos campos de pressio 4 superficie da Terra nao s6 da origem aos ventos, como determina a circula e cao do ar na atmosfera. Tropo ee Assim, na circulagio geral da atmosfera, os movimentos de ar Mes a superficie so compensados por movimentos contrarios em Z altitude, e as baixas pressdes 4 superficie correspondem altas pressdes em altitude e vice-versa, Assim, a convergéncia dos alisios, reforcada pelas elevadas temperaturas, provoca a ascensio € a divergéncia do ar em alti- tude, originando uma corrente contréria — os contra-alisios -, que acaba por subsidir, formando & superficie os anticiclones subtropicais (célula equatorial) Bircutacéoo0 ar EM ALTITUDE Os anticiclones subtropicais, além de alimentarem 0s alisios, provocam, em cada hemisfério, o surgimento dos ventos de Oeste (dominantes em Portugal), que se deslocam para a regifio das baixas pressdes subpolares. Em altitude, estes ventos Iatitudes médias) io compensados pelo Jet-Stream (células das Das altas pressdes polares para as baixas pressdes subpolares deslocam- -se os ventos de Leste, essencialmente frios e secos (célula polar] prey ‘Tropostera hid As massas de ar As caracteristicas da atmosfera variam no espaco e permitem distinguir diferentes massas de ar, ou seja, grandes porcdes da atmosfera que, hori- zontalmente, apresentam a mesma temperatura, humidade e densidade. A area de origem (onde se formam) permite designar as massas de ar de Equatorial, Tropical, Polar, Arctica e Antarctica. Segundo a sua rea de origem, as massas de ar podem ser classificadas de acordo com a humidade, com a temperatura e com a densidade. Uma massa de ar formada sobre uma superficie oceanica é muito himida e designa-se de massa de ar maritima, enquanto que uma que se forme sobre o continente é relativamente seca e designa-se de massa de ar conti- nental. Do mesmo modo, a massa de ar pode ser quente ou fria. No entanto, as caracteristicas de uma massa de ar nao sao constantes € esta acaba por se modificar ao deslocar-se e afastar-se das regides de ori- gem. Assim, adquire, ao fim de alguns dias, as caracteristicas das areas envolventes. Por exemplo: uma massa de ar fria, a0 passar por uma superficie mais quente, aquece, assim como uma massa de ar quente, quando passa por uma superficie que esteja mais fria, arrefece; uma massa de ar maritima, ao permanecer varios dias sobre o conti- nente, acaba por perder humidade e tornar-se mais seca, bem como uma que se forme na superficie continental, ao passar pelos oceanos, adquire gradualmente humidade. Da conjugacio destes dois elementos do clima resultam quatros tipos de massa de ar muito importantes 8 latitude de Portugal: ‘Tropical maritimo (TM); Tropical continental (TC); Polar maritimo (PM); Polar continental (PC). Massas de ar a latitude de Portugal vet te) ee stor el ftgetrattnatin) / Mc —fiornatireon) Ar polar continental (Pc) Pate $ : ae Be z Devido a sua latitude, Portugal sofre uma influéncia mais directa de duas dessas massas de ar: » a massa de ar frio polar, que se forma nas altas latitudes, junto aos polos ou nas regides subpolares; >a massa de ar quente tropical, cuja génese é junto ao equador ou nas regides subtropicais e tropicais. As correntes perturbadoras (...) © oceano Atlantico extratropical, aberto tanto ao lado polar como ao lado tropical, recebe massas de ar variadas, termicamente muito diferen- ciadas, que entram na circulagio convergente dos ventos nas depressdes. Do contacto das massas de ar de natureza diferente nascem perturbacdes frontais que atingem o espaco geogrdfico portugués de maneira diferente em fungio da localizacio das depressdes as quais estio associadas. Em funcio da traject6ria seguida pela depressio, grosso modo, a Norte e ou a Sul do paralelo 45°N, as perturbagdes geram uma degradaco do tempo varidvel mas com pontos comuns, que se reflectem no incremento da nebulosidade, na chegada da chuva que pode ser intensa, bruscas varia- Ges na direccao e forca do vento e saltos na temperatura. (..) Denise de Brum Ferreira, As Caracerisizas do Clima de Portal, Gegrafa de Portugal,» ambiente ico, 1 Defina massa de ar. 2 Explique a seguinte afirmacao: As caracteristicas de uma massa de ar ndo sdo constantes. 3 Mencione as massas de ar mais importantes para Portugal. ‘As massas de ar ea frente polar Quando duas massas de ar de natureza fisica (temperatura, humidade e densidade) e dina- mica (sentido de deslocagio) diferentes entram em contacto, ndo se misturam, ou misturam-se muito lentamente, levando a que as proprieda- des de uma passem gradualmente para a outra Entre elas surge uma superficie de transicdo — superficie frontal. Superficie frontal Mlsurenricie FRONTAL € FRENTE. rmagio e evolucao da frente polar no hemisfério Norte ARETER_ | Ainfluéncia da frente polar sobre o territério continental | Superficie frontal é uma superficie de descontinui- \ frente polar (que corresponde 4 zona de separacdo entre as massas | dade, inclinada, entre | le ar polar continental e as massas de ar tropical maritimo a superfi- -ie) tem uma migracao periédica anual para Norte no Verdo e para Sul jurante o Inverno, atingindo nesta época Portugal continental e, con- ‘equentemente, 0 territério fica sob a influéncia de depressées fron- ais. No Inverno, predominam massas de ar maritimo e ventos de N u NO associados a circulagdo do anticiclone dos Acores. Por vezes, _ Superficie frontal polar é argem situagdes com predominio do vento de NE ou Ee ar frioe uma superficie de des- eco, associados & circulacdo de um anticiclone continental (antici-_ continuidade entre o ar lone de Bloqueio). O Verao é caracterizado por uma situac3o meteo- _ quente tropical e 0 ar frio. olégica bastante estavel, em que a regio fica sob a influéncia _ polar. | onjunta da crista NE do anticiclone dos Acores e da depressio tér- | duas massas de ar de | natureza fisica e dind- mica diferentes. ‘ Eee Frente éa linha de inter- ica que se forma sobre a Peninsula Ibérica a q secgio da superficie fron- Cancers do lina de Cota de Poruga Continena tsi de Meer. | tal corn a superficie da ‘Terra. superficie frontal polar encontra-se nos dois hemisférios, uma no isfério Norte e outra no hemisfério Sul, fazendo-se sentir nas latitu- médias, onde pode formar sucessivas ondulagdes em direc¢Jo a0 ador ou aos pélos. | Sistema frontal é a as- | sociago de duas ou mais | frentes. emisfério Norte, a massa de ar frio polar desloca-se para Sul ea de ar nite tropical para Norte. Deste deslocamento surge 0 confronto entre ss duas massas de ar, o que da origem a frente polar. uma primeira fase, a frente € estacionaria, ois a ondulagdo ainda € pouco nitida, uma vez ue a interpenetracao das massas de ar é fraca. ssim, as duas massas de ar ttm uma desloca- = jo paralela: ari ar x frio polar desloca-se de Este para Oeste; ar quente tropical desloca-se de Oeste para Este. Eee acts nierpeneteanae de naan deacvalonds - 2 == 00 Sa vais acentuada, o ar quente tropical penetra sda vez mais para Norte ¢ o ar frio polar cada 2z mais para Sul, formando uma superficie 27 ae aes nntal cada vez mais ondulada. 3) oe os SS oo a N eA cando a ondulacdo é ja muito pronunciada, a ate polar evolui para sistema frontal, pois a acessio de frentes quentes e frias permite indi- dualizar os respectivos sectores de ar quente € ar frio. HEM cVOLUCA0 DA FRENTE POLAR. Frentepolar AA Frente fria 4 Frente quente Da constante interpenetracao das duas massas de ar verifica-se que: > quando o ar quente substitui o ar frio, designa-se de frente quente. A ‘inclinagao desta é geralmente pouco acentuada e o ar quente desloca-se Jentamente sobre 0 ar frio, onde se formam nuvens de fraco desenvolvi- mento vertical e precipitagao sob a forma de chuvisco. ott £ sentido do movimento Sento de movimento dafrente quente.A frente vente €representadspor umalinha com semicrcuios volts na sentido do movimento Mirrente quente. > quando o ar frio substitui o ar quente, surge a frente fria. A inclinacao da frente fria € mais acentuada do que a quente, dando origem a uma 4 ascensio rapida e violenta do ar, 0 que leva a formagao de nuvens de grande desenvolvimento vertical, que dao origem a aguaceiros ¢ a tro- voadas. Ar ‘Ar __. Sentido do movimento ] fro ven Sentido de desiocario da frente fia. A frente fa @representadapor umainha comtri8nguiosaapontarno sentido da deslocagaa, IEBrreNTEFRIA. Quando a frente polar evolui para uma perturbaco frontal é possivel individualizar: > 0 sector de ar frio polar anterior; > 0 sector de ar frio polar posterior. Estes sectores sao separados pela: > frente quente, entre 0 ar quente tropical e o ar frio polar anterior; > frente fria, entre o ar frio polar posterior o ar quente tropical. Mais nitidas e vigorosas no Inverno, as perturbagées frontais da frente polar acompanham 0 movimento anual aparente do Sol, chegando a atin- gir, nesta estacao, as latitudes subpolares. Deslocam-se sempre de Oeste para Este, em alguns casos, de Sudoeste para Nordeste, uma vez que so transportadas pelos ventos de Oeste e, por isso, também sofrem o efeito da forca de Coriolis. IElPcrTURBACAO FRONTAL, VISTA EM PLANO HORIZONTAL (A) € VERTICAL (8). Estados do tempo associados & perturbaco da frente polar Coe “imdoninbes poet ‘Arquente tropical atosvatsn ‘Acfrio polar anterior ert ee ey Soropoetor * Sc Sector ia ator © Foe © @.0,0 EJ ARETER_ Perturbacio frontal é a conjugagio de duas fren- tes associadas a uma baixa pressio, no interior da qual o ar circula. [APROXIMAGAO DA FRENTE/SUPERFICIE FRONTAL QUENTE AO LUGAR A: Sentido do . deslocamento o eeccomene > dir aprestostrest > grenta nebo cm feayaodenuestase fas > ameraahy > aumeraape femacechoiseo tas eluga@) > stenoestiematin-se @& Frente quentel se@® ‘elativamente constante ou eee aventagaasrert Sentido de desiocamento Pn hae naan cee Sentido do Geslocamento Sesncamento ¢ Sentido do desiocamento ~ clu muito nubade chuvscos odatem: penta Ax fri > diminuico da pressao atmos- pol, férica, poses Cons w® > venvtaca a Frente quere 2 APOS A PASSAGEM DA FRENTE/SUPERFICIE FRONTAL QUENTE PELO LUGAR A: Setidodo fesiocamento 8 Sentide do deslocamento_ O° impo oun. > curts priodos de chuva: acto temperatura eevads polar eee Isobaras elise) - yaw 24 Frente quente b AA Frereetiia eee dead inna Sentidodo desocamento 8 > aumento davelocd ae ic intersidade do verte; 0 Settido do desiocamen aA. Frente ria ee ee ee eens Sentido do Geslocamento dodo deslocamento One > mudancanadirecriodov aumento dapressic bois temps > aguaceirs dispesos Isobaras otal A mm Frente quente ia Pine Sentido do Sentido dodesiocaments — deslocame eo esiocamento > octutende aficarimpo ou pouconut > atemparaturaaumenta, eLue® sobaras 7 Superficie frontal e a sua oclusio © perfodo de vida de um sistema frontal ou perturbacio frontal é muito curto - a0 fim de dois a trés dias, e esporadicamente uma semana, acaba por desaparecer, A superficie frontal fria/frente fria, ao deslocar-se mais rapidamente que a quente, leva ao estrangulamento do ar quente, que acaba por ser fechado e dar origem a superficie frontal oclusa/frente oclusa, ou seja, a superficie frontal fria/frente fria junta-se A superficie frontal quente/frente quente e oar frio posterior alcanga o anterior, enquanto o ar do sector quente tropi- cal 6 estrangulado e acaba por ascender, dando origem a nuvens e precipi- taco. A frente oclusa é entio resultante da jung3o da frente fria com a frente quente. ane oe cnc! 1 Estabeleca a distincgo | entre sistema frontal ¢ perturbacao frontal 2. Refira os sectores que constituem a pertur- bacdo da frente polar. Refira 0 estado do tempo associado a uma frente fria. 4 Refira o estado do Frente oclusa BEE, tempo associado a passagem da frente quente, ie 5 Justifique a resposta cuente anterior. —Bttg 6 Refira como se forma sat SE uma frente oclusa, RECORDE_ Precipitacio exprime-se em milimetros (mm) de altura ou em litros por metro quadrado (im). A cada milimetro de altura corresponde um litro por metro quadrado, A precipitacao nao inclui a virga, ou seja, a Agua em estado liquido que, por se evaporar, no atinge o solo. Todo o vapor de agua que, em relacéo ao ponto de saturacao, est em excesso vai condensar (passagem estado gasoso para liquido), formando nuvens, que podem origina precipitacgo, Achuva em Portugal A chuva constitui, juntamente com a temperatura, um dos elementos mais importantes na caracterizagao climatica de uma regido. Pode constituir limitacio ao desenvolvimento de um pais quando nascem desequilibrios entre os recursos e as necessidades em agua. £ justa- mente 0 caso dos paises mediterraneos, que recebem quantidades de chuva muito varidveis de um ano para o outro durante o semestre frio e que sio marcados pela aridez no semestre estival. (...) De Portugal continental aos arquipélagos dos Acores e da Madeira, encontramos diferencas regionais notveis ligadas essencialmente a dindmica da atmosfera, mas também aos factores geograficos que introduzem variantes locais nos montantes e intensidades. (...) Denise de Brum Ferreira, As Caracterics do Clima de Portugal ‘Geograiade Pore ambiente ico (adaptado) Para ocorrer precipitacdo é necessdrio que haja ascensio do ar, que pode acontecer por quatro processos diferentes, os quais dao origem a quatro tipos de precipitacdo, apesar de em Portugal serem mais frequentes trés. Assim, a precipitacao pode classificar-se, de acordo com os processos que obrigam o ar a ascender, em: we Precnitagdes trontais Precipitacées frontais resultam da ascensio do ar devido & convergéncia de duas massas de ar de natureza fisica diferente. Ao entrarem em con- tacto, o ar quente, por ser mais leve que o ar frio, ascende sobre este, 0 que provoca a sua expansio e arrefecimento adiabitico. Ao arrefecer, ganha humidade relativa, satura e pode condensar, dando origem & for- magio de nuvens e precipitagao. Nas altas e médias latitudes, a influéncia das perturbagdes da frente polar faz-se sentir com muita frequéncia, o que leva ao predominio de precipitacées frontais. Assim, sio também predominantes em Portugal, sobretudo no Norte. Precipitagées orogrticas Precipitacdes orogrificas formam-se a partir da ascensio do ar ao longo das vertentes montanhosas. Ao ascender, arrefece, ganha humidade rela- tiva até atingir o ponto de saturacdo, podendo condensar, dando origem As nuvens e consequente ocorréncia de precipitagao, sob a forma de chuva ou neve. O arrefecimento pode ocorrer também em contacto com © solo, que, no Inverno, regista temperaturas inferiores ao oceano. Nas vertentes opostas (sotavento), o ar tem um movimento contrario - des- cendente -, o que provoca o seu aquecimento, por compressio, e a redu- fo da humidade relativa, o que se traduz no decréscimo da precipitagao (efeito de Foehn). Sio frequentes no Norte, nomeadamente no Noroeste portugués. Precipitagdes convectivas Precipitagdes convectivas resultam da ascensio do ar, causada pelo seu aquecimento, apés ter contactado com uma superficie mais quente. Tém, ento, origem quando as massas de ar, em tempo calmo, junto a superficie da Terra, sdo aquecidas pela radiago solar ou pelo solo. Ao aquecerem, dilatam e ascendem, ganham humidade relativa até satu- rem e condensam, dando origem a formacao de nuvens (ctimulos) e & ocorréncia de precipitacao, sob a forma de aguaceiros, muitas vezes acompanhados de trovoada. Sao tipicas das regides tropicais e da esta- gdo quente das regides temperadas, ocorrendo com frequéncia no Verio no Sul do pais. ARETER_ Ponto de satura¢ao: quan- | tidade maxima de vapor | de 4gua que o ar pode conter a uma determi- | nada temperatura, | Humidade absoluta: massa de vapor de agua por unidade de volume de ar. E geralmente expressa em g/m’. Humidade relativa: rela- do (razo) entre a massa de vapor de Agua exis- tente num determinado volume de ar e a massa de vapor de agua necessé- ria para saturar esse mesmo ar, sem variago da temperatura. Exprime- -se em percentagem (entre 0 e 100%) e varia em sentido contrario a temperatura. Precipitagdes convergentes resultam da ascensio do ar devido & conver- géncia dos ventos numa determinada zona. Ao convergir, o ar ascende, arrefece e ganha humidade relativa até atingir o ponto de saturacio, podendo condensar, dar origem 4 formacio de nuvens e consequente precipitagao. As chuvas frontais e orogrificas so, devido 8 latitude de Portugal, as que afectam mais directamente o territério nacional, sobretudo no Norte e durante 0 Inverno, Contudo, as convectivas fazem-se também sentir, sobretudo no interior Sul e durante o Verao. 1 Identifique os tipos de precipitagdo de acordo com os processos de ascensao do ar. 2 Mencione a precipitacao mais frequente no Norte de Portugal. 3 Explique a formacio de chuvas orogréficas 4 Refira quais s4o as chuvas mais frequentes em Portugal durante o Verao. Justifique a resposta anterior. Cee SED Cae eset e perrrnrs Avariagdo anual e interanual da precipitagio one Dic A variacdo anual da precipitacdo tem sido irregular e tem-se feito sentir, a no geral, de igual modo em qualquer lugar, podendo individualizar-se x dois perfodos: 300 © mais chuvoso, sensivelmente entre Outubro e Fevereiro ou Marco 250: (Outono e Inverno). © Inverno concentra cerca de 42% da precipitagio ee anual; 350 100. © mais seco entre Abril e Setembro, com destaque para Julho e Agosto 50. (Primavera e Verio). © Verio concentra apenas cerca de 6% da precipi- °eutono ivemoPinaed vedo” taco anual. Petra cnet nasa Ceo as) Paes aN C (Os elevados quatitativos pluviométricos devem-se: 0s baixos quantitative pluviométricos devem-s fncia das bas presses subpolares + inflnciadoanticiclone dos Ageres[anticiclone + Binfluncia dos sistemas fronais[deslocados mais subtropical pareSul + Binfbncia da massa dear tropical quente e seca: ‘2baratemperatura queleveaqueoaratinjamais _« Selevada temperatura que afastaoar da saturerzo: + faclimenteasatuast, + 20 deslocamento para Norte das bras pressbes,ste- ‘mas eperturbagbesfronais 1 Refira como varia a precipitacao ao longo do ano. 2 Explique os valores ocorridos durante o Verao. 3. Justifique a seguinte afirmacao: O Inverno é.a estacdo do ano mais pluviosa. Contudo, comparando os valores médios da normal climatolégica 1961- -1990 com o ano de 2006 verifica-se que, apesar de no periodo 1961-1990, a precipitacio ter uma variago anual que se caracteriza pela tradicional dualidade entre os meses de Inverno e de Verdo (Dezembro, Janeiro e Fevereiro mais chuvosos; Julho e Agosto mais secos), 0 ano de 2006 revela ndo sé um decréscimo nos valores mensais nomeadamente nos meses de Inverno, mas também valores superiores nos meses de Outono, comparativamente com os restantes meses do ano, sobretudo com os que tradicionalmente s4o mais pluviosos, os meses de Inverno. Marco, Agosto, Setembro, Outubro e Novembro registaram uma precipitacao superior aos valores médios, classificando-se como extremamente chuvo- sos, ao contrario dos restantes que foram clasificados como secos e extremamente secos. 1961-1990 normal 9) 2006 im Precptagso (me) geo 1600. 200 1800 = 3 150. 1200 100 | 1000: 200 laa Be g2°2°3°5°5°5 5° woo. 25282222 ae eeag S385 2 a) Be se a° 38 c 2005 foi o ano que registou, face a 1931: > os valores de precipitagao anual mais batxos; > 0 Inverno mais seco; >a 4, Primavera mais seca; > 0 3.°Verdo mais seco. Em 2006 0 Verao foi chuvoso e 0 Outono foi o 3.° mais chuvoso desde 1931, (depois do Outono de 1960 e 1965). Gifes?pRECIPTACA MENSAL EM PORTUGAL CONTINENTAL M2006. f°" VARIAGILIDADEINTERANUAL DA PRECIPITACAG EMA Miers eer Renter uniter 1966] No ano de 2006: = nas regides do interior Centro e Sul a precipitacio foi infe- rior a 600 mm; ~nas regides montanhosas do Norte e Centro a precipitacio foi superior a 1600 mm, io da precipitagao em Portugal continental em 2006 Contraste Norte/Sul e Litoral/Interior: © Norte de Portugal é mais pluvioso que o Sul; © Litoral é mais pluvioso que o Interior. Assim, a precipitagio diminui de Norte para Sul e do Litoral para o Interior. ye como se processa a reparticdo pluviométrica no territé- rio nacional. Explique a variacao da precipitagio de Norte para Sul no territ6rio continental. 3 Identifique as areas mais pluviosas. 4 Explique a elevada pluviosidade que ocorre nessas reas. ee coon Ses eee NoNorteapreciptario€ mals -NoNorte Centro) apreciptagioé NoNoroeste aprecipitardoémaisNoLitoralapreciptacdo & mas tlevada porque: tmaisclevata porque: elevada porque: elevada porque: >sofreumamaicrinfuénciadss => estaregoapresertaumvelevomais >exstemmontanasconcorartes > hiuma marinfunciade Antico, pertrbacoes arent po ‘xidertadoedemsoralttude( (Ges. Cabera Pala, Ao, que€ reforcada pelacorentequerce ay medidaque amertaaatitude,a Carmo, Montero.) que de Portugal que claca as Seas de non Seeeaans me preciptasgoaurentaatéum constvem umcbstécio 8 menor continetaidade mais Lee fal . eterminadolimite-olimtedas _propagacdodasventoshimidosde _sujetasainfunciados vents de > estima fata dainfuenciaG3s — nevesperpétuas-.quenasregtes _Oesteparacinerit Oeste caregados de humidade, betrbarbes ca frente po: temperadas,ronda0s2000 metros devido inten eraporacto. > binfuenciao pelos antcclones No Nordest a precptas308 menor subiropcats nomeadamente0 dos porque: No Interior precipitagio& menor Acoes.epelamassadearquerte® NoSulapreciitacio & menor >estiprotegidadosventshimidosde porque: secaformatanoNotedeAtica porque: (est gelasmortanhasconcerdtes > hguma maior continentaidade, que (massadearquente Tropica: > temumrelevomenosacdertadoe _doNooeste.quequindochegama—_levaaqu ainfluenciados ventas > astemperaturasmas elvadas demeroratttude noentante.2Su _estaregio Bestdomutosecos. ids de Oeste sea meno. uma afastamoardasauacto, doTeo asserasdeS Manede, _>temainfuénciadosvertossecos de vez que estes vperdendo Avo, MonchiqueClde@o Leste, da Peninsula, humidade deco’ precntares regtam valores mais elevades que que aodesencadeando equeé Na Cordiheira Central (serras da othude Lous, Estrela e Aco. attitude nesta ser superior (apesar tes seisvors sem muts Precipitarlo¢elevada porque: ventes, devido8 ‘eforcadapezaltitude e orientagto geogrifica des cordieiras sine Seccirermies Se IR Nes moc cbliquamentealnhade costa, o que facta apenetrayo dos vntos bios de Oeste parasreas afastadesdoltoral, A precipitacio nos arquipélagos Na ilha da Madeira a precipitacdo é mais elevada no __Distribuigio da precipitagdo na jtha da Madeira litoral norte e nas éreas de maior altitude e mais baixa no litoral sul. ILHA DA MADEIRA Assim, a precipitacdo anual varia sensivelmente entre os 3400 mm, nos pontos mais elevados, e os 600 mm < no litoral sul, na Bacia do Funchal. ie Esta reparticgo result do Norte da ilha softer: iy he ; Precitarso 19kn —no Inverno, uma maior influéncia das baixas pres- {ram} sdes que atravessam o Atléntico e que estendem a 5 sua influéncia & latitude da Madeira, ou que se for- 1 F mam entre o continente e arquipélag —no Verdo a influéncia dos ventos dominantes de i Norte e & orografia (chuvas orograficas); do Sul da ilha estar mais protegido dos ventos htimidos do Norte e ter uma maior influéncia dos ventos do Norte de Africa. No arquipélago, Porto Santo é uma ilha extrema- mente seca, chegando a estagao seca a durar 6 meses. Distribuigao da precipitagao na ‘tha de Sao Miguel, Acores ILHADES. MIGUEL ema As nove ilhas que constituem o arquipélago dos Acores caracterizam-se pela elevada pluviosidade (superior a 3000 mm anuais nas dreas de maior altitude), apesar do grupo ocidental registar os valores mais elevados, pois é primeiro a ser afectado pelos ventos himidos e pelas perturbacGes da frente polar. Os meses mais chuvosos sio os do Outono e Inverno, de Setembro a Marco, devido a menor influéncia do anticiclone subtropical dos Acores. Sao Miguel apresenta uma precipitacao, em geral, supe- rior a do continente, sé comparivel a registada no Noroeste continental. —_kLk—~_ Ty = =—ti‘CSCé~™*# 1 Refira como varia a precipitago na ilha da Madeira. 2 Justifique os contrastes verificados. 3. Mencione, no arquipélago dos Acores,o grupo de ilhas mais pluvioso. 4 Justifique a resposta anteri Os estados do tempo e o clima de Portugal As informagées relativas ao tempo que est a fazer no momento e num determinado territério, bem como as respectivas previsdes, ou seja, sobre © tempo que se vai sentir nas préximas horas e dias é algo que ouvimos e vemos diariamente nos érgios de comunicagio social, como a ridio, 2 televisdo ou os jornais. As cartas sinépticas ou meteorolégicas permitem prever o estado do tempo a superficie num dado territério. Inverno: situagdes meteorologicas mais frequentes “MauTempat >cEumuitonubiado; > preciitayaorelatvamentelevada, > vento do quadrante Oeste ouNoroeste, maderado ouforte > temperatura relativamente baba, tert, nesta estar, 8 tingid com grande frequéncia pels banaspressbes suolares pels perturbacesdafrente polar (mato activasnesta6pacado sno} temperatura relatvamente baba deve-se: 0 menor Snquodeincidéncados aos soles amener draco doa. No entanto, apesar desta situa- cao predominar nesta estagao do ano, também existem dias de “bom tempo” Apesar das baixas temperaturas, no Inverno também se verifi- cam dias de céu limpo ou pouco nublado, auséncia de precipita- 40 € vento fraco, podendo haver formacao de geada durante a noite. Este estado do tempo resulta da formacao de anticiclones térmi- cos sobre a Peninsula Ibérica, que muitas vezes acabam por reforcar o anticiclone subtropi- cal dos Acores. Este acaba por “a constituir uma barreira 4 pas- | smecone Soepessio MA renege AL Hetetra ALM Fereeockss stare sagem das perturbacées frontais que se deslocam de Oeste para | Este, desviando-as mais para Norte ow levando ao seu enfra- quecimento, 1 Atente no mapa 3. Em Portugal continental océuencontra-se muito nublado, com ocorréncia de precipitagao soba forma de aguaceiros e acompanhadas de tro- voadas, vento fortee tem- peraturas elevadas. 1.1 Concorda como estado do tempo apre- sentado nesse dia para Portugal? 1.2 Justifique a resposta. EE eM Verdo: situagdes meteorol6gicas mais frequentes ne “Bom Tempo céulimmpo oupouconublad, preciptato escassa, vento aco tempersturelevada ‘oterritrio, nesta estatto, estar inuenciad peo aticicone subtropical dos Agores que se encontra mis esacado para Norte, ras proximidades da latitude de Portugal cosmecanismosassociados ao ‘mauternpo" nto afectam opal use o fazem 8 muito esporaccamente, or estrem muito desocadosparaNortee ora facade aticiciones subtropicais constitu uma brea passagem destesparaSu A amccone 3 Depesio Me Feertequerte J falta Atemperturaclevadadeve-se jo mairsnguo de inci maior durapsodocia: Sinfluénca de massa dear quent oss sles Situacdo meteorolégica num dia de Agosto Nos dias quentes de Vero também é possivel 0 5 pa ~__céu ficar muito nublado, ocorrer precipitacao, acompanhada, muitas vezes, de fortes trovoadas, ou seja, “mau tempo’. Este tem origem na forma- Gio de baixas pressdes térmicas sobre a Peninsula Ibérica, devido ao intenso aquecimento do ar em contacto com o solo muito quente. ARETER.. Nortada é um vento fresco do quadrante Norte que resulta da accio conjugada entre uma baixa A patccene pressio térmica centrada sobre a Peninsula a < Ibérica e o anticiclone dos Agores, centrado sensi- me ~ velmente a Norte do respectivo arquipélago. erce (> Vento de Levante resulta da conjugagao de uma baixa pressio térmica, que, formada sobre a Peninsula Ibérica, se pode estender até ao Norte de Africa, com um anticiclone sobre a Europa Central. £ responsivel pelo tempo seco e quente. 1 Atendendo ao mapa 1: 1.1 Refira qual é 0 estado do tempo, nesse dia, na Peninsula Ibérica. 1.2 Justifique a resposta anterior. 2 Com base nos mapas 1 e 2: 2.1 Refira em qual das cartas meteorolégicas est representada uma situacao de Nortada. 2.2 Justifique a resposta anterior. 3 Atendendo ao mapa 2, caracterize o estado do tempo em Portugal continental nos préximos dias. Estaces Intermédias: situacdes meteorolégicas mais frequentes Na Primavera, entre sensivelmente os meses de Marco e Maio, o estado do tempo caracteriza-se por precipitagdes que podem ainda ser muito fre- quentes, devido & influéncia das perturbacées po- lares e baixas presses subpolares. Contudo, a frequéncia destas vai diminuindo, devido a deslo- cacao gradual do anticiclone dos Acores e & sua aproximagio ao territério nacional. MAPA 3 | Situagao meteorolégica a 29 de Margo de 2003, © Outono é caracterizado pelo progressivo de- cxéscimo da temperatura e pelo aumento da pre- cipitagao devido ao deslocamento para Sul das | 4 smecoe baixas pressdes subpolares e das perturbacdes da | 8 dexesto | frente polat. Pealcesctnat aoe Drea | eats oii clima de Portugal Portugal é mediterrdneo por natureza, atlay ott por posigdo. 1 bei, Pormgal 0 Medterineo¢0Sdntico Da conjugagao e sucessio habitual dos varios elementos climaticos durante um longo periodo de tempo constata-se que, apesar das ligeiras disparidades regionais, o clima de Portugal caracteriza-se pela sua feigo - mediterranea, que é mais acentuada no Sul do pais. Assim, o clima é RECORDE.. ‘Temperado Mediterraneo. Grifico termopluviométrico: representacio gréfica que Contudo, é possivel identificar alguns coi Pele tei influéncia: ntos climaticos resultantes da temperatura e da precipitagio do Atlantico no litoral, sobretudo no litoral Norte; média mensal 2o longo de um NY) gn: Representa pcp do continente no interior; caracteristicas de um determinado dima. da altitude nas areas de montanha. eS Estagdo seca é 0 periodo consecutiv de meses em que © Sul do pais, nomeadamente o litoral algarvio, tem as caracteristicas a precipitaczo total é inferior mediterraneas mais acentuadas. No entanto. o litoral ocidental apresenta _ou igual ao dobro da uma amenidade térmica e maior humidade comparativamente ao inte- temperatura; nao significa rior alentejano, que é mais quente e seco. ‘auséncia total de precipitagao. Estagao htimida é o periodo Assim, os Invernos suaves do clima tempersdo mediterrineo vao dando consecutivode meses em que lugar, & medida que a latitude aumenta, a Invernos mais frios e mais plu- a precpitacio & superior a0 viosos. O clima nacional passa a ter uma in‘luéncia maritima no litoral, dobro da temperatura. ue se vai acentuando para Norte, 0 que é visivel pelas precipitagdes Ms seco quando otoul mnuito abundantes e pela amenidade térmica. Contudo, o aumento da mensal da precipitagio é continentalidade confere ao clima mediterrineo uma feicdo continental inferior ou igual ao dobro da que é mais acentuada no Norte interior, onde a amplitude térmica anual é temperatura média mensal. muito elevada e a precipitacio diminui As areas de maior altitude apresentam um clima tipico de montanha, que € mais ou menos acentuado em fungio das respectivas altitudes. Ainfluéncia ocednica no clima do continente Os climas francamente ocednicos encontram-se no litoral: constituem uma orla estreita que se define melhor no litoral Oeste, a Norte da Serra de Sintra. A marca ocednica consiste na fraca amplitude tér- mica, na auséncia de geada no Invemno e de vagas de calor no Verao, na humidade do ar sempre forte, nos bancos de nevoeiro persistentes no Verio até ao final da manha e no regime de nortada a tarde. (...) A degradacio para leste da influéncia oceinica ¢ relativamente suave quando nao existe uma linha de relevos com disposi¢ao meridiana que fixa um limite interior. (..) Denise de Brum Ferreira, As Caractere do Cima de Portugal, (Geopfia de Por 0 ambiente iio (adapta) Ainfluéncia continental no clima do continente Os climas de cariz mais continental tém um limite ocidental nitido contra os relevos montanhosos na metade Norte do pafs, em Trés-os-Montes, na plataforma do Nordeste da Beira e na Beira Baixa. Na metade Sul, as manifestacdes da continentalidade sio mais graduais mas incontestaveis, a leste do Ribatejo, da depressio do Sado e a Norte das serras Algarvias. O regime térmico extremo e 0 aumento da aridez conferem a estas regides um cariz climitico particular. Frias a muito frias no Inverno, muito quentes no Verio, tém uma amplitude térmica extrema no contexto do territério com uma acentuacdo deste carécter nos fundos dos vales e nas depressdes em Trés-os-Montes e no vale do Guadiana (.... O Verdo escaldante, com ar quente extremamente seco e radiacio solar forte, é a marca mais oriental do Alentejo (margem esquerda do Guadiana) e na Beira Baixa, regides incluidas em permanéncia na depressao térmica ibérica. (..) Denise de Brum Ferreira, As Caracteritica do Clima de Portugal \Geografia de Portugal o ambiente ic (adaptado) Gees ‘Muftochuvos: Ghose 11000-2000 Moderado: 500-1000, Semivsidor 250-500 ‘Muito quente: Quen Maderedo: 19-22°C Fresco <19°C >umeses <2meses Divisdo climatica de Portugal continental >) lima temperado mediterrineode 71°C) JE influéncia atlantic (oceénica) (caracterstias muito emethantes 20 cima temperado martimo) - Noroeste: + Nerbes mais frescos einvernos amenos;(temperaturas amenas 20 longo do anol + Fraca amplitude térmica anual (narmaimente inferior a 10°C); + Precpitacio elevada ao longo de todo aano,concentrando-seno Qutons ene invern =Dois meses secos, >) Clima temperado mediterrineo de _) influéncia continental -Nordeste: *VerBes muito quenteseinvernos muito fos ~Temperatura elevada noVersoe relativamente balra no Inver + Elevada amplitude térmica anual: + Precinitacéofraca; *Estagio seca com uma duragao entre (95 d0is eos quatro meses. Divisio climitica de Portugal Continental Norte ioral Norte interior Clima temperado mediterrineo ~SulCentroLitora *Verbes quentes longosesecos; ~ sievernos suavesecurtos = Precpitagio regular e aca; + Estagdo seca entre quatro a seis meses. Verdes rescosehumidas © invernos muito rigorosos; + Elevads amplitude térmica anual + Precipitaco elevada ao longo do ano eno Inverno, fequentemente sob forma deneve, O dima dos arquipélagos Acores (...) © Arquipélago dos Acores est4 na zona subtropical dos anticiclo- nes do hemisfério Norte e o factor dominante das condigées meteoro- logicas é 0 anticiclone dos Acores. Os Acores so caracterizados por um clima temperado hiimido; no entanto, e atendendo a variagdo da temperatura do ar com a altitude, 0 clima é frio oceinico nas regides com altitudes elevadas, onde é exces- sivamente chuvoso. A estacio entre Setembro e Marco é predominantemente chuvosa, a qual é caracterizada pela passagem frequente de perturbagoes depres- sionérias associadas a frente polar. Nos restantes meses, a estagdo é menos chuvosa devido a influéncia do anticiclone dos Acores. (...) esl Cimitco don Agore. Inte de Meteorol arquipélago dos Acores apresenta um clima muito semelhante 20 de Noroeste do territ6rio continental, com caracteristicas muito proximas do clima temperado ocednico. iho AUTONOMA0S AOR coq 7 = Dries <= esas | By faa Sore Tercera ses" ¢ Sta Mara Be 8 O clima do arquipélago caracteriza-se por: > temperaturas amenas; > fraca amplitude térmica anual; > elevada humidade relativa do ar; > precipitacdo abundante e regularmente distribuida ao longo do ano, embora com maior abundancia nos meses de Outono e de Inverno; > a estagdo seca inferior a dois meses (existindo no grupo oriental). Madeira clima no Arquipélago da Madeira é ameno, tanto no Inverno como no Verdo, excepto nas zonas mais elevadas, onde se observam temperaturas mais baixas. Os sistemas depressiondrios que no Inverno atravessam o Atlantico e descem até 8 latitude da Madeira, oy os que se formam entre o arquipélago e Portugal continental podem provocar precipitacao abundante. Os ventos do quadrante | Norte (associados ao ramo Leste do anticiclone dos Acores) sdo predominantes no Verdo. No entanto, © complexo relevo da ilha da Madeira est na origem da existéncia de muitos microclimas. Perfil Climatic da Madeira, Insti de Meteoraogi. ‘REGIKO AUTONOMA DA MADEIRA 4 Madeira “Porto Santo \Desertas Sehagens © © Arquipélago da Madeira, com um clima temperado mediterraneo, apresenta uma maior diferenciagio climitica do que os Acores, nomeada- mente entre as vertentes Norte e Sul da ilha da Madeira. Assim, a ver- tente Norte é mais hitmida e pluviosa do que a vertente Sul, que € mais quente e seca. 4 ilha de Porto Santo caracteriza-se por: temperatura elevada; | precipitagao escassa estagao seca prolongada. | °ortugal tem entdo um clima temperado mediterrineo que lhe confere a xisténcia de uma estagio seca, ou seja, a existéncia de um perfodo seco ‘stival. j ste periodo surge no territério continental e em praticamente todo o ter- torio insular entre o final da Primavera ¢ 0 inicio do Outono, e com naior incidéncia nos meses de Verao, apesar da variacio da sua reparti- 20, pois, por exemplo, no continente diminui, grosso modo, de Sul para orte e do Interior para o Litoral e, nos Acores, é geralmente sentido no -rupo Oriental e inexistente no Ocidental. ) periodo seco estival é entio, devido & irregularidade anual e espacial da | cecipitagao, muito importante para as reservas hidricas superficiais e | :bterraneas. @ FICHA DE ACTIVIDADES 1 Leiaa seguinte afirmacao: As transferéncias de Agua - 0 ciclo hidrolégico A dgua é um recurso renovdvel, em circulagdo constante, acom- panhada por transicdes de fase, e que estabelece a ligacao entre a terra, os oceanos e a atmosfera. Em cada ciclo, a dgua do globo é transferida por evapora¢do para a atmosfera, onde é transpor- tada e se condensa, formando nuvens, para voltar para a terra por precipitacdo; na superficie da terra, a dégua escoa-se ou fica em parte retida, infiltrando-se;por fim, volta a evaporar-se de novo. 1.1 Identifique o sistema implicito na afirmacao. 1.2 Explique a transferéncia da agua nesse sistema. 2 Nas seguintes afirmacées, assinale as verdadeiras (V) e as falsas (F). 2) a pressao atmosférica é 0 ar atmosférico; )a pressao atmosférica varia com a altitude, a temperatura e a densidade; c) 8 medida que a altitude aumenta, a pressao aumenta; i) & medida que a temperatura aumenta a presséo aumenta; e)0s centros de baixa presso sao organismos isobaricos fecha- dos, onde a presséo aumenta da periferia para o centro; nas altas presses 0 ar é mais pesado no exterior; =) nas baixas pressdes os movimentos do ar sao convergentes € subsidentes; >) as altas pressdes estdo associadas ao bom tempo: céu pouco nublado ou limpo, vento fraco e auséncia de precipitacao; as baixas pressdes térmicas formam-se devido ao intenso arrefecimento do ar. }) 05 ventos alisios formam-se das baixas pressdes equatoriais para as altas pressées subtropicais; 2.1. Corrija as afirmagées falsas. 2.2 Explique o estado do tempo nas altas pressées. 3 Observea figura. 3.1 3.2 33 34 35 Identifique o tipo de precipitagao, de acordo com os processos de ascensio do ar. Explique a formacao desse tipo de precipitacao. Caracterize 0 estado do tempo no lugar A. 3 Justifique a resposta anterior. Caraterize 0 estado do tempo nos préximos dias no lugar A. Observe as imagens da figura, que representam a situacao barométrica de superficie no dia 28 de Maio, as 7 horas e 30 minutos locais, e a previséo para as 12 horas e para as 24 horas seguintes. Fonte: hep /wwoeamtoffice goruk (adapta) SITUAGAO BAROMETRICA DE SUPERFICIE NO DIA 28 DE MAIO, AS 7 HORAS € 30 MINUTOS LOCAIS, € PREVISAO PARA AS 12 HORAS € PARA AS 24 HORAS SEGUINTES. @ FICHA DE ACTIVIDADES 4.1 As linhas desenhadas a vermelho e a azul na figura represen- tam:(*) 2) perturbagées da frente polar. b) depressées barométricas. )linhas isobéricas. 4) linhas isotérmicas. 4.2 Aslinhas desenhadas a roxo na figura representam: (*) 2) frentes frias. b) frentes quentes. c) frentes em formagao. ) frentes oclusas. 4.3. Asequéncia cronolégica das imagens é:(*) 2) situagdo A, situacdo B e situagao C. situacao B, situagao C e situacao A. <) situagao C, situagao A e situacao B. a) situagao A, situacdo C e situacéo B. O estado do tempo no litoral de Portugal continental, numa situagao barométrica como a representada na imagem A, tera sido, com grande probabilidade, caracterizado por: (*) céu limpo, sem chuva e com vento forte. >) eéu nublado, sem chuva e sem vento. ¢) céu nublado, com chuva forte e com vento. 1) céu nublado, com chuva miudinha e sem vento. () Exame Nacional do Ensino Secundério, 11.° ano de escolaridade, cédigo 719, 13 Fase, versio 1, 2006 Observe a figura, que representa a distribuicdo da precipi tagao na ilha de Sd Miguel. Os graficos termopluviométri- cos Ae B correspondem a duas estacées climatolégicas. ILHA DES, MIGUEL Precpitago (mm) 6.4 6.5 Identifique o grafico termopluviométrico que corresponde ilha de Sao Miguel. Justifique, com base na anélise do gréfico,a resposta anterior. Identifique o clima do grafico que nao corresponde a ilha de Sao Miguel. ique a resposta anterior. Das seguintes estacdes climatolégicas, identifique a que cor- responde a esse gréfico termopluviométrico. a) Faro; 6) Lisboa; ©) Braganca; <) Braga,

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