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No final do ano passado a GS&MD - Gouvêa de Souza realizou uma ampla pesquisa mundial
sobre a Sustentabilidade, vista sob a ótica do consumidor global. Um dos pontos que mais
chamou a atenção foi o fato dos consumidores valorizarem empresas que transmitem suas
idéias e praticam a sustentabilidade no seu dia-a-dia, porém de uma forma genuína. O que isso
significa? Que o consumidor rejeita as empresas que adotam práticas ditas sustentáveis
apenas para surfar na onda dos temas atuais e não incorporam essas ações no seu DNA, na
sua estrutura, desde o CEO até o mais humilde dos colaboradores.
Esse fato enseja uma discussão que já começa a ocorrer em algumas empresas, mas que em
breve passará a ser quase uma exigência para qualquer uma, e que diz respeito à
internalização dos conceitos de sustentabilidade, também chamado de Endossustentabilidade.
Lidar com essas questões e promover uma ampla revisão em seus processos, e principalmente
na cultura da empresa, é a única forma de realizar mudanças estruturais. Por outro lado, é
importante ressaltar que essas modificações, que obviamente devem partir das esferas mais
altas de comando e assim serem refletidas para toda a organização, serão realizadas por todos
os colaboradores, que devem, portanto, ser sensibilizados, avaliados e treinados para que as
alterações ocorram a contento.
Não é uma tarefa simples. Todas as modificações estruturais são lentas, especialmente em
organizações maiores e, portanto, mais burocráticas na tomada de decisão. Por outro lado, é
algo que não se pode deixar para depois. O consumidor irá, definitivamente, rejeitar as
empresas que assim não se portarem. Que fique aqui o aviso!
Essa é uma mudança no comportamento do ser humano que irá impactar toda a cadeia de
consumo, desde os produtores de insumos até a ponta do varejo ou do prestador de serviço
que está em contato com o consumidor. É importante colocar em letras garrafais no início da
agenda de cada ano: essas posturas vieram para ficar e não vão arrefecer ao longo dos
próximos anos. Quando falamos de Brasil, isso pode ser mais intenso ainda, considerando o
bom momento econômico, o crescimento do poder de compra e a capacidade de se informar
que o consumidor vem assumindo e cuja mudança não se desenha nos próximos anos.