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É importante destacar que as regras sobre a Educação encontram-se previstas na LDB (Lei de Diretrizes
e Bases da Educação ² Lei 9.394/96) e que o ECA, ao tratar deste tema, apenas enfatiza alguns aspectos
lá contidos.
Outra observação relevante sobre este direito é a vedação ao trabalho em certas atividades de diversas áreas, inclusive o
trabalho doméstico, para menores de 18 anos. Esta proibição e suas implicações estão contidas no Decreto 6.481, de
12.09.08 .
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Os artigos 70 a 80 do ECA visam prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e
do adolescente. Evitar tais situações consiste em um dever de todos. Deste modo, o legislador
estatutário colocou a sociedade na função de garantidora. Considerando que tais disposições objetivam
impedir que se prejudique o bom desenvolvimento de crianças e adolescentes, o descumprimento das
normas de prevenção sempre importará em responsabilidade da pessoa física ou jurídica.
Vale lembrar que o rol de obrigações referentes à prevenção previstas pelo ECA não excluem da
prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
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Além destes artigos, a prevenção especial é regulada também através de leis e Portarias, como,
por exemplo:
- Portaria 1.220 de 2007;
- Portaria 1.100 de 2006;
- Lei 10.359 de 2001.
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A função de regulamentar os programas, produtos, diversões e espetáculos
públicos é do Poder Público conforme estabelece o artigo 74 do ECA e os artigos
220, § 3º, I e 21, XVI, ambos da CRFB, cabendo aos pais o poder de escolha dos
programas televisivos que entendam ser adequados.
O legislador determinou que se fixasse informação destacada sobre a natureza do
espetáculo e a faixa etária no certificado de classificação, sob pena de infringirem o
disposto no art. 252 do ECA. A própria Constituição instituiu regras e princípios, nos
artigos 220 e 21, XVI, que restringem os abusos dessa natureza.
O art. 75 do ECA garante o acesso de qualquer criança ou adolescente às diversões
e espetáculos públicos considerados adequados, desde que acompanhados de seus
pais ou responsáveis.
O art. 76 do ECA, na esteira da CRFB, preceitua que as emissoras de rádio e TV
somente exibirão ao público infanto -juvenil programas com finalidades educativas,
artísticas, culturais e informativas. E prevê também, instrumentos jurídicos capazes
de coibir violações a esta prevenção, como a Ação Civil Pública, Mandado de
Segurança e imposição de penalidade pecuniária, por exemplo.
Quanto à venda ou locação de fitas de programação em vídeo, o legislador,
preocupado com o risco de sua utilização indevida, determinou no art. 77 que esses
produtos exibam em seus invólucros informações sobre a natureza da obra e a
faixa etária a qual se destinam, sob pena de responsabilidade, nos temos do art.
256 do ECA. Por conta dessa determinação, muitas locadoras de fitas e vídeos se
adequaram criando um espaço privativo para as obras consideradas eróticas ou
obscenas.
No que diz respeito às revistas e outras publicações, o ECA criou no art. 78
restrições à sua comercialização quando consideradas impróprias ou inadequadas
ao público infanto -juvenil. Essa impropriedade pode se apresentar tanto na forma
escrita quanto através de imagens, caso transmitam um conteúdo falso ou
contrário à lei e aos bons costumes, podendo seu descumprimento acarretar a
aplicação da sanção contida no art. 257 do ECA. A preocupação do legislador é
tamanha que no parágrafo único desse artigo determina que a revista seja vendida
em embalagem opaca, quando na capa da obra houver mensagem obscena ou
pornográfica, ou seja, material com conteúdo impróprio para a criança ou
adolescente.
O art. 79 veda a inserção de fotografias, legendas, crônicas, anúncios de bebidas
alcoólicas, cigarros, armas e munições nas publicações destinadas ao público
infanto-juvenil, ressaltando que essas obras não poderão se afastar dos valores
éticos e sociais da pessoa e da família.
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Ao tratar dos produtos e serviços nos artigos 81 e 82 do ECA, o legislador visou preservar a integridade
física e moral de crianças e adolescentes. Para isto, criou algumas restrições com o objetivo de evitar
que certos produtos considerados perigosos e inadequados possam ser por eles adquiridos.
O art. 82 do ECA traz uma norma acauteladora que veda a hospedagem de criança ou adolescente em
hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, sendo esta permitida somente quando a criança ou
adolescente:
- estiver acompanhado pelos pais, tutor ou guardião;
- se encontrar na companhia de alguém devidamente autorizado por seus pais ou representantes legais;
- possuir autorização especial do juiz da Infância e da Juventude.
A restrição à hospedagem prevista por este artigo visa impedir que crianças ou adolescentes venham a
se evadir de suas residências ou mesmo que ocorram situações ainda mais graves que envolvam, por
exemplo, a prostituição infantil. Entretanto, como se verá a seguir, o legislador permitiu que o
adolescente viaje desacompanhado, mas não permitiu que este se hospede sozinho, gerando uma
situação contraditória.
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